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Mesmo em meio a pandemia, Itaú lucra R$ 18,91 bilhões em 2020

O Itaú obteve um lucro líquido de R$ 18,91 bilhões em 2020, contra R$ 26,58 bilhões em 2019 (-28,87%). Enquanto que o Lucro Líquido Recorrente somou R$ 18,53 bilhões, variando 34,65% em relação ao de 2019 (R$ 28,36 bilhões). De acordo com o banco, a despeito do resultado menor, houve sinais de melhora no 4º trimestre de 2020, com crescimento da carteira de crédito na maior parte dos segmentos. O retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) foi de 14,5%, com queda de 9,2 p.p., enquanto, no Brasil, o retorno foi de 15,3% (queda de 9,6 p.p. em comparação a 2019).

“Em um ano apático pela crise econômica gerada com a pandemia, no qual muito setores sofreram perda e diminuição de trabalhadores, o Itaú teve um lucro. Isso prova que o sistema financeiro continua rentável no Brasil e não há motivo para demissão de seus trabalhadores, mas sim a necessidade de aumentar o nível de emprego na categoria”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Um item com forte impacto nos resultados do banco foi a conta de impostos e contribuições, que passou de uma despesa de, aproximadamente, R$ 4,26 bilhões em 2019, para uma receita de quase R$ 9,8 bilhões em 2020, devido à entrada de créditos tributários. Ainda assim, o resultado antes dos impostos ficou 77,81% menor em relação a 2019, fechando 2020 em R$ 6,98 bilhões.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, caiu 0,7 p.p., ficando em 2,3%. Ainda assim, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 26,13% no ano, totalizando R$ 30,14 bilhões.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,45% em doze meses, totalizando R$ 39,57 bilhões. As despesas de pessoal, por sua vez, caíram 5,82%, somando R$ 22,42 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 176,55% no período.

Ao final do 4º trimestre de 2020, a holding contava com 83.919 empregados no país, com crescimento de 2.228 mil postos de trabalho em doze meses, mas uma redução de 353 postos em relação ao trimestre anterior. Importante salientar que, a partir do segundo trimestre, o total de empregados passou a considerar também os trabalhadores da ZUP (empresa de tecnologia adquirida em outubro de 2019). Em doze meses, foram fechadas 117 agências físicas no Brasil e não foi aberta nenhuma agência digital, totalizando 3.041 e 196, respectivamente.

Fonte: Contraf-CUT

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Comando Nacional dos Bancários cobrará da Fenaban mais proteção da categoria contra a pandemia

Nesta terça-feira (2), Comando Nacional dos Bancários vai se reunir na próxima terça-feira (2) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir a adoção de medidas preventivas para proteger a categoria diante do agravamento da Covid-19. A retomada do trabalho em regime de teletrabalho, com rodízio das equipes, para reduzir a aglomeração nos locais de trabalho, será o tema da reunião.

“Com o agravamento da pandemia, os bancos precisam adotar novas medidas preventivas para proteger a categoria. Quando a pandemia começou, conseguimos tomar providências como o incremento do teletrabalho, além de medidas e cuidados nos locais de trabalho. Agora, precisamos redobrar os cuidados e até mesmo ampliar o teletrabalho para reduzir os riscos de contágio”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Juvandia destaca que a necessidade de se ampliar as medidas protetivas na categoria bancária se faz necessária porque o governo federal tem se mostrado incapaz de adotar uma política que proteja a população da pandemia. “O governo não conseguiu montar um estoque de vacinas, falhou na tragédia de Manaus, onde faltou oxigênio para as vítimas da doença. Precisamos aumentar a proteção para evitar novas tragédias pelo país”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Levantamento feito na tarde desta segunda-feira (1) pelos órgãos de imprensa mostrou que o Brasil registrou 9.204.386 casos de Covid 19 e 224.601 mortes.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários conquistam reajuste no Programa Bolsa Auxílio Educação do Itaú

Os bancários do Itaú conquistaram reajuste no Programa Bolsa Auxílio Educação para 2021. O acordo foi firmado na reunião desta quinta-feira (28), realizada por videoconferência, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco.

Serão 5.500 bolsas de estudo, no valor de R$450, um reajuste de aproximadamente 10%, na comparação com o valor do ano passado. Para 2022, o reajuste do programa será o mesmo da categoria para os salários, ou seja, a reposição do INPC, mais 0,5%. A estimativa é o valor seja de aproximadamente R$480.

