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BB renova lucro recorde, mas às custas de gestão que sobrecarrega trabalhadores e clientes

O Banco do Brasil concluiu 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 31,8 bilhões, crescimento de 51,3% em comparação com 2021. No quarto trimestre, o BB atingiu lucro de R$ 9,039 bilhões, mesmo afetado pelo caso das Lojas Americanas, que forçou o banco público a provisionar R$ 788 milhões adicionais.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), índice que mede a rentabilidade do banco, aumentou 5,8 pontos percentuais (p.p) em doze meses, alcançando 20,6%. O total pago destinado aos acionistas no exercício 2022 foi de R$ 11,8 bilhões, sendo R$ 4,138 o valor distribuído por ação.

Entre os fatores que contribuíram para o novo recorde de lucro, que superaram expectativas de analistas da imprensa e do mercado, estão os aumentos da receita de operações de crédito (com alta de 39,2%), prestação de serviços e tarifas bancárias (aumento de 10,2% em um ano, alcançando R$ 32,33 bilhões) e o resultado da tesouraria (alta de 116% em um ano, alcançando R$ 34,4 bilhões).

Pressão sobre funcionários

“Nós precisamos salientar que os resultados astronômicos são, em parte, fruto de uma gestão por metas, cada vez mais difíceis de serem alcançadas pelos funcionários”, destacou a funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “Mas o que registramos, nos últimos anos, foi um aumento de casos de adoecimento de bancários, seja por conta de assédio moral para alcançar metas em níveis abusivos, seja pela redução de postos de trabalho e agências, considerando os programas de reestruturação impostos pelas direções que assumiram o BB, entre 2016 e 2022″, completou.

No mais recente relatório, o BB informa que aumentou em 1.356 os postos de trabalho, com a convocação de aprovados no concurso público realizado no fim de 2021. No período, também foram fechadas 8 agências tradicionais e abertas 12 agências digitais e especializadas. Fernanda observou que esses números ainda não são suficientes para recompor os mais de 10 mil postos de trabalho cortados e mais de 1.500 unidades fechadas, desde 2016.

“Esses resultados são fruto de gestões passadas do banco, que priorizaram tornar o BB semelhante a qualquer outro banco privado, para atender expectativas de acionistas, às custas da sobrecarga dos funcionários e da redução do papel do BB como banco público, que deveria estar alinhado ao desenvolvimento do país. Nossa expectativa é que, em 2023, o BB volte a cumprir o papel que não cumpriu nos últimos anos e isso inclui valorizar os funcionários e ajudar a reduzir as dívidas das famílias e do setor produtivo”, pontuou a representante dos funcionários da CEBB.

Carteiras de crédito

Em um ano, a carteira de crédito ampliada do BB cresceu 14,8%, totalizando R$ 1,004 trilhão. O segmento Pessoa Física, cresceu 9%, atingindo R$ 289,6 bilhões, principalmente, por influência do crédito consignado (+7,8%) e nas operações com cartão de crédito (+14,5%).

“O dado que aponta para o aumento do crédito consignado, com taxas de juros altas cobradas pelo BB, vem de uma política de ganhar retorno sobre famílias endividadas. E vamos lembrar que a população aumentou seu endividamento por causa de fatores como a pandemia e o desemprego”, avaliou Fernanda Lopes. “Vale destacar também que o BB está entre os bancos que aplicam as maiores taxas de juros rotativos oferecidas ao cliente, quando ele não consegue realizar o pagamento total da fatura”, prosseguiu.

Segundo dados do Banco Central, de 31 de janeiro, a taxa de juros rotativos, cobrada pelo BB de pessoas físicas, chega a 534,60% ao ano. A título de comparação, o Bradesco cobra 332,64% ao ano e o Itaú-Unibanco 351,01%. “Esses são dados que reforçam nossa crítica de que o BB, ao longo dos últimos anos, se distanciou de sua função de banco público que, como tal, deveria ter como prioridade auxiliar as famílias brasileiras e pequenas empresas a saírem do endividamento, e não o contrário”, destacou Lopes.

Em relação a dezembro de 2021, a carteira Pessoa Jurídica cresceu 12,8%, registrando total de R$ 358,5 bilhões, com destaque para grandes empresas (+15,7%) e micro, pequenas e médias empresas/MPME (+21,2%). Já a carteira de agronegócio do banco cresceu 24,9% em um ano, totalizando R$ 309,7% bilhões, com destaque para o custeio agropecuário (+46,5%), linha de investimento (+54,6%) e agroindustrial (+109,1%).

