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Fetraf RJ/ES participa de reunião entre COE e Itaú que debateu emprego, saúde e remuneração

Nesta quarta-feira, 24 de janeiro, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, em São Paulo. Os principais pontos da pauta foram emprego, saúde e remuneração.

Elizabeth Paradela, Diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, esteve presente na reunião representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES).

“Em nossa base da Federação, bancárias e bancários, afastados e licenciados por doenças ou problemas psicológicos, ocasionados seja por assédios, por pressões ou por cobranças de metas, acabam se afastando. E, com isso, tem dificuldade e demora para marcar o ASO de retorno, tendo que se deslocar para outro município. Já tivermos um caso onde o trabalhador bancário teve que viajar 84 km para resolver seu problema.”

Uma das prioridades do movimento sindical foi definir agenda de reunião mensal para todo o ano. “Este ano será muito desafiador, nós teremos Campanha Nacional e ainda temos diversos pontos específicos do Itaú que estão em debate, para resolvermos”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

EMPREGO

A principal preocupação da comissão é o fechamento de agências e as consequentes demissões que afetaram os funcionários do banco. A comissão enfatizou a importância de preservar os postos de trabalho e garantir a estabilidade dos profissionais.

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram um pedido de uma listagem de demissões. “Os escritórios de advogados externos sabem muito antes quem vai ser demitido”, denunciou Maria Izabel Menezes, da COE Itaú.

Os trabalhadores também cobram a revisão das metas de agências, pois muitas vezes o aplicativo dá descontos melhores do que os disponíveis no atendimento presencial.

Outra reclamação apresentada foi sobre a desconexão do IUconecta dos trabalhadores afastados, o que impede o envio dos documentos que precisam ser apresentados nessa fase. O alto número de advertências aplicadas aos trabalhadores e o uso do celular próprio do bancário no trabalho para bater suas metas.

SAÚDE

Nos assuntos relacionados à saúde, os representantes dos trabalhadores cobraram o prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87, da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A primeira trata da prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia. Já segunda, aborda as formas de acompanhamento das metas por parte dos bancos.

Para Luciana Duarte, é muito importante começar o ano retomando a pauta de saúde e condições de trabalho. “A pauta entregue ao banco, visa criar um programa de prevenção através do debate sobre cobrança abusiva de metas como fator de adoecimento, o canal de denúncias de assédio que precisa ser confiável e objetivo (cláusula 61), além do programa de retorno e programa de saúde ocupacional do banco”.

Os trabalhadores cobraram ainda um melhor fluxo de atendimento para o afastamento das pessoas. “Existem muitas reclamações de distorções e atrasos de pagamentos, pelo funcionário não saber os procedimentos corretos de apresentação dos documentos necessários”, explicou Luciana. A direção do Itaú se comprometeu a melhorar a comunicação, por meio da produção de uma cartilha, para informar os trabalhadores sobre o fluxo do encaminhamento de documentos necessários para o afastamento via INSS.

Outra reclamação apresentada foi sobre as clínicas médicas do Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) do Itaú. “Há vários casos de pessoas com muitos problemas de saúde que as impossibilitam de trabalhar e que, no ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), aparecem como aptas a trabalhar. Recebemos também casos de denúncias de médicos atendentes que deixam o trabalhador na sala para consultar o médico coordenador, para saber como proceder. Precisamos que o banco apure as reclamações que chegam aos sindicatos”, completou.

DIVERSIDADE

A COE ainda cobrou uma discussão periódica para avançar nessas questões sobre diversidade. “Nós já começamos algumas vezes o debate a respeito deste tema, mas ele sempre foi tratado com muita transversalidade. Nós queremos um debate fixo, para avançarmos efetivamente em todos os temas”, cobrou Sandro Rodrigues, diretor do Sindicato dos Bancário de Porto Alegre.

ACT CCV

O banco Itaú apresentou uma proposta de atualização da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), criada em 2002. A CCV é um fórum tripartite que reúne funcionários, representantes do Sindicato e do banco para discutir e tentar resolver pendências trabalhistas antes de recorrer à Justiça. Qualquer trabalhador pode recorrer à CCV, mesmo quem foi desligado sem justa causa ou quem pediu demissão, já que a CCV atua na reivindicação dos direitos que possam ter sido violados durante o contrato de trabalho. “A proposta foi construída junto com a Contraf-CUT. É importante lembrar que a decisão final de aderência é de cada entidade particularmente”, explicou Jair.

