CRT SANTANDER: apenas avanços tímidos

A reunião da Comissão de Relações Trabalhistas do Santander que aconteceu no último dia 03 não foi das mais produtivas. De oito itens da pauta, somente um deles teve avanço objetivo, com a promessa do banco de permitir acesso dos trabalhadores afastados ao Portal RH, mas não houve ainda a concretização. As questões sobre condições de trabalho nas agências e os problemas relativos às pessoas com deficiência serão discutidas em reuniões especificas. Mas temas como a assistência médica para aposentados e o monitoramento do atingimento de metas ainda não tiveram resposta objetiva.

A questão do acesso às informações no Portal RH é complexa. Os dirigentes sindicais que se cadastraram conseguem acessar seus dados, mas somente de um terminal localizado nas dependências do banco, pois a rede é interna. Já o trabalhador afastado não tem como acessar o portal, já que sua senha de funcionário fica bloqueada durante o afastamento. O banco já está viabilizando o acesso às informações de RH pela Internet, para que todos os empregados, independente da situação, possam conferir suas informações. Segundo o banco, até o final do ano este sistema já estará em plano funcionamento.

O primeiro item da pauta foi a contratação de Pessoas Com Deficiência. O banco alega que o número de trabalhadores com algum tipo de deficiência está acima da cota especificada legalmente, mas não informou dados sobre estes funcionários. Os sindicalistas reivindicam um mapeamento detalhado de quem são, onde estão e que tipo de deficiência apresentam os trabalhadores contratados pela cota. Além disso, os problemas que já haviam sido denunciados pelos representantes dos empregados permanecem: “Os problemas de adequação de equipamentos para adaptação continuam, nada de significativo foi feito para oferecer condições de trabalho aos funcionários com deficiência. Além disso, constatamos que o treinamento não deve ser oferecido somente aos PCD, mas a todo o corpo funcional. Os outros trabalhadores precisam de treinamento para receber os PCDs, aprender a trabalhar com eles. A inclusão tem que ser total e não é isso que vem acontecendo”, relata Luiza Mendes, representante da Federação na COE do Santander. Ficou acordado que as questões relativas a este tema serão discutidas numa reunião específica.

Os problemas relatados a respeito de condições de trabalho nas agências serão tratadas com maior aprofundamento no GT específico, mas algumas respostas já foram apresentadas. Uma delas foi que há intenção do banco de renovar o acordo sobre assédio moral. Mas a segunda não foi tão satisfatória: o banco informou que já enviou orientação para que os caixas não tivessem meta de vendas de produtos, mas esta prática ainda permanece. O movimento sindical reivindicou em reunião anterior que este documento seja apresentado, mas o banco ainda não enviou a cópia.

Um assunto difícil foi a questão do monitoramento de resultados. Ficou proibido pela Convenção Coletiva de 2011/2012 a publicação de ranking de atingimento de metas, mas várias denúncias têm chegado aos sindicatos de que a cláusula está sendo descumprida. “Mesmo nas agências onde não há a tabela de desempenho, nas reuniões há um momento em que o primeiro colocado da unidade é aplaudido pelos colegas. É só uma maneira diferente, mas também é publicação de resultados”, pondera Luiza Mendes.

O fim das restrições de distribuição do auxílio-academia, foi negado pelo banco. O movimento sindical alega que o banco impôs esta limitação para economizar, já que poucos bancários continuarão recebendo. “Quem ganha até R$ 3 mil são os estagiários e caixas, e estes não têm tempo para ir à academia, porque a maioria está cursando faculdade. O banco deve ter feito uma pesquisa para estabelecer o critério antes de colocar a restrição, com objetivo de reduzir o número de bancários que continuariam recebendo”, pondera Luiza Mendes. A diretora lembra que o benefício era concedido pelo extinto banco Real e foi estendido a todos os trabalhadores do grupo no momento da fusão, mas o valor não era atualizado há muitos anos. A sindicalista destaca, ainda, que o auxílio podia cobrir até 50 % do valor da mensalidade da academia, com teto de R$ 60 nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo e de R$ 50 nos demais municípios.