O banco Itaú anunciou ainda a permissão de acessos à plataforma digital com uma diversidade de cursos, vídeos, palestras e fóruns abertos para todos os funcionários, dependentes, trabalhadores desligados e dirigentes sindicais.

“É importante ressaltar que a concessão dessas bolsas de estudo é uma conquista dos trabalhadores, desde 2009, e estão previstas no acordo aditivo de trabalho (ACT). Elas são fruto de reivindicações e negociações da categoria. Ou seja, é mais um exemplo de que os trabalhadores organizados conseguem avanços”, lembrou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.

As inscrições para o Programa Bolsa Auxílio Educação 2021 para a primeira e a segunda graduação e para a primeira pós graduação já estão abertas desde dezembro de 2020. Para realizar a inscrição, os interessados devem acessar o IU Conecta pela rota: Para mim> Benefícios> Bolsa Auxilio Educação> Inscrição no ranking. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de janeiro de 2021.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários do BB fazem paralisação nacional contra reestruturação

Funcionários do Banco do Brasil fazem nesta sexta-feira (29) uma paralisação contra o pacote de reestruturação que a direção do banco pretende aplicar. A mobilização foi discutida e organizada em sindicatos de norte a sul do país. A reestruturação prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários.

“Os sindicatos têm passado nas agências, levando faixas e conversando com os bancários, para que a gente faça uma grande mobilização no dia de amanhã, contra essa reestruturação. Só assim iremos forçar o banco a negociar” disse o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O plano que prevê milhares de demissões e fechamento de centenas de agências e outras unidades do BB não foi discutido com os funcionários e seus representantes. A reação à reestruturação vem crescendo desde o seu anúncio, no dia 11 deste mês. Na semana passada, dia 21, houve um Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação, que mobilizou funcionários em todo o Brasil. Foram realizadas reuniões nas agências e escritórios, distribuição de uma carta aberta à população, colagem de cartazes e um tuitaço com a hashtag #MeuBBvalemais, que figurou entre os 10 assuntos mais comentados no Twitter.

Para João Fukunaga, a paralisação desta sexta acontece em um momento grave do país, que vive o impacto da segunda onda da pandemia. “É uma luta de dentro do BB para fora, para a população. É uma luta para preservação da vida das pessoas, de quem é grupo de risco. Estamos convocando o pessoal que está em home office a não bater o ponto, para fazermos uma grande mobilização. Essa é uma greve de dentro para fora, por conta, inclusive, da pandemia, da grande parte dos funcionários estarem em home office”, explicou o coordenador da CEBB.

Lucros

Outro ponto destacado por Fukunaga é que, para a direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

“Para a direção do banco, o que vale nessa reestruturação, com a desestruturação de famílias, retirada de comissão, forçando as pessoas a saírem no PDV é o pagamento dos acionistas. é para isso que está sendo feita essa reestruturação. com isso, a gente vê o quanto o funcionário vale para o banco”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

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Para conter avanço da miséria, Dieese defende revisão das reformas trabalhista e da Previdência

A pandemia de covid-19 aliada às políticas de desmonte do Estado vão aprofundar a pobreza e a miséria no Brasil. Essa é a conclusão da diretora técnica adjunta do Dieese Patrícia Pelatieri, durante participação em um debate intitulado “Previdência Social Pública e Classe Trabalhadora”. O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) como parte das atividades do Fórum Social Mundial Virtual 2021.

Patrícia faz relação direta entre a falta de políticas públicas de geração de emprego e renda e de amparo ao trabalhador durante a pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro com a reforma da Previdência, aprovada no fim de 2019. “Antes da pandemia os dados já apontavam para isso (crescimento da pobreza). Agora, o sentimento dos trabalhadores e das trabalhadoras será de urgência por um Brasil sem miséria. É uma tragédia nacional, essa é a real dimensão”, disse.

País de miseráveis

A especialista explicou que o sistema da Previdência foi fragilizado, e que com o derretimento dos empregos formais, ela pode se tornar cada vez mais insignificante. “Existe um sistema de compensações. Quem está no mercado de trabalho hoje mantém os aposentados e pensionistas. É um sistema de repartição. Esse formato permanece mesmo com as reformas. Isso é importante porque, como a Previdência é contributiva, o que acontece no mercado de trabalho hoje impacta diretamente sobre ela no futuro.”