PRÓXIMA REUNIÃO

A próxima reunião ficou agendada para o dia 28 de fevereiro. O Grupo de Trabalho (GT) de saúde se reúne no dia 15 de março.

*com informações da Contraf-CUT

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Movimento Sindical cobra fim da sobrecarga na Caixa

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta terça-feira (23), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando que o concurso público, amplamente anunciado pela imprensa e pelo banco, contrate um número maior de aprovados do que o que foi anunciado (4.000 novas vagas).

No ofício, a Contraf-CUT afirma que “apesar de importante, 4.000 contratações é insuficiente para suprir as necessidades para acabar com a sobrecarga de trabalho, principalmente nas agências”. A entidade de representação nacional das empregadas e empregados do banco lembra que, “com os novos desligamentos que acontecerão por causa do Programa de Demissão Voluntária, este número se torna irrisório.”

“Solicitamos assim que, além das 4.000 que vem sendo anunciadas, haja contratações suficientes para atingir o teto autorizado pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest)”.

Sobrecarga é adoecimento

No ofício, a Contraf-CUT observa que “hoje já existe sobrecarga de trabalho em todas as unidades do banco”. “Com o PDV, o quadro de trabalho pode reduzir ainda mais e isso pode piorar o adoecimento e o afastamento para tratamento de saúde, o que leva a mais uma redução do quadro efetivo de trabalho e novo aumento da sobrecarga, criando um círculo vicioso que prejudica não apenas os empregados e empregadas, mas toda a população brasileira, que precisa do atendimento da Caixa”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a Fabi.

Fonte: Contraf-CUT

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Empregados da Caixa tem até sexta (26) para contestar resultados do “Minha Trajetória”

Em resposta à representação das empregadas e empregados, a Caixa Econômica Federal respondeu que conforme indicado pela “CE DEPES/SUTEM 0005/”, todos os empregados tem direito de contestar os resultados do Programa Minha Trajetória. O prazo para a apresentação do recurso se encerra na sexta-feira, 26 de janeiro.

Em sua resposta, a Caixa observa que, para apresentar o recurso, há a necessidade dos seguintes requisitos:

  • A possibilidade de abertura de recurso refere-se a avaliação dos objetivos SMART;
  • Não é possível abrir recurso da avaliação de competências;
  • É permitida a abertura de um recurso por empregado. Caso o empregado queira recorrer da avaliação de mais de um objetivo, essa opção pode ser escolhida no momento da abertura do recurso;
  • Empregado deve contextualizar o ocorrido, justificando a solicitação e explicando o porquê de a avaliação recebida não estar condizente com a entrega realizada;
  • Para finalizar a abertura do recurso, o empregado deve necessariamente possuir evidência que comprove a contestação da avaliação recebida. Essa evidência deve ser anexada no momento da abertura, em arquivo único em formato PDF; e
  • O recurso é analisado por empregado ocupante de função gerencial, lotado na unidade imediatamente superior à unidade de lotação administrativa do empregado que abre o recurso.

“Agradecemos o retorno da Caixa, mas questionamos a necessidade de o empregado ‘possuir evidência que comprove a contestação da avaliação recebida’ em PDF”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a Fabi.

Para Fabiana, esta exigência não é plausível, uma vez que os objetivos smart podem ser compostos por tarefas e metas subjetivas. “Nestas metas subjetivas, quando não há definição dos métodos de apuração dos resultados para comprovação de que o empregado se esforçou para o cumprimento das tarefas, como ele comprovará, por meio de arquivo PDF, que ofertou um produto?”, questionou.

“Outro exemplo são as metas relativas à captação de recursos. Nesses casos, como o empregado enviará extrato bancário do cliente comprovando a aplicação do recurso sem ferir a lei 13709/2018 (LGPD)?”, acrescentou a coordenadora da CEE.

Isenção na reavaliação

Em relação ao último ponto da resposta da Caixa, a representação dos empregados entende que as contestações deveriam ser analisadas por empregados que não sejam vinculados à superintendência de onde partiram as contestações. “Isso proporciona maior isenção e lisura ao processo”, disse Fabi.