Também foram discutidas ou apresentadas as seguintes reivindicações:

Acesso dos dirigentes a informações sobre o quadro de pessoal em dezembro de 2011, com número de funcionários com discriminação de gênero e remuneração; número de demissões em 2011, especificando se foram a pedido, sem justa causa ou com justa causa; número de trabalhadores que estarão aptos a se aposentar dentro dos próximos dois anos. O banco informou que os dados serão apresentados no Balanço Social de 2011;

Informações sobre a concessão de bolsas auxílio estudo com total de solicitações, número de vagas preenchidas, número de recusas e justificativas. O banco informou que, atualmente, 1.500 empregados recebem o benefício e que no último período, 300 pedidos apresentaram alguma irregularidade e não foram atendidos;

Informações sobre as realocações de funcionários da Compensação Morumbi (São Paulo). Foi informado que alguns empregados foram realocados na rede e que, quanto aos demais, o banco ainda está buscando uma solução;

Manutenção do plano de saúde para aposentados e dependentes com no mínimo 5 anos de vínculo empregatício com o banco, nas mesmas condições e valores descontados dos empregados da ativa. O banco ficou de avaliar, mas já adiantou que está seguindo a legislação, que determina a cobrança do valor integral. O movimento sindical insiste na reivindicação, argumentando que a contribuição do empregado foi prolongada, justificando a manutenção do benefício nos mesmos moldes após a aposentadoria;

Redução das taxas de juros e das tarifas bancárias para empregados da ativa e aposentados. O banco ficou de avaliar;

Acesso dos dirigentes aos locais de trabalho, inclusive os call centers, conforme cláusula do Acordo Aditivo 2011/2012. A direção do banco é inflexível no caso dos call centers, alegando que não pode permitir o acesso à área das baias de atendimento em razão da natureza da atividade;

Distribuição de cartilhas detalhando os programas de PLR e programas específicos de remuneração, bem como o Programa Próprio de Gestão e as regras da Avaliação de Qualidade Operacional, conforme consta do Acordo Coletivo. As cartilhas foram entregues à coordenadora da COE, Rosana Alaby.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

3º Congresso da Contraf-CUT elege direção equilibrada

Antigos e novos dirigentes  compõem a Executiva. Cota de 30 % de mulheres é alcançada pela primeira vez


A eleição da nova diretoria foi o ponto alto do 3º Congresso da Contraf-CUT, realizado entre os dias 30 de março e 1º de abril em Guarulhos-SP. Carlos Cordeiro continua presidindo a entidade, para mais um mandato de três anos, até 2015. A nova diretoria foi eleita por unanimidade, demonstrando a unidade e o consenso entre os dirigentes sindicais bancários de todo o país.


Este 3º Congresso inovou na sua forma de construção, com a realização de pré-congressos em todas as federações. “Este formato favoreceu os debates, as polêmicas que vieram dos eventos regionais foram abordadas e debatidas. Não tivemos somente apresentação de propostas, tudo foi construído nas discussões”, relata Miguel Pereira, secretário de Organização.


A composição da nova diretoria equilibra nomes da gestão antiga e novos. “Tivemos espaço para a renovação, que vai oxigenar a diretoria, mas é o mesmo projeto, vamos dar continuidade ao trabalho e aprimorá-lo”, acredita Miguel.


Para Miguel Pereira, que se mantém na pasta de Organização, houve um equilíbrio que será vantajoso: “Fizemos um esforço para que a Executiva seja um espelho da organização e da representação que os bancários têm em todo o país”, explica. A base da Federação é representada, na Diretoria Executiva, por três nomes: Carlos Souza, do Seeb-Rio, que ocupa a vice-presidência; Miguel, que é oriundo do Seeb Sul Fluminense e que continua na Secretaria de Organização; e Adilson Barros, também do Seeb-Rio, que assume a recém-criada Secretaria de Relações do Trabalho. A nova composição da diretoria também reúne dirigentes de vários pontos do país, como a nova titular da Secretaria de Políticas Sociais, Andrea Freitas Vasconcelos, que vem de Roraima, e o novo secretário de Assuntos Jurídicos, Alan Patrício, de Pernambuco.


