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‘Prévia’ da inflação tem alimentos subindo menos, gasolina caindo, aumento de planos de saúde e reajuste do gás

A primeira divulgação sobre inflação sob novo governo, mas ainda com dados de 2022, mostra resultado um pouco acima de dezembro e abaixo de janeiro do ano passado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,55% neste mês. Agora, soma 5,87% em 12 meses, menos que no período imediatamente anterior (5,90%), segundo informou o IBGE nesta terça-feira (24).

De acordo com o instituto, os nove grupos tiveram alta de dezembro para janeiro. Entre os destaques de aumento, estão produtos de higiene pessoal e alguns alimentos.

Planos de saúde

Assim, por exemplo, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais variou 1,10% em janeiro, com impacto de 0,14 ponto percentual no resultado da inflação do mês. O IBGE cita itens de higiene pessoal, que foram de 0,04%, em dezembro, para 1,88%. Subiram os preços de perfume (4,24%) e produtos para a pele (3,85%). Além disso, os planos de saúde tiveram o mesmo aumento do mês anterior (1,21%).

Já o grupo Alimentação e Bebidas, com alta de 0,55% (ante 0,69% em dezembro), respondeu por 0,12 ponto em janeiro. Entre os itens em alta, destaque para batata inglesa (15,99%), tomate (5,96%), arroz (3,36%) e frutas (1,74%). Do lado das quedas, cebola (-15,21%) e leite longa vida (-2,04%). A alimentação fora do domicílio também subiu menos, de 0,45% para 0,39% – o lanche aumentou 0,80% e a refeição, 0,14%.

TV por assinatura

Por sua vez, Comunicação (2,36% de alta) foi responsável por 0,11 ponto do índice geral. Subiram preços de itens como TV por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).

Transporte teve alta bem menor, de 0,85% para 0,17%, com influência dos combustíveis. Enquanto o preço médio do etanol subiu 0,51%, caíram os de óleo diesel (-3,08%), gasolina (-0,59%) e gás veicular (-0,40%). Outro item em alta foi emplacamento e licença (1,61%), devido ao IPVA.

Gás encanado: aumento

No grupo Habitação (0,17%), segundo o IBGE, caíram os preços do gás de botijão (-1,32%) e da energia elétrica (-0,16%). Por outro lado, aumentou o custo do gás encanado (7,09%), com reajustes no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também subiu a taxa de água e esgoto (0,75%).

A “prévia” da inflação subiu em todas as áreas pesquisadas em janeiro. Foi de 0,23% (Rio de Janeiro) a 0,92% (Belo Horizonte). Na Grande São Paulo, ficou em 0,62%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 vai de 4,07% (Porto Alegre) a 6,60% (São Paulo). Os preços foram coletados no período de 14 de dezembro a 12 de janeiro de 2023, para comparação com os 30 dias imediatamente anteriores.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de fevereiro.

Fonte: Rede Brasil Atual

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Fetraf RJ/ES manifesta solidariedade ao Povo Yanomami

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) manifesta sua solidariedade ao Povo Yanomami ante a tragédia humanitária que vem enfrentando, resultado do garimpo e da inação do poder público nos últimos anos.

Nos quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, pelo menos 570 crianças yanomami morreram, na sua maioria de doenças curáveis como desnutrição, malária e diarreia.

As mazelas e mortes que atingem centenas de indígenas Yanomami são inaceitáveis e requerem ações urgentes de apoio, assim como a apuração de responsabilidades.

Lula

O presidente Lula esteve no último sábado (21) em Roraima e anunciou uma série de medidas para combater a crise sanitária do povo indígena Yanomami.

O presidente foi para Roraima um dia depois do Ministério da Saúde declarar emergência de saúde pública por causa da falta de assistência sanitária às populações em território Yanomami, que fica a 270 quilômetros da capital do estado. O presidente defendeu enviar médicos às aldeias.