“As micro e pequenas empresas, assim como as famílias, estão hoje enforcadas pelo endividamento. São públicos que deveriam ter os juros negociados. O banco também precisa oferecer, a juros baixos, crédito à agricultura familiar. Isso, inclusive, é uma cobrança feita pelo presidente da República, em discursos sobre o papel dos bancos públicos”, lembrou a funcionária do BB.

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) cresceram 31,7%, totalizando R$ 23,547 bilhões, enquanto o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,51%, aumento de 0,76 p.p em um ano, inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (3%).

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

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PCDs apresentam demandas para serem levadas à Caixa

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizou na noite da última quinta-feira (9), uma plenária nacional com as empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, para tratar dos principais aspectos funcionais e de carreira dos trabalhadores com deficiência. No total, 272 pessoas participaram dos debates.

“Após inúmeras ações da Contraf-CUT e da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) e de uma Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público, a Caixa contratou pessoas com deficiência (PCDs) para que o banco, pelo menos, cumpra a cota mínima de PCDs no seu quadro de empregados”, explicou a coordenadora da Comissão de Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Realizamos esta plenária para apresentar, aos colegas PCDs, as reivindicações específicas que já foram apresentadas à Caixa e para que possamos, através do debate, aprimorar a pauta para que todos estejam contemplados”, completou.

“As mudanças e melhorias que queremos somente acontecem se levantarmos as demandas para apresentá-las ao banco para negociação. Por isso, foi muito importante este debate”, afirmou o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão.

Reivindicações

As demandas específicas das PCDs já apresentadas ao banco estão no artigo 36 da minuta de reivindicações aprovada no 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) e, após a apresentação das mesmas, foi aberta a palavra aos participantes para que os mesmos apresentassem novas demandas que serão levadas ao banco na próxima reunião do Grupo de Trabalho de Condições de Trabalho.

“Vamos retomar as reuniões de negociações com o banco, e um dos assuntos que queremos levar no primeiro debate são as demandas das PCDs”, informou a coordenadora da CEE, ao acrescentar que solicitará novamente à Caixa o quantitativo de PCDs no quadro de trabalho da instituição, seu respectivo percentual no total de empregados e quais funções ocupam. “O banco não só tem que cumprir a cota e promover a inclusão, mas também garantir as condições de trabalho e desenvolvimento profissional às PCDs”, disse.

A próxima reunião do GT de Condições de Trabalho ainda não tem data definida. Assim que for agendada, a Contraf-CUT informará à categoria. Veja, a seguir, a minuta da pauta de reivindicações dos empregados da Caixa.

Campanha Nacional dos Bancários 2022


MINUTA DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DOS EMPREGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 2022/2022

ARTIGO 36 – PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – PCDs

A Caixa se compromete a combater qualquer tipo de discriminação dos empregados PCDs, bem como garantir acessibilidade em todos os sistemas e aplicativos da Caixa, inclusive UCC, JAWS, aplicação de legendas nos vídeos institucionais, dentre outros.

Parágrafo primeiro – A Caixa formará equipe multidisciplinar para acompanhamento e resolução de problemas das PCDs nas unidades de trabalho, com autonomia para definir mudanças de unidade/setor, a garantir que as PCDs possam exercer o trabalho de acordo com suas características individuais, adequação do mobiliário, espaço, equipamentos, adaptação para braile, lixeiras basculantes, dentre outras medidas para garantir e viabilizar acessibilidade;

Parágrafo segundo – A Caixa se compromete a negociar junto a mesa de negociação permanente melhores condições de trabalho e saúde para os empregados PCDs, bem como desenvolver políticas de inclusão e ascensão dos empregados PCDs.

Parágrafo terceiro – A Caixa apresentará relatório com quantidade e percentual de empregados(as) PCDs com contratos ativos, afastados, licenciados, aprovados em processos seletivos internos, comissionados em funções gratificadas na Caixa, bem como sobre os trabalhos desenvolvidos pela equipe multidisciplinar, prevista no parágrafo primeiro, perante a mesa de negociação permanente.

Parágrafo quarto – A Caixa fornecerá transporte próprio adaptado, garantindo acesso adequado ao(a) empregado(a) com deficiência (PCD), inclusive no trajeto casa – trabalho (e vice e versa).

