Motoristas

Quarta – Na hora do rush, o motorista de um ônibus da linha 172 (Rodoviária – Leblon) parou em frente ao Colégio Santo Inácio, em Botafogo, desceu e ajudou três cegos a atravessarem a Rua São Clemente. Os passageiros aguardaram sem reclamar e, quando o motorista voltou, bateram palmas. Tijuca – Uma menor de idade pegou o ônibus 234, na terça-feira, e seu cartão RioCard não passou após várias tentativas. O motorista não deixou a menina descer e disse que ela teria de acompanhá-lo até a garagem. Uma passageira desembarcou imediatamente e chamou a polícia.

Fonte: Blog do Anselmo – O Globo on-line

ABN X PanAmericano

Ontem se dizia que deve dar casamento o namoro entre os bancos ABN Amro e PanAmericano do Silvio Santos. A compra do PanAmericano estaria perto de ser concretizada.

Fonte: Blog do Ancelmo – O Globo on-line

ARTIGO: A ideologia bélica branca do racismo brasileiro

Marcos Benedito da Silva *


 


No dia 21 de março de 1960, homens e mulheres que lutavam contra o regime do apartheid foram massacrados pela polícia da África do Sul. Foram 69 pessoas assassinadas e 186 feridas. Este episódio sangrento ficou conhecido como o “Massacre de Shaperville”. A ONU (Organização das Nações Unidas), em memória das vitimas instituiu o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.


 


No Brasil, na década de 1960, Brasília era inaugurada, a bossa nova era o ritmo musical predominante na época – praia, futebol, musas, influência do jazz -, tudo isso contribuía para despertar um sentimento de patriotismo.


 


Em 64 ocorre o golpe, resultando em prisões e mortes dos que se opunham ao regime militar. Nos porões da ditadura a tortura e a violência que proibia qualquer manifestação pública. Na mídia como, resposta às conseqüências da repressão, estourava o fenômeno cultural conhecido como “flower power”.


 


O “black is beautiful” foi a criação midiática para atenuar toda a pressão racial originária dos mais de 300 anos de escravidão no Brasil. Algumas iniciativas anteriores, como por exemplo, a Frente Negra nos anos 30, demonstravam explicitamente a indignação de negros e negras em relação ao racismo brasileiro. Diferentemente da África do Sul, aqui no Brasil predominava o mito da democracia racial, que incentivava inclusive a miscigenação das raças como forma de “superar os problemas causados pelas diferenças raciais”. Na África do Sul, as armas eram visíveis: tanques, bazucas, granadas etc. No Brasil, as armas sempre foram mais discretas, porém tão letais e belicosas quanto as usadas no continente africano: a discriminação, o preconceito e o racismo.


 


Na áfrica do Sul houve uma guinada de 180 graus rumo à igualdade racial comandada por Mandela e Desmond Tutu. No Brasil ocorreram muitos avanços, frutos da luta do movimento negro, alavancada principalmente pelo movimento iniciado em 78 nas escadarias do Teatro Municipal em São Paulo. Estes avanços só não são mais significativos pelo conservadorismo de setores da sociedade brasileira que resistem à implementação de iniciativas como o Estatuto da igualdade Racial, Lei das Cotas e o ensino da Cultura Africana nas escolas do ensino médio. Portanto, a ideologia bélica branca do racismo brasileiro acaba sendo tão eficaz quanto o uso das armas por aqueles que não aceitam abrir mão de seus privilégios.


 


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* Marcos Benedito da Silva é Coordenador da Comissão Nacional Contra a Discriminação Racial da CUT, Presidente do Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Racial (INSPIR) e Secretário-Geral da Afubesp – Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp


 

Fonte: CUT

“Da militância à mística”, resenha de João Paulo Cunha, jornal “Estado de Minas”, Belo Horizonte, 15 de março de 2008.

Nesse livro, a forma literária é essencial. Depois de militar e combater com a razão, o escritor nos dá seu mais belo trabalho literário. São histórias escritas em prosa poética, na fímbria do indizível.


Há um risco muito grande em tocar o coração do homem. Pode-se escorregar para o excesso de sentimento, para as formulas consagradas da literatura mística, para o equívoco da auto-ajuda. Frei Betto conhece todos esses obstáculos e os dribla com uma consciência artística que é ética (ele não se esquiva em propor um outro mundo) e profundamente estética (em sua capacidade de fazer pensar pela beleza).


Há textos que parecem orações, com estilo grave de uma conversa a dois, em que o interlocutor não é ninguém menos que Deus; outros que revelam purezas de alma que refazem o olhar sobre o mundo; e ainda os que testam os limites da linguagem em flagrar maravilhas.


O escritor tem um projeto límpido, de clarear as palavras para desvendar o mundo e as emoções. No entanto trata-se de um propósito difícil, já que é justamente a força das palavras que faz ir além do banal. É preciso levar a palavra a seu extremo para tirar dela tudo que não é linguagem.


Nesse exercício, o poeta-prosador tem ainda que dar conta de que tem o que dizer, sabe onde quer levar o leitor e por isso maneja, como um prestidigitador, seus conhecimentos dos homens, da política, da espiritualidade e da ciência.