Mesa de negociações

A coordenadora da CEE lembrou ainda que, desde setembro, a representação dos empregados vem solicitando uma mesa de negociações para tratar sobre o “Minha trajetória”. Na ocasião a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lembrou que, ao implementar o “Minha Trajetória” o banco afirmou que a nova ferramenta seria “uma virada de página para corrigir os rumos que estavam estabelecidos na gestão de pessoas” e que o objetivo seria sanar problemas e orientar o desenvolvimento profissional dos empregados. Mas que, “entretanto, têm chegado diversas denúncias nos sindicatos de que, apesar de ter mudado de nome, a ferramenta é o mesmo GDP (programa de Gestão de Desempenho de Pessoas) utilizado anteriormente, com os mesmos objetivos sendo impostos pelos gestores”.

“Já tínhamos constatado diversos problemas no Minha Trajetória e, diversas vezes, solicitado uma mesa de negociações para tratar sobre o tema. O banco não nos respondeu e agora estipula um prazo exíguo para que os empregados contestem os resultados”, afirmou a coordenadora da CEE. “As empregadas e empregados não podem ser prejudicados pela ausência de negociações da parte do banco”, completou Fabi ao reforçar o pedido de negociações.

*com informações da Contraf-CUT

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Coletivo de saúde conquista avanços importantes em mesa bipartite

A primeira reunião do ano da mesa bipartite de saúde entre o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pelo Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na manhã desta terça-feira, 23 de janeiro, teve avanços importantes, com a possibilidade de acordo em diversas reivindicações.

No início da discussão sobre aditivo da cláusula 61 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que trata da prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia, o movimento sindical cobrou um melhor fluxo para dar tranquilidade ao denunciante para procurar os canais disponíveis com garantia de sigilo e resolutividade da denúncia.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, participou da reunião, representando a entidade.

“A mesa de negociação sobre saúde sempre é importante e percebemos que a Fenaban está disposta ao debate e melhorar os processos no acompanhamento aos bancários adoecidos. Acredito que na próxima reunião, previamente marcada para 14 de março, teremos respostas positivas quanto ao protocolo e seminário sobre adoecimento no ambiente de trabalho, propostos hoje. Estou confiante.”, declarou Lizandre.

Para Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, “o trabalhador tem medo de fazer denúncia e, quando faz, muitas vezes, vem a partir do Ministério Público, o que acaba nos jornais e dá uma visibilidade maior. Precisamos atrair para os canais acordados, para que sejam resolvidos de forma mais rápida”, orientou.

A Fenaban se comprometeu a responder a proposta sobre fluxo, sigilo e medidas contra o assédio, como cursos para gestores e a criação de uma comissão bipartite para apuração das denúncias.

Canal de atendimento e acolhimento

Outra reivindicação dos representantes dos trabalhadores é a criação de um canal de atendimento humanizado com um fluxo transparente e descomplicado, com informações do que fazer em caso de necessidade de afastamento. A Fenaban se comprometeu a apresentar uma proposta de fluxograma para ser debatido.

Clausula 61

Os trabalhadores reivindicam também a atualização dos mecanismos de prevenção de conflito no ambiente de trabalho. “Precisamos que essa cláusula seja aperfeiçoada, atualizada, modernizada, pois é antiga. No período foi ousada, já que o tema era pouco debatido. Mas, hoje a sociedade, como um todo, o conhece e já evoluiu bastante. Nós precisamos atualizá-la para que aborde de forma mais profunda o assédio moral no local de trabalho.”

PCMSO

Os trabalhadores ainda cobraram melhorias no Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO). “Nós gostaríamos de ter os dados de afastamento, até para poder sugerir medidas para rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho. Importante balizar também a questão de reconhecer os riscos dos bancos. Já há uma deturpação no início do processo que não reconhece. Esse reconhecimento é importante. O que a gente quer nada mais do que discutir o que está em lei. O relatório anual do PCMSO prevê uma discussão com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Nós queremos participar deste debate. Utilizar essas ferramentas já definidas para discutir medida bipartite para melhorar os locais de trabalho”, salientou Mauro.