Outra novidade é a criação de uma secretaria da Mulher, desmembrada da pasta de Políticas Sociais – adotando o modelo da CUT nacional – que ficou sob o comando de Deise Recoaro. “Se a pauta da igualdade de oportunidades já é importante para todos os trabalhadores, para os bancários é mais ainda, porque as mulheres já são mais da metade da categoria. Outro destaque da nova composição é que, pela primeira vez, foi cumprida a cota de gênero de 30 % , antiga bandeira do movimento sindical cutista.


Os trabalhos no 3º Congresso renderam frutos que vão orientar o trabalho dos próximos três anos. Os participantes aprovaram por unanimidade o texto-base, que foi elaborado pela direção anterior e modificado de acordo com as demandas surgidas nos pré-congressos. A estratégia de ação sindical que a Contraf vai adotar até 2015 tem sete eixos principais. “Quando há continuidade de um projeto que dá certo a expectativa é que seja sempre melhor. Isso aumenta a responsabilidade, mas também o comprometimento das pessoas que vão tocar o trabalho”, acredita Miguel Pereira.


Composição da Diretoria Executiva:
Carlos Cordeiro (São Paulo) – Presidente
Carlos Souza (Rio de Janeiro) – Vice-presidente
Ivone Silva (São Paulo) – Secretária-Geral
Roberto Von Der Osten (Paraná) – Secretário de Finanças
Ademir Wiederkehr (Rio Grande do Sul) – Secretário de Imprensa
William Mendes (São Paulo) – Secretário de Formação
Andrea Freitas Vasconcelos (Roraima) – Secretária de Políticas Sociais
Carlindo Abelha (Minas Gerais) – Secretário de Política Sindical
Miguel Pereira (Rio de Janeiro) – Secretário de Organização
Antonio Piroti (Rio Grande do Sul) – Secretário de Estudos Sócio-econômicos
Walcir Previtale (São Paulo) – Secretário de Saúde
Mario Raia (São Paulo) – Secretário de Relações Internacionais
Alan Patrício (Pernambuco) – Secretário de Assuntos Jurídicos
Deise Recoaro (São Paulo) – Secretária da Mulher
Adilson Barros (Rio de Janeiro) – Secretário de Relações do Trabalho


Diretores executivos:
Plinio Pavão (São Paulo)
Simoni Nascimento (Santa Catarina)
Mauri Sergio Souza (Campinas)
Marcos Saraiva (Ceará)
Fabiana Uehara (Brasília)
Manoel Elidio Rosa (São Paulo)
Rosalina Amorim (Pará)
Barbara Peixoto de Oliveira (Brasilia)

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Eleições da CASSI: Contraf-CUT apoia Chapa 1 – Cuidando da Cassi nas eleições de abril

Entre os dias 2 e 13 de abril, os associados da Cassi participarão da eleição de novos diretores e conselheiros do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. A Contraf-CUT apoia a Chapa 1 – Cuidando da Cassi, encabeçada por Mirian Fochi, candidata a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e hoje secretária de Assuntos Jurídicos da confederação.

“A Chapa 1 é a mais representativa, reunindo funcionários da ativa e aposentados de todas as regiões do país. São pessoas com um histórico de luta em defesa dos interesses dos associados, em conjunto com o movimento sindical”, afirma Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT e funcionário do Banco do Brasil. “Hoje, diversos interesses procuram desviar a Cassi de seus objetivos, defendendo a associação com empresas do mercado e outras medidas que podem por a perder tudo que os bancários conquistaram no plano. Os membros da Chapa 1 são as pessoas mais indicadas para defender os bancários nesse momento complexo”, avalia.

Sérgio Farias, representante titular da Feeb RJ/ES na Comissão de empresa do BB, destaca que os integrantes da Chapa 1 são comprometidos com a preservação da função original da instituição, que é atender aos funcionários do BB e seus dependentes. “A chapa 1 representa um olhar para o futuro no sentido da ampliação da assistência e na continuidade e preservação da Cassi”, analisa o dirigente.

