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TRF1 suspende liminar que afastou presidente da Previ

O desembargador federal Rafael Paulo Soares Pinto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), derrubou, no início da noite desta segunda-feira (29), a liminar que determinou o afastamento do presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Fukunaga.

O magistrado reconheceu a legalidade e capacidade técnica da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade pública responsável por gerenciar as operadoras de previdência privada no país e que habilitou João Fukunaga a exercer o cargo.

“O afastamento havia se dado na última sexta (26), pelo juiz substituto da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil Monteiro, atendendo pedido de um deputado do estado de São Paulo, que entrou, no Distrito Federal, com uma ação popular, que não representa os associados e associadas da Previ”, explica Fernanda Lopes, funcionária do Banco do Brasil, associada do plano Previ Futuro e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

“A decisão de hoje, do desembargador em Brasília, está absolutamente correta e em linha com o que nós apontamos, ou seja, que desde a indicação até a posse de João Fukunaga, todos os ritos de governança foram respeitados e, além disso, Fukunaga atendeu às exigências previstas nos processos de elegibilidade tanto do Banco do Brasil, patrocinador do fundo de pensão, quanto da própria Previ. Logo, a decisão que o afastou semana passada carecia de base regulamentar”, completa.

Em manifesto, divulgada nesta segunda, representantes de várias entidades sindicais e representativas, incluindo CUT, Contraf-CUT e Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar), observaram que, ao contrário do que a ação do deputado estadual afirmou, “nunca houve cobrança aos associados por déficit na Previ, que é o maior fundo de pensão do país”, e a entidade, que hoje representa mais de 200 mil associados e associadas, segue mantendo bons resultados.

Sobre a indicação de João Fukunaga para o cargo, o grupo destacou que o funcionário de carreira do Banco do Brasil e associado ao plano Previ Futuro “conquistou o respeito e o reconhecimento que levaram à sua indicação”, arrematando que “desqualificar a experiência de liderança e de administração adquiridas em anos de atividade nas entidades representativas significa discriminar essas entidades e desprezar aquilo que tem sido mais importante na defesa da Previ, que é a participação e a vigilância dos seus associados através justamente das suas entidades representativas”.

Fonte: Contraf-CUT

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Mesa bipartite de Saúde será retomada na segunda-feira (29)

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reúne na segunda-feira (29) com a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban) para retomar a mesa permanente de negociações sobre saúde. Durante a pandemia, a mesa permanente foi substituída por uma mesa específica sobre protocolos de segurança e prevenção à covid-19.

“Durante as campanhas nacionais, a saúde sempre foi um tema prioritário e continuou sendo debatido, mas agora é hora de avançar e buscar soluções para os desafios enfrentados pelo setor. O grande número de bancários adoecidos torna essas questões ainda mais urgentes”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

O Coletivo de Saúde, em sintonia com a realidade enfrentada pelos bancários, identificou algumas prioridades que serão abordadas na mesa permanente de negociações com a Fenaban.

Mauro Salles destaca a necessidade da criação de canais de diálogo e acolhimento adequado. “É essencial que os bancos estabeleçam canais de comunicação efetivos com as entidades e os bancários, a fim de fornecer um acolhimento adequado. A avaliação é que, quando os bancários necessitam de tratamento de saúde, há desorientação, falta de informações corretas, dificuldade no fornecimento de documentação e descumprimento de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”.

Outra necessidade é a solução para o problema de endividamento devido ao adiantamento emergencial de salário nos períodos transitórios especiais de afastamento por doença. “É necessário discutir o parcelamento dos adiantamentos efetuados, garantindo que a parcela não ultrapasse 30% do salário dos bancários, a fim de evitar o endividamento excessivo”, explicou o secretário.

O combate ao assédio moral e à pressão por resultados também está na pauta. “Deve-se debater a cláusula 61 da CCT, que aborda os mecanismos de prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho. É importante aprimorar esses mecanismos, incluindo a criação de canais específicos para denúncias, definição de fluxo de apuração transparente e participação dos sindicatos”.

Quanto ao Programa de Retorno ao Trabalho, conquista da categoria prevista na cláusula 43 da CCT. Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram no programa automaticamente e os que ficaram menos de 180 dias, só entram no programa com indicação médica “é fundamental garantir o cumprimento do acordado”, disse Salles.

