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Funcionários do BB pressionam banco a abrir informações sobre reestruturação

Nesta quarta-feira (3), representantes da Confederação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniram com integrantes do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição, ligado ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O encontro foi marcado pela falta de informações sobre o plano de reestruturação que a direção do banco quer implantar. Os representantes dos funcionários pediram a intermediação do MPT para a obtenção de informações.

Participou da reunião o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, e o coordenador nacional da CEBB, João Fukunaga. Junto com os representantes do BB, eles foram recebidos pelo subprocurador-geral Francisco Gérson Marques de Lima, pela subprocuradora-geral Eliane Araque dos Santos e pela vice-procuradora-geral Maria Aparecida Gugel.

Na reunião, os representantes dos funcionários lembraram que o MPT participou da mediação sobre o Plano de Demissão Voluntária (PDV) apresentado pelo banco em 2016 e que situações de fechamento de agências, tradicionalmente os bancos informam aos sindicatos. A exceção aconteceu agora, em 2021, quando o Banco do Brasil anunciou a reestruturação com o plano de demissões e de fechamento de agências de postos de atendimento por todo o país sem passar as informações, alegando razões de mercado. “Procuramos a intermediação do MPT porque a direção do banco, pela primeira vez, se recusou a nos informar sobre mudanças que afetam os funcionários de forma contundente”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

“Já iniciamos um processo de mobilização para fazer a direção do banco a negociar a reestruturação, diante da conduta da direção do banco de não informar as entidades sindicais sobre o plano de restruturação”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. A Contraf-CUT ressaltou dois pontos essenciais para ser tratados o mais rápido possível: as gratificações para os caixas e informações sobre quais agências serão fechadas.

Os representantes do banco se comprometeram na reunião a submeter a pauta com os pontos destacados pela Contraf-CUT à instância superior e trazer a resposta até a próxima audiência com o MPT, na segunda-feira (8).

“Essa reestruturação prejudica os funcionários, mas também a população. Há cidades que só têm uma agência para atender a todos, e é a agência do Banco do Brasil que vai se fechada agora. Estamos vendo um desmonte de um banco público que afeta a todos”, declarou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

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COE cobra reunião sobre fechamento de mais 450 agências do Bradesco

No mesmo dia em que o Bradesco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 19,458 bilhões, o presidente do banco, Octavio de Lazari, disse em entrevista com jornalistas que deve reduzir em mais de um terço a sua rede de agências entre 2020 e 2021.

O corte faz parte de um plano de reestruturação de despesas que o banco já vem implementando desde o ano passado, quando fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências em 2020. A estimativa para este ano é encerrar as atividades de mais 450 agências. Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco já solicitou uma reunião com o banco, que deve ser agendada para a segunda quinzena de fevereiro. “Nós queremos entender o motivo de tantos fechamentos, pois os trabalhadores correm o risco de perder os empregos”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco. “Queremos saber como fica o emprego nesta nova reestruturação. Pois, mesmo durante a pandemia e com um acordo para não demitir, o banco reduziu seu quadro de funcionários”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco lucra quase R$ 20 bi em 2020, mas demite e fecha agências

Mesmo com o lucro líquido recorrente de R$ 19,458 bilhões, o Bradesco fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências em 2020, de acordo com análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseada no balanço do banco. Entre o final de março e de dezembro, foram fechados 7.212 postos de trabalho e 772 agências, apesar do compromisso assumido pelo banco de não demitir durante a pandemia.

“Mesmo durante uma pandemia, que gerou uma das maiores crises da história mundial, o banco continuou lucrando. Isso, graças ao esforço dos seus funcionários. Ao invés de reconhecimento, a resposta vem com demissão de quase 10% do seu quadro de funcionários”, lamentou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresas (COE) Bradesco. “A população também foi diretamente afetada, já que, com a demissão de tantos trabalhadores, os que ficaram estão sobrecarregados, o que influi diretamente no atendimento aos clientes. Somado a isso, tem o fechamento de agências. Muitos clientes terão de realizar um deslocamento muito maior para encontrar um local de atendimento”, completou Magaly.