A arte de semear estrelas é o tipo de poesia que se encontra nos místicos medievais, mas com uma leveza que sopra com afeto e inteligência. E ainda nos ensina a revirar as palavras pelo avesso: proesia, dessisudez, saudades do futuro.

Fonte: Bancariosrjes

Calma, gente!

E está no botequim Borgado, pé-sujo na Rua da Lapa, o primeiro adesivo sobre o bafafá Brasil x Espanha. Afixado na máquina de refrigerante, é bem no tom intolerante do conflito:


“Fora do Brasil, espanhóis imundos”.


Calma, gente!

Fonte: O Globo online, por Ancelmo Góis

Consolidem alternativas na internet, diz Paulo Henrique

Transformar os veículos de comunicação existentes na internet em meios de forte capacidade para influenciar a opinião pública deve ser um processo rápido. “Em breve, os grandes grupos empresariais tomarão tudo. Mas ainda há um espectro na internet à disposição para consolidar grandes portais alternativos”, afirmou o jornalista de TV e blogueiro Paulo Henrique Amorim, durante o debate “O papel dos meios de comunicação alternativos na formação e transformação social”, realizado na noite da última segunda-feira na sede nacional da CUT. O debate acompanhou o lançamento da primeira edição do Jornal da CUT.


Ao falar em espectro, Paulo Henrique não se referia à existência de espaço físico na rede mundial de computadores, mas à possibilidade de popularizar páginas virtuais antes que a máquina da indústria do entretenimento e do jornalismo político-partidário sufoque as tentativas. A análise parecia antever que o IG o demitiria no final da tarde desta terça, retirando o blog Conversa Afiada do ar. O Conversa Afiada tinha audiência de 30 mil leitores por dia e mais de 160 mil page views. Nele, o jornalista atacava com veemência a grande mídia e defendia a democratização da comunicação. Veja comentário do presidente da CUT Artur Henrique à demissão do jornalista ao final deste texto.


O debate – No debate da noite de segunda, o jornalista destacou que, por seu baixo custo e amplo alcance, a internet deve ser prioridade para todo o movimento social que quiser construir meios de comunicação alternativos. “Precisamos meditar sobre o uso dos parcos recursos existentes para a construção de uma mídia alternativa”, afirmou Paulo Henrique durante o debate.


Artur Henrique, presidente da CUT, dividiu o debate com o jornalista. Em sua fala inicial, Artur lembrou o boicote sistemático dos grandes veículos de comunicação a mobilizações da CUT e dos movimentos sociais. “No ano passado, fizemos manifestações nacionais, na rua, contra a Emenda 3. Em 15 de agosto, reunimos mais de 20 mil militantes no Dia Nacional de Mobilização da CUT. Pouco depois, aproximadamente 50 mil mulheres fizeram a Marcha das Margaridas. No final do ano, houve ainda a 4a Marcha Nacional da Classe Trabalhadora. O espaço que a imprensa deu foi muito pequeno. Mas se tivéssemos reunido 30, 50 pessoas na praça para reclamar do Lula, certamente ganharíamos a capa”, disse.


“Essa discriminação nos dá a medida da importância de buscarmos novos meios de comunicação alternativos que possam fazer frente à disputa de hegemonia, principalmente, com esses grandes veículos de comunicação. Este jornal que estamos lançando é parte dessa busca”, completou Artur.


Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, mediou o debate. “Este encontro coroa a primeira edição de nosso novo jornal, lançado no ano em que a CUT completa 25 anos e a imprensa sindical comemora seu centenário. A CUT, após anos sem ter um jornal impresso próprio, lança agora esta publicação, que chega como parte de uma nova estratégia de comunicação cutista, tendo em sua essência o conceito de formação de redes. O jornal é um dos elementos dessa estratégia – cujo fator primordial é a integração dos meios – o Portal do Mundo do Trabalho, e a radioweb (rádio transmitida via internet), que em breve lançaremos.


O apresentador da TV Record e coordenador do blog Conversa Afiada destacou a importância de veículos impressos – classificou o Jornal da CUT e a iminente chegada da Revista do Brasil às bancas como “notícias alvissareiras”, mas apontou o noticiário virtual e iniciativas como o Portal do Mundo do Trabalho como um salto tecnológico que deve integrar as mídias e que pode, desde já, promover a democratização dos meios de comunicação.


P.I.G. – Parte da fala de Paulo Henrique Amorim foi reservada a ataques contra a concentração da mídia em poucos grupos empresariais e a constante perseguição a quaisquer projetos que apontem para maior inclusão social. “O golpismo é uma tradição da imprensa brasileira. Getúlio Vargas deu um tiro no peito após a avalanche golpista do Assis Chateaubriand, do Roberto Marinho e do Carlos Lacerda. Uma vez entrevistei o Juscelino Kubitscheck, para a Veja, quando era dirigida pelo Mino Carta, e ele me disse que uma das principais razões para a mudança da sede do governo para Brasília foi o fato de ele não suportar mais chegar à ala residencial do Palácio do Catete e ouvir o Carlos Lacerda na rádio Globo, todos os dias, pedindo o impeachment“, contou o jornalista.