“Diante uma situação de desnutrição grave, adoecimento e mortes de crianças Yanomami, temos que exaltar a postura do Presidente Lula, que anunciou medidas emergenciais logo que soube do que estava acontecendo. É preciso, também, responsabilizar a gestão anterior por ter permitido que essa situação chegasse nesse ponto”, declarou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

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Abono salarial do PIS/Pasep começam a ser pagos em fevereiro

Trabalhadores que possuem cadastro no Programa de Integração Social e no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) ou no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) há pelo menos cinco anos e que no ano de 2021 tenham recebido até dois salários mínimos, terão direito ao abono salarial pago em 2023. Os depósitos começarão a ser realizados no dia 15 de fevereiro.

No total, cerca de 23,6 milhões de brasileiros receberão o valor de até um salário mínimo, que funciona como o pagamento de um 14º salário. O abono salarial é proporcional aos meses trabalhados no ano base de 2021 e é pago conforme o mês de aniversário do trabalhador. O dinheiro ficará disponível para saque até o dia 28 de dezembro deste ano.


O abono salarial é pago conforme o mês de aniversário do trabalhador / Caixa Econômica Federal

Para receber, o trabalhador deve ter exercido atividade remunerada com carteira assinada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não. Além disso, deve ter seus dados corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)/eSocial.

Se você deseja calcular o valor a ser recebido, divida o valor do salário mínimo por 12 e multiplique pelo número de meses trabalhados. Por exemplo, se uma pessoa trabalhou por seis meses, deverá receber o valor equivalente a metade do salário mínimo com valor reajustado em 2023.

Aqueles trabalhadores contratados por empresas privadas e que são inseridos no Programa de Integração Social (PIS) devem receber o valor por meio da sua conta corrente ou poupança na Caixa Econômica Federal. Trabalhadores da Administração Pública receberão pelo Banco do Brasil.

Outra forma de acessar o dinheiro é por meio de depósito na conta digital Caixa Tem. Trabalhadores que possuem o Cartão Social poderão sacar o valor em caixas eletrônicos e casas Lotéricas. A pessoa também pode ter acesso ao dinheiro indo até uma agência bancária e apresentando um documento oficial com foto.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, estima-se que mais de 24 bilhões sejam investidos para pagar o benefício, que tende a impactar positivamente a economia.

Em caso de dúvidas a Caixa disponibiliza canais de comunicação que podem ser acessados por meio do Whatsapp ou ainda pelo telefone. Se você mora em Capitais e Regiões Metropolitanas o número é 4004 0 104. Para as demais regiões ligue 0800 104 0 104.

Fonte: Brasil de Fato

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BB: Dipes orienta funcionários a fazerem declaração no e-Patri

A Diretoria de Gestão e Cultura de Pessoas (Dipes) do Banco do Brasil enviou aos funcionários um comunicado confirmando que todos devem apresentar a declaração anual de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) ao Sistema eletrônico de Informações Patrimoniais e de Conflitos de Interesses (e-Patri).

“A mensagem foi encaminhada esta semana e significa, portanto, que todos os funcionários da administração pública, direta ou indiretamente, incluindo de empresas de economia mista como o BB, devem fazer a declaração ao e-Patri, que é um sistema do governo federal que recebe declarações de agentes públicos civis da administração pública federal”, explicou a funcionária do BB e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes.

“A Controladoria Geral da União (CGU) deu início ao processo de envio de e-mail aos empregados do BB orientando sobre a apresentação da Declaração de Bens e Rendas, referente aos anos-calendários 2020 e 2021, ao sistema e-Patri, com base no Decreto 10.571/2020”, escreveu a Dipes no comunicado, que vai acompanhado do endereço do site do e-Patri (aqui), onde há instruções de como fazer a declaração.

Entenda

No dia 30 de junho de 2022 a CGU publicou no Diário Oficial da União a Instrução Normativa 8, determinando que os agentes federais devem apresentar as declarações anuais de bens e de situações que possam gerar conflito de interesses via e-Patri.

Na Instrução, a CGU diz que os trabalhadores poderão optar por autorizar o acesso às declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física, apresentadas à Receita Federal, que seriam carregadas automaticamente no e-Patri. Além disso, o funcionário público deve fornecer à Controladoria qualquer informação que possa gerar conflito.

Em meados de julho de 2022, os trabalhadores do Banco do Brasil começaram a receber e-mails da entidade federal exigindo a declaração do IRPF ao e-Patri. Na ocasião, entidades do funcionalismo do BB questionaram a necessidade, uma vez que a exigência para que agentes federais prestem declaração de bens pelo e-Patri é baseada no Decreto nº 10.571, que deixava de fora da obrigação até mesmo os militares.