O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 14,8%, com redução de 5,8 p.p. em doze meses. De acordo com seu relatório, o lucro líquido e o resultado operacional no período foram impactados pelo cenário econômico provocado pela pandemia, mas, por outro lado, o último trimestre do ano apresentou excelente desempenho, com maiores receitas com a margem financeira, com prestação de serviços e com a redução das despesas com PDD, retornando sua rentabilidade trimestral aos patamares de antes da pandemia (20%).

Um item com forte impacto nos resultados da instituição foi a conta de impostos e contribuições. O resultado antes da tributação apresentou queda de 68,5%, totalizando pouco mais de R$ 5,0 bilhões. Créditos tributários de quase R$ 11, 7 bilhões, contudo, ajudaram a compor o resultado final do banco em 2020.

A carteira de crédito expandida do banco apresentou alta de 10,3% em doze meses e 3,4% no trimestre, atingindo R$ 687,0 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 11,7% em doze meses, chegando a R$ 260,3 bilhões. Os destaques no segmento foram o financiamento imobiliário (+33,6%) e o crédito consignado (+10,6%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 426,7 bilhões, com crescimento de 9,4% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 5,6%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas teve alta de 18,7%.  O Índice de Inadimplência superior a 90 dias caiu 1,1 p.p. em doze meses e ficou em 2,2%, enquanto as despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, subiram 34,4% no período, totalizando R$ 25,2 bilhões, em função da perspectiva do banco frente ao cenário econômico atual.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,7% em doze meses, totalizando R$ 26,2 bilhões. As despesas de pessoal, incluindo a PLR, também caíram no período (-10,5%) atingindo R$ 19,2 bilhões. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 136,9%.

Fonte: Contraf-CUT

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Santander lucrou R$ 13,9 bi em 2020

O banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 13,849 bilhões em 2020. Desconsiderando o efeito da provisão extraordinária (PDD), o lucro seria ainda maior, alcançando os R$ 15,609 bilhões, alta de 7,3% em doze meses e 1,4% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) chegou aos 19,1%. Sem o efeito da PDD, a rentabilidade atinge os 21,5%, alta de 0,2 pontos percentuais em um ano.

“O governo libera dinheiro para os bancos. E os bancos arrecadam dinheiro dos clientes e da sociedade como um todo. Não é de se impressionar que, desta forma, o banco consiga, em pleno período de pandemia, com um monte de empresas fechando, obter tamanho lucro. E, mais do que o lucro, tamanha rentabilidade”, criticou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia. “O que é impressionante é que, mesmo diante deste esplendido resultado, o banco demita e reduza seu quadro de funcionários”, continuou.

holding encerrou o ano com 44.599 empregados, 3.220 postos de trabalho a menos em doze meses, sendo 2.593 entre março e dezembro de 2020, mesmo após o Santander ter assumido o compromisso de “Não Demissão” durante a pandemia.

O cliente paga a conta

“Os funcionários são prejudicados com a perda de emprego, mas essa redução de quadro também afeta em cheio a população, que tem um serviço precarizado e vê as filas aumentarem. O mesmo acontece com o fechamento de agências. O cliente precisa realizar um deslocamento muito maior para encontrar uma agência”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias, ao lembrar que, em um ano, o banco fechou 175 agências, 106 delas entre abril e dezembro de 2020.

Não é à toa, que a soma das receitas obtidas com prestação de serviços e tarifas bancárias pelo Santander em 2020 totaliza R$ 18,464 bilhões. O valor é alto, mas para o banco é uma fonte irrisória frente ao que ele arrecada com as demais transações financeiras. Mesmo assim, é mais do que o dobro (204,4%) gasto nas despesas de pessoal, atingindo R$ 9,035 bilhões no período.

O Brasil salva

Segundo dados divulgados pelo banco, o resultado global foi de € 8,871 bilhões de prejuízo, fortemente impactado pelas provisões para perdas em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) no mundo.

“O Brasil e os brasileiros salvam o Santander. É daqui que o banco obtém, em média, 30% do seu lucro. Talvez em decorrência das altas taxas cobradas dos seus clientes e das tarifas que são cobradas, inclusive dos funcionários, diferentemente do que acontece em outros países”, concluiu Mario Raia, que representa a Contraf-CUT na COE.

Outros dados

As informações são baseadas na análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Veja abaixo a tabela resumo dos resultados, ou, se preferir, acesse a íntegra do documento.