O secretário elenca ainda o fornecimento de informações sobre a saúde dos bancários. “É necessário obter informações atualizadas e transparentes sobre a situação da saúde dos bancários, incluindo a elaboração de um relatório anual do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional)”.

Como parte da preparação para a negociação, foi convocada uma reunião prévia do Coletivo Nacional de Saúde, agendada para às 10h do mesmo dia, 29 de maio de 2023. Na reunião, o debate será em busca de soluções concretas para as questões relacionadas à saúde dos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa: Empregados cobram possibilidade de transferência

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), querem que o banco abra a possibilidade de transferência do local de lotação, antes de iniciar o processo de contratação dos novos empregados. Outro pedido foi para que as entidades de representação sindical possam participar da recepção e integração dos novos empregados.

“Existem casos de empregados que já haviam mostrado interesse na transferência, mas o banco negou, alegando não haver como fazer as substituições. Agora que serão contratadosmais 800 aprovados no concurso de 2014, o banco pode rever esta decisão”, explicou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.

Para o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro, o “Movimenta”, como é chamado na Caixa o sistema de transferência do local de lotação, pode abrir possibilidade de movimentação para mais do que 800 novos contratados. “Em alguns casos, o próprio quadro atual pode suprir as vagas abertas com as transferências. Isso pode ocorrer quando um empregado quer sair de uma região, ou unidade e um outro quer ir para aquela mesma localidade”, explicou. “E é muito importante que isso aconteça antes das contratações, pois existem muitos casos de empregados que precisam realizar grandes deslocamentos para conseguir chegar ao local de trabalho, alguns deles são pessoas com deficiência, ou que moram em outras cidades”, completou.

O diretor da Contraf-CUT ressaltou que, neste caso, as contratações já levariam em conta as transferências dos atuais empregados que queiram mudar sua lotação.

Integração

As entidades de representação e associativas dos empregados também ressaltam a importância de elas participarem do processo de recepção e integração dos 800 novos contratados. “Esta é uma reivindicação histórica. E assim que houve o acordo, já foi cobrada para que seja realizada com os novos contratados”, disse a coordenadora da CEE.

“A presença da Contraf-CUT, Fenae, Apcefs, sindicatos e federações é importante para mostrar que a democracia é forte em nosso país e também para que as novas empregadas e empregados conheçam as entidades e entendam a importância da organização dos trabalhadores para a defesa dos seus diretos e para a luta por novas conquistas”, completou Rafael de Castro.

“A unidade dos trabalhadores é determinante para a mobilização em defesa da Caixa pública e social e contra a retirada de direitos, com foco na melhoria das condições de trabalho e no esforço por um Brasil mais justo, democrático e soberano”, disse o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

O presidente da Fenae disse ainda que as entidades de representação e associativas dos empregados da Caixa são importantes para a luta por políticas de valorização dos trabalhadores e de proteção contra eventuais abusos de gestão, e ainda para a cobrança da manutenção da responsabilidade social da Caixa e pelo respeito aos clientes e beneficiários de programas sociais do Governo Federal. “Além destas 800 contratações, é preciso aumentar o teto de empregados, para que possa haver mais contratações e, com isso, seja possível prestar um atendimento digno à população, sem sobrecarga de trabalho. Isso também contribuirá para a redução do adoecimento do pessoal que trabalha na Caixa”, completou.

As contratações na Caixa seguem o limite estabelecido pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest), órgão federal que coordena as empresas estatais. O limite na Caixa é de 87.544 empregados. Dados do último balançomostram que o banco encerrou o primeiro trimestre de 2023 com 86.741 empregados

Contratações e fim do risco de demissões

O acordo realizado com a Caixa pela Contraf-CUT e pela Fenae no âmbito da Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), além garantir mais 800 contratações, põe fim ao risco de demissões dos contratados administrativamente pela Caixa após o término da vigência previsto no edital do concurso de 2014. As contratações eram questionadas pelo Tribunal de Contas da União, que pedia a exoneração dos contratados. Desde o concurso de 2014, foram contratados 11.689 empregados.

“Com este acordo, além de garantirmos a contratação de mais 800 aprovados, eliminamos a possibilidade de demissão de todos os contratados administrativamente após o término da vigência prevista no edital”, explicou a coordenadora da CEE.

Com o acordo a Caixa também se comprometeu a não realizar concurso público exclusivamente para a formação de cadastro de reserva, ou que contenham vagas não correspondente à real demanda do banco no momento da publicação do edital.