O secretário de saúde ainda respondeu aos representantes da Fenaban, que negaram a reivindicação, por entenderem que haveria uma sobreposição à CIPA. “Não queremos tirar o papel da CIPA, muito pelo contrário, queremos a ampliação. Infelizmente a lei define apenas um cipeiro a cada 100 trabalhadores. Com isso, poucos locais de trabalho têm CIPA nos bancos. Consequentemente, não temos PCMSO exclusivos de diversos locais, o relatório é centralizado. Nós queremos analisar os números conjuntamente para pensar em forma de melhorar os locais de trabalho um a um”, completou Mauro, ao lembrar que as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) definem a participação dos trabalhadores nessas discussões.

Debates futuros

A próxima reunião da mesa bipartite de saúde ficou agendada para 14 de março, às 10h, em São Paulo. O movimento sindical se comprometeu a apresentar a pesquisa sobre saúde mental e uma proposta de código de conduta e protocolo para fluxo de combate ao assédio moral nos locais de trabalho.

*com informações da Contraf-CUT

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Repasses de contribuições sobre demandas trabalhistas serão feitos pelo BB à Cassi

O Banco do Brasil (BB) e a Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi) concluíram os entendimentos a respeito dos repasses das contribuições patronais sobre verbas salariais ou remuneratórias, pagas em demandas trabalhistas movidas contra a entidade. O valor que a Cassi receberá é de R$ 337,7 milhões, correspondente ao período de 13 anos, desde 2010, quando o banco interrompeu o envio dos recursos. A partir de agora, o pagamento também será regularizado.

O presidente da Cassi, Claudio Said, explica que “o BB reconheceu a questão e se dispôs a resolvê-la, numa iniciativa que é uma vitória institucional, tanto da Cassi como do banco, que teve a sensibilidade de eliminar essa pendência de modo permanente”. Claudio ressalta que “é importante lembrar que se trata de uma solução do passado e para o futuro também, pois, a partir de agora, sempre que o BB pagar uma ação, também fará o recolhimento da contribuição para a Cassi automaticamente”.

Para a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) e Conselheira Fiscal da Cassi, Fernanda Lopes, “essa é uma vitória do movimento, que lutou pela retomada dos repasses e atuou junto ao banco durante as negociações para resolver esse problema, que já se arrastava há 13 anos”.

Para o integrante do Conselho Administrativo da Cassi, Alberto Alves Junior, “é muito importante que os recursos referentes a essas contribuições estejam entrando neste momento, pois possibilita um maior equilíbrio financeiro para o Plano de Associados”.  O conselheiro também lembra que “são valores recuperados, que deveriam ter sido recolhidos ao longo dos anos, mas que somente agora foram reconhecidos pelo BB, que definiu o repasse”.

Processo detalhado

O BB, como patrocinador, faz uma contribuição ao Plano Associados da Cassi de 4,5% da folha de cada beneficiário, que participa com mais 4%. Esses percentuais também incidem sobre verbas salariais e remuneratórias pagas ao funcionário em cumprimento a decisões judiciais ou definidos em conciliação entre as partes – as chamadas “reclamatórias trabalhistas”.

Os repasses referentes a esses pagamentos é que foram suspensos pelo banco em 2010 e serão feitos agora. O montante de R$ 337,7 milhões é a somatória todos os casos do período, atualizados individualmente com base no índice da taxa básica de juros brasileira, a Selic.

Claudio Said ressalta que “houve uma apuração, com levantamento detalhado de processo a processo e cálculos realizados tecnicamente por uma comissão com representantes do banco e da Cassi. Foi um trabalho muito consistente”.

Fernanda Lopes também observa que, “visto que essa é a contribuição patronal, a Cassi ainda vai buscar a pessoal, ou seja, do funcionário, inclusive com a colaboração do BB”. A coordenadora afirma que “nessa fase, o movimento sindical também estará presente, acompanhando e contribuindo, afinal a sustentabilidade da Cassi é do interesse de de todas e todos os funcionários e funcionárias do BB”.

Leia aqui nota publicada pela Cassi sobre o repasse.

Fonte: Contraf-CUT

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Pastor escravagista não virá mais ao Brasil

O pastor evangélico norte-americano Douglas Wilson, autor de dois livros que defendem que a escravização de negros e negras por cristãos é autorizada na Bíblia, não virá mais ao congresso Consciência Cristã, que ocorre durante o Carnaval, em Campina Grande, na Paraíba.

