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Diretoras da Fetraf RJ/ES participam do IV Fórum Brasil-União Europeia

Através das diretoras Renata Soeiro e Elizabeth Paradela, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está participando do IV Fórum Brasil-União Europeia: O Brasil e a União Europeia: Políticas e economias nas transições verde e digital para um desenvolvimento justo e inclusivo, que acontece nos dias 22 e 23 de julho, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

O evento é organizado pela Fundação Euroamerica e pela União Europeia.

O Fórum irá debater igualmente as parcerias e investimentos analisando a importância da cooperação internacional e do investimento privado. “Inclusão social e econômica: Estratégias para uma distribuição equitativa dos benefícios das transições.

Este encontro é crucial, sobretudo num momento em que questões ambientais e tecnológicas são centrais na formulação de políticas públicas e na condução das economias globais.

“Evento super importante para que todas a partes envolvidas encontrem soluções e saibam enfrentar, da melhor maneira, os desafios atuais, promovendo sociedades e economias sustentáveis e competitivas.”, comentou Renata Soeiro.

O EVENTO

Brasil, maior economia da América Latina e nona do mundo, possui grandes recursos naturais com uma matriz energética amplamente sustentável e um imenso mercado de consumo, exercendo um papel líder na região com um peso cada vez maior nas instituições internacionais.

Brasil é membro do Mercosul, do Grupo BRICS, do Fórum IBAS, da Celac e da OEA, entre muitos outros. Atualmente, ocupa a presidência do G20 com o lema “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.

Apesar de não escapar da complexa situação econômica internacional desde a pandemia, a evolução de sua economia é otimista, com crescimento do PIB, queda do desemprego e das taxas de juros, estabilização da inflação e balança comercial positiva.

Destacam-se as reformas trabalhista, previdenciária e tributária aprovadas nos últimos anos que devem impulsionar o crescimento do investimento externo. Com uma estrutura produtiva diversificada, o atual governo do presidente Lula da Silva apresentou um ambicioso plano de reindustrialização do Brasil com o objetivo de promover, modernizar e diversificar sua indústria com o uso da digitalização e da descarbonização. Por seu lado, a União Europeia enfrenta os novos e importantes desafios do futuro através da sua tripla transição digital, verde e social, para a qual procura aliados em outros países e regiões do mundo.

O Brasil, principal destino comercial da União Europeia na América Latina, é considerado pela Europa como um parceiro estratégico, principalmente após a assinatura do Acordo de Parceria Estratégica em 2007. A União Europeia, por outro lado, é o maior parceiro comercial do Brasil.

Essas e outras questões que afetam o presente e o futuro das relações entre essas duas grandes regiões do mundo serão analisadas e discutidas durante o IV Fórum Brasil-União Europeia que, organizado pela Fundação Euroamérica e pela União Europeia, será realizado no Rio de Janeiro, no hotel Copacabana Palace nos dias 22 e 23 de julho, com o título “O Brasil e a União Europeia: Políticas e Economias nas Transições Verde e Digital para um Desenvolvimento Justo e Inclusivo”.

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Diversidade e igualdade de oportunidades são pautas da quarta mesa de negociação do BB

Nesta sexta-feira, 19 de julho, foi realizada a quarta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil. A pauta principal da reunião foi diversidade e igualdade de oportunidades.

Bethania Emerick, Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), representou a entidade na reunião, ocorrida em São Paulo.

“O tema igualdade de oportunidades é fundamental nas negociações com o Banco do Brasil. Ao discutirmos esse tema, buscamos equidade e justiça social, onde o talento e o esforço sejam reconhecidos, independentemente de gênero, raça, idade ou qualquer outra característica pessoal. Garantir que todos os funcionários e funcionárias tenham acesso às mesmas chances de desenvolvimento e ascensão na carreira, é fundamental para promover um ambiente mais inclusivo e motivador, não somente dentro do banco, mas da sociedade, coletivamente.”, comentou Bethania.

Antes de iniciar o debate sobre o tema principal, o banco respondeu ao pedido do movimento sindical apresentando o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários precisam compensar até maio de 2025. Dos 5.497 trabalhadores com banco de horas negativo, 755 têm mais de 60 anos.

Igualdade de Oportunidades

O Banco do Brasil apresentou um panorama atual sobre a igualdade de oportunidades dentro da instituição. Atualmente, o banco conta com 25.724 funcionários negros, o que representa 29,51% do quadro total. Desses, 2.130 ocupam posições de liderança, correspondendo a 28,24% dos líderes.