Fonte: Contraf-CUT

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Movimento Sindical repudia ataques contra fundo de pensão do BB

Nota de repúdio aos ataques à Previ

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia decisão do juiz substituto da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil Monteiro, que atendeu a pedido de um deputado para afastar o presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Fukunaga, do cargo. Uma decisão que fere instâncias democraticamente instituídas como o Conselho Deliberativo do Banco do Brasil e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade pública responsável por gerenciar as operadoras de previdência privada no país, que habilitaram João Fukunaga para exercer o cargo.

Todos os ritos de governança foram respeitados, desde a indicação até a posse de João Fukunaga, que atendeu às exigências previstas nos processos de elegibilidade tanto do Banco do Brasil, patrocinador do fundo de pensão, quanto da própria Previ.

A decisão também é mais um ataque contra o movimento sindical, uma vez que Fukunaga, além de funcionário de carreira do Banco do Brasil e associado do plano Previ Futuro, tem histórico na luta pelos direitos dos trabalhadores bancários nas entidades representativas.

A determinação pelo afastamento do dirigente, portanto, é absolutamente política, sem base técnica alguma. Além disso, coloca em risco o equilíbrio das instituições, desrespeitando órgãos reguladores, necessários para manutenção do sistema de freios e contrapesos, sem os quais não há Estado Democrático de Direito.

Continuamos acreditando no Poder Judiciário e aguardamos pela revogação da liminar, dada a fragilidade jurídica da decisão que se configura como mais um ataque à Previ e ao futuro previdenciário de seus participantes.

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa: Contratação é pauta permanente da Contraf-CUT e da Fenae

A busca para ampliar a contratação de mais empregados pela Caixa é uma luta permanente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae). Assim como a defesa de um banco público e de caráter social, a missão das entidades é promover o bem-estar dos empregados da Caixa.

A Cláusula 50 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria de 2014/2015, instituiu que a Caixa contrataria, até dezembro de 2015, mais 2.000 novos empregados. Com base no documento, a Contraf-CUT e a Fenae atuaram fortemente pelo cumprimento do contrato.

“Nossa luta é pela defesa do bem-estar do trabalhador do banco, com atenção ao combate da sobrecarga de trabalho e o não adoecimento. É importante ressaltar que, em todos esses anos, a Fenae e a Contraf-CUT exerceram papel fundamental na pauta das contratações”, ressaltou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Para conseguir convocar os aprovados no concurso, que teria a validade expirada em junho de 2016, a vigência foi prorrogada por meio de decisão judicial, luta incorporada pela Contraf-CUT e Fenae. Ação Civil Pública (ACP) do Ministério Público do Trabalho, com assistência da Contraf-CUT e da Fenae, possibilitou a contratação de mais de seis mil trabalhadores pela Caixa, ao garantir a prorrogação da vigência dos concursos de 2014.

Desde que os certames foram realizados, há nove anos, a Caixa já convocou 17.954, com a contração de 11.689 empregados. Dados do último balanço divulgado pela Caixa mostram que o banco encerrou o primeiro trimestre de 2023 com 86.741 empregados, 109 a menos em um ano. As contratações na Caixa seguem o limite estabelecido pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest), órgão federal que coordena as empresas estatais. Esse limite é de 87.544 pessoas.

Uma das principais razões para que o acordo fosse aceito, foi a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que questionou as admissões (pós 2016) dos empregados por meio de ações judiciais trabalhistas, o que acarretaria demissões desses contratados. O TCU entende que, por se tratar de decisão judicial, ainda passível de reversão, a contratação observaria todas as obrigações e direitos previstos na legislação vigentes e no edital do concurso. No entanto, somente se tornaria definitiva depois de, além da aprovação no contrato de experiência previsto na cláusula 14.3 do edital, ocorrer o trânsito em julgado da ACP no sentido de manter a decisão liminar.

“Com este acordo, além de garantirmos a contratação de mais 800 aprovados, eliminamos a possibilidade de demissão de todos os contratados administrativamente após o término da vigência prevista no edital”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

“Com o anúncio da contratação de 800 novos empregados pela Caixa, que deverão atuar no banco de início imediato, a Fenae e a Contraf-CUT reconhecem a conquista do movimento, mas entendem que ainda é insuficiente para a recomposição do quadro de pessoal. Seguiremos sempre atentos, lutando por novas contratações e condições dignas de trabalho, pois essas são sempre uma pauta permanente na Fenae”, garantiu o presidente da Fenae.