“Se pudéssemos sintetizar o que pode acontecer com os trabalhadores olhando para o desemprego, a pandemia e as mudanças na Previdência, seria a imagem da miséria. Pode acontecer um aumento muito acelerado da miséria e da pobreza. Inclusive de pessoas mais velhas que perdem a proteção social. Podemos ter um país de miseráveis”, continuou Patrícia.

Olhar para o futuro

Diante do cenário, considerado preocupante, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, conclama a sociedade para manter a luta sobre a Previdência ativa. “Que os trabalhadores não desistam da Previdência. Dependendo de como ela estiver, muitos trabalhadores vão deixar de querer pagar a Previdência, pensando somente na aposentadoria em si”, disse.

Paulo alertou sobre os impactos nefastos do desmonte do Estado a partir de urgências de hoje. “Temos o maior sistema de Saúde do mundo. O único que tem uma plataforma capaz de vacinar todos. Querem destruir. A Previdência é a maior carteira de benefícios do mundo também. Conquistamos tudo isso e agora querem destruir. Precisamos mobilizar para que possamos refletir sobre tudo isso. Fundamentalmente como reverter esses ataques”, disse.

A partir deste pensamento, Patrícia pediu a mobilização em torno da revisão de reformas prejudiciais aos trabalhadores. “Desde 2016 tivemos uma redução da proteção social, redução nos investimentos em áreas sociais, desestruturação do mercado de trabalho, economia desaquecida, baixo dinamismo, tudo isso em razão das reformas feitas. A Emenda Constitucional 95 – do Teto de Gastos –, as reformas trabalhista e da Previdência e as privatizações”, citou.

“Tudo isso nos levou a uma mais alta concentração de renda e fragilização dos (direitos dos) trabalhadores. É urgente a implementação de ampliação e financiamento do gasto público. Existem opções. Precisamos de uma reforma tributária que eleve impostos dos super ricos e a torne mais progressiva, retirar imediatamente o teto de gastos. O cenário é muito preocupante. Precisamos de renda cidadã urgente. Precisamos elevar as parcelas do seguro desemprego. Estimular o investimento público para que a economia retorne. Precisamos de políticas ativas no mercado de trabalho. Urgentemente, precisamos repactuar os direitos trabalhistas”, completou.

Fonte: Rede Brasil Atual

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‘Pandemia escancarou a necessidade de lutar contra a desigualdade’, diz fundador do Fórum Social Mundial

Ampla gama de estudos econômicos realizados desde o início da pandemia de covid-19 no mundo desmascaram os problemas do capitalismo neoliberal e o agravamento da desigualdade social no mundo. O abismo entre classes é um dos principais temas do Fórum Social Mundial (FSM), desde sábado (23). Para Oded Grajew, idealizador do evento e presidente emérito do Instituto Ethos de Responsabilidade Social, é urgente discutir um novo modelo econômico para o mundo pós-crise sanitária.

Realizado de maneira virtual, o FSM chega à sua 20º edição. Além das desigualdades de renda e seus recortes de raça e de gênero, o evento debate a defesa da democracia e a preservação do meio-ambiente. O Fórum ocorre até o próximo dia 31 e pode ser acompanhado em seu portal.

A Oxfam Brasil aponta que os mil maiores bilionários do mundo já conseguiram reaver as perdas financeiras provocadas na pandemia. Entretanto, os mais pobres, deverão levar pelo menos 14 anos para recuperar o nível de pobreza que tinham antes da covid. A entidade mostra também que as grandes corporações lucraram muito mais com a crise sanitária.

Oded Grajew afirma que o modelo econômico global se alimenta dessa desigualdade e deixa a população pobre cada vez mais vulnerável. “Diante da pandemia e sua escassez, os super-ricos detém a maior parte do poder político, então submete as decisões aos seus interesses, deixando seus recursos mais protegidos. A pandemia escancarou a enorme desigualdade do mundo, que tem suas raízes no modelo capitalista neoliberal, desconectada com os direitos humanos”, afirmou ao jornalista Gilberto Nascimento, na Rádio Brasil Atual.

Brasil no FSM21

Governado por Jair Bolsonaro, o Brasil vive um cenário inédito desde a criação do Fórum Social Mundial. Sob um governo autoritário, os brasileiros podem buscar mudanças para o país, no FSM, avalia Grajew.