Conheça os membros da Chapa 1 – Cuidando da Cassi:

Mirian Fochi – Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes


É Conselheira Deliberativa eleita da Previ, com mandato até maio de 2012. Tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Graduada em Turismo. Conselheira certificada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); tem certificação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Programa Institucional para Igualdade de Gênero e Raça; certificada como Conselheira em Direitos Humanos com ênfase nos Direitos da Mulher pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Foi diretora do Sindicato de Brasília, integrou a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Atualmente é Secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Conselho Deliberativo:


Antonio Cladir Tremarin – Titular


José Adriano Soares – Titular

Milton dos Santos (Miltinho) – Suplente


Mário Fernando Engelke – Suplente

Conselho Fiscal:


Carmelina P. dos Santos (Carminha) – Titular


João Antônio Maia Filho – Titular

Cláudio Gerstner – Suplente


José Eduardo Marinho – Suplente

Conheça as principais propostas da Chapa 1:

Exigir compromisso permanente do banco com a Cassi


Vamos cuidar da Cassi para que ela não acabe, garantindo e ampliando os direitos para todos: ativos, aposentados e funcionários incorporados. A Agência Nacional de Saúde editou a ANS 254, exigindo a cobertura de novos procedimentos. O plano que não cumprir a norma até agosto de 2012 será fechado a novas adesões. Lutaremos incansavelmente para que o banco e a Cassi façam adesão à norma e garantam o plano para todos.

Além do exame periódico, promover a saúde no local de trabalho


A Cassi, como cuidadora de saúde, precisa atuar de forma mais incisiva e realizar campanhas de prevenção à saúde nos locais de trabalho. A parceria com o banco precisa ir além do exame anual e das vacinações. Precisa incluir a prevenção às doenças do trabalho e programas de promoção à saúde, como combate à hipertensão, diabetes, obesidade, má alimentação, estresse e outras enfermidades ligadas à tensão no trabalho.

Agilizar a liberação de guias


A liberação de guias de internação, exames e procedimentos cirúrgicos na Cassi é muito burocratizada e demorada. Faltam interlocutores com capacidade de decisão para os associados recorrerem regionalmente. Vamos estabelecer um conjunto de procedimentos que não necessitarão deste tipo de autorização, que serão controlados por auditoria médica.

Fazer o Plano Odontológico funcionar e atender os aposentados


Conquista da greve de 2008, o plano está funcionando mal. Querem limitar e baratear o programa sem avaliar que a Cassi, que fornece 400 mil pacientes, não tem poder de interferir para a melhoria do atendimento. Queremos o Plano para todos os associados, inclusive aposentados, com atendimento eficiente, prestativo e de qualidade.

Aumentar e melhorar a rede credenciada


Vamos fazer parcerias com gerentes de agências, representantes dos funcionários e conselhos de usuários para credenciar profissionais e agilizar seu credenciamento em todos municípios com agências do BB.

Melhorar o relacionamento com prestadores de serviço


Muitos profissionais se descredenciaram da Cassi por causa da morosidade e burocratização do pagamento. Vamos expandir o pagamento/faturamento eletrônico, para agilizar e melhorar o relacionamento com os prestadores, além de reduzir o risco de fraudes.

Melhorar e ampliar as equipes de Saúde da Família


Os serviços próprios da Cassi são essenciais para o modelo que se baseia na prevenção e promoção da saúde. Vamos fortalecer essa estratégia e promover a adesão espontânea aos serviços próprios, oferecendo como contrapartida o fim da coparticipação.

Acelerar expansão da rede referenciada


Vincular os associados, por adesão espontânea, a um médico referenciado do Programa Mais Cassi, oferecendo atendimento personalizado e integral. Esse médico acompanhará melhor a saúde do associado, encaminhando-o ao especialista quando necessário. Vamos agilizar a implantação do Mais Cassi, que ainda funciona como piloto, dispensando a coparticipação para quem aderir espontaneamente.

Ampliar e melhorar programas de prevenção e o PAC


Acelerar a expansão dos programas de atenção domiciliar, saúde mental, plena idade, saúde cardiovascular e bem viver, nos quais hoje estão inscritos pouco mais de 10 % dos usuários da Cassi. Vamos estender a todo o país o Programa de Atenção aos Crônicos que visa evitar a progressão das enfermidades e de suas complicações.