Finalmente, nesta semana, a Dipes confirmou que os trabalhadores e trabalhadoras do BB devem cumprir a exigência.

Fonte: Contraf-CUT

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Chapa 1 vence eleição para o Conselho de Usuários do Saúde Caixa

A Chapa 1 (Movimento Pela Saúde), apoiada pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) e pela maioria das entidades de representação e associativas dos empregados da Caixa Econômica Federal, obteve 71,14% dos votos e venceu a eleição para o Conselho de Usuários do Saúde Caixa.

“A Chapa 1 é composta por empregadas e empregados que têm o compromisso com a defesa do Saúde Caixa. Alguns deles já faziam parte do Conselho de Usuários que defendeu o plano dos ataques promovidos por uma gestão que estava alinhada a um governo totalmente alheio aos direitos e interesses dos trabalhadores. Agora, com um governo comprometido com o fortalecimento da Caixa e aberto ao diálogo, certamente saberão avançar em questões de interesse dos empregados”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Por isso, além de parabenizar a chapa pela vitória, precisamos parabenizar todas as empregadas e empregados que a elegeram”, completou.

*Com informações da Contraf-CUT

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Quase 40% dos acordos de 2022 perderam da inflação, segundo pior resultado em cinco anos

Dados preliminares divulgados pelo Dieese mostram que 2022 foi o segundo pior ano, dos últimos cinco, para as negociações de acordos salariais. Fica aquém de 2018, 2019 e 2020 e só mostra melhora em relação ao ano imediatamente anterior. Contribuiu para esse resultado o fato de a inflação de 2022 ter sido menor que a de 2021, mas os preços dos alimentos subiram bem acima da média.

Assim, de um total de 19.370 reajustes, 39,5% ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE, que costuma ser usado como referência nos acordos trabalhistas. Foram 24,3% acima do índice e 36,2% equivalente ao INPC acumulado nos 12 meses anteriores. O Dieese observa que várias categorias ainda não concluíram negociações.

Segundo o levantamento, o pior ano foi 2021, com 45,8% de reajustes firmados em acordos salariais inferiores à inflação e apenas 15,2% acima. Os dados disponíveis são de 2018 em diante, quando o Dieese passou a acompanhar acordos e convenções registrados no sistema Mediador, do Ministério do Trabalho.

Pisos acima do salário mínimo

Dessa forma, na média, a variação real média dos acordos é negativa: -0,78%. As categorias com ganhos reais tiveram, em média, 0,81% acima do INPC. Entre os setores, houve mais aumentos reais na indústria (32,6%) e mais perdas nos serviços (50%). No comércio, a maioria (51,4%) teve reajuste equivalente à inflação.

No ano, o valor médio dos pisos nos acordos coletivos foi de R$ 1.547,98, ou 27,7% acima do salário mínimo de 2022 (R$ 1.212). O maior era o de setor de serviços (R$ 1.575,20) e o menor, na área rural (R$ 1.467,75).

O levantamento completo do Dieese pode ser visto aqui.


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Fonte: Rede Brasil Atual

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Prova de vida do INSS passará a ser feita de forma automática

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir do mês de janeiro de 2023, não precisarão mais comparecer anualmente às agências bancárias para realizar a prova de vida e seguir recebendo os benefícios.

A prova de vida é a comprovação de que o beneficiário permanece vivo para receber as aposentadorias e pensões. Esse processo, que tem por objetivo evitar fraudes no sistema, agora passará a ser realizado pelo INSS de forma proativa.

O Ministério da Previdência Social declarou que ainda irá publicar a regulamentação final com os detalhes de como será realizada a prova de vida. De acordo com o órgão, a regulamentação prevê que sejam realizados cruzamentos de dados dos segurados para garantir se ele segue vivo ou não.

O mesmo documento prevê lançar orientações aos beneficiários que possam enfrentar falhas no sistema com a nova forma de comprovação.