A vinda do escravagista ao Brasil foi cancelada após publicação de reportagem sobre sua presença no evento, pelo site de jornalismo investigativo Intercept Brasil, em 16 de janeiro. O anúncio foi feito pela associação conservadora Visão Nacional para a Consciência Cristã, responsável pelo congresso, por causa de “polêmicas levantadas por interpretações de falas sobre o tema sensível da escravidão”.

Wilson, líder da Igreja de Cristo, em franco crescimento nos Estados Unidos, é um teólogo fundamentalista, autor de dois livros que defendem a escravização de pessoas negras por cristãos. Essas publicações já exercem grande influência na extrema direita brasileira.

Ele é um dos articuladores do “nacionalismo cristão”, organização vista como séria ameaça à democracia, que atuou na invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2022, para tentar impedir a posse de Joe Biden, que havia derrotado o ultraconservador Donald Trump nas eleições.

Como pontua o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, “tanto a Constituição como o Código Penal vetam escravidão no Brasil, então as palavras desse pastor são ilegais aqui”. Racismo é crime imprescritível, com pena de dois a cinco anos de prisão.

O secretário também avalia que “a presença desse pastor em um evento religioso no Brasil seria uma afronta à sociedade como um todo, pois além do atraso mental que o leva a defender esse disparate, nós, negros e negras, compomos 57% da população brasileira”.

Várias entidades, como a Contraf-CUT e o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) se mobilizaram para impedir a vinda do escravagista, além de forte pressão dos movimentos negros, iniciada logo que a matéria do Intercept foi publicada. “Esse pastor ataca todos os direitos humanos, e o Brasil está buscando voltar à normalidade, que inclui o bom diálogo inter-religioso; por isso esse pastor não tem espaço para pregar o ódio por aqui”, conclui Almir.

Fonte: Contraf-CUT

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Empresas brasileiras distribuíram 218,8 bi em dividendos

Empresas brasileiras distribuíram, em 2023, o total de R$ 218,8 bilhões em dividendos sobre seus lucros aos seus acionistas, segundo relatório da Fintech Meu Dividendo. O campeão em retorno por ação é o Banco da Amazônia, que pagou R$ 5,32 por ação. O segundo e terceiro no ranking também são bancos (Banco do Brasil, R$ 4,57 por ação, e Banco do Nordeste, R$ 3,52 por ação). A primeira empresa que não é do ramo financeiro a figurar na lista é a Brasilagro – Cia. Brasileira de Produtos Agrícolas, em quinto lugar, que pagou R$ 3,21 por ação. Entre os dez primeiros, oito são do ramo financeiro, cinco são bancos.

“É uma grande rentabilidade para os acionistas”, avaliou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale. “Esperamos que quem sofre para cumprir as metas abusivas impostas para garantir os altos lucros aos bancos, que são os trabalhadores da categoria bancária, tenham seus esforços reconhecidos. Principalmente neste ano, que teremos campanha para reajustes de salários e dos direitos econômicos e sociais da categoria”, completou.

Quando se trata de volume de recursos distribuídos, a campeã é a Petrobrás, seguida da Vale. Mas os cinco maiores bancos do país também fazem parte da “lista dos 10 mais”, sendo o Banco do Brasil em terceiro, Itaú em quarto e BB Seguridade em quinto, Bradesco em sétimo, Santander em oitavo e Caixa Seguridade em décimo.

>>>>> Veja as empresas que mais pagaram dividendos em 2023

Taxação dos dividendos

Para Walcir, é preciso mudar a legislação para tributar a distribuição de dividendos do Brasil. “No Brasil, o trabalhador tem sua renda taxada, mas o especulador ganha sem ser taxado. É preciso mudar isso para que haja mais justiça tributária”, defende o dirigente da Contraf-CUT, que é uma das entidades que compõem a coordenação da Campanha Tributar os Super-Ricos, que apresentou uma série de projetos ao Congresso Nacional, com propostas para aumentar a arrecadação por meio da taxação de uma pequena parcela de super-ricos da população brasileira, que tem diversos benefícios tributários.