A Fenae tem atuado intensivamente pela contratação de mais empregados. Confira aqui todas as ações que a Federação e a Contraf-CUT fizeram ao longo desses anos.

Fonte: Fenae

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Direção Nacional aprovou balanço da Contraf-CUT

A Direção Executiva Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta terça-feira (23), em São Paulo, para analisar os dados do balanço da entidade e debater sobre as prioridades do movimento sindical bancário em 2023.

Após a apresentação e análise das informações, os membros da DN aprovaram o balanço por unanimidade. “Os demonstrativos financeiros já haviam sido analisados e aprovados pelo Conselho Fiscal e pela Executiva Nacional. Convocamos os representantes das entidades e fizemos esta apresentação detalhada para a análise e deliberação final pela Direção Executiva Nacional, conforme determina nosso estatuto”, explicou o secretário de Finanças da Contraf-CUT, Luiz Cesar de Freitas.

Conjuntura e ações prioritárias

Os membros da Direção Nacional da Contraf-CUT também refletiram sobre a conjuntura social e política nacional e sobre outros temas de interesse da categoria e da classe trabalhadora.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressaltou que a classe trabalhadora, e especificamente as categorias do ramo financeiro, precisa focar sua atuação para obter avanços em temas prioritários.

“Em 2022, assinamos um acordo de dois anos que já nos garante aumento real para este ano. Agora é fundamental concentrarmos nossa atuação em temas importantes não apenas para nós do ramo financeiro, mas para toda a classe trabalhadora, para ampliarmos o debate sobre a necessidade de uma reforma tributária que garanta mais justiça fiscal e social, com aumento da faixa de isenção do IR, tanto na tabela geral, quanto na específica da PLR”, disse a presidenta da Contraf-CUT. “Também devemos continuar nossa campanha pela redução da taxa de juros e o debate sobre o papel do sistema financeiro e do crédito para a geração de emprego e renda, além de avançarmos rumo à organização do movimento sindical e outras questões que envolvem o futuro da categoria e do ramo financeiro”, completou, ao informar que estes também são os temas preliminares indicados para o debate na 25ª Conferência Nacional.

A 25ª Conferência Nacional dos Bancários será realizada nos dias 4, 5 e 6 de agosto de 2023, em São Paulo, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, no formato presencial. Antes disso, nos meses de junho e julho, os mesmos temas devem ser debatidos nas conferências estaduais/regionais.

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de reunião do Coletivo Estadual de Formação da CUT-RIO

Nesta quarta-feira, 24 de maio, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) participou da reunião do Coletivo Estadual de Formação da CUT-RIO.

A entidade foi representada pelo Diretor para os Bancos Privados, Max Bezerra, e pela Diretora de Formação Sindical, Elizabeth Paradela.

Em pauta: Educação em Luta, Greves, Piso Nacional, Revoga NEM e Arcabouço Fiscal.

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Santander ignora responsabilidade social ao priorizar crescimento seletivo no Brasil

No primeiro trimestre de 2023, o Santander apresentou resultados que refletem uma mudança significativa em sua estratégia de negócios. Um dos principais destaques negativos no balanço do Santander é a queda do lucro e o aumento das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD). Esses dados indicam uma deterioração na qualidade dos ativos.

Além disso, em comparação aos demais bancos de grande porte do país – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú -, o Santander registrou o menor crescimento da carteira de crédito. Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), essa situação demonstra uma postura conservadora na concessão de crédito, adotada pelo banco desde o ano passado.

No próprio balanço, o Santander declara que espera um crescimento mais seletivo da carteira de crédito, com foco na “melhoria na qualidade do portfólio” e na “vinculação e expansão de alta renda”. “O banco tem direcionado esforços para atrair e atender clientes de alta renda, visando aumentar a receita nesse segmento, que é oito vezes maior do que a receita proveniente de clientes de varejo”, apontou Gustavo.

No último balanço o banco registrou um crescimento de 36% de clientes de alta renda, chegando aos 834 mil clientes, e o Santander estabeleceu a meta de alcançar 1 milhão de clientes deste segmento até o final do ano. É importante ressaltar que esse segmento já representa mais de 60% dos investimentos do banco em pessoas físicas, evidenciando a intenção do banco de crescer nesse nicho.