Dentre os dados que serão cruzados estão os acessos aos aplicativos e sistemas dos órgãos públicos; atendimento nas agências do INSS; atendimento médico no SUS ou em redes conveniadas; registros de vacinação; atendimento de perícia médica; comprovantes de votação; emissão ou renovação de documentos, entre outros.

É importante destacar que, segundo o governo federal, até o momento não serão realizados bloqueios de recebimento de benefícios por falta da prova de vida.

De qualquer forma, se preferir, o beneficiário ainda pode realizar a prova de vida como nos anos anteriores. Nestes casos o aposentado ou pensionista deverá se dirigir a uma agência bancária ou ainda poderá acessar o aplicativo Meu INSS, disponível para download em celulares e tablets para sistemas Android e iOS.

O beneficiário também pode usar o aplicativo para confirmar a data da sua última comprovação. Essa consulta pode ser realizada gratuitamente também por meio do telefone 135.

Fonte: Brasil de Fato

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Imposto de Renda: Lula afirma que correção da tabela vai sair, mas é preciso pressão social

Entre os vários temas do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com sindicalistas, nesta quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, um dos mas aguardados era relativo ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A falta de correção da tabela do IR desde 2015 fez com que mais trabalhadores passassem a pagar, aumentando uma situação que já era de injustiça, como disse o próprio Lula na reunião: quem ganha menos paga proporcionalmente mais.

“Neste país, quem paga imposto de renda de verdade é quem tem holerite”, afirmou o presidente. Com acréscimo a uma fala habitual, ele disse que é preciso colocar o pobre no orçamento e o risco no imposto de renda. “Mas para isso é preciso que haja briga e pressão.”

“É necessário muito convencimento no Congresso, muita organização na sociedade. A gente não ganha isso se não houver mobilização.”

Promessa descumprida

O objetivo é elevar a faixa de isenção de modo que quem receba até R$ 5 mil por mês fique isento. Algo em torno de 3,8 salários mínimos, pelo valor atual. A falta de correção da tabela do IR fez com que essa faixa, hoje, ficasse bem menor. Quem recebe 1,5 mínimo já paga imposto. Um legado do ex-presidente. Que, por sinal, ainda durante a campanha de 2018 havia prometido mexer na tabela.

Escalado para falar sobre o tem em nome das entidades, hoje, o presidente da Nova Central, Moacyr Tesch, lembrou que a tabela não é corrigida há sete anos. Ou seja, desde o governo Dilma. “O que nos acarreta uma diferença de 148% ao longo desse tempo”, acrescentou. Ele também defendeu uma reforma tributária “solidária”, voltada para quem ganha mais e taxando as grandes fortunas.

Assim, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), se a tabela fosse corrigida de uma vez em 148,1%, isentaria neste ano 27,4 milhões de contribuintes. Seriam 19 milhões a mais do que atualmente.


Propostas devem sair em 45 dias. Presidente recebeu centrais sindicais no Palácio do Planalto: “Vocês estão com sede de democracia”

Fonte: Rede Brasil Atual

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Lula cria grupos para discutir salário mínimo e trabalho em aplicativos

Diante de uma plateia de quase 600 sindicalistas e dirigentes de 10 centrais sindicais o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (18) despachos para que vários ministérios elaborem propostas sobre valorização de salário mínimo, negociação coletiva e trabalho em aplicativos. O prazo mínimo é de 45 dias. Lula também falou sobre reforma tributária e disse que haverá correção da tabela do Imposto de Renda. Eram algumas das principais reivindicações dos dirigentes sindicais (leia abaixo), inclusive já discutidas ao longo da campanha eleitoral em 2022.

“Estou sentindo que vocês estão com sede de democracia”, disse o presidente após ouvir 10 dirigentes sindicais. E enfatizou que todas as propostas precisarão ser construídas, sem imposição. Pouco antes, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, havia dito praticamente o mesmo, com outras palavras. “Não em canetaço, tem construção de entendimento. A partir daqui, vamos construir, na mesa de negociação.” Sobre o salário mínimo, ele afirmou que as medidas a serem adotadas respeitarão a “previsibilidade da economia”.