Parágrafo quinto – A Caixa garantirá adicional, em caráter de auxílio indenizatório, para os empregados(as) com deficiência – PCDs, na mesma data de pagamento de remuneração mensal, para viabilizar a acessibilidade e qualidade de vida do(a) empregado(a).

Parágrafo sexto – Nas hipóteses em que não foi possível fornecimento de transporte próprio, previsto no parágrafo terceiro, a Caixa reembolsará integralmente os gastos referentes ao transporte dos(as) empregados(as) com deficiência, além de efetuar o pagamento do adicional.

Parágrafo sétimo – O(a) empregado(a) com deficiência terá prioridade na escolha do local de trabalho.

Parágrafo oitavo – a Caixa assegurará teletrabalho para os(as) empregados(as) portadores com deficiência.

Parágrafo nono – Aos(as) empregados(as) pais, mães e responsáveis legais de PCDs, a Caixa reembolsará integralmente as terapias multidisciplinares especializadas, bem como custeará os medicamentos, tratamentos em clínicas multidisciplinares, múltiplos profissionais e insumos para tratamento e qualidade vida das PCDs.

Fonte: Contraf-CUT

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Movimento sindical oferece cursinho gratuito para o concurso do BB

O Sindicato dos Bancários de Brasília (Seeb/BSB) vai oferecer um curso preparatório gratuito para o concurso público do Banco do Brasil às bancárias e bancários sindicalizados e seus dependentes, com o objetivo de fortalecer e promover a igualdade de oportunidades para que negros, negras, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência (PCDs), a população LGBTQIA+ e mulheres tenham mais oportunidades de sucesso no concurso e sejam reconhecidas nas mais diversas instâncias de poder do banco, incluídos os postos de comando. A iniciativa é realizada em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com Federação Nacional do Pessoal da Caixa Econômica Federal e com regional da Central Única dos Trabalhadores de Brasília.

Em nota publicada em seu site, o Seeb/BSB informa que a ação está compreendida no âmbito da proposta Bancário Cidadão, contemplando o público externo e priorizando a oportunidade, além da categoria de associados e seus dependentes, ao(à) candidato(a) que, cumulativamente, comprovar inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e for membro de família com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou, alternativamente, for doadores(as) de medula óssea ou sangue em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.

Os associados ao Seeb/BSB devem fazer a matrícula para o cursinho entre os dias 16 e 28 de fevereiro, de forma online, em link que será disponibilizado no site do Seeb/BSB. O início das aulas em plataforma online será informado no ato da inscrição. Os associados a outras entidades que tiverem interesse em realizar o curso devem entrar em contato com seus sindicatos/associações para que estes mandem a inscrição para o Seeb/BSB.

A matrícula para o cursinho não isenta o candidato da inscrição no concurso, que deve ser realizada no site da Fundação Cesgranrio até 24 de fevereiro. A realização das provas objetivas e de redação está marcada para 23 de abril.

Além das aulas online, que acontecerão por plataforma eletrônica de videoconferência, o Seeb/BSB promoverá aulões presenciais de revisão de conteúdo voltados ao público priorizado da ação. “Por isso, é fundamental o preenchimento da ficha de solicitação de matrícula com todas as informações pedidas,” explicou o presidente do Seeb/BSB, Kleytton Morais. “A partir desses dados, poderemos identificar e acionar o público prioritário que tiver interesse nos aulões presenciais, respeitada a capacidade do local a ser definido, bem como os dias e horários em que serão realizados”.

Mais informações no site do Seeb/BSB.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/BSB

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Bancários protestam de norte a sul contra juros altos

Nesta terça-feira (14), bancários e bancárias de todo o Brasil protestam contra os juros altos impostos pelo Banco Central (BC). A Selic, a taxa básica, está em 13,75%, a mais alta do mundo, e o BC sinaliza que a manterá nesses patamares elevados pelo menos até dezembro. Os atos são organizados pelo Comando Nacional dos Bancários, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e diversas outras entidades. Às 11 horas de Brasília, também será feito um tuitaço, com a hashtag #JurosBaixosJá.

“O Banco Central deve servir aos interesses do povo, à criação e manutenção de emprego. Não podemos permitir que ele sirva aos interesses dos rentistas do mercado financeiro, dos ricos que usam seus recursos para comprar títulos e viver de especulação”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Os juros altos freiam o nível de atividade econômica e inibem o investimento produtivo, consequentemente, o emprego e a renda também”, completou.

Juvandia também lembrou que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, fez campanha para o governo Bolsonaro e estava em grupos de WhatsApp dos ministros do ex-presidente. “Ele continua fazendo a política econômica de Paulo Guedes. Deveria pedir demissão”, completou a dirigente.

>>>>> Leia aqui texto detalhado sobre os juros altos e a chamada autonomia do BC.

Confira a programação dos atos em frente às sedes do BC em várias cidades do país.

Brasília/DF

Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3, Bloco B, Edifício Sede do BC, às 12h30.

Belém/PA

Boulevard Castilhos França, 708 – Campina, às 9 horas.

Belo Horizonte/MG

Av. Álvares Cabral, 1605 – Santo Agostinho, às 10 horas.

Curitiba/PR

Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, às 10 horas.

Fortaleza/CE

Av. Heráclito Graça, 273 – Centro, às 9 horas.

Porto Alegre/R

Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, às 12 horas.

Recife/PE

Rua da Aurora, 1259 – Santo Amaro, às 9 horas.

Salvador/BA

1ª avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB), às 9 horas.

São Paulo/SP

Av. Paulista, 1804 – Bela Vista, às 11 horas.

Rio de Janeiro/RJ

Av. Presidente Vargas, 730 – Centro, às 11 horas.

Em cidades sem prédio do BC, os atos serão organizados em locais públicos de grande circulação. Consulte o sindicato local.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco lucra mais de R$ 20 bilhões em 2022

O Bradesco obteve Lucro Líquido Contábil de R$ 20,732 bilhões, queda de 5,5% em relação a 2021. No quarto trimestre do ano passado, o resultado foi de R$ 1,437 bilhão na comparação com o terceiro trimestre, quando banco lucrou R$ 5,211 bilhões. Queda de 72,4%.

Apesar de a comparação com o ano anterior ser negativa, os trabalhadores esperam reconhecimento da empresa, pois ainda se trata de um lucro astronômico. “Queremos negociar com o banco o pagamento do teto da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Nos três trimestres anteriores, o lucro do banco cresceu expressivamente. Isso mostra o compromisso e o empenho dos bancários”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROAE) do banco ficou em 13,1%, com queda de 5 pontos percentuais em doze meses. O lucro líquido recorrente (que exclui efeitos extraordinários no resultado) foi de R$ 1,595 no 4º tri/22, perfazendo um total de R$ 20,680 bilhões no ano, com queda de 21,1% no período. Segundo o relatório, “com os recentes eventos envolvendo um cliente Large Corporate específico, ocorridos no início de 2023, a Administração reavaliou os riscos inerentes e, de forma prudencial, provisionou 100% da operação, afetando o lucro do 4T22″. Ao que tudo indica esse fato mencionado refere-se ao caso das Lojas Americanas, que divulgaram ao mercado, em janeiro de 2023, fato relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, dos quais o Banco Bradesco seria uma das principais instituições financeiras afetadas. Em sua apresentação institucional, o banco afirma que sem esse provisionamento extraordinário para o caso específico, o lucro recorrente ficaria em R$ 23,3 bilhões. “Um evento isolado de irresponsabilidade e má administração de outra empresa, não pode afetar os bancários e bancárias do Bradesco”, completou Magaly.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta sexta-feira (10) um ofício ao Bradesco solicitando que os valores referentes à PLR dos funcionários sejam pagos integralmente pelo teto previsto na Convenção Coletiva de Trabalho/PLR (2022-2023), considerando 2,2 salários para todos os empregados e R$ 6.343,89 na parcela adicional prevista.

A holding encerrou 2022 com 88.381 empregados, com abertura de 1.107 postos de trabalho em doze meses (apenas, 7 no trimestre). No mesmo período foram encerradas 83 agências e 91 unidades de negócio, totalizando, ao final 2022, 2.864 agências e 897 unidades de negócios. O total de clientes do banco aumentou em 3 milhões, totalizando 77,1 milhões de clientes.

Fonte: Contraf-CUT

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Santander: simulador de PLR 2023 já está disponível

A segunda parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), referente a 2022, será paga pelo Santander no dia 28 de fevereiro. Para os bancários e bancárias saberem quanto vão receber, a assessoria do Dieese, em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, disponibiliza um simulador, que pode ser acessado aqui.

A PLR será creditada junto com o Programa Próprio de Remuneração do Santander (PPRS) no valor de R$ 3.355,73, mais o Programa Próprio para os cargos de Gestão (PPG) e a variável do segundo semestre de 2022, para todos os empregados ativos, afastados por doença ou licença maternidade/paternidade e demitidos a partir de 2 de agosto.

O acordo firmado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2022 estabeleceu reajuste de 13% na parcela adicional da PLR e correção do INPC (8,83%) na regra básica. Na negociação com o movimento sindical, o Santander também vai majorar os salários em até 2,2 salários mínimos.

Fonte: Contraf-CUT

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A pedido do BB, Justiça adia audiência sobre extinção da função de caixa executivo

O Banco do Brasil solicitou o adiamento de audiência de conciliação, que estava marcada para a manhã desta sexta-feira (10), às 9h, entre a empresa e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sobre liminar, conquistada pela categoria, que impede a eliminação da função de caixa executivo.

“É fato notório que em janeiro deste ano houve alteração da alta administração do Banco do Brasil implicando na modificação do Conselho Diretor que ainda não está em sua composição plena”, argumentou a empresa.

A assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados, acrescentou que o banco pediu o prazo de 60 dias. “Agora, além de um posicionamento do BB, aguardamos por uma nova data para audiência de conciliação”, completou.

Enquanto isso, segue em vigor a liminar concedida ainda em fevereiro de 2021 e que mantém o cargo de caixa executivo e a gratificação ligada à função.

Entenda

No início de 2021, a empresa anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

“De início, procuramos negociar nas mesas de mediação com o banco. Em seguida, tentamos mediação junto ao Ministério Público do Trabalho. Mas, como a diretoria na época não nos atendeu, buscamos a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e representante da Contraf-CUT na CEBB, Fernanda Lopes.

Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também obrigou o BB a incorporar o valor integral da gratificação de caixa para os empregados que, em 10/11/2017, a recebiam há mais de dez anos. BB chegou a entrar com mandado de segurança, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

A audiência de conciliação, que deveria ter ocorrido na manhã de hoje, foi agendada pela juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, ao avaliar possível “disposição das partes para uma autocomposição”, passados dois anos desde que Contraf ajuizou a ação que impediu banco de extinguir a função.

Fonte: Contraf-CUT

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Setor bancário fecha 2022 com saldo positivo de emprego

A trajetória do emprego formal no setor bancário apresentou oscilação durante todo o ano de 2022, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apenas nos meses de janeiro, fevereiro, agosto e setembro a soma das contratações foi maior do que a das demissões. Nos demais meses, o saldo foi negativo. Mas, no cômputo geral do ano, houve mais contratações do que demissões, gerando um saldo positivo de 4.716 postos de trabalho.

“A ampliação de vagas no setor bancário, no entanto, deve ser observada com cautela. Analisando os dados, nota-se que, em grande medida, o saldo favorável pode ser atribuído às contratações realizadas pela Caixa Econômica Federal”, diz o documento do Dieese, ao lembrar que a Caixa promoveu contratações graças à atuação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para que fossem convocados os aprovados em concurso realizado pelo banco em 2014 e também no concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs), o que resultou, desde 2021, em ganhos na justiça determinando as convocações pela Caixa. Segundo o levantamento, os postos de trabalho criados pela Caixa (1.022 vagas) representam 35,1% de todo o saldo positivo de emprego no setor bancário.

Sinal amarelo para TI

Na esteira do aumento de investimento realizado pelos principais bancos do país na área de tecnologia, 2022 repetiu o que já havia sido constatado em anos anteriores, com criação de 1.424 vagas diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação.

Mas, o sinal está amarelo até para as vagas de TI. Segundo o levantamento do Dieese, houve uma expressiva queda das contrações nesta área, na comparação com as realizadas em 2021, quando foram geradas 3,7 mil vagas específicas. “Tal fato pode representar, no curto prazo, o esgotamento na capacidade de geração de postos de trabalho de ocupações nestas posições”, afirma o Dieese no texto.

Nos estados

O Dieese também fez o levantamento considerando o saldo de empregado bancário em cada um dos 27 estados da federação. Em seis deles o saldo foi negativo. A maior queda foi registrada no Rio de Janeiro (1.021 vagas), seguido pelo Rio Grande do Sul (279), Paraná (244), Santa Catarina (152), Pernambuco (95) e Rio Grande do Norte (30). Os maiores saldos positivos ocorreram em São Paulo (2.452 vagas), Distrito Federal (287) e Mato Grosso (206).

O Dieese destaca que as vagas criadas em São Paulo estão concentradas na capital, com a abertura de 2.946 postos de trabalho, sendo 40% deles em cargos relacionados à tecnologia da informação.

Perfil dos trabalhadores

Gênero
O levantamento também traz dados com relação aos perfis dos trabalhadores. Com relação ao gênero, as admissões de mulheres foram 19,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 5,4% superiores. A consequência foi a abertura de 3.933 vagas para homens e a eliminação de 1.106 postos de trabalho para mulheres.

Em seu documento, o Dieese observa que em 2022 houve intenso debate sobre assédio moral e assédio sexual na categoria, e que as duas temáticas foram pactuadas na negociação coletiva. “O resultado da movimentação do emprego não reflete o compromisso patronal em ambientes de trabalho mais homogêneos e igualitários”, diz o texto.

Faixa etária
Com relação à idade, a geração de vagas se concentrou nas primeiras faixas etárias, até 29 anos, com aumento de 10.351. Para trabalhadores com 30 anos ou mais, houve movimento contrário, com o fechamento de 7.529 vagas.

Raça e escolaridade
A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (60,8%) e com superior completo (55,3%). As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 33,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 25,6%. Ao considerar o saldo, verifica-se resultado positivo no que toca a diversidade racial, uma vez que a movimentação foi positiva em 3.881 postos de trabalho para trabalhadores pretos e pardos.

Os dados completos estão na Pesquisa do Emprego Bancário – Número 19 – Fevereiro/2023, elaborada pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

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Curso de Paternidade Responsável online começa em fevereiro

Por lei, todo futuro papai tem direito a uma licença paternidade de cinco dias. Mas, a categoria bancária pode ampliar esta licença para 20 dias. Esta é uma conquista das negociações realizadas durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2016. Mas, atenção! Só tem direito a ela os bancários que fizerem um curso de paternidade responsável e apresentarem a comprovação ao banco.

Diversos sindicatos oferecem o curso, como o Sindicato dos Bancários de São Paulo, que o oferece na modalidade online, em parceria com a Faculdade 28 de Agosto, com desconto aos bancários filiados a qualquer sindicato associado à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Para bancários sindicalizados, o valor é de R$ 150, já para não sindicalizados o custo é de R$ 250.

“O curso, que é interdisciplinar, recebeu nota 9,5 da última turma, o que mostra a excelente avaliação dos participantes. Esse é um momento especial, que ficará marcado na vida dos pais e das mães, afinal, no corre-corre da vida destinamos pouco tempo para pensar nestas relações e cuidados tão essenciais”, ressaltou Ana Tercia Sanches, professora e pesquisadora da Faculdade 28 de Agosto.

As aulas da próxima turma do curso Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas da Faculdade 28 de Agosto serão realizadas de 27 de fevereiro a 3 de março, das 19h30 às 21h30. As aulas são online, mas sempre ao vivo, permitindo a interação entre alunos e professores. A novidade é que as bancárias grávidas também podem participar junto com seus companheiros. O curso pode ser feito a qualquer momento da gestação.

Para se inscrever, clique aqui.

Sobre o curso

O curso de Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas é interdisciplinar e considera diversas abordagens. A proposta é promover uma reflexão sobre a paternidade e a maternidade no mundo contemporâneo. São abordados pontos como o momento na vida do pai, os desafios para a família com a chegada do novo integrante, depressão pós-parto e o respeito à condição biológica e psicológica da mulher. Os alunos também aprendem a trocar fralda, colocar para dormir, alimentação e pós-mamada, entre outros assuntos que auxiliarão a desmistificar o dia a dia com o bebê, além de conceitos pedagógicos novos e antigos, educação para igualdade e a função paterna nesse contexto.

Fonte: Contraf-CUT

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Nota de falecimento

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) lamenta o falecimento do companheiro Luiz Antônio de Oliveira e Souza, ex-diretor da entidade, na última terça-feira, 7 de fevereiro.

Luiz Antônio tinha 81 anos e era, também, bancário aposentado do antigo Banerj, onde tem um extenso histórico de lutas, e ex-diretor da Aafbanerj (Associação dos Antigos Funcionários do Banerj).

A missa de 7º dia será realizada na próxima segunda-feira (13), às 19h, na Paróquia Porciúncula de Santana, na Avenida Roberto Silveira, 265, Icaraí, em frente ao Campo de São Bento, em Niterói.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos.

Luiz Antônio, presente!