Listou ainda a queda de João Goulart e o “processo de destruição sistemática da imagem do Rio de Janeiro pelas Organizações Globo para atingir Leonel Brizola. Forjaram um estereótipo do Rio que não é verdadeiro e que até hoje prejudica sua população”. Por essas e outras razões, Paulo Henrique passou a utilizar a expressão PIG (Partido da Imprensa Golpista), formulada pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE).


Após a fala do jornalista, foi aberta a participação aos presentes. Muitas críticas foram dirigidas à política de comunicação do governo federal – especialmente ao destino majoritário das verbas publicitárias para veículos que o atacam sistematicamente. Na coordenação da mesa, Rosane Bertotti destacou, em comentário sobre as perguntas, que os movimentos sociais têm lutado para construir uma Conferência Nacional de Comunicação, instrumento que poderia formular propostas políticas públicas de comunicação.


O jornalista comentou que não acredita que este ou os governos que o sucederão enfrentem os grandes meios de comunicação. Sobre a divisão do bolo publicitário, Paulo Henrique arrematou: “Esqueçam o governo. Metam o pé na porta e construam uma política de comunicação alternativa com o que têm”.


O debate reuniu aproximadamente 200 pessoas – dirigentes, militantes, parlamentares, estudantes de comunicação, assessores e jornalistas sindicais.


Veja a seguir o comentário de Artur Henrique sobre a demissão de Paulo Henrique Amorim:


A notícia de que o portal IG rescindiu o contrato do jornalista Paulo Henrique Amorim e tirou do ar o blog Conversa Afiada é péssima. Deixa-nos indignados, mas não nos surpreende. Faz parte de um processo de emburrecimento dos meios de comunicação, obcecados por criticar a qualquer preço iniciativas de desenvolvimento nacionalista e propostas de inclusão social. No afã de manipular e boicotar, a grande mídia não consegue conviver com opiniões que vão além do pretenso pensamento único.


Com dose incomum de independência, Paulo Henrique Amorim tem denunciado o chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista) e rastreado suas incoerências.

Quem perde com a demissão é o IG. Temos certeza de que em breve o blog Conversa Afiada estará hospedado em novo endereço. E com mais leitores.”

Fonte: Site CUT Nacional

Bear Stearns

Senha – enquanto isso no Brasil, um trio de funcionários da Caixa Econômica visitou este mês, de barco e a pé, 24 tribos indígenas de Rondônia. Levaram equipamento eletrônico para cadastrar as senhas dos cartões de benficiários do programa Bolsa Família.
A CEF viaja anualmente para fazer esse tipo de cadastramento. Os funcionários percorreram 70 km de terra batida e mais nove horas de barco pela reserva Rio Branco, onde vivem 24 tribos. A tendência é que a periodicidade dessas viagens aumente e chegue a ser mensal. Este mês foram cadastradas 86 famílias indigenas

Fonte: Negócios & Cia – O Globo 18.03.08

UBS pode demitir 8 mil funcionários

As ações do UBS AG. o maior banco da Europa em ativos, caíram ontem 14% no mercado suiço, a maior queda dos útlimos nove anos, após informações de que a instituição poderá demitir até 8 mil funcionários. Sediado em Zurique, o banco pretende cortar de 5% a 10% de suas vagas em diferentes divisões e poderá propor um aumento  de seu capital durante sua assembléia de acionistas, no próximo mês de abril.

Fonte: O Globo 18.03.08

Bancos têm resultados melhores do que os esperados

O Lehman Brothers e o Goldman Sachs divulgaram resultados melhores do que os esperados no último trimestre. O resultado do Lehman, em especial, é importante porque o banco é apontado como o de maior risco para quebrar após a falência do Bear Stears no último domingo. Com isso, as ações do banco no mercado futuro já estão operando com alta de 12%.


Os rendimentos líquidos do Lehman ficaram em US$ 3,5 bilhões, contra expectativa de US$ 3,35 bi, enquanto o lucro líquido ficou em US$ 489 milhões, ou US$ 0,81 por ação. O mercado projetava US$ 0,72 por ação. Mesmo assim, houve queda de 57% em relação ao mesmo período do ano passado.


Já na Goldman Sachs, a receita líquida ficou em US$ 8,34 bilhões (contra previsão de US$ 7,5 bi) e o lucro líquido foi de US$ 1,51 bi, ou US$ 3,23 por ação (contra expectativa de US$ 1,2 bilhões). O resultado também mostra uma queda forte no lucro líquido, de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. As ações do banco também tem alta, de 4,6%.


Fonte: O Globo, por Míriam Leitão

É grave a crise

Estava escrito na cacamba de um motoboy que passou agora cedo, pela Rua General Severiano, em Botafogo:


“Estou devendo tanto que se eu chamar minha mulher de “meu bem”, o banco vem e toma”.

Fonte: Coluna do Anselmo – Globo Online