Fortalecer os Conselhos de Usuários


Reforçaremos o papel dos Conselhos de Usuários, fóruns democráticos de fiscalização e acompanhamento da Cassi. Defendemos os conselhos como facilitadores de convênios com médicos, hospitais e clínicas. Vamos negociar com o BB a liberação dos conselheiros para as reuniões.

Aprimorar o Programa de Assistência Farmacêutica (PAF)


Melhorar o PAF, adequando-o às orientações da OMS, de forma a garantir que o programa seja benéfico para a saúde e o bolso de todos. Aumentar o número de farmácias credenciadas, negociando bons descontos.

Fonte: Contraf-CUT, com FEEB-RJ/ES

Polícia agride manifestantes em protesto no Clube Militar

Centro do Rio de Janeiro, 29 de março, por volta de 14h.

Já havia duas viaturas da PM em frente ao Clube Militar quando os manifestantes começaram a chegar para o ato em protesto contra as comemorações do golpe militar. Vieram reforços e o Batalhão de Choque chegou com duas viaturas, depois mais uma. Todos os policiais tinham pistolas de choque, spray de pimenta, cassetetes. Havia também armas de maior porte e balas de borracha. O Choque chegou com os escudos e alguns policiais tinham máscaras de gás. A comemoração foi uma afronta dos militares, que passaram por cima do ministro da Defesa, Celso Amorim, e da própria presidenta Dilma – uma ex-presa política – que já havia proibido as comemorações do golpe.

Os manifestantes tinham cartazes, faixas, bandeiras e, principalmente, palavras. Muita indignação com a impunidade dos torturadores. Os ativistas jovens, mais impulsivos, tomaram a frente da manifestação. Os mais velhos se concentraram na retaguarda, embora alguns, mais exaltados, tenham ficado o tempo todo na linha de frente. Houve performance teatral e duas senhoras encenaram a tortura no pau de arara nas grades do acesso ao metrô. Um jovem usando uma máscara de asno perfilou-se ao lado dos homens do Choque com um cartaz em que se lia um verso de uma famosa canção de protesto.

Lá dentro, os generais de pijama, mais uma vez, manifestavam sua insatisfação com a instalação da Comissão da Verdade.


 


O clima era tenso na calçada em frente ao Clube Militar. A cada oficial que chegava – à paisana – os manifestantes reagiam, acusando-os de serem torturadores, assassinos, estupradores e dirigindo-lhes insultos. Acostumados a transitarem livremente como senhores respeitáveis, estes homens – alguns já bem idosos – ficaram surpresos. Alguns até demonstravam um certo temor, mas a maioria mantinha a arrogância e a prepotência de sempre, houve quem afrontasse a multidão fazendo gestos obscenos ou gritando insultos. Até que um militar da reserva, mais exaltado, deu um tapa na cara de um manifestante. Foi o estopim.

O rapaz revidou, foi detido pelos policiais e seguiu-se uma perseguição: os PMs e guardas municipais, levando o preso, e os manifestantes, atrás, muitos registrando a ação com câmeras fotográficas e filmadoras. Começaram os ataques com spray de pimenta. Foi quando alguns jovens resolveram interromper de vez o trânsito da Avenida Rio Branco – que já estava em meia pista – e sentaram-se no chão sobre a faixa de pedestres do cruzamento com a Rua Santa Luzia. Os policiais mandaram que todos se levantassem, mas não foram atendidos. Partiram, então, para as bombas de efeito moral. A esta altura, os homens do Choque já estavam perfilados protegendo a porta do Clube Militar usando máscaras de gás.

Daí por diante, pareceu que havíamos voltado no tempo, para a época da ditadura. Correria, cassetetes, bombas de efeito moral. A diferença é que, no século XXI, temos novidades: o spray de pimenta e as pistolas de choque. Houve até disparos com balas de borracha. Um rapaz foi acusado de jogar num PM uma garrafa de água mineral – de plástico. Alguns jovens tinham ovos, que pretendiam atirar nos militares. Houve cusparadas. Mas nem mesmo os mastros das bandeiras foram usados pelos manifestantes. A desproporção era absurda.

