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Serviços bancários sem taxas? Conheça este direito

Você sabia que um direito garantido no Conselho Monetário Nacional é que todos os bancos devem disponibilizar aos clientes um pacote de serviços essenciais que possibilita movimentações bancárias sem ter que pagar por isso? Ou seja, ao abrir uma conta, não se sinta obrigado a contratar um pacote de serviços tarifado oferecido pelo banco.

O pacote de serviços essenciais, como é chamado, pode ser contratado a qualquer momento a partir da abertura da conta corrente ou poupança. Para isso, basta o titular ir até a sua agência bancária e solicitar esta modalidade.

O pacote contempla a realização de uma série de operações básicas a cada mês. Por exemplo, as contas correntes devem ter acesso a quatro saques, dois extratos, duas transferências entre o mesmo banco, a liberação de dez folhas de cheque, o fornecimento de cartão com função de débito e a emissão do extrato consolidado anual. Fora isso, as consultas via internet não possuem limite.

Caso o cliente exceda o número de operações realizadas ou ainda necessite fazer uma operação que não está contemplada no pacote de serviços essenciais, uma tarifa avulsa será cobrada. É importante fazer as contas, pois o pagamento dessa taxa pode ou não valer a pena, a depender dos pacotes tarifados oferecidos pelos bancos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), caso a instituição financeira dificulte o processo de adesão aos serviços gratuitos, ou ainda se negue a realizar a contratação deste serviço, você pode abrir uma reclamação no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e na ouvidoria do próprio banco.

Além disso, também é possível realizar uma denúncia no Banco Central ou ainda por meio da plataforma consumidor.gov.br, que é gerida pelo Ministério da Justiça. Para realizar denúncias e reclamações você também pode procurar o Procon do seu município.

Fonte: Brasil de Fato

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Bancário volta ao trabalho após 59 anos

O bancário Osmar Ferreira vai retomar suas atividades depois de 59 anos. Em 1964, aos 21 anos, ele foi preso acusado de subversão e demitido sumariamente do Banco da Bahia – incorporado ao Bradesco em 1973 -, onde trabalhava na agência de Feira de Santana. Antes de se tornar bancário, ainda como estudante, Osmar Ferreira participou de movimentos estudantis.

No entanto, o então bancário possuía estabilidade sindical, pois, em 1963, foi eleito suplente do presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Feira de Santana, e não poderia ter sido demitido. “Os bancos fecharam por algum tempo após o golpe militar. Quando voltei a trabalhar, no começo de abril, um sargento do Exército foi à agência onde eu trabalhava. Fui chamado na sala da gerência e lá fui preso. Fiquei 12 dias detido e sofri muitas torturas físicas, mas principalmente psicológicas”, contou.

Só em 1983, após a queda da ditadura militar e o início da redemocratização do Brasil, ele pôde entrar na Justiça com o pedido de anistia política. Porém, somente em 2011 a anistia aconteceu, o que possibilitou, por meio do sindicato, entrar com uma ação trabalhista exigindo uma reparação pela demissão.

No final de abril, a espera acabou com o início do processo de readmissão por parte do Bradesco. “Osmar vai voltar exercer as suas atividades. Essa readmissão é de um simbolismo gigantesco. É uma vitória para o nosso sindicato e uma grande história de luta. Um sindicalista que foi torturado pelo regime militar e passou estes anos em busca da sua reintegração. É um sinal claro de que a democracia e a paz vencem sempre, e que não toleraremos mais nenhuma espécie de golpe. Nós do Sindicato também estamos trabalhando cada vez mais na garantia dos direitos da categoria, estamos fortes na luta”, disse o presidente do sindicato, Eritan Machado.

Após a reintegração, Osmar parabenizou o Sindicato pelo apoio. “Agradeço a vocês que lutaram junto comigo, muito obrigado a todos!’’.

Aos 80 anos, Osmar Ferreira volta às suas atividades depois da aprovação nos exames médicos. “É uma vitória da democracia, é uma reparação histórica, que mostra a força da justiça e do movimento sindical”, afirma Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

A reintegração de trabalhadores é uma das muitas funções do movimento sindical. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2022, 1.260 bancários foram reintegrados.

Fonte: Contraf-CUT com informações do Seeb Feira de Santana

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Movimento sindical define com BB agenda para mesas de negociação permanente

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representantes da direção do BB se reuniram na tarde dessa quinta-feira (4), em Brasília, para definir as datas das mesas permanentes. Entre os temas com datas já definidas estão o combate ao assédio, resolução de questões relacionadas à Plataforma de Suporte Operacional (PSO), Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), programa Performa e promoção da igualdade de oportunidade dentro da empresa.

“O banco está com um discurso novo, até por conta da nova presidência que vem se mostrando aberta às pautas dos trabalhadores, como por exemplo não aceitar mais o assédio. É importante, agora, que essa mudança da direção se reflita na base”, apontou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes.

A reunião determinou as seguintes datas, relacionadas às mesas permanentes temáticas:

30/05 – Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP);
21/06 – Caixas e demais comissionados que estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);
12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);
20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;
11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;
28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Revisão da Tabela PIP

Os representantes dos trabalhadores também cobraram da direção do banco a entrega da revisão da tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que permite aos trabalhadores do BB, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria.

“A revisão da PIP é uma antiga reivindicação dos trabalhadores, porque impacta no saldo final da sua aposentadoria. Uma das conquistas assinadas no último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB foi justamente a revisão desse critério de pontuação. Mas, até agora, não houve mudança alguma”, observou o representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB, Getúlio Maciel.

Bancos incorporados

Também foi colocada na mesa as reinvindicações das funcionárias e funcionários dos bancos incorporados, sobre acesso igual aos serviços da Cassi e da Previ. “Ficou definida nesta reunião a criação de um grupo de trabalho para alcançar uma resolução dos problemas do Economus e dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados”, destacou Fernanda Lopes, lembrando que, nos últimos anos, a situação dos funcionários incorporados se agravou, sobretudo no que se refere ao plano de saúde dos aposentados, com reajustes nas revisões trimestrais de custeio do FEAS e Economus Futuro.

Teletrabalho

Nesta sexta (5), o BB divulgou nota sobre expansão do Trabalho Remoto Institucional (TRI), ou teletrabalho, em caráter de teste para as redes Varejo, Atacado e Setor Público. “O banco informou que a expectativa é que, até o fim de maio, 2,4 mil funcionários da rede estejam aptos a trabalhar remotamente de forma híbrida”, explicou Fernanda Lopes. “Esta é mais uma pauta do movimento sindical. Como temos apresentado em todas as mesas de negociação, a demanda pelo teletrabalho é grande nas áreas meio, especialmente nos escritórios, e existe estrutura tecnológica e espaço para o banco avançar nesta implementação”, completou.

Na nota, o BB destacou que a adesão das áreas, “em caráter de teste” para a implementação do teletrabalho, “dependerá do tipo de unidade das atividades realizadas, do atendimento de requisitos pelos funcionários e da disponibilidade de equipamentos”. Entre as unidades pilotos, anunciadas pelo banco, estão CRBBs, Escritórios Corporate, Escritórios Exclusivo, Escritório Leve, Escritórios Setor Público, Agência assessoria em investimento, SAC e Superintendências.

Fonte: Contraf-CUT

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Itaú bate recorde no Lucro Líquido Recorrente Gerencial no primeiro trimestre de 2023

O Itaú Unibanco obteve recorde no Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 8,435 bilhões, no primeiro trimestre de 2023. O dado representa alta de 14,6% em relação ao mesmo período de 2022 e alta de 10,0% em relação ao trimestre anterior (no 4º trimestre de 2022, o resultado recorrente foi de R$ 7,668 bilhões).

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 4,9% em doze meses, totalizando cerca de R$ 11,681 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, por sua vez, cresceram 0,8% no período, somando cerca de R$ 7,044 bilhões. Dessa forma, a cobertura destas despesas pelas receitas com prestação de serviços do banco foi de 165,8% no período.

Ao final do 1º trimestre de 2023, a holding contava com 89.497 empregados no país, com abertura de 1.237 postos de trabalho em doze meses. De acordo com o relatório do banco, esse saldo se deve a ampliação no número de assessores de investimentos e a contratações para a área de Tecnologia da Informação (TI), visando acelerar o processo de transformação digital. Foram fechadas 103 agências físicas no Brasil, no período, e abertas 100 agências digitais, totalizando 2.731 e 415 unidades, respectivamente.

“O Itaú foi uns dos poucos bancos, mesmo na crise sanitária que o país passou, que se ajustou e conseguiu manter sua rentabilidade financeira. Isso fica evidente com os lucros que o banco vem tendo ano a ano. E dá direito aos funcionários de cobrarem mais transparência do banco nos processos de terceirização, fechamento de agências e a reivindicarem melhorias na distribuição de renda dentro do Itaú”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco lucra mais de R$ 4 bi no primeiro trimestre

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 4,280 bilhões, no 1º trimestre de 2023. Os dados representam queda de 37,3% em relação ao mesmo período de 2022 e crescimento de 168,3% quando comparado ao resultado do 4º trimestre do mesmo ano (o lucro do 4º trimestre foi de R$ 1,437 bilhões).

Veja aqui os destaques completos do Dieese.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) do banco ficou em 10,6%, com queda de 7,4 pontos percentuais (pp) em doze meses. Segundo o relatório, “a geração de receitas com a margem de clientes, prestação de serviços e operações de seguros absorveu as maiores despesas com PDD (provisão para devedores duvidosos), em decorrência da inadimplência no segmento massificado (PF e PJ) e o aumento já esperado das despesas operacionais, principalmente pelo efeito do acordo coletivo”.

Um desses eventos de inadimplência refere-se ao caso das Lojas Americanas, que divulgaram ao mercado, em janeiro de 2023, fato relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, dos quais o Banco Bradesco seria uma das principais instituições afetadas.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias caiu -1,0% em doze meses, totalizando perto de R$ 6,9 bilhões. Por sua vez, as despesas de pessoal mais PLR cresceram 8,7% no período, somando R$ 5,6 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços e tarifas do banco foi de 122,7%.

A holding começou 2023 com 86.212 empregados, com queda de 1.276 postos de trabalho em doze meses e de 2.169 postos fechados no trimestre imediatamente anterior. Em 12 meses foram encerradas 93 agências e 174 unidades de negócio, totalizando, 2.855 agências e 799 unidades de negócios. O total de clientes do banco aumentou em 1,9 milhão, totalizando 76,7 milhões de clientes.

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de celebração da posse de Kelly Quirino como Caref

Danilo Funke Leme, Diretor de Bancos Federais e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), esteve presente na cerimônia de posse de Kelly Quirino como Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref), no Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil (BB).

A Federação, junto com os Sindicatos dos Bancários de sua base, apoiaram a eleição de Kelly Quirino.

No mesmo dia, também houve uma reunião da CEBB com a Direção do Banco do Brasil.

“Tivemos nossa primeira reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil com representantes da Diretoria da instituição, após a posse da nova presidente Tarciana Medeiros, num momento de renovação de esperança, com o início de um novo governo do Presidente Lula. E nesse primeiro contato de negociação sobre os assuntos sensíveis aos interesses dos funcionários do Banco do Brasil, saímos otimistas e já percebemos uma mudança da nova política de gestão e, principalmente, de respeito aos direitos e melhores condições de trabalho aos nossos colegas. Foi unânime a todos os representantes das federações, de todo o Brasil ali presentes, que as cobranças abusivas de metas, a GDP no formato que está e o assédio moral, são uma constante no dia a dia dos bancários, ao longo dos últimos 4 anos. Temos que mudar. Vemos amigos e amigas adoecendo, nos procurando fragilizados fragilizados após sofrerem constantes assédios, pois o ambiente profissional não tem sido salutar pra esses trabalhadores. Foi tirado um calendário fixo com as datas dos pontos que tinha sido acordado na ACT, e GDP e Assédio Moral serão nossos primeiros temas.”, comentou Danilo Funke.

Posse

O evento, marcado pelo simbolismo da reparação histórica e pela emoção, ocorreu na noite da última quinta-feira, 4 de maio, no Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, em Brasília.

Em seu discurso, Kelly agradeceu os mais de 19 mil votos de bancários que a conduziram ao CA do BB, ao movimento sindical, aos seus familiares, seus gestores e aos membros dos coletivos de funcionários BB Black, bancários LGBTQIAP+, Liderança Feminina e PCDs; e reforçou a importância da construção de um banco mais plural, inclusivo e que represente o Brasil.

A Caref também salientou o passado de escravidão do país e as suas consequências que ainda hoje persistem, dentre elas o racismo estrutural e a desigualdade social.

Lembrou que o Banco do Brasil foi responsável por escrever muitas páginas do desenvolvimento econômico e social da nação, mas enfatizou que a instituição financeira contribuiu para a escravidão, ao ter aceito mais de 40 mil escravizados como garantia de operação de crédito, de acordo com registros históricos.

“Quando uma mulher negra se movimenta, toda uma estrutura se movimenta. É isto que estamos fazendo agora. (…) Vou trabalhar para entregar um banco melhor para as futuras gerações. Ao relembrar desse tempo que não se apaga, tenho a clareza de que, se hoje me torno uma conselheira eleita pelos funcionários do BB, não se trata apenas de uma conquista pessoal. Na verdade presenciamos, sem falsa modéstia, um marco para a representatividade racial e de gênero. E um grito contra o racismo e o sexismo que tem sido estrutural e que ainda vivemos no Brasil, em particular no mundo corporativo”, declarou Kelly em seu discurso.

Planos para o mandato

Na sua posse, realizada no dia 27 de abril, Kelly reforçou que mantém suas propostas de campanha, que incluem lutar para que o BB continue forte, ampliando sua participação no mercado sem deixar de lado a ampliação de crédito para desenvolver setores. “O Banco do Brasil tem que ser um aliado no repasse de crédito, incluindo para infraestrutura, agricultura familiar, micro e pequenas empresas. Sou de uma linha com o olhar desenvolvimentista”, pontuou.

A nova Caref destacou ainda que irá colocar em prática a promessa de campanha da criação de um canal direto entre ela e os funcionários do BB, além de ser atuante na promoção da diversidade e no combate ao assédio dentro da empresa.

Quem é Kelly Quirino

Kelly é bancária do BB há 15 anos, atuou por 10 anos na Fundação BB e hoje trabalha na Diretoria de Marketing e Comunicação (Dimac) do banco. Além disso, é pesquisadora associada ao Intercom nas áreas de jornalismo impresso e jornalismo especializado. Em 2020, foi eleita uma das 115 mulheres referência na luta antirracista no Brasil. É doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

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Câmara aprova PL de igualdade salarial entre homens e mulheres

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (4) o Projeto de Lei 1085/23, que garante o pagamento de salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função. “A lei valerá para todos os funcionários que trabalham pelo modelo de contrato CLT. As empresas que têm mais de 100 funcionários serão obrigadas a divulgar um relatório de transparência, que será a principal forma de fiscalizar o cumprimento da lei. Outras ferramentas de fiscalização que já existem continuam e são importantes, em especial os sindicatos, o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho”, explicou a advogada e assessora jurídica da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Phamela Godoy.

O PL 1085/23, baseado no parecer da relatora, deputada Jack Rocha (PT/ES), mas de iniciativa do governo Lula, foi aprovado na Câmara por 325 votos favoráveis e apenas 36 contrários. Agora, o projeto de lei seguirá para o Senado, onde ganhará um novo número de tramitação. Se for aprovado, seguirá à sanção presidencial. “A nossa expectativa é que esse PL também tramite em regime de urgência no Senado, como aconteceu na Câmara e, assim, passe a valer o quanto antes”, destacou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes. “Como o próprio presidente Lula destacou, quando anunciou a proposta, em 8 de março, desde 1943 a CLT prevê que mulheres e homens que exerçam a mesma função tenham equiparação salarial. A inovação do projeto de lei é o estabelecimento da obrigatoriedade da equiparação, a ser verificada por meio documental, ampliando as formas de fiscalização e multa”, completou.

Apesar de representar 44% do total da força de trabalho do país, as mulheres são maioria entre os desempregados (55,5%). Elas ainda recebem, em média, 21% menos que os homens (o equivalente a R$ 2.305 para elas e a R$ 2.909 para eles). Esses são alguns destaques do Boletim Especial “8 de março, Dia da Mulher”, divulgado em março pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o 3º trimestre de 2022.

Relatórios e divulgação

O PL determina que empresas com 100 ou mais empregados deverão publicar relatórios de transparência salarial e remuneratória a cada semestre. Os relatórios deverão conter os valores recebidos pelos funcionários, observada a legislação de dados pessoais. Em caso de não apresentação do relatório, a empresa receberá multa de até 3% da folha salarial, limitada a cem salários-mínimos (hoje, R$ 132 mil).

O Poder Executivo tornará público as informações dos relatórios, pela internet. “Esses indicadores, atualizados periodicamente, sobre o mercado de trabalho e renda por sexo, serão fundamentais também para alinhar políticas de combate à desigualdade de gênero e raça no Brasil”, observou a secretária da Mulher da Contraf-CUT. Ela destacou ainda que, que além das informações fiscais e salariais, o PL prevê que os relatórios poderão incluir indicadores de violência contra a mulher, vagas em creches, acesso à informação de serviços de saúde e de formação técnica e superior. “Todos esses dados podem contribuir na orientação de novas políticas públicas”, reforçou.

Fiscalização e regras

Mesmo com aprovação do PL no Senado, a fiscalização contra discriminação salarial e remuneratória entre homens e mulheres será protocolado pelo Poder Executivo.

Além das diferenças salariais, haverá multa administrativa para o empregador em caso de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, além das diferenças salariais, que equivalerá a dez vezes o valor do novo salário devido ao empregado discriminado e será o dobro em caso de reincidência na discriminação. A quitação tanto das multas quanto das diferenças salariais também não impedirão a possibilidade de indenização por danos morais à pessoa prejudicada.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários repudiam manutenção da Selic em 13,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve, nesta quarta-feira (3), a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Foi a sexta reunião consecutiva que a taxa é mantida no mesmo patamar. Para os trabalhadores do ramo financeiro, a política de juros do Banco Central do Brasil não cumpre a função de reduzir a inflação e atrapalha o desenvolvimento do país, com consequências drásticas para a geração de emprego e renda.

“É uma verdadeira extorsão! O Brasil tem a maior taxa de juros reais do mundo! E ela é estabelecida exclusivamente com base em análises feitas pelo mercado financeiro, que se beneficia da política de juros mantida pela atual gestão do Banco Central”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira. “É como se o dono da granja pedisse para que a raposa desse dicas para a segurança das galinhas e seus ovos”, completou Juvandia.

A decisão do Copom leva em conta as pesquisas semanais feita pelo BC com analistas de mercado (boletim Focus). “Dizem que o Banco Central é independente. Mas, que independência é esta que está atrelada às análises feitas por quem se favorece da política a ser realizada? Isso me faz lembrar da independência de um certo juiz federal que condenou sem provas o candidato líder nas pesquisas para beneficiar o outro candidato, do qual se tornou ministro após a eleição”, disse a presidenta da Contraf-CUT ao se referir da condenação de Lula por Sergio Moro. “Depois, o STF (Supremo Tribunal Federal) cancelou todas as condenações por imparcialidade do juiz. E quem vai ‘cancelar’ o mercado financeiro?”, questionou acrescentando que é um absurdo a manutenção da Selic em 13,75%. “O Banco Central está apostando contra o Brasil e o Congresso Nacional precisa tomar uma providência para tirar Campos Neto de seu comando”, disse.

Falsos argumentos

Em crítica direta ao principal argumento do BC para a elevação e manutenção da Selic em 13,75%, os bancários explicam que a inflação no Brasil não é gerada por demanda e que, por isso, não tem sentido a escalada da taxa de juros no país. Em março de 2021, a taxa básica de Juros (Selic) estava em 2%. A partir de abril começou a subir e atingiu os 13,75% atuais. No mesmo período, a inflação subiu de 6,10%, chegou a 12,13% em abril de 2022 e as estimativas são de que feche 2023 em 6,05%.

“Aumentaram as taxas de juros em 10 pontos percentuais e a inflação não caiu. Ao contrário, quase dobrou e somente recuou quando houve a redução de preços dos combustíveis. Ou seja, a alta dos juros não controla a atual inflação brasileira, pois ela não é gerada por demanda, não há aumento do consumo”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, ao ressaltar que a inflação brasileira é gerada por fatores externos e climáticos, se referindo à guerra na Ucrânia e ao período de seca ocorrido no Brasil, que afetaram a produção agropecuária e energética. “Existem muitos fatores que influenciam na redução, ou aumento, da inflação, mas o BC considera apenas a alta de juros”, completou.

Inadimplência

Outro argumento do BC para a manutenção da taxa básica de juros contestado pelos trabalhadores é que a índice de inadimplência. “Hoje temos mais de 70 milhões de brasileiros adultos endividados. Em 2021, quando o Banco Central começou sua política de alta das taxas de juros, havia 63 milhões de endividados. Isso apenas comprova que aumentar os juros, além de não reduzir a atual inflação brasileira, contribui para o aumento do endividamento das famílias e o Banco Central utiliza esse aumento para justificar sua política”, observou a presidenta da Contraf-CUT, ao lembrar ainda que muitas empresas também não estão suportando o aumento das taxas de juros e estão entrando em endividamento.

Se considerarmos os últimos quatro anos, veremos que o endividamento dos brasileiros subiu de 59% para 79% entre as famílias, sendo que 85% delas possui dívidas com as operadoras de cartão de crédito, que cobram juros de 400%.

A presidenta do Sindicato de São Paulo ressaltou, ainda, que o aumento das taxas de juros também contribuiu com o aumento do endividamento do Estado e o crescimento dos gastos com a dívida pública. “E, mais uma vez, o Banco Central justifica a manutenção da alta dos juros em um fator que ele mesmo contribui para aumentar”, observou acrescentando que a as altas taxas de juros contribuem para o aumento da dívida pública, não com sua redução.

Fonte: Contraf-CUT

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Lula recria o Conselhão e formaliza retomada do diálogo entre governo e sociedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse, nesta quinta-feira (4), em Brasília, ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o popular Conselhão. O órgão foi criado na primeira gestão de Lula (2003-2007), mas foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Conselhão serve para assessorar o presidente na elaboração de propostas para o desenvolvimento econômico, social e sustentável, e também é uma instância de diálogo com os diversos setores da sociedade. Seus membros representam movimentos sociais, sindicais e setores da economia, como o financeiro, o agronegócio, a indústria e o comércio entre outros.

O colegiado é presidido pelo próprio Lula e tem entre seus membros o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, e o presidente da CUT, Sérgio Nobre, integram do Conselhão, como representantes da classe trabalhadora.

Composição abrangente

Em seu discurso, Lula valorizou a diversidade dos 246 integrantes do Conselhão, uma composição que tem por objetivo espelhar a sociedade. Segundo o presidente, são pessoas que “pensam diferente ideologicamente, economicamente e sobre várias outras coisas, mas a riqueza da democracia é exatamente essa”.

Lula avaliou que o Brasil vem de “momentos de trevas” nos últimos anos. “Eu tenho 77 anos e nunca tinha vivido tanta esculhambação da democracia como aconteceu”. Para ele, “o Conselhão, repleto de diversidade e de diferenças, pode ser uma fotografia do Brasil que nós queremos construir”. Como ele disse, o órgão “é um espaço para ajudar a governar o país, o espaço para se dizer como as coisas devem ser feitas; não é um espaço de queixa ou reclamação, mas de produção”.

A primeira reunião do colegiado, para Lula, “ilustra o que há de mais importante, bonito e verdadeiro na política: a força do diálogo franco e construtivo”. O presidente observou que “estão reunidos representantes dos setores mais diversos da sociedade”. “Juntos, vocês formam o Brasil real, juntos, não somos apenas o retrato do Brasil que somos, mas também o retrato do Brasil que queremos ser”, concluiu.

Gênero e raça

A presidenta da Contraf-CUT, em seu discurso no evento, ressaltou a significativa presença de mulheres no órgão e a retomada do diálogo entre governo e sociedade. “A mulher é sub-representada nos poderes executivo, legislativo e judiciário, portanto essa presença aqui no Conselho é muito significativa”, afirmou.

Juvandia lembrou que o desemprego e o subemprego afetam mais as mulheres, como também as pessoas negras, para defender “a retomada do crescimento com o fim das desigualdades de gênero e de raça”. Para a dirigente sindical, “não podemos pensar no Brasil como uma nação com tantas desigualdades, como vivemos hoje”.

Volta do diálogo

Outro ponto enfatizado por Juvandia foi a importância do retorno do diálogo do governo com a sociedade. “Nós, dos movimentos sociais, não éramos recebidos aqui no Palácio do Planalto há sete anos. Por isso, a retomada do Conselho não é apenas a retomada do Conselho, mas do diálogo”, avaliou.

Juvandia lembrou a tradição da categoria bancária em negociações trabalhistas, uma experiência baseada no diálogo entre as partes envolvidas (trabalhadores e sistema financeiro), que deve ser vista como exemplo para o país. “É disso que o Brasil precisa, de diálogo, e diálogo que contemple todas as forças da sociedade”, completou.

#JurosBaixosJá

A manutenção pelo Banco Central (BC) da Selic, em 13,75%, foi criticada por Juvandia. “Repudiamos a decisão do BC de manter a taxa de juros elevadas, porque inibe o crédito, o investimento produtivo, o emprego e renda, e precisamos fortalecer exatamente o emprego e renda no Brasil”, disse.

Foto: Luiz Carlos Costa

Fonte: Contraf-CUT

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Comando define que Conferência Nacional dos Bancários será em agosto

O Comando Nacional dos Bancários definiu, em reunião realizada nesta quarta-feira, 3 de maio, a data da Conferência Nacional da categoria. A atividade será presencial, em São Paulo, e a data indicativa é de 4 a 6 de agosto. A confirmação vai depender apenas da disponibilidade de local para a realização e hospedagem dos participantes.

Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, e Carlos Pereira de Araújo (Carlão), Diretor do Sindibancários/ES e representante da Intersindical, integrantes do Comando Nacional dos Bancários, estiveram presentes. (Na foto com o Presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, e com Ivânia Pereira, Presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe)

As conferências estaduais e/ou regionais devem ser realizadas em junho e julho, no mesmo período em que haverá a Consulta Nacional à categoria sobre as prioridades para o movimento, como a reforma tributária, o papel do sistema financeiro e do crédito para a geração de emprego renda, além da democratização e uso dos meios de comunicação e de questões que envolvem o futuro da categoria.

Também ficou definido que serão mantidas as mesas permanentes de negociação com os bancos sobre Igualdade de Oportunidades, Saúde e Segurança Bancária. O Comando também deliberou que as comissões de trabalhadores específicas de cada banco devem definir suas agendas de negociações permanentes e definir seus calendários de luta.

#JurosBaixosJá

Após debater sobre a política de juros do Banco Central, o Comando orientou pela continuidade da campanha #JurosBaixosJá, pois, ao contrário do que o presidente do BC, Roberto Campos Neto afirma, a manutenção da alta da Selic não cumpre a promessa de reduzir a inflação e atrapalha o desenvolvimento do país.

“É um absurdo a manutenção da Selic em 13,75%! É a maior taxa de juros reais do mundo! Ela deveria ter sido reduzida. O Banco Central está apostando contra o Brasil e o Congresso Nacional precisa tomar uma providência para tirar Campos Neto de seu comando”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Em março de 2021, a taxa básica de juros (Selic) estava em 2%. A partir de abril começou a subir e atingiu a taxa atual de 13,75%, mantida pela sexta vez, nesta quarta-feira (3), no encerramento da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No mesmo período, a inflação subiu de 6,10%, chegou a 12,13% em abril de 2022, e as estimativas são de que feche 2023 em 6,05%.

“Aumentaram as taxas de juros em 10 pontos percentuais, e a inflação não caiu. Ao contrário, quase dobrou e somente recuou quando houve redução dos preços dos combustíveis. Ou seja, a alta dos juros não controla a atual inflação brasileira, pois ela não é gerada por demanda, não há aumento do consumo”, observou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.

Outros pontos

Além da política de juros do Banco Central, o Comando Nacional dos Bancários também definiu a luta:

  • pela regulamentação das redes sociais e democratização dos meios de comunicação;
  • pela reforma sindical;
  • pela regularização do trabalho realizado por trabalhadores de aplicativos, como entregadores, motoristas e outros;
  • por uma reforma tributária justa, com aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física, assim como da faixa de isenção da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Fonte: Contraf-CUT