Enquanto a carteira de crédito do segmento de alta renda cresceu 16%, o dobro do crescimento da carteira total de pessoas físicas, a carteira de pequenas e médias empresas foi deixada em segundo plano em favor das grandes empresas. “Isso se deve ao fato de que o banco avalia que o segmento de grandes empresas e menos arriscado e por isso irá se concentrar nele”, explicou o economista.

Rita Berlofa, funcionária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), tem levantado questões sobre a preocupação do banco com a atual situação econômica do país, ao apontar que a população comum enfrentará dificuldades para pagar empréstimos. “É lamentável observar a falta de responsabilidade social do Santander ao adotar uma estratégia que prioriza o lucro em detrimento da população em geral. Ao focar no segmento de alta renda e nas grandes empresas, o banco está contribuindo para aumentar ainda mais a concentração de renda no país. Essa postura demonstra um descaso com a situação econômica atual e revela uma falta de compromisso com a redução das desigualdades sociais. É inaceitável que uma instituição financeira tão influente não esteja atuando de forma mais inclusiva e solidária.”

Para Rita, a concentração do Santander em segmentos de alta renda e grandes empresas tende a contribuir para o aumento da desigualdade social e da concentração de renda no Brasil. Essas estratégias podem ampliar ainda mais as disparidades econômicas existentes. “O Santander, ao priorizar o crescimento seletivo e direcionar seus esforços para atender apenas clientes de alta renda, está abandonando grande parte da população que precisa de crédito para impulsionar seus negócios ou realizar projetos pessoais. Essa estratégia coloca em evidência a falta de comprometimento do banco com o desenvolvimento econômico e social do país”, disse a dirigente da Contraf-CUT. “É preocupante constatar que a instituição está contribuindo para ampliar as desigualdades e aprofundar a concentração de renda. É necessário que o Santander repense suas prioridades e adote uma postura mais responsável e inclusiva, visando beneficiar toda a sociedade”, completou Rita.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa vai contratar 800 aprovados no concurso de 2014

A Caixa Econômica Federal comunicou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e à Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), na noite desta terça-feira (23), que vai contratar 800 aprovados no concurso de 2014. “As empregadas e os empregados estão sobrecarregados. Há anos cobramos a recomposição do quadro de pessoal e, na nossa última reunião de negociação, ocorrida na sexta-feira (19), reiteramos a urgência do atendimento de nossa reivindicação, numa tentativa de sanar o problema de sobrecarga e dos costumeiros problemas de saúde que ela causa aos empregados. Além disso, com um quadro de trabalho maior, podemos atender melhor a população”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Dados do último balanço divulgado pela Caixa mostram que o banco encerrou o 1º trimestre de 2023 com 86.741 empregados, 109 a menos em um ano. Mas, além da queda no número de trabalhadores, houve aumento de aproximadamente 5 milhões de novos clientes no período, elevando, desta forma, o número de clientes a serem atendidos para 1.744 por empregado.

Queremos mais

“Mais do que uma excelente notícia, a contratação de 800 aprovados no concurso é uma conquista do movimento. Com certeza ajuda a aliviar a sobrecarga. Mas, é insuficiente para recompor o quadro de pessoal, que vem sendo reduzido no decorrer dos anos”, observou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “Estas 800 contratações são bem-vindas, mas é preciso aumentar o teto de empregados e contratar mais”, completou.

Em 2014, quando o concurso foi realizado, a Caixa contava com 101.484 empregados. Considerando os números do balanço do primeiro trimestre de 2023, são 14.743 postos de trabalho a menos.

Fonte: Contraf-CUT

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Empregados querem fim da cultura do assédio na Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrou do novo vice-presidente de Pessoas (Vipes) da Caixa Econômica Federal, Sergio Mendonça, o fim da cultura de assédio no banco. A cobrança foi feita em reunião de negociação ocorrida na sexta-feira (19), que também contou com a presença do diretor de Pessoas, Daniel de Castro Borges, além de dirigentes da Diretoria de Integridade.

“A Caixa é um banco público e sua principal característica é o atendimento de beneficiários de programas sociais do governo e clientes de baixa e média renda, não tem sentido a cultura organizacional atual, que reconhece apenas quem comercializa produtos e marginaliza quem cumpre o papel social do banco”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro. “É preciso tratar o banco, empregados e clientes com respeito. A Caixa é o que é, por causa da atuação de todos os empregados, não só daqueles que se enquadram no perfil mais comercial adotado no último período”, completou.