Fonte: Contraf-CUT

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Mesmo em meio a pandemia, Itaú lucra R$ 18,91 bilhões em 2020

O Itaú obteve um lucro líquido de R$ 18,91 bilhões em 2020, contra R$ 26,58 bilhões em 2019 (-28,87%). Enquanto que o Lucro Líquido Recorrente somou R$ 18,53 bilhões, variando 34,65% em relação ao de 2019 (R$ 28,36 bilhões). De acordo com o banco, a despeito do resultado menor, houve sinais de melhora no 4º trimestre de 2020, com crescimento da carteira de crédito na maior parte dos segmentos. O retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) foi de 14,5%, com queda de 9,2 p.p., enquanto, no Brasil, o retorno foi de 15,3% (queda de 9,6 p.p. em comparação a 2019).

“Em um ano apático pela crise econômica gerada com a pandemia, no qual muito setores sofreram perda e diminuição de trabalhadores, o Itaú teve um lucro. Isso prova que o sistema financeiro continua rentável no Brasil e não há motivo para demissão de seus trabalhadores, mas sim a necessidade de aumentar o nível de emprego na categoria”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Um item com forte impacto nos resultados do banco foi a conta de impostos e contribuições, que passou de uma despesa de, aproximadamente, R$ 4,26 bilhões em 2019, para uma receita de quase R$ 9,8 bilhões em 2020, devido à entrada de créditos tributários. Ainda assim, o resultado antes dos impostos ficou 77,81% menor em relação a 2019, fechando 2020 em R$ 6,98 bilhões.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, caiu 0,7 p.p., ficando em 2,3%. Ainda assim, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 26,13% no ano, totalizando R$ 30,14 bilhões.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,45% em doze meses, totalizando R$ 39,57 bilhões. As despesas de pessoal, por sua vez, caíram 5,82%, somando R$ 22,42 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 176,55% no período.

Ao final do 4º trimestre de 2020, a holding contava com 83.919 empregados no país, com crescimento de 2.228 mil postos de trabalho em doze meses, mas uma redução de 353 postos em relação ao trimestre anterior. Importante salientar que, a partir do segundo trimestre, o total de empregados passou a considerar também os trabalhadores da ZUP (empresa de tecnologia adquirida em outubro de 2019). Em doze meses, foram fechadas 117 agências físicas no Brasil e não foi aberta nenhuma agência digital, totalizando 3.041 e 196, respectivamente.

Fonte: Contraf-CUT

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Comando Nacional dos Bancários cobrará da Fenaban mais proteção da categoria contra a pandemia

Nesta terça-feira (2), Comando Nacional dos Bancários vai se reunir na próxima terça-feira (2) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir a adoção de medidas preventivas para proteger a categoria diante do agravamento da Covid-19. A retomada do trabalho em regime de teletrabalho, com rodízio das equipes, para reduzir a aglomeração nos locais de trabalho, será o tema da reunião.

“Com o agravamento da pandemia, os bancos precisam adotar novas medidas preventivas para proteger a categoria. Quando a pandemia começou, conseguimos tomar providências como o incremento do teletrabalho, além de medidas e cuidados nos locais de trabalho. Agora, precisamos redobrar os cuidados e até mesmo ampliar o teletrabalho para reduzir os riscos de contágio”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Juvandia destaca que a necessidade de se ampliar as medidas protetivas na categoria bancária se faz necessária porque o governo federal tem se mostrado incapaz de adotar uma política que proteja a população da pandemia. “O governo não conseguiu montar um estoque de vacinas, falhou na tragédia de Manaus, onde faltou oxigênio para as vítimas da doença. Precisamos aumentar a proteção para evitar novas tragédias pelo país”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Levantamento feito na tarde desta segunda-feira (1) pelos órgãos de imprensa mostrou que o Brasil registrou 9.204.386 casos de Covid 19 e 224.601 mortes.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários conquistam reajuste no Programa Bolsa Auxílio Educação do Itaú

Os bancários do Itaú conquistaram reajuste no Programa Bolsa Auxílio Educação para 2021. O acordo foi firmado na reunião desta quinta-feira (28), realizada por videoconferência, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco.