Saiba mais sobre a Campanha Tributar os Super-Ricos

Fonte: Contraf-CUT

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Desenrola já renegociou R$ 33 bi de 11 milhões de pessoas endividadas

O Desenrola Brasil, programa lançado pelo governo federal para diminuir o número de famílias inadimplentes no país, já negociou cerca de R$ 33 bilhões em dívidas de quase 11 milhões de pessoas, na etapa lançada em outubro. A informação é do secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, em entrevista divulgada nesta quarta-feira (17), ao Valor Econômico. Com esse montante, ele afirma que “o programa já é um sucesso”.

O encerramento do programa estava previsto para dezembro passado, quando um total de R$ 29 bilhões em dívidas havia sido negociado, mas o Ministério da Fazenda prorrogou o programa por mais três meses. O novo período termina em 31 de março.

Até setembro do ano passado, ainda durante a primeira etapa lançada em julho, o programa havia negociado R$ 11,7 bilhões, incluindo as que tiveram o perdão de até R$ 100.

Quando iniciado, o governo destacou que o Desenrola teria o potencial de limpar o nome de 70 milhões de brasileiros endividados, entretanto, como Pinto destacou, até agora cerca de 11 milhões lançaram mão do benefício.

“Essa informação mostra que é preciso aumentar a divulgação do Desenrola, para alcançar ainda mais a população”, avalia o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale. “Esse programa, idealizado pelo governo e acordado com os bancos, é sem dúvida um programa social fundamental para o desenvolvimento, porque dá oportunidade para que muitas famílias voltem ao mercado do consumo”, completou.

Na chamada faixa 1 do programa, que abrange pessoas que recebem até dois salários-mínimos com dívidas bancárias e não bancárias, os descontos médios são de 83% nas dívidas. Já na chamada faixa 2, que tem como foco a negociação de dívidas com bancos e financeiras, entram as pessoas com renda de dois salários-mínimos a R$ 20 mil.

O pagamento dos refinanciamentos, que contam com o respaldo do Fundo Garantidor de Operações (FGO), pode ser feito parcelado em até 60 meses, com juros de 1,99% ao mês.

“Sabemos que o Brasil é um país onde o sistema bancário pratica taxas de juros extorsivas. Além disso, o Banco Central, responsável pela política monetária, também veio praticando, ao longo dos últimos anos, uma taxa básica de juros absurda, que impacta nos juros cobrados pelos bancos. De forma que esse cenário promoveu o endividamento das famílias e empresas no Brasil, a ponto de a proporção de famílias com contas a vencer ter superado os 70%, desde 2022″, destacou Walcir Previtale.

CNM limita juros

Além do Desenrola Brasil, outra iniciativa para ajudar a vida financeira da população brasileira foi a recente decisão do Conselho Monetário Nacional (CNN) de limitar em 100% do valor da dívida principal o valor cobrado a título de juros de dívidas do rotativo do cartão de crédito e da fatura parcelada, contraídas a partir de 3 de janeiro.

Segundo dados do Banco Central, a taxa de crédito rotativo variou para 434,4% ao ano em novembro de 2023, contra 445% em outubro. No mesmo período, a taxa do parcelado do cartão variou para 195,2%, contra 195,6% um mês antes. E, no cheque especial, a taxa de juros cobrada variou de 131,4% para 132,7%, entre outubro e novembro.

“Esse país se tornou o paraíso dos bancos, e isso dificulta o desenvolvimento de vários setores da economia real e das próprias famílias, que ficam com menos dinheiro para investir em cultura, nos estudos ou na casa própria, por exemplo. Porque o sistema financeiro drena grande parte dos recursos por meio dos juros extorsivos”, explica a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores, Juvandia Moreira. “Então, apesar de a oferta de crédito ser algo importante para incentivar a economia, por conta das taxas de juros abusivas, as famílias e empresa entram numa verdadeira bola de neve e não conseguem honrar suas dívidas, resultando no alto índice de inadimplência que enfrentamos hoje”, completou.