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Principais reivindicações apresentadas a Lula:

  • Fortalecimento do Ministério do Trabalho e Emprego
  • Negociação coletiva para regulação das relações de trabalho
  • Atualização da estrutura sindical
  • Regulamentação das leis trabalhistas, previdenciárias e sindicais
  • Políticas para trabalhadores em aplicativos/plataformas
  • Retomada da política de valorização do salário mínimo
  • Direito de negociação coletiva do setor público
  • Igualdade entre homens/mulheres, brancos/pretos
  • Reforma tributária “solidária”
  • Gestão paritária do Sistema S
  • Fortalecimento da agricultura familiar
  • Plano de formação e qualificação profissional

Distribuição de renda

Ainda na questão do salário mínimo, por exemplo, o valor foi a R$ 1.302 neste ano, o governo estuda possível aumento para R$ 1.320 e as centrais reivindicam R$ 1.343. “O mínimo é a melhor forma de distribuição de renda”, afirmou o presidente. “O salário mínimo tem que subir de acordo com o crescimento da economia.” Nos governos Lula e Dilma, foi implementada uma política que considerava, para reajuste do piso nacional, a inflação do ano anterior e o PIB de dois anos antes.

Na questão da legislação, o presidente disse que é preciso compreender que o mundo do trabalho mudou, com expansão do trabalho avulso ou informal nas últimas décadas, mas é preciso garantir formas de proteção social. “Criaram a carteira verde e amarela, que não serviu para nada. Criaram o trabalho intermitente, que não serviu pra nada. (…) Não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico. É preciso um esquema de seguridade social que o proteja.”

Valorização do trabalho

Lula também se referiu especificamente ao trabalhador em aplicativos ou plataformas – segmento com dificuldade de representação no universo das centrais sindicais. “Ele não é um microempreendedor. Ele percebe que não é quando sofre acidente, quando se machuca, quando quebra o carro.” Nessa linha, o ministro Marinho afirmou que as empresas do setor não precisam se assustar. “Aqui não há nada demais, a não ser o propósito de valorizar o trabalho e trazer a proteção social.”

Outro grupo de trabalho a ser formado vai tratar da organização e estrutura do movimento sindical, que perderam grande parte da sustentação financeira após a “reforma” trabalhista de 2017. “O processo democrático necessita de sindicatos fortes”, afirmou Marinho.

Sem imposto sindical

Em sua fala, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, fez questão de esclarecer que os sindicatos não querem o retorno do chamado imposto sindical. A ideia é criar uma contribuição que seja aprovada em assembleia, “com base em critérios razoáveis”, lembrou. Miguel afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro “tratou com pão de ló os setores empresariais” e se preocupou em desorganizar os trabalhadores e suas organizações.

Já o presidente da CUT, Sérgio Nobre, enfatizou que a unidade das centrais “foi fundamental para resistir ao fascismo” e contribuiu para a vitória de Lula. A exemplo de outros dirigentes, se solidarizou com o governo pelos ataques do último dia 8 e pediu punição exemplar. “Sem anistia”, como repetiram os sindicalistas.

Sem anistia

“Não temos dúvida que esse ataque teve quem planejou, teve quem financiou, e não pode ficar impune. (Tem que ser) Exemplarmente punido e sem anistia”, afirmou Sérgio, lembrando ainda da extinção do Ministério do Trabalho logo no início do governo anterior. “Destruíram o ministério. Está muito coerente com o que pensavam os fascistas: para crescer, tem que destruir direitos, perseguir sindicatos.” Ao mesmo tempo, o presidente da CUT disse que é preciso uma ação integrada de todas as áreas do governo. “Sabemos que os empregos de qualidade que a gente tanto sonha e precisa não vão ser consequência só da política econômica.”

lula e centrais sindicais
Sérgio (CUT), Patah (UGT), Miguel (Força) e Adilson (CTB): sindicalistas apresentam pauta dos trabalhadores (Reprodução/Youtube – Montagem RBA)

Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, os trabalhadores em aplicativos são os precarizados dos tempos atuais. Ele chegou a citar o romance Os Miseráveis, escrito pelo francês Victor Hugo no século 19. E defendeu ais políticas de capacitação e qualificação profissional.

Contra o “deus mercado”

O presidente da CTB, Adilson Araújo, disse que “a racionalidade política, o equilíbrio e a sagacidade” permitiram uma vitória inicial do governo, na chamada PEC da Transição, que se tornou a Emenda Constitucional 126.