No final, o rapaz que foi detido foi liberado pelo delegado, sem que nenhum registro fosse feito. O motivo: ele não havia cometido nenhum crime pelo qual pudesse ser imputado. Mesmo assim, ele e todos os outros foram tratados como bandidos.



Saiba mais:


Vídeo de Carlos Latuff


Artigo de Almir Aguiar


Texto de Hildegard Angel

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

TERESÓPOLIS: Nova diretoria é eleita com 97,83 % dos votos válidos

Aconteceu nesta quinta-feira, 29/03/2012, as eleições para a nova diretoria do SindBancários Teresópolis, para os diversos órgãos que compõem a entidade (Diretoria Administrativa, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto ao Conselho da Federação), para os próximos quatro anos.


A chapa 1 (única) foi eleita para assumir a diretoria do Sindicato para o próximo quadriênio, ou seja, com mandato de 01/05/2012 a 30/04/2016, tendo como presidente, Aluisio Rebello Marra, e Wilson José Pereira, vice presidente, ambos funcionários do Itaú Unibanco.


O resultado da apuração teve a expressiva aprovação de 97,83 % dos votos válidos, e apenas quatro votos em branco. Considerando o total de bancários ativos aptos a votarem, 93,43 % votaram. O processo eleitoral teve seu início às 10:00 e terminou às 18:00, com a apuração sendo realizada na sede do Sindicato.


Acompanharam e auxiliaram em todo o processo eleitoral, na qualidade de presidentes de urnas e de apuração, mesários e escrutinadores: a Federação dos Bancários do Rio de Janeiro, representado pelo diretor de imprensa, Paulo de Tarso; o Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, representado pelos diretores Max Bezerra, Antonio Dalberto Louback, José Eduardo Alvarez e Luiz Gabriel Velloso; o Sindicato dos Bancários de Petrópolis, representado pelos diretores, Iomar Bento Torres e Gerado Luiz de Oliveira; o Sindicato dos Bancários de Itaperuna, representado pelo diretor João Batista da Silva; o advogado Dr. Jefferson Soares, presidente da OAB, 13ª subseção Teresópolis; e o escritório conveniado Dr. Acrisio Moraes R. Bastos, representado pela Dra. Clarissa Costa.


A apuração da votação foi presidida pelo diretor da Feeb RJ/ES, Paulo de Tarso, e como escrutinadores  o presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, Max Bezerra e a advogada Dra. Clarissa Costa.


Com o universo de 253 bancários associados, 95 bancários aposentados, e 198 bancários aptos a votarem, conforme  é previsto no Estatuto do Sindicato, o resultado da apuração foi o seguinte:


Quorum – 93,43 %
Chapa 1 (única) – 97,83 % dos votos válidos
Brancos – 2,17 %
Nulos – 0 %


“Estamos cientes da enorme responsabilidade que a nova diretoria eleita terá pela frente. Estaremos atentos e empenhados em continuar combatendo qualquer proposta que tente retirar direitos da classe trabalhadora, assim como permaneceremos na luta para que os bancos contratem mais funcionários, que atendam as nossas reivindicações e respeitem as cláusulas garantidas em nossa Convenção Coletiva. Posso afirmar que neste novo mandato, em meu nome e de toda diretoria eleita, estaremos acompanhando de perto todas as questões relacionadas à nossa categoria e também às questões de cidadania, buscando sempre uma remuneração digna, melhor qualidade de vida, saúde e segurança para todos os bancários de nossa cidade”, afirmou o presidente eleito, Aluísio Rebello Marra.

Fonte: Seeb-Teresópolis

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Ninguém tem o direito de comemorar o 31 de Março

Por Almir Aguiar *


 


Os algozes da ditadura militar e seus seguidores, muitos deles atualmente entrincheirados em blogs e em associações, a bradar contra a democracia voltam a promover um ato no Clube Militar do Rio de Janeiro para comemorar os anos de chumbo, repressão e tortura. As viúvas da ditadura defendem o golpe militar de 31 de março de 1964, que teve o apoio da burguesia imperialista. Implantaram uma ditadura em nosso país e querem agora se utilizar da liberdade de expressão, fruto da nossa luta e de muitos companheiros que deram a vida por ela, hoje garantida pela Constituição soberana e democrática de 1988, para festejar os 48 anos do início de um golpe que manchou de sangue a História do Brasil.