Site oficial do Desenrola Brasil

Para negociar as dívidas, é preciso acessar o site oficial do programa que é desenrola.gov.br e ter uma conta Gov.br bronze, prata ou ouro. Veja o vídeo tutorial abaixo e o passo a passo:

1. Acesse o site Gov.br e clique no botão “criar conta gov.br”. Ou baixe o aplicativo Gov.br no celular.
2. Digite o CPF. Caso ainda não tenha uma conta, você será direcionado para criar uma.
3. Depois de entrar com seu CPF, leia o documento com os termos de adesão e clique em “continuar”.4. Entre com os dados de sua conta bancária ou clique em “Tentar outra forma”.
5. Responda às perguntas e clique em “continuar”. Em seguida, você receberá um código por e-mail ou celular.
6. Para concluir a criação da conta, digite o código que receber e crie sua senha.

Fonte: Contraf-CUT

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BB bate recorde histórico na liberação de crédito rural em 2023

Em nota divulgada nesta semana, a direção do Banco do Brasil informou que R$ 195 bilhões foram desembolsados para 612 mil operações de crédito rural, de janeiro a dezembro de 2023. O volume é recorde na história de créditos ofertados pelo banco público ao setor e 8,4% superior ao que foi liberado em 2022.

Segundo a instituição, esses valores voltados ao campo contribuíram para a marca recorde de produção alcançada no ano passado. Do total desembolsado, R$ 22 bilhões foram liberados por meio do Pronaf, o programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar.

Plano Safra e segurança alimentar

“Esses resultados recordes mostram o fortalecimento do BB como um banco público e indutor do desenvolvimento. É incontestável que a empresa é líder no segmento de crédito rural e, principalmente, na indução da agricultura familiar, setor responsável por 70% dos alimentos consumidos nas nossas mesas“, avalia a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. A dirigente lembra que, de 2016 a 2021, a participação do BB no crédito rural havia caído de 60% para 54%, sendo que só no crédito para o Pronaf, a queda havia sido de 32% no período.

O BB destacou ainda que o Plano Safra 2023/2024, programa do governo criado para impulsionar o setor agropecuário, tanto por meio de incentivos quanto por meio de créditos, teve peso fundamental no total da sua carteira de crédito.

Em julho do ano passado, o BB anunciou o destino de R$ 240 bilhões em crédito para o plano vigente, valor 27% maior do que o anunciado para o Plano Safra anterior, de 2022/2023. Nos seis primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, ou seja, de julho a dezembro passado, foram desembolsados R$ 120 bilhões, volume também recorde e que representa aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do plano anterior.

Com o BNDES

Em 2023, o BB desembolsou R$ 3,5 bilhões nos programas de investimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor é 23 vezes maior do que o de 2022, que foi de apenas R$ 154 milhões.

“O Banco do Brasil é um dos parceiros do BNDES no repasse de empréstimos em programas da instituição”, explica o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção. “Essa atuação conjunta faz parte do que nós, trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro, defendemos em relação aos bancos públicos, que é a participação dessas instituições, com todo seu potencial econômico, no projeto de desenvolvimento do país que queremos, um país sustentável, mas também tecnológico e inclusivo”, completa.

O BB atua com as linhas BNDES Automático e Finame, voltadas para a automação e modernização de empreendimentos de diversos setores da economia, incluindo o rural. Dos R$ 3,5 bilhões desembolsados no ano passado, cerca de um terço dos recursos foi direcionado a produtores rurais e cooperativas. O restante para micro, pequenas, médias e grandes empresas.

Fonte: Contraf-CUT

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24 de Janeiro – Dia da aposentada e do aposentado

No dia 24 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional do Aposentado, instituído pela Lei 6.926, de 30 de julho de 1981

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) parabeniza todas as bancárias e os bancários aposentados.

Em 2023 foi dado um passo significativo para a organização deste importante segmento da categoria: a criação, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Comissão Nacional dos Aposentados, que teve sua primeira reunião nos dias 13 e 14 de novembro de 2023, em São Paulo.

A reunião contou com a participação de representantes de diversas Federações e Sindicatos do país.

Do rico debate, surgiram propostas a serem implementadas pela Confederação, Federação e pelos Sindicatos que visam organizar, representar e defender as bancárias e bancários aposentados.

“Esse, com certeza, é um desafio que iremos enfrentar e vencer, porque da luta não nos aposentamos.”, declarou Jorge Valverde, do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região.

Jorge e Rita Lima, do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, são os representantes da Fetraf RJ/ES na Comissão.