O banco também destacou o programa “Raça é Prioridade”, que conta com 150 pessoas em processo de aceleração para liderança. Ao final do processo de desenvolvimento, estando aptos e havendo vagas, esses profissionais poderão assumir posições de liderança sem passar por novos processos seletivos, abrangendo todos os níveis de gestão. Além disso, os processos seletivos já existentes possuem uma cota racial.

Mulheres

O Banco do Brasil possui atualmente 35.681 mulheres em seu quadro funcional, representando 40,94% do total de funcionários. No entanto, apenas 26,79% dos líderes do banco são mulheres.

Para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança, o banco apresentou programas com ações afirmativas direcionadas a mulheres. Foi citado um concurso recente para superintendente regional, no qual cerca de 70% dos aprovados foram mulheres, como parte do esforço da empresa para aumentar a participação feminina em posições de liderança.

Demandas da CEBB

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco programas que incluam cotas nos concursos públicos para pessoas trans e mais ações afirmativas para pessoas com deficiência (PCDs).

Canal de Assédio Moral

O Banco do Brasil atendeu à reivindicação do movimento sindical e divulgou o crescimento dos números do canal de denúncias, destacando sua efetividade. Em 2022, 26,9% dos protocolos envolvendo conduta de cunho sexual resultaram em demissões por assédio sexual. Em 2023, esse percentual aumentou para 45,9%. Nos primeiros seis meses de 2024, 65% dos processos de cunho sexual já resultaram em demissões.

“Isso mostra claramente a importância da efetividade do canal. A pessoa tem que ter confiança para denunciar e saber que a denúncia será corretamente investigada e os culpados punidos”, afirmou Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, sobre o canal de denúncias.

Discriminação

Desde junho do ano passado, foram catalogados os números de condutas indevidas. Nesse período, 17 denúncias foram investigadas, das quais 65% envolveram raça, 17% gênero, 12% homofobia e 6% crença religiosa. No segundo semestre do ano passado, foi registrada a primeira demissão por racismo na história do Banco do Brasil.

Nome Social

O movimento sindical reivindica que todas as pessoas que utilizam um nome distinto do registro civil tenham o direito de usar o nome social, dentro da política de respeito à diversidade, para acabar com a discriminação a colegas LGBTQIA+. O Banco do Brasil informou que essa mudança já está em processo e se comprometeu a trazer atualizações no próximo encontro.

Licença parental

Outra reivindicação é a licença parental remunerada de 12 meses, a partir do nascimento, adoção ou do fato gerador do direito à licença parental, para cada pessoa de referência da criança ou do adolescente, limitada ao máximo de duas pessoas, sem prejuízo do emprego ou salário, para o desempenho da atividade parental. No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto e se estenderá por período igual ao da internação hospitalar do prematuro. Se a pessoa gestante desejar iniciar a licença antes do parto, a outra pessoa de referência poderá optar por iniciar a sua licença a partir do parto. O banco se comprometeu a analisar a pauta e afirmou reconhecer o benefício desta reivindicação.

Etarismo

A CNFBB também reivindicou políticas para combater o preconceito etário. Grande parte da discriminação contra pessoas mais velhas está relacionada a estereótipos, como dificuldades no aprendizado e com a tecnologia, além de problemas de integração ao ambiente.

“É fundamental ‘olhar para dentro’ e refletir sobre a questão etária, bem como a forma de atuar contra o preconceito no ambiente corporativo. Quando falamos em diversidade etária, estamos falando em representatividade, pois os clientes são de todas as faixas etárias. Como ter empatia pelos acima dos 50 anos se não há ninguém dentro da organização que se coloque no lugar deles, que pense como eles e que desenhe produtos e serviços para eles?”, salientou Ana Smolka, representante do Paraná na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Pessoas com deficiência

A Comissão reivindica a inclusão de políticas afirmativas para PCDs e neurodivergentes, além de ampliar a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental, para 3 e 2 horas dos funcionários de 8 e 6 horas, respectivamente. Devido à amplitude do tema, o movimento sindical avalia a necessidade de uma mesa específica para tratar de PCDs e neurodivergentes.