Na avaliação do idealizador do Fórum, a conexão do Brasil ao autoritarismo também está ligada ao aumento da desigualdade social. “Nós menosprezamos, ao longo dos anos, a questão da desigualdade, que é responsável por originar regimes autoritários”, explicou Oded. Porém, ele acredita que a ficha da população está caindo. “Com 200 mil mortos e ameaças do presidente, estamos vendo uma mobilização social no sentido de reagir a essa situação do Brasil”, acrescentou.

Outra pauta que precisa ser debatida no evento, ao analisar o cenário brasileiro, é a volta do país ao Mapa da Fome, após o impeachment de Dilma Rousseff. “Demoramos muitos anos, foram várias ações e políticas públicas, para que o país saísse do Mapa da Fome. Somos um dos países mais ricos do mundo, o que deixa nossa desigualdade e nossa fome mais humilhante. Temos tantas riquezas, tantos recursos para alimentar nosso povo, que nos deixa mais triste”, criticou.

Fonte: Rede Brasil Atual

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BB aumenta dividendos às custas de 5 mil demissões

O Banco do Brasil decidiu ampliar sua distribuição de dividendos em 2021. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25), em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

O documento é assinado por Carlos José da Costa André, Vice-Presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores. “O valor do payout definido pelo Conselho de Administração considerou os balizadores constantes na Política, em especial, o resultado do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional”, diz o documento.

O anúncio é feito no momento em que a direção do BB pretende fazer 5 mil demissões e fechar centenas de agências, postos de atendimento e escritórios. “Está explicada a reestruturação. O banco faz a reestruturação, mexe com a vida dos funcionários, retira salário das bancárias e bancários, mas aumenta os dividendos. Tudo para economizar R$ 300 milhões”, criticou o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Na semana passada, dia 21, funcionários do Banco do Brasil fizeram manifestações de protesto contra o plano de reestruturação da direção do banco de norte a sul do país. Foram reuniões em agências e outras unidades do BB, um tuitaço que ficou entre os 10 assuntos mais comentados do Twitter, além de colagens de cartazes e distribuição de uma carta para explicar à população o impacto negativo no atendimento com o fechamento das agências e a redução do quadro de funcionários. Nesta semana, sindicatos de todo o Brasil vão discutir a realização de uma paralisação nacional dos funcionários do BB na sexta-feira (29).

Fonte: Contraf-CUT

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COE discute com Santander o agravamento da pandemia

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu na última sexta-feira (22) com representantes do banco para discutir questões relacionadas ao agravamento da pandemia da Covid19. A COE reivindicou a retomada do trabalho em regime de teletrabalho, com rodízio das equipes, visando reduzir a aglomeração nos locais de trabalho, bem como um aditivo ao atual acordo de horas negativas. O Santander se recusou a discutir mudanças no teletrabalho. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (28) para definir uma posição sobre o banco de horas negativas.

“Vários trabalhadores dizem que o clima dentro do banco está normal. Muitos gestores não sabem o que fazer quando alguém da equipe está com suspeita de Covid-19. Há demora na tomada de decisão, o que pode implicar na morte de trabalhadores”, alertou Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE.

“O banco se recusou a discutir a retomada do home office e reduzir o trabalho presencial. O Santander diminuiu as equipes de rodizio. É um atentado à saúde e à vida manter esse contingente no presencial quando alcançamos 210 mil mortos e piora a cada dia da pandemia. Vamos começar a responsabilizar o Santander pelas coisas que estão acontecendo. Na quinta-feira voltaremos a discutir. Queremos falar sobre o banco de horas negativas. Por enquanto, essa discussão está suspensa”, disse coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.

Visitas externas

A COE cobrou dos representantes do banco o fato dos funcionários serem pressionados a fazerem visitas presenciais a clientes. Os representantes do banco disseram que a orientação é para as visitas a clientes serem feitas por vídeo e só ocorrem casos de visitas presenciais “quando é essencial”. Também foi apontado pela COE que o protocolo de ações contra a Covid-19 não está sendo cumprido em diversos locais de trabalho e que as recomendações e orientações acampam tendo interpretações diferentes pelos gestores.