Nós, militantes pela democracia, que lutamos para que o governo federal implante uma Comissão da Verdade capaz de recuperar para o povo brasileiro a sua história, também vamos nos manifestar. Em artigos e em atos públicos denunciaremos os crimes daqueles que destituíram um governo legitimamente eleito pelo povo em 1960 e, tendo como desculpa a salvação do Brasil do “perigo da ditadura comunista”, sufocaram a liberdade, suprimiram as eleições livres, prenderam e torturaram trabalhadores, estudantes, intelectuais, sequestraram, mataram e desapareceram com os corpos de centenas de brasileiros de todas as idades, que ofereceram à Pátria os seus melhores anos, as suas vidas, os seus ideais.


 


Nós, bancários, sempre na vanguarda do sindicalismo e ativos participantes dos movimentos sociais libertários, também demos a nossa dolorosa contribuição ao resgate da democracia,  com as vidas de muitos trabalhadores bancários. Nos remetemos sempre à figura do bravo companheiro Aluisio Palhano Pedreira Ferreira, ex-presidente do Sindicato dos Bancários,  preso, torturado e cujo corpo  jamais foi encontrado.


 


Todo país, cada povo, tem o direito de conhecer a sua trajetória, de honrar a sua memória. Nações do mundo todo que passaram por ditaduras reconstruíram, a seguir, os fatos históricos, condenando à prisão ou ao limbo do esquecimento aqueles que ousaram se insurgir ilegalmente contra a vontade do povo.
Que o Brasil possa vir a conhecer a realidade do que se passou entre 1964 e 1985. Que possamos ter uma Comissão da Verdade representativa, capaz de reconstruir com serenidade os atos e fatos que se abateram sobre o nosso país durante o longo período em que a ditadura militar reinou violentamente, suprimindo, entre outras, a liberdade de expressão, de reunião e da livre manifestação do pensamento.


 


Se a história oficial é a dos vencedores, a deles, a dos golpistas de 64, acabou em 1985. Apesar de todos os entraves e obstáculos que até agora vêm retardando a sua instalação, que venha imediatamente a Comissão da Verdade, independentemente de ser mantida ou não a Lei da Anistia. Uma coisa não exclui a outra. O tempo passa e os dias não se repetem.


 


A democracia que foi conquistada com sangue, prisões, torturas e exílios garante a liberdade de expressão. Mas será que a liberdade dá direito a nazistas comemorarem o holocausto e a militares brasileiros, de pijama, festejarem o golpe e a ditadura? Inaceitável. Ninguém tem o direito de comemorar as anomalias da história que foram extirpadas com o mais alto preço da vida humana.

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*Almir Aguiar é presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Fonte: Almir Aguiar

ES: Bancários param agência Jardim da Penha do BB por uma hora


 
Foto: Sérgio Cardoso


A agência do Banco do Brasil localizada no bairro Jardim da Penha, em Vitória/ES, ficou paralisada das 10 às 11 horas desta quarta-feira, 28, em função da manifestação dos bancários pela jornada de 6 horas para todos os funcionários. Vestidos de preto, em sinal de luto, os bancários também demonstraram sua insatisfação com o assédio moral, que se tornou rotina na unidade. Diretores do Sindicato dos Bancários/ES realizaram panfletagem e conversaram com os clientes. Ao final foi distribuída uma cartilha com informações sobre o assédio moral.

O protesto no BB aconteceu em diversas cidades do país. O Dia Nacional de Luta foi uma orientação nacional para exigir do banco respeito à jornada da categoria bancária e mudanças na sua política de gestão. A direção do BB utiliza méto¬dos como pressão e ameaças de descomissionamen¬tos para obrigar os funcionários a atingirem as metas de atendimento e venda de produtos.