Considerando todos os cargos do Banco do Brasil, os PCDs representam 2,86%. Nos cargos de liderança, esse percentual é ainda menor: apenas 1,29%. Em 2024, o banco contratou 357 funcionários com deficiência: 107 com deficiência física, 65 visuais, 16 auditivos, 66 com deficiência mental (95% destes são TEA) e 3 com deficiências múltiplas. Desses, 34 já foram realocados: 19 com deficiência física, 2 visuais, 11 com deficiência mental e 2 com deficiências múltiplas.

Junto a esse grupo, o banco também iniciou dois grandes projetos para apoio e orientação aos gestores, acompanhamento dos funcionários e diálogo com a equipe que os recebe, além de prestar atendimento psicológico. Neste ponto, o movimento sindical levanta a possibilidade de acumular auxílio a filho com deficiência com auxílio creche.

“Reivindicamos que o auxílio a filho com deficiência seja cumulativo com o auxílio creche/babá, já que as mães atípicas estão entre os grupos com menor renda, por serem majoritariamente mães solo e terem maiores dificuldades no encarreiramento. Além disso, os gastos com terapias são altíssimos. Acumular esses valores é fundamental para garantir que os responsáveis possam oferecer todo o suporte necessário aos seus filhos nos primeiros anos de vida”, afirmou a secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini.

Avaliação positiva

“O tema da igualdade de oportunidades vem sendo tratado como prioridade pela atual gestão do BB e o debate da mesa foi bastante produtivo, inclusive mostrando em números o avanço no tema. Além disso, destacamos a importância da sinalização de avanço na licença parental, importante tema para combater a divisão sexual do trabalho de cuidados”, avaliou Fernanda Lopes.

A coordenadora da CNFBB destacou ainda que “o Banco do Brasil tem mostrado um comprometimento crescente com a diversidade e a igualdade de oportunidades, mas ainda há muito trabalho pela frente. Precisamos garantir que todas as ações e programas sejam realmente efetivos e reflitam uma mudança cultural dentro da instituição.”

A próxima reunião será no dia 26 de julho, em São Paulo, sobre saúde e condições de trabalho.

*com informações da Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de entrega da minuta de reivindicações dos bancários do Bradesco

Nesta sexta-feira, 19 de julho, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco entregou a minuta de reivindicações específica para a direção do banco.

O documento, que foi finalizado durante o Encontro Nacional dos Bancários do Bradesco, ocorrido em 6 de junho, aborda temas cruciais como a manutenção dos empregos, segurança das agências e contratação da remuneração total dos trabalhadores.

Claudinei Ramos, membro da COE Bradesco, representou a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES).

“Estamos preocupados com a quantidade demissões e fechamento de agências. Estamos esperançosos que nossas demandas sejam atendidas.”, comentou Claudinei.

A coordenadora da COE Bradesco, Erica de Oliveira, frisou que a entrega da minuta é um passo significativo para os bancários, mas as discussões com o banco sobre os temas contidos nela só terão início após a Campanha Nacional dos Bancários. “No ato da entrega, a COE fez absoluta questão de frisar a preocupação com o processo de fechamento de locais, que continua intenso. Eliminar tantos locais físicos assim é muito prejudicial aos bancários e ao público em geral. A marca começa a diminuir, e isso é perigoso para o próprio banco. Só no mês de julho, aproximadamente 80 agências estão encerrando as atividades. Isso precisa parar!”.

*com informações da Contraf-CUT

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Primeira mesa de negociação sobre saúde prioriza mais direitos aos PCDs e segurança nas agências bancárias

Na mesa de negociações sobre “Saúde e Condições de Trabalho“, realizada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), nesta quinta-feira, 18 de julho, a inclusão com garantia de ascensão às pessoas com deficiência (PCDs) no setor bancário, foi o tema que abriu a reunião.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve representada pelo Presidente, Nilton Esperança; pelo Vice-Presidente, Pedro Batista; e pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

“Em relação aos PCDs, temos que focar em nossas reivindicações. Não podemos aceitar os banqueiros somente alegando que estão cumprindo a cota. Temos que exigir que contratações contemplem todos os setores dos bancos e, principalmente, com critérios adequados para cada tipo de deficiência. Na questão da segurança, não abrimos mão das portas giratórias, dos seguranças e de todas as exigências da Polícia Federal e leis municipais. As bancárias e os bancários vêm sofrendo com agressões, até mesmo físicas de clientes e usuários, que na maioria das vezes cobram o que, na verdade, tem que ser cobrado dos banqueiros: a falta de funcionários e condições de trabalho, que fazem com que os clientes fiquem irritados por ficarem em filas intermináveis, provocanto irritação e descontentamento.”, comentou Nilton Esperança.