Fonte: Contraf-CUT

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Federação de sindicatos da China promete ajuda ao Brasil nas vacinas

Representantes do Fórum das Centrais Sindicais – que reúne CSB, CTB, CUT, Força, Nova Central e UGT – realizaram um encontro virtual nesta quinta-feira (21) com a direção da Federação Nacional dos Sindicatos da China (FNSCH) para tratar dos esforços por vacinas contra a covid-19 no Brasil. Os chineses comprometeram-se a intermediar o diálogo entre as centrais brasileiras e o governo de Pequim para a liberação de insumos para os imunizantes.

“Vamos usar todos os nossos canais e esforços para levar a mensagem de vocês ao governo central e ao Partido [Comunista Chinês] sobre as necessidades imediatas do povo brasileiro ante a pandemia”, afirmou o secretário internacional da FNSCH, An Jianhua.

As centrais buscaram estreitar as relações entre os dois país, estremecida após uma série de ataques aos chineses promovida por integrantes do governo brasileiro. Tanto o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, como o próprio presidente Jair Bolsonaro atribuem à China responsabilidades pela ocorrência da pandemia. Além disso, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também se destaca pelas agressões às autoridades diplomáticas da China.

Contudo, sem citar nominalmente as autoridades brasileiras, Jianhua afirmou que “algumas palavras de ignorantes” não vão comprometer as relações amistosas entre os dois países. Além disso, ele agradeceu uma carta das centrais enviada ao Congresso, em novembro, em desagravo à série de ofensas proferidas.

A FNSCH é a maior entidade sindical do mundo, com 302 milhões de trabalhadores filiados, reunidos em 1,7 milhão de sindicatos. A entidade também ocupa a vice-presidência na Assembleia Popular, o mais importante órgão legislativo do país comunista.

Além da coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac e distribuída no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, os chineses produzem insumos para diversas outras vacinas.

União

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que a iniciativa demonstra a organização do movimento sindical brasileiro. “Iremos aonde for necessário. Falaremos com todos os interlocutores que puderem nos ajudar a enfrentar essa crise sanitária, agravada pela incompetência e sordidez do presidente Bolsonaro”, afirmou ele.

O contato diplomático com os chineses ocorre dois dias após as Centrais firmarem acordo com o governo venezuelano para o fornecimento de 80 mil metros cúbicos de oxigênio por semana para Manaus. No encontro, os sindicalistas chineses também manifestaram solidariedade à população do Amazonas, e prometeram, ademais, o envio de ajuda humanitária à região.

Com informações da CUT

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Funcionários do BB fazem Dia Nacional de Luta contra a reestruturação

Agências do Banco do Brasil (BB) de norte a sul do país realizaram nesta quinta-feira (21) manifestações do Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação do banco. O plano de reestruturação apresentado na semana passada pela direção do BB prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários. Depois do Dia Nacional de Luta, será preparada uma paralisação no dia 29.
Foram várias manifestações em agências, postos de atendimentos e outras unidades do banco. Em todos os estados foram realizadas reuniões com funcionários, para explicar as perdas que podem ocorrer caso a reestruturação seja efetivada. Em frente a diversas agências foram colocadas faixas e cartazes denunciando a reestruturação e alertando para o impacto no atendimento à população. Para ver fotos das manifestações, clique aqui.

Tuitaço

Bancárias e bancárias também vestiram roupas pretas em protesto contra o pacote que a direção do BB pretende impor. A hashtag #MeuBBvalemais figurou entre os 10 assuntos mais comentados no Twitter, em mais manifestação nas redes sociais, que foi realizada às 11h.
“O dia de hoje foi importante, a gente entrou no top 10 do Twitter. Vamos ampliar mais isso, pois queremos trazer a sociedade para essa mobilização, principalmente para lutar contra essa reestruturação do Banco do Brasil”, disse o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
A CEBB organiza a mobilização contra o plano de reestruturação da direção do BB junto com sindicatos, federações e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Paralisação

Fukunaga informou que o Dia Nacional de Luta foi preparado com plenárias de funcionários do banco realizadas por todo o país e que o calendário de lutas continua com a perspectiva de uma paralisação nacional no dia 29. “No dia 29 estamos indicando paralisação de 24 horas, com assembleias sendo realizadas pelos sindicatos. Estamos tomando todas as medidas legais para nos precaver, mas é importante a mobilização. Não é só a declaração de greve em uma assembleia, mas a participação do bancário através da não abertura do ponto eletrônico. Uma greve só declarada pelos sindicatos não serve para nada. Isso não mede forças. Por isso é importante a construção dessa paralisação”, explicou o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT