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Emprego bancário cai pelo 11º mês seguido

A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de outubro de 2023 mostra que o fechamento de vagas no setor bancário se manteve pelo 11º mês consecutivo. De outubro de 2022 a agosto de 2023, foram extintas 5.982 vagas. Desde junho, porém, esse ritmo tem apresentado algum arrefecimento, o que pode apontar para certa estabilização ou melhora nos próximos meses. Neste ano, a redução de vagas ultrapassou a casa de 5,4 mil, enquanto nos últimos 12 meses chegou aos 5,8 mil.

Em agosto, os bancos comerciais, os múltiplos sem carteira comercial e a Caixa, juntos, ampliaram em 313 vagas, 265 delas apenas da Caixa. Os bancos múltiplos com carteira comercial, classificação que engloba a maior parte dos bancos privados e o Banco do Brasil, por outro lado, fecharam 341 vagas. No ano, esse mesmo recorte do setor eliminou 5.516 vagas e nos últimos 12 meses apresentou resultado negativo de 5.754.

Houve mais contratação do que demissão em 18 das 27 unidades da federação, com cenário mais favorável na Bahia (115 vagas), seguida pelo Rio de Janeiro (66) e por Amazonas (35). O contrário se deu em nove estados, com destaque para São Paulo (menos 564 vagas), Minas Gerais (86) e Paraná (11). De janeiro a agosto, o número de postos fechados só em São Paulo passou dos 2,9 mil, ou 53,7% do saldo negativo de todo o país.

Idade e sexo

Em agosto, o resultado negativo se deu exclusivamente entre mulheres, com o fechamento de 187 vagas. Entre homens ocorreu a abertura de 141 vagas. A contratação de homens foi 10,7% superior à de mulheres, e os desligamentos, por outro lado, foi 7,6% maior entre elas.

Entre os profissionais com até 29 anos, registrou-se ampliação de 1.030 vagas, enquanto para as faixas etárias superiores, a movimentação foi inversa, com fechamento de 1.076 postos. A maior proporção de contratados foi entre homens de até 29 anos (29,5%), seguido de mulheres dessa mesma faixa (26,6%). As demissões foram mais acentuadas para mulheres acima de 30 anos (35,1%), seguida por homens acima de 30 anos (35,1%).

Remuneração

O salário mensal médio do bancário admitido em agosto foi de R$ 5.249, 72,78% daquele que foi desligado, que era de R$ 7.212.

Na contramão

O secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, observa que “o sistema financeiro segue na contramão do crescimento econômico, com geração de emprego, distribuição de renda e diminuição da desigualdade social, que ocorre no Brasil nos últimos meses”. Para o secretário, “ao fechar postos de trabalho de forma contínua, impondo à categoria uma insegurança social brutal, o sistema financeiro não caminha no sentido do que prega a Constituição Federal”.

Com relação aos dados da pesquisa, Walcir ressalta que “os números mostram uma tendência já conhecida, que é um sinal de alerta para a categoria, pois a eliminação de postos de trabalho tem ocorrido de maneira generalizada, em todas as áreas”. O dirigente acrescenta que “os principais bancos caminham no sentido contrário da geração de emprego e renda, com políticas de fechamento de agências, terceirização e demissão de trabalhadores, ao mesmo tempo em que apresentam balanços bilionários, com alta lucratividade, drenando para os seus cofres boa parte da riqueza socialmente produzida”. Walcir ainda questiona: “Diante dessa situação, inadmissível e que precisa ser mudada, afinal qual é o papel do sistema financeiro em nossa sociedade?”

Ramo Financeiro

No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, em agosto houve a abertura de 2.255 postos. Nos últimos 12 meses, foram criadas 15,8 mil vagas, média de 1,3 mil por mês. As atividades que mais contrataram foram plano de saúde (869), crédito cooperativo (821) e administração de cartões de crédito (159).

Emprego geral

O Brasil apresentou expansão do emprego celetista, em agosto de 2023, de 220.844 postos, com 2.099.211 admissões e 1.878.367 demissões. O saldo foi positivo em todos os grandes grupamentos econômicos: serviços (114.439 postos), comércio (41.843), indústria (31.086), construção (28.359) e agropecuária (5.126).

Os resultados gerais do mercado de trabalho, que incorporam emprego formal e informal, no trimestre móvel de junho a agosto de 2023, a taxa de desocupação foi de 7,8%, (8,4 milhões de desempregados), a subutilização da força de trabalho foi estimada em 17,7% (20,2 milhões de pessoas) e o contingente de pessoas desalentadas passou de 3,6 milhões.

A PEB é realizada pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Contraf-CUT

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Eleições CUT: Sérgio Nobre é reeleito presidente e Juvandia Moreira eleita vice-presidenta

No ano em que a CUT Nacional completa 40 anos, o metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre, foi reeleito presidente da maior central sindical da América Latina e quinta do mundo, para o período 2023- 2027.

O pleito, que resultou também na eleição da bancária Juvandia Moreira na vice-presidência da entidade, ocorreu neste sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Sérgio Nobre agradeceu a todas as lideranças dos ramos, dos estados que ajudaram a eleger, em suas palavras, uma chapa de qualidade, combativa, que vai ter a tarefa de conduzir a Central nos próximos quatro anos.

“Muito obrigado a todos e todas que nos ajudaram a construir a unidade. Essa unidade é fundamental para a gente enfrentar essa conjuntura difícil. Quero agradecer muito de coração os companheiros e companheiras que estão deixando mandato neste momento. Podem ter certeza que estão deixando sua missão cumprida, contribuíram muito na nossa trajetória até aqui”.

Em seu agradecimento Nobre lembrou que a trajetória da CUT nesses 40 anos é um legado que tem de ter continuidade.

“É uma grande responsabilidade para os novos que estão entrando, mas “todos são muito tarimbados, qualificados para representar a nossa central nesse período. Quero dizer a todos vocês que nós vamos buscar conquistar aquilo que nós debatemos aqui, a mudança no nosso modelo sindical para proteger 100% da classe trabalhadora, de investir pesado nas brigadas digitais, investir pesado na criação dos comitês de luta e tenho certeza que nós em 2026 vamos ajudar muito a reeleger o nosso presidente Lula, pela quarta vez no nosso país, para que possamos seguir com democracia, com justiça social e a classe trabalhadora no centro. E tenho certeza que no 15º Congresso Nacional da CUT essa direção vai deixar um legado de luta, de vitórias para a próxima geração”, finalizou.

No evento, que termina no domingo (22), com a participação de mais de dois mil delegados e delegadas de todo país e cerca de 200 convidados internacionais oriundos da Europa, África, Ásia e as Américas Latina e do Sul, também foi eleita uma nova diretoria da entidade para os próximos quatro anos.

Com informações do portal da CUT

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CUT encerra 14º Congresso com aprovação de novo Plano de Lutas para 2023-2027

A nova direção da CUT Nacional, para o período 2023-2027, foi eleita e empossada nesse sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT (Concut) – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Foram aprovados o Plano de Lutas e resoluções (moções) para a Central nos próximos quatro anos. O Plano de Lutas inclui aprofundar o diálogo com a sociedade, a partir de campanhas educativas sobre a importância social dos sindicatos na garantia de direitos do trabalhador, a luta por democracia e desenvolvimento sustentável, emprego digno, reforma agrária, segurança alimentar e economia solidária.

Ao final dos votos sobre as moções e o Plano de Lutas, o presidente reeleito da CUT, Sérgio Nobre, ao lado da recém-eleita vice-presidenta da entidade, Juvandia Moreira, agradeceu aos delegados e delegadas, que vieram de todos os estados do país, comentou sobre as dificuldades do movimento sindical nos últimos anos e também ressaltou a “garra dos companheiros que realizaram o congresso”.

“Um grande desafio que a gente tem, da classe trabalhadora, é o de reconstruir o Brasil, de pensar um país com direitos, de pensar um país com sindicatos fortes, um país com a democracia forte, um país com desenvolvimento econômico, sustentável, para o meio ambiente e também que promova a inclusão social”, explicou Juvandia Moreira, sobre os desafios do próximo quadriênio. “Esse desenvolvimento tem que contemplar as várias regiões do país, contemplar os vários ramos”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

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Conheça a nova Direção Executiva da CUT para 2023/2027

No último sábado (21), durante o 14° Congresso Nacional da CUT (Concut), foi eleita a diretoria executiva da entidade que estará à frente da entidade nos próximos quatro anos (2023 a 2027).

Para a presidência foi reeleito o metalúrgico do ABC Sergio Nobre. A vice-presidência ficará com a bancária Juvandia Moreira, também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Secretaria-Geral estará sob o comando do representante do ramo químico, Renato Zulato.

Foram criadas quatro novas secretarias: Economia Solidária; LGBTQIA+, Transporte e Logística e Aposentados, Pensionistas e Idosos.

No encerramento, neste domingo (22), Sergio Nobre, reeleito presidente, voltou a agradecer os cerca de dois mil delegados e delegadas que compareceram ao 14º Concut, realizado de quinta a domingo, no Expo Center Norte, em São Paulo.

“Quero desejar um bom retorno a todas as delegações e, com certeza, a gente vai se encontrar esse ano que vem nas muitas lutas que vamos fazer nas ruas e vamos para Brasília fazer a grande marcha que a gente aprovou aqui. Um grande abraço, companheiros e companheiras. Venceremos!”, disse o presidente reeleito da CUT.

Participação dos bancários

Entre os eleitos, estão sete bancários, além da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, eleita como vice-presidenta da CUT Nacional.

“Como nova gestão, vamos enfrentar uma nova fase de luta, para a classe trabalhadora, que passa pela retomada de vários direitos que foram retirados, nos últimos anos, passa também pela organização de vários trabalhadores, para dentro do movimento sindical, como os trabalhadores de plataformas [entregadores e motoristas de aplicativos]. Somente esses dois, já são desafios grandes para pensar a organização da classe trabalhadora e fortalecer o movimento sindical”, avaliou a bancária Rosalina Amorim, eleita secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais. “Acredito que a contribuição que os bancários podem trazer à essa gestão é compartilhar a nossa experiência”, completou, ao lembrar que os trabalhadores do ramo financeiro foram os primeiros a terem direito à licença-paternidade ampliada e ao combate do assédio moral e assédio sexual clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Para o bancário Milton Rezende, eleito secretário adjunto de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais, a eleição do terceiro mandato do presidente Lula abriu um novo ciclo de lutas à classe trabalhadora no país. “Essa volta de um governo progressista ao poder coloca novos desafios para nós, além dos velhos. Os velhos são recuperar aquilo que foi retirado da classe trabalhadora, dos direitos da classe trabalhadora. E novos são aqueles temas que a gente tem que organizar, olhar o mundo do trabalho atual e organizar o movimento sindical, pensando esse mundo do trabalho que tem precarizado trabalhadores de aplicativos, trabalhadores PJ, trabalhadores informais. Enfim, nós temos várias frentes para atuar”, concluiu.

Além de Rosalina e Milton, outras bancários e bancários foram eleitos, como Daniel Gaio, para a secretaria de Meio Ambiente; Ari Aloraldo do Nascimento, para a secretaria dos Aposentados, Pensionistas e Idosos; além de Marcelo Rodrigues da Silva (Marcelinho), Antônio Fermino e Neiva Ribeiro para a direção executiva.

Fonte: Contraf-CUT

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Santander repete na Argentina processo de terceirização e desrespeito a acordos coletivos

A greve nacional bancária prevista para a última sexta-feira (20/10) na Argentina foi suspensa após determinação do Ministério do Trabalho daquele país, que também convocou uma reunião entre a Asociación Bancaria (o sindicato dos bancários argentinos) e representantes dos bancos Santander, Galicia e Supervielle.

O movimento sindical bancário argentino denuncia as empresas pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, prática injusta nas mesas de negociação, terceirização e fechamento de agências e redução de postos de trabalho, em grande escala, ocasionando a sobrecarga dos funcionários que permanecem.

A secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, explica que o desrespeito sofrido pelos trabalhadores do Santander na Argentina é o mesmo sofrido pelos bancários do Santander aqui no Brasil. “Nós nos solidarizamos aos nossos irmãos e vizinhos argentinos. O movimento do Santander, de retirada de direitos dos trabalhadores, é um movimento global, portanto a nossa luta precisa ser articulada no âmbito internacional”, explica.

Aqui no Brasil, Rita lembra que, desde o segundo semestre de 2021, o banco intensificou o processo de terceirização, com a criação de seis empresas, cada uma com funcionários vinculados a um sindicato diferente. “A terceirização causa separação entre os trabalhadores e, com isso, enfraquece os direitos conquistados na convenção coletiva da categoria bancária. E esse processo é repetido pelo Santander em outros países”, destaca.

A justiça brasileira já condenou três vezes o Santander por fraudar a contratação de bancários, a partir da alteração de contrato para transferir trabalhadores, de forma compulsória, do CNPJ do Santander para um dos CNPJs das empresas criadas. “O objetivo com isso é rebaixar salários e direitos, além de fragilizar a organização sindical por meio da fragmentação da categoria”, explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, Wanessa de Queiroz.

Rita observa que nunca foi tão fundamental à classe trabalhadora a organização internacional. “A globalização capitalista desregula os direitos do trabalhador e as cláusulas sociais conquistadas nos acordos coletivos. Isso fica claro com a escalada da precarização do mercado de trabalho não apenas no Brasil, como no mundo, onde estamos vendo que a principal oportunidade de trabalho que é apresentada hoje são as plataformas de aplicativos”, aponta. “Por isso, temos dado cada vez mais destaque para a unidade dos movimentos sociais progressistas, do movimento sindical de trabalhadores. É essa unidade que impediu perdas maiores de direitos nos últimos anos e que vai permitir que tenhamos força contra as novas pressões do capitalismo vigente”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários criam instrumento de vigilância e atenção à saúde da categoria

O quarto módulo do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ocorrido presencialmente nesta quarta (18) e quinta-feira (19), em São Paulo, encerrou um ciclo de formação sobre o tema.

“Trata-se de um processo de formação, iniciado em junho, que contou com a contribuição de especialistas que nos ajudaram a entender e aprofundar o debate sobre o tema, e com a participação dos próprios dirigentes que estavam se formando e formando suas companheiras e companheiros de turma na medida em que construíam coletivamente as propostas de ação para solucionar os problemas que afetam as condições de trabalho e a saúde da categoria”, explicou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon.

“Precisamos investir na prevenção e cobrar dos bancos medidas para conter esta situação e exigir que cumpram as normas vigentes”, disse o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, ao alertar que a vigilância das condições de trabalho e adoecimento nos bancos tem tido maior relevância devido à alta incidência de adoecimento na categoria. “Com certeza, os dirigentes que participaram estão ainda mais capacitados para a ação sindical, uma vez que, além das questões teóricas, nosso curso construiu, coletivamente, propostas de ação concreta nos ambientes de trabalho, todas balizadas nos conceitos de que saúde não se vende e de não delegar a luta por saúde apenas aos governos e patrões, mas sim de colocar os trabalhadores como protagonistas dos cuidados com sua própria saúde, sem, é claro, tirar a responsabilidade dos bancos e dos governos”, completou.

Para além da medicina do trabalho

O mestre em Ciências Sociais pela PUC-RS e doutor em Políticas Públicas pela UFRGS, Vinícius Rauber, fez um apanhado histórico sobre vigilância da saúde do trabalhador para contribuir com as reflexões da manhã de quarta-feira. “A vigilância da saúde do trabalhador rompe com a abordagem que vincula a doença a um agente específico ou a um grupo de agentes existentes no ambiente de trabalho e elege, como eixo de organização das ações, os determinantes e os condicionantes do processo saúde-doença no enfoque da promoção, e não apenas os riscos e os agravos, o que confere à saúde do trabalhador a natureza interdisciplinar”, disse Vinícius, ao explicar que a saúde do trabalhador vai além das práticas e dos propósitos da medicina do trabalho (especialidade médica) e da saúde ocupacional (foco nos ambientes de trabalho).

Acolhimento

A reflexão continuou na parte da tarde com as contribuições da educadora física, especialista em Saúde e Trabalho pela UFRGS e mestre em Serviço Social pela PUC-RS, Jacéia Netz, que abordou técnicas de análise de riscos e de entrevistas com trabalhadores, construção de roteiro de inspeção, checklist, protocolos, questionários e roteiro de entrevistas, além da preparação das equipes e estabelecimento de estratégias para o acolhimento dos trabalhadores e das denúncias, ou informações que eles têm a passar sobre seu ambiente de trabalho e sua saúde.

“É importante construirmos coletivamente um processo de formação para a ação, com vigilância permanente dos ambientes de trabalho bancário, para que possamos fiscalizar o cumprimento das normas legais pelos bancos e efetivamente prevenir o adoecimento da categoria”, afirmou Jacéia Netz.

Os participantes foram divididos em grupos para, a partir da proposta base de cheklist em vigilância em saúde, elaborarem coletivamente uma proposta a ser aplicada nos estados dos participantes do curso. Na sequência, os grupos se reuniram para compartilhar os apontamentos dos grupos.

Formação para a ação

Na manhã de quinta-feira os participantes receberam as instruções para a avaliação da proposta de orientação e acolhimento aos bancários a ser aplicado nas agências e foram divididos em grupos para analisarem a proposta final e apontarem possíveis mudanças. “Nossa ideia é construir um instrumento que seja efetivo no mapeamento do ambiente de trabalho e das doenças que acometem a categoria, para que possamos apresentar aos gestores e aos bancos, para reduzir o adoecimento e melhorar as condições de trabalho”, explicou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

As propostas foram partilhadas em uma plenária final e serão incorporadas à proposta que será enviada posteriormente às entidades pela Secretária-Geral da Contraf-CUT.

Formação permanente

Este quarto módulo seria a última etapa da formação sobre vigilância e atenção à saúde do trabalhador, mas os participantes, juntamente com os responsáveis pelas secretarias de Saúde e Formação da Contraf-CUT, decidiram manter o processo de formação em aberto, com uma nova etapa para avaliação da ferramenta e sua aplicação nas agências, com a devida adequação e melhoria.

“Este é um processo que será constante. A todo momento teremos que avaliar e readequar a ferramenta, para aplicação e solução dos problemas enfrentados pela categoria no que diz respeito à saúde e condições de trabalho”, concluiu o secretário de Formação da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Diretora da Fetraf RJ/ES participa do 14º Congresso Nacional da CUT

Começou nesta quinta-feira, 19 de outubro, o 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), no Expo Center Norte, zona norte de São Paulo.

Renata Soeiro, Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e Diretora da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participa do evento, que vai até domingo (22).

O Congresso é um importante marco para os sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores de todo o país, onde é debatido os temas que devem nortear a organização de trabalhadores nos próximos anos. O tema deste ano é “Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas”.

“Este Congresso é muito importante para nossas lutas, pois vamos debater sobre a organização dos trabalhadores e trabalhadoras. A CUT é a maior Central Sindical da América Latina, e temas como trabalho, emprego, saúde e democracia são relevantes para a classe trabalhadora, e nos impulsionam para os desafios que vem pela frente.”, comentou sobre o evento, Renata Soeiro.

O CONGRESSO

É também no CONCUT que são aprovadas as resoluções políticas, organizativas e sindicais que orientam as ações da Central e suas entidades filiadas entre um evento e outro, e também quando é eleita a direção e executiva nacional.

O encontro, que também celebrará os 40 anos da CUT, completados em 28 de agosto de 2023, reunirá cerca de duas mil pessoas, entre delegadas e delegados sindicais de todos os estados e ramos, além de observadores e lideranças nacionais e internacionais. A CUT é a maior central sindical do Brasil e quinta maior do mundo, com 3,9 mil sindicatos e 7,9 milhões de trabalhadores em sua base.

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Estudo mostra transformações no ramo financeiro nos últimos 10 anos

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022, produzido recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresenta um amplo diagnóstico das transformações do setor nos últimos 10 anos.

A publicação examina o perfil da categoria bancária e demais trabalhadores do ramo financeiro por vários aspectos, como unidades da federação brasileira onde estão esses trabalhadores, natureza jurídica das empresas, jornada de trabalho, remuneração, escolaridade, faixa etária, sexo, cor/raça e segmento de pessoas com deficiência (PCD). O principal objetivo da sistematização do conteúdo é subsidiar as ações do movimento de trabalhadores, diante do cenário atual do setor financeiro, que passa por intensas e contínuas transformações.

Um dos pontos que chamam a atenção é a redução de bancários em relação aos demais trabalhadores do ramo. Se em 2012 representavam 59% do total, 10 anos depois passaram a 44%. Essa mudança, segundo o estudo, “tem consequências na realidade concreta dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, na medida em que as condições objetivas de trabalho são bastante diversas e heterogêneas”. A análise da publicação ressalta que, “em geral, as demais categorias do ramo têm condições de trabalho relativamente inferiores às dos bancários e bancárias, em termos de remuneração, jornada de trabalho, tempo de permanência no emprego, direitos garantidos em leis, acordos e convenções coletivas de trabalho”.

Entre exemplos dessa diversidade, o Perfil destaca que, no período, sempre em valores atualizados para dezembro de 2021, enquanto a remuneração média de um bancário ou bancária passou de R$ 9.558 para R$ 10.060, a dos demais trabalhadores e trabalhadoras do ramo foi de R$ 6.322 para R$ 6.284. Ou seja, além de estar em patamares inferiores, apresentou oscilação para baixo.

O estudo também mostra que há “grande diversidade de condições de trabalho” entre as categorias não bancárias do ramo financeiro formal. Os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito, por exemplo, que cresceram significativamente no período, têm ganho ao redor de 50% da média bancária e permanência no emprego de 49 meses, também próxima da metade em relação aos bancários.

O caderno também mostra o crescimento de categorias ligadas às áreas de seguro, previdência complementar, planos de saúde e cartões de crédito, além de outras atividades “pouco definidas do sistema financeiro nacional”, fato que favorece “o surgimento de novos modelos empresariais no ramo financeiro, como as Fintechs e as plataformas de serviços financeiros”.

Subsídios para a luta

Na introdução, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, destaca que o Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 é importante para que “as entidades sindicais tenham capacidade de compreender o mundo em transformação, para que possam atuar de forma eficaz para regular as relações de trabalho, com base nos preceitos do trabalho decente em todas as suas dimensões”.

A dirigente aponta que o desafio dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, evidenciado pela análise dos dados da última década é a “tendência de fragmentação do emprego no setor financeiro brasileiro, com a força de trabalho sendo pulverizada em diferentes categorias para além da bancária, como os securitários ou os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito”. Juvandia ressalta que esse processo ocorre junto ao “crescimento do emprego não assalariado, com aumento dos trabalhadores autônomos e plataformizados”.

Para Juvandia, o “conhecimento gerado a partir das informações desta cartilha e das próximas etapas dos estudos que estão por vir servirá de subsídio para a atuação da Contraf-CUT, federações e sindicatos na formulação de estratégias para a construção da organização coletiva do ramo financeiro em todas as suas dimensões e todos os segmentos de trabalhadores e trabalhadoras que estão nas cadeias de valor dos grandes conglomerados financeiros atuantes no Brasil”.

Construção do ramo financeiro

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, pontua que o Perfil faz “um diagnóstico com uma década de informações sobre bancários e bancárias e demais trabalhadores formais do ramo, elucidando informações estratégicas do setor, que visam a ajudar o movimento sindical a transformar essas informações em luta concreta e real, no sentido de caminharmos no fortalecimento e ampliação do ramo financeiro”.

Walcir ainda salienta que o atual estudo é uma retomada do histórico “Perfil do Bancário”, pesquisa realizada pela Executiva Nacional dos Bancários junto ao Instituto DataFolha, em 1996. “Alguns dados são interessantes. Apontam que 86% da categoria bancária trabalhavam em agências e apenas 8% em prédios administrativos. A pesquisa também mostrava que caixas e escriturários eram a maioria dos trabalhadores nos bancos. Os homens também eram a maioria, ocupando 59% das vagas de trabalho”, lembra o dirigente.

Hoje, como pontua Walcir, “o novo estudo mostra que a realidade dos trabalhadores do ramo financeiro mudou bastante: a concentração bancária se acentuou, a organização do trabalho é totalmente diferente e a tecnologia avançou de forma avassaladora no sistema financeiro”. O secretário analisa que “tudo isso nos coloca um enorme desafio para pensar novas formas de organização sindical e de representação desses trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro”.

Novos parâmetros

Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Dieese na Contraf-CUT e um dos responsáveis pelo Perfil, o trabalho de mapeamento “é importante, em primeiro lugar, para atualizar informações sobre a categoria e verificar o que mudou em relação a 10 anos atrás, em termos de padrões de jornada de trabalho, remuneração, tempo no emprego, pirâmide ocupacional, faixa etária, escolaridade, gênero, raça e pessoas com deficiência, entre outros aspectos”.

Gustavo explica que “compreender como cada indicador se comportou ao longo da última década é fundamental para direcionar mudanças na própria atuação do movimento sindical bancário”. O economista também entende que “um segundo eixo relevante do estudo é a comparação de todos estes indicadores, entre a categoria bancária e as demais categorias do ramo, buscando destacar o que unifica e o que difere cada um desses segmentos, com o objetivo de também direcionar a ação sindical mais efetiva no caminho de construção da organização mais ampla do ramo financeiro como um todo”.

Para a economista Vivian Machado, também da subseção do Dieese na Contraf-CUT e uma das responsáveis pelo estudo, “um destaque revelado pelo trabalho seria a perda de participação percentual e absoluta de bancárias e bancários em relação às demais categorias dentro do ramo financeiro, o que reforça a necessidade de se pensar formas de acessar os trabalhadores desses segmentos de trabalhadores não bancários, especialmente com um olhar voltado para as diferenças de remuneração e jornada, por exemplo”. Por conta dessas disparidades entre os diversos trabalhadores do ramo, Vivian ressalta “que futuras negociações deverão levar em conta as especificidades de cada segmento”.

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 está disponível para federações e sindicatos filiados à Contraf-CUT na área restrita do site da entidade.

Fonte: Contraf-CUT

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GT de Saúde se reúne com Itaú para debater o canal de denúncias interno

Dando continuidade ao compromisso de zelar pela saúde e condições de trabalho dos bancários, o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu com a direção do banco, nesta terça-feira (17), para discutir o aprimoramento do canal interno de denúncias.

José Renato Riscado, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, participou da reunião, em São Paulo.

“O Sigilo é fundamental para ter mais confiança, serenidade e assertividade. Esperamos que essa conduta de assédio e retaliações não aconteçam mais.”, comentou José Renato.

O ombudsman do Itaú fez uma apresentação sobre o atual canal de denúncias e revelou os números de apurações e as ações empreendidas em relação a condutas inadequadas. Durante a apresentação, ele ressaltou a importância da divulgação do canal de denúncias e forneceu informações sobre como os funcionários podem reportar incidentes, incluindo vídeos e podcasts que abordam a construção de ambientes saudáveis com ênfase na segurança psicológica.

O movimento sindical expressou preocupações em relação à confiabilidade do canal de denúncias entre os bancários. “Muitas denúncias são encaminhadas ao banco por meio de canais internos. Nós reivindicamos maior agilidade nas apurações, bem como total preservação da identidade do denunciante. O sigilo absoluto da denúncia e um retorno satisfatório sobre as ações tomadas são fundamentais”, afirmou a coordenadora do GT, Luciana Duarte. “É fundamental que os bancários se sintam seguros ao denunciar casos de assédio moral, assédio sexual ou qualquer forma de discriminação no ambiente de trabalho”, completou.

O GT de Saúde enfatizou que é inaceitável que, em alguns casos, denunciantes sofram retaliações, como demissões ou transferências, o que permite que os assediadores continuem impunes. “Nós apresentamos exemplos da necessidade de uma ação mais efetiva nesse sentido. A criação de relações saudáveis e respeitosas no ambiente de trabalho é uma prioridade inegociável”, garantiu Luciana.

Outra demanda apresentada pelo movimento sindical foi a participação ativa na apuração dos casos de denúncia. O banco se comprometeu a reavaliar as situações discutidas durante a reunião e a continuar o diálogo sobre esse tema crucial.

Fonte: Contraf-CUT

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Empregadas e empregados se manifestam em defesa do Saúde Caixa

Bancários de todo o país realizaram manifestações, nesta terça-feira (17), nas agências e departamentos administrativos da Caixa Econômica Federal. Os protestos ocorreram devido ao não avanço das negociações com o banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde das empregadas e empregados do banco, o Saúde Caixa. A vigência do atual acordo se encerra em dezembro.

“A Caixa vem endurecendo as negociações e não se posiciona quanto à exclusão do teto de custeio do plano pelo banco, definido no estatuto da Caixa em 6,5% da folha de pagamentos”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho que discute soluções para o plano de saúde, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pior do que isso, o banco não apresenta propostas para o Saúde Caixa e se nega a negociar outras pautas enquanto não há acerto para o acordo do plano de saúde”, criticou Fabiana, ao acrescentar que, apesar de não apresentar propostas, o banco vem trazendo números que sugerem o estabelecimento da cobrança por faixa etária.

“Isso é um ataque aos princípios da solidariedade e ao pacto intergeracional do Saúde Caixa, que foi criado de forma que todos possam ter acesso ao plano, até à aposentadoria. A cobrança por faixa etária transforma o Saúde Caixa em mais um plano de mercado, inacessível aos aposentados”, explicou a coordenadora da CEE.

Veja galeria de fotos das manifestações

Cor de luta

As empregadas e empregados, da ativa e aposentados, foram orientados a utilizarem roupas brancas nesta terça-feira e a tirarem fotos da manifestação para serem compartilhadas nas redes sociais.

Os sindicatos distribuíram um boletim explicando a situação do Saúde Caixa, das negociações para a renovação do acordo coletivos e dos riscos que os empregados correm se a Caixa insistir na manutenção do teto de custeio e na solução por meio da cobrança de mensalidades de acordo com a faixa etária.

“Isso vai expurgar do plano todos os aposentados e os empregados da ativa mais idosos, assim como aqueles que ganham menos. E, com uma carteira menor, não vai demorar muito para que os valores fiquem mais altos também para os mais novos e que ganham mais, inviabilizando o plano para o conjunto dos trabalhadores. Será fim do Saúde Caixa e a abertura para a entrada de empresas de saúde privada”, afirmou a coordenadora da CEE.

A luta continua

Os trabalhadores continuarão com as manifestações até que a Caixa resolva apresentar uma proposta viável para os trabalhadores. Um novo Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa já está pré-agendado para o dia 30 de outubro.

Fonte: Contraf-CUT