Assim, fazendo referência ao salário mínimo, ele afirmou que a estabilidade fiscal não estará separada da questão social nem garantida às custas do pobre. “O debate sobre o salário mínimo não pode ser pautado pelo deus mercado”, defendeu.

lula centrais sindicais
Marinho: propostas levadas por centrais sindicais a Lula ser construídas na mesa de negociação (Reprodução/YouTube)

Pela CSB, Antonio Neto observou que há seis anos os representantes dos trabalhadores não entravam no Palácio do Planalto. Sobre a legislação, ele disse que o ideal seria “um revogaço“. Ou seja, elaborar um medida provisória abolindo três leis: terceirização irrestrita (13.429), “reforma” trabalhista (13.467) e da liberdade econômica (13.874). Segundo Neto, as mudanças trouxeram insegurança jurídica para patrões e empregados. A ponto de existirem 14 ações relacionadas à “reforma” esperando julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Além deles, falaram na cerimônia Moacyr Roberto Tesch Auersvald (presidente da Nova Central), Nilza Pereira (secretária-geral da Intersindical), José Gozze (Pública), Emanuel Melato (dirigente da outra Intersindical) e Luiz Carlos Prates (coordenação da CSP-Conlutas).

Fonte: Rede Brasil Atual

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Fetraf RJ/ES e sindicatos filiados apoiam Kelly Quirino para o Caref BB

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) e seus Sindicatos dos Bancários filiados apoiam a eleição de Kelly Quirino para representar os funcionários no Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil, o Caref.

O primeiro turno da votação ocorrerá de 20 a 26 de janeiro e todos os funcionários da ativa podem participar, via sistema eletrônico que será disponibilizado pela empresa.

“Kelly é funcionária do Banco do Brasil há 15 anos, filha de empregada doméstica e foi eleita uma das 115 mulheres referências na luta antirracista no Brasil. Não tem nome mais preparado para o cargo. Por isso, ela é a candidata da nossa Federação”, declarou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), além da grande maioria dos sindicatos de bancários, também apoiam a eleição de Kelly Quirino para o cargo, que tem como missão levar a visão, propostas e os questionamentos dos trabalhadores e trabalhadoras até a alta administração do banco público.

Quem é Kelly Quirino

Kelly é bancária do BB há 15 anos, atuou por 10 anos na Fundação BB e hoje trabalha na Diretoria de Marketing e Comunicação (Dimac) do banco. Além disso, é pesquisadora associada ao Intercom nas áreas de jornalismo impresso e jornalismo especializado. Em 2020, foi eleita uma das 115 mulheres referência na luta antirracista no Brasil. É doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Plataforma da candidata

A principal plataforma da candidata ao Caref é a defesa do Banco do Brasil como instituição pública, fortalecendo o BB como agente redutor das desigualdades. Kelly também defende a criação de um comitê de Diversidade e Inclusão, vinculado à presidência do banco, com representantes dos funcionários.

Apesar de o Caref ser impedido, pela legislação, de votar em pautas que envolvam questões funcionais no Conselho de Administração, o cargo tem acesso garantido a relatórios de auditorias, controladoria e das próprias discussões no conselho e pode colaborar nas ações para valorização das trabalhadoras e trabalhadores, com igualdade de oportunidades dentro do banco.

“No CA a estratégia proposta definirá os meios do seu alcance, aí estará nossa contribuição determinada a restabelecer uma gestão humanizada e respeitosa para com as funcionárias, funcionários e fornecedores do banco”, explica Kelly que também pretende fomentar a valorização das trabalhadoras e trabalhadores com a igualdade de oportunidades dentro do banco, independente de gênero, cor, idade, orientação sexual ou escolha religiosa. “Precisamos aumentar a nossa representatividade, inclusive com mais mulheres exercendo funções do alto escalão do BB”, pondera.

De olho nas datas

20/01 a 26/01: votação do 1º turno
08/02: divulgação do resultado final do 1º turno
24/02 a 02/03: votação do 2º turno
10/03: resultado final e proclamação do eleito(a)

*Com informações da Contraf-CUT