Na avaliação da diretora do Sindicato e bancária do BB Maristela Correa, a manifestação em Vitória foi positiva. “Os clientes apoiaram as nossas reivindicações, e a volta ao atendimento correu com tranqüilidade. O BB cada vez mais se afasta da sua função social de banco pú¬blico, e a prática de assédio moral está sendo disseminada estruturalmente na instituição. A pressão e arbitrariedade têm que acabar”, afirmou.

Fonte: Seeb-ES

Campos: sindicato fecha agência do Santander em obras

As agências do Santander estão dando trabalho aos diretores do Sindicato dos Bancários de Campos. Na última terça-feira, 27, a principal unidade do banco no município foi fechada pelos sindicalistas por não oferecer condições adequadas de trabalho e atendimento. O local está em reformas desde a semana passada e apresenta muita poeira em suspensão, fios soltos pendendo do teto, cheiro de tinta, piso quebrado e todos os transtornos de uma obra. Quando os sindicalistas chegaram ao local para suspender o funcionamento, não só os bancários, mas também os clientes que estavam na unidade aplaudiram a medida. “Todo mundo concordou que não havia condição da agência funcionar”, relata Ricardo Azeredo, diretor do sindicato.


 


No mês passado, outra agência já havia apresentado problemas. O banheiro estava quebrado e a solução do banco foi contratar um sanitário químico, que ficava fora da unidade, na rua. Era apenas um banheiro para ambos os sexos, para servir tanto a funcionários quanto a clientes. “Ficava no sol, o calor e o mau cheiro eram insuportáveis”, conta Azeredo. A decisão do sindicato foi também de interditar a agência até que a situação fosse resolvida. E a solução não tardou. “Era uma coisa simples e, além do banheiro, o ar-condicionado também foi consertado. Só faltava boa vontade, mas dinheiro há de sobra, já que o banco tem lucros altíssimos todos os anos”, completa o dirigentes.


 


Com uma base extensa, o sindicato nem sempre consegue visitar com frequencia todas as unidades bancárias. Assim, os sindicalistas estão aproveitando as manifestações para estimular os bancários e também a população a telefonar para a sede da entidade e denunciar as irregularidades e problemas das agências da região.



 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu no último dia 26 Márcio Sampaio Carvalhosa, irmão de Ronald Carvalhosa, diretor do Seeb-Rio. Márcio estava em casa quando sofreu um infarto fulminante, falecendo imediatamente. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, 27 de março, no cemitério do Caju. A diretoria e os funcionários da Federação enviam suas condolências à família do companheiro.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

PETRÓPOLIS: Dieese ministra Seminário de Planejamento estratégico para nova diretoria

Foi realizado pelo Sindicato dos Bancários de Petrópolis de 23 a 25 de março o Seminário de Planejamento Estratégico da diretoria para o mandato 2011/2014. O seminário foi ministrado pelo supervisor técnico do Dieese-RJ, Cloviomar Cararine, e contou com a participação de toda a diretoria da entidade.

Na ocasião, foi elaborado um plano para ser colocado em prática pelos integrantes da Chapa Bancários-CUT, vitoriosa nas eleições sindicais, nos três anos de mandato. O objetivo do evento foi aprofundar mais o conhecimento para a categoria bancária, destacando a importância do Sindicato para a classe, e informar sobre as lutas e conquistas alcançadas para a categoria, além de traçar planos de ação para os próximos anos.

Além dos novos diretores do Sindicato, participaram do Seminário convidados importantes comoDarby Igayaram, presidente da CUT/RJ; Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro; Miguel Pereira, secretário de organização da CONTRAF-CUT; Paulo de Tarso, diretor da Federação dos Bancários do RJ/ES; e Mônica Armada, presidente do Sindicato dos Enfermeiros/RJ. “Agradecemos a participação destes companheiros, que contribuíram para o enriquecimento de conhecimentos dos nossos diretores. Foi de grande ajuda para os novos companheiros da chapa,” avaliou o presidente do Sindicato, Luiz Claudio Ferreira da Rocha.

Fonte: Seeb Petrópolis