Serão 5.500 bolsas de estudo, no valor de R$450, um reajuste de aproximadamente 10%, na comparação com o valor do ano passado. Para 2022, o reajuste do programa será o mesmo da categoria para os salários, ou seja, a reposição do INPC, mais 0,5%. A estimativa é o valor seja de aproximadamente R$480.

O banco Itaú anunciou ainda a permissão de acessos à plataforma digital com uma diversidade de cursos, vídeos, palestras e fóruns abertos para todos os funcionários, dependentes, trabalhadores desligados e dirigentes sindicais.

“É importante ressaltar que a concessão dessas bolsas de estudo é uma conquista dos trabalhadores, desde 2009, e estão previstas no acordo aditivo de trabalho (ACT). Elas são fruto de reivindicações e negociações da categoria. Ou seja, é mais um exemplo de que os trabalhadores organizados conseguem avanços”, lembrou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.

As inscrições para o Programa Bolsa Auxílio Educação 2021 para a primeira e a segunda graduação e para a primeira pós graduação já estão abertas desde dezembro de 2020. Para realizar a inscrição, os interessados devem acessar o IU Conecta pela rota: Para mim> Benefícios> Bolsa Auxilio Educação> Inscrição no ranking. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de janeiro de 2021.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários do BB fazem paralisação nacional contra reestruturação

Funcionários do Banco do Brasil fazem nesta sexta-feira (29) uma paralisação contra o pacote de reestruturação que a direção do banco pretende aplicar. A mobilização foi discutida e organizada em sindicatos de norte a sul do país. A reestruturação prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários.

“Os sindicatos têm passado nas agências, levando faixas e conversando com os bancários, para que a gente faça uma grande mobilização no dia de amanhã, contra essa reestruturação. Só assim iremos forçar o banco a negociar” disse o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O plano que prevê milhares de demissões e fechamento de centenas de agências e outras unidades do BB não foi discutido com os funcionários e seus representantes. A reação à reestruturação vem crescendo desde o seu anúncio, no dia 11 deste mês. Na semana passada, dia 21, houve um Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação, que mobilizou funcionários em todo o Brasil. Foram realizadas reuniões nas agências e escritórios, distribuição de uma carta aberta à população, colagem de cartazes e um tuitaço com a hashtag #MeuBBvalemais, que figurou entre os 10 assuntos mais comentados no Twitter.

Para João Fukunaga, a paralisação desta sexta acontece em um momento grave do país, que vive o impacto da segunda onda da pandemia. “É uma luta de dentro do BB para fora, para a população. É uma luta para preservação da vida das pessoas, de quem é grupo de risco. Estamos convocando o pessoal que está em home office a não bater o ponto, para fazermos uma grande mobilização. Essa é uma greve de dentro para fora, por conta, inclusive, da pandemia, da grande parte dos funcionários estarem em home office”, explicou o coordenador da CEBB.

Lucros

Outro ponto destacado por Fukunaga é que, para a direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

“Para a direção do banco, o que vale nessa reestruturação, com a desestruturação de famílias, retirada de comissão, forçando as pessoas a saírem no PDV é o pagamento dos acionistas. é para isso que está sendo feita essa reestruturação. com isso, a gente vê o quanto o funcionário vale para o banco”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

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Para conter avanço da miséria, Dieese defende revisão das reformas trabalhista e da Previdência

A pandemia de covid-19 aliada às políticas de desmonte do Estado vão aprofundar a pobreza e a miséria no Brasil. Essa é a conclusão da diretora técnica adjunta do Dieese Patrícia Pelatieri, durante participação em um debate intitulado “Previdência Social Pública e Classe Trabalhadora”. O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) como parte das atividades do Fórum Social Mundial Virtual 2021.

Patrícia faz relação direta entre a falta de políticas públicas de geração de emprego e renda e de amparo ao trabalhador durante a pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro com a reforma da Previdência, aprovada no fim de 2019. “Antes da pandemia os dados já apontavam para isso (crescimento da pobreza). Agora, o sentimento dos trabalhadores e das trabalhadoras será de urgência por um Brasil sem miséria. É uma tragédia nacional, essa é a real dimensão”, disse.