Para a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, o empregado da Caixa está hoje numa rotina de competição interna em um nível que não permite que ele enxergue mais o papel social do banco. “Essa estratégia não tem dado resultado positivo. Os empregados estão em situação precária de saúde, o lucro não aumentou e perdemos mercado, com clientes buscando pela concorrência”, disse.

>>>>> PQV é considerado inaceitável

Perfil de vendas

A CEE defendeu que as empregadas e os empregados não podem ser punidos pelo fato de clientes cancelarem produtos da cesta de serviços, sendo que a própria Caixa manda mensagem para estes clientes, os orientando a solicitarem o cancelamento quando este não se enquadra em seu perfil, outro exemplo de punição dada pela Caixa é quando o cliente aceita um cartão, mas não o ativa após 90 dias. Nestes casos a Caixa tem impedido a participação dos trabalhadores nos Processos de Seleção Interna (PSI) e feito ameaças para intimidar os bancários da rede de agências.

Os representantes dos empregados foram unânimes em condenar o Programa de Qualidade de Vendas (PQV), classificado como inaceitável, por não resolver a questão de uma possível venda malfeita, alegada pela Caixa. “Os empregados não fazem venda forçada pra nenhum cliente por iniciativa própria. O problema que tem que ser resolvido é o que motiva as vendas forçadas: As metas abusivas impostas pelo banco”, afirmou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. “É preciso acabar com a cultura do assédio, das cobranças pra bater meta a qualquer custo. O que o banco precisa fazer é oferecer condições de trabalho e treinamentos adequados aos empregados, precisa, urgentemente, contratar novos empregados para aliviar a sobrecarga dos colegas”, disse.

>>>>>Representantes dos empregados cobram da caixa PQV sem punição

Para os representantes dos trabalhadores, os problemas registrados nas agências e outras unidades da Caixa seguem na linha de retrocesso desenfreado da gestão anterior. “Para a reconstrução da Caixa que o Brasil precisa, a medida de gestão mais emergencial é o respeito e a valorização do corpo funcional do banco. A gestão tem que, de fato, ser humanizada”, ressaltou a coordenadora da CEE. “Precisamos debater sobre assédio moral e sexual em um grupo específico para encontrar soluções para os problemas”, completou.

A CEE cobrou um calendário de negociações, com cronograma de debates para que as reivindicações da categoria avancem.

Volta da Vipes

A recriação da Vipes, que havia sido extinta no primeiro semestre de 2021, ainda sob a gestão de Pedro Guimarães, foi classificada como um fato de importância simbólica e histórica, uma vez que ocorreu a partir de uma reivindicação dos empregados. “O movimento sindical bancário sempre defendeu a necessidade de uma área específica de gestão de pessoas, considerada imprescindível não só para o processo de reconstrução da Caixa que o Brasil precisa, mas também para o cuidado com os seus trabalhadores”, destacou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.

Outros itens

Na ocasião, mesmo sendo uma reunião de pauta específica os representantes dos empregados lembraram a necessidade de avanços nas reivindicações apresentadas pelos trabalhadores. É urgente a adoção de medidas que viabilizem a solução de problemas estruturais deixados pelas últimas gestões da Caixa. Fatiamento do banco em subsidiárias, sucateamento das áreas de infraestrutura e dos equipamentos e mobiliários são “entulhos autoritários” que precisam ser revistos com a urgência que o momento requer.

A representação dos empregados reivindicou ainda os seguintes itens:

  • fim do teto de gasto do Saúde Caixa, bem como a melhoria do plano;
  • valorização da Universidade Caixa com volta dos cursos presenciais;
  • processos seletivos internos transparentes, democráticos e abertos a todos;
  • home office com cumprimento efetivo da legislação sendo prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 6 anos (art. 75-F CLT);
  • jornada reduzida para os pais de filhos PCDs (analogia a Lei nº 8.112/90);
  • rediscussão do PCS, ESU;
  • retorno das Gipes, bem como áreas de apoio aos empregados (descentralização – com uma por estado);
  • fim das funções por minuto, com efetivação dos empregados que executam hoje essas atividades;
  • fim do banco de horas negativo e dotação orçamentária necessária para as horas extras;
  • reparações aos empregados perseguidos na gestão anterior.

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Fenae