País de miseráveis

A especialista explicou que o sistema da Previdência foi fragilizado, e que com o derretimento dos empregos formais, ela pode se tornar cada vez mais insignificante. “Existe um sistema de compensações. Quem está no mercado de trabalho hoje mantém os aposentados e pensionistas. É um sistema de repartição. Esse formato permanece mesmo com as reformas. Isso é importante porque, como a Previdência é contributiva, o que acontece no mercado de trabalho hoje impacta diretamente sobre ela no futuro.”

“Se pudéssemos sintetizar o que pode acontecer com os trabalhadores olhando para o desemprego, a pandemia e as mudanças na Previdência, seria a imagem da miséria. Pode acontecer um aumento muito acelerado da miséria e da pobreza. Inclusive de pessoas mais velhas que perdem a proteção social. Podemos ter um país de miseráveis”, continuou Patrícia.

Olhar para o futuro

Diante do cenário, considerado preocupante, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, conclama a sociedade para manter a luta sobre a Previdência ativa. “Que os trabalhadores não desistam da Previdência. Dependendo de como ela estiver, muitos trabalhadores vão deixar de querer pagar a Previdência, pensando somente na aposentadoria em si”, disse.

Paulo alertou sobre os impactos nefastos do desmonte do Estado a partir de urgências de hoje. “Temos o maior sistema de Saúde do mundo. O único que tem uma plataforma capaz de vacinar todos. Querem destruir. A Previdência é a maior carteira de benefícios do mundo também. Conquistamos tudo isso e agora querem destruir. Precisamos mobilizar para que possamos refletir sobre tudo isso. Fundamentalmente como reverter esses ataques”, disse.

A partir deste pensamento, Patrícia pediu a mobilização em torno da revisão de reformas prejudiciais aos trabalhadores. “Desde 2016 tivemos uma redução da proteção social, redução nos investimentos em áreas sociais, desestruturação do mercado de trabalho, economia desaquecida, baixo dinamismo, tudo isso em razão das reformas feitas. A Emenda Constitucional 95 – do Teto de Gastos –, as reformas trabalhista e da Previdência e as privatizações”, citou.

“Tudo isso nos levou a uma mais alta concentração de renda e fragilização dos (direitos dos) trabalhadores. É urgente a implementação de ampliação e financiamento do gasto público. Existem opções. Precisamos de uma reforma tributária que eleve impostos dos super ricos e a torne mais progressiva, retirar imediatamente o teto de gastos. O cenário é muito preocupante. Precisamos de renda cidadã urgente. Precisamos elevar as parcelas do seguro desemprego. Estimular o investimento público para que a economia retorne. Precisamos de políticas ativas no mercado de trabalho. Urgentemente, precisamos repactuar os direitos trabalhistas”, completou.

Fonte: Rede Brasil Atual

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BB aumenta dividendos às custas de 5 mil demissões

O Banco do Brasil decidiu ampliar sua distribuição de dividendos em 2021. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25), em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

O documento é assinado por Carlos José da Costa André, Vice-Presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores. “O valor do payout definido pelo Conselho de Administração considerou os balizadores constantes na Política, em especial, o resultado do Banco, sua condição financeira, a necessidade de caixa, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, oportunidades de investimento existentes e a manutenção e expansão da capacidade operacional”, diz o documento.

O anúncio é feito no momento em que a direção do BB pretende fazer 5 mil demissões e fechar centenas de agências, postos de atendimento e escritórios. “Está explicada a reestruturação. O banco faz a reestruturação, mexe com a vida dos funcionários, retira salário das bancárias e bancários, mas aumenta os dividendos. Tudo para economizar R$ 300 milhões”, criticou o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Na semana passada, dia 21, funcionários do Banco do Brasil fizeram manifestações de protesto contra o plano de reestruturação da direção do banco de norte a sul do país. Foram reuniões em agências e outras unidades do BB, um tuitaço que ficou entre os 10 assuntos mais comentados do Twitter, além de colagens de cartazes e distribuição de uma carta para explicar à população o impacto negativo no atendimento com o fechamento das agências e a redução do quadro de funcionários. Nesta semana, sindicatos de todo o Brasil vão discutir a realização de uma paralisação nacional dos funcionários do BB na sexta-feira (29).

Fonte: Contraf-CUT