Para Pedro Batista, “os bancos devem olhar com mais atenção para estas pessoas. Que não sejam vistas como problemas. A diversidade é saudável para todas as empresas.”

Segundo levantamento do Dieese, considerando todos os cargos da categoria bancária, os PCDs representam apenas 4%. Nos cargos de liderança, esse percentual é ainda menor: apenas 2%.

Outra reivindicação da categoria apresentada na mesa é o abono de faltas aos trabalhadores com deficiência, considerando que, muitas vezes, precisam se ausentar do trabalho para ajustes técnicos de equipamentos e próteses ou realização de terapias específicas, conforme a condição da deficiência.

Neurodivergentes

Os trabalhadores também destacaram a questão dos neurodivergentes, pessoas com diferenças neurológicas variáveis e que podem ou não ser deficientes. “Sou uma pessoa neurodivergente, TDAH, que não é uma deficiência. O que observamos é que um funcionário neurodivergente, não pode ter medo de ser quem ele é. Tem que ter segurança e abertura para conversar com o gestor sobre as adaptações que necessita, sem medo de sofrer retaliação”, observou Bianca Garbelini, funcionária do Banco do Brasil, secretária da Juventude da Contraf-CUT e também mãe de uma adolescente PCD.

Ainda na questão da neurodivergência, foi ressaltado um cuidado especial às pessoas do espectro autista, que são consideradas com deficiência.

Além da inclusão de cláusulas sobre a contratação de trabalhadores com deficiência e redução da jornada para acompanhamento médico e educacional de pais com filhos PCDs, sem redução salarial, os trabalhadores reivindicam na Convenção Coletiva de Trabalho:

– Adequação do ambiente de trabalho segundo a natureza e grau de deficiência do empregado;
– A vedação de transferência de PCDs, salvo por pedido do trabalhador;
– A constituição de uma comissão bipartite (indicados pela Contraf e Fenaban) para deliberar sobre a contratação de trabalhadores com deficiência e sobre políticas de inclusão;
– Inclusão e capacitação de pessoas com deficiência;
– Financiamento de veículos para empregado com deficiência;
– Estacionamento exclusivo para empregados com deficiência;
– Abono de faltas aos trabalhadores com deficiência; e
– Aumento de auxílio para pais com filhos com deficiência.

Os representantes da Fenaban reconheceram que ainda há muita desinformação sobre o tema, em especial na questão dos neurodivergentes, e disseram que vão levar as demandas da categoria aos bancos, para construir respostas às reivindicações.

Devolutiva da mesa Igualdade de Oportunidades

A pedido dos trabalhadores, os representantes dos bancos trouxeram os números dos canais de apoio e acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, conquista da categoria na CCT.

De abril de 2020 a julho de 2024, foram atendidas 607 mulheres em 12 canais estabelecidos pelos bancos, que resultaram em 2.094 sessões. Desse total, foram realizadas 47 realocações de local de trabalho, a pedido das próprias bancárias. A realocação de trabalhadoras em situação de violência também é resultado de convenção coletiva.

Também, como fruto dos canais, ocorreram 3 concessões de crédito especial e 4 flexibilizações de jornada de trabalho às mulheres em situação de violência, a pedido das próprias funcionárias.

Segurança

Os trabalhadores apresentaram dados de uma consulta, encomendada ao Dieese, com bancários de unidades de negócios e postos de autoatendimentos, de todas as regiões do país. Ao serem perguntados se, nos últimos 24 meses, sofreram algum tipo de agressão, partindo de clientes ou usuários, 69% responderam que sim.

Quando perguntados qual foi a primeira pessoa que o funcionário procurou, no momento da agressão, a resposta da maioria (38,7%) foi o vigilante.

Além da segurança bancária no ambiente físico, os trabalhadores reivindicaram a segurança bancária no ambiente digital. “No processo de fechamento de bancos tradicionais e abertura de unidades de negócios, os bancos estão abrindo mão de portas de segurança e contratação de vigilantes. Mas isso não pode acontecer, porque a insegurança continua, mesmo que não tenha a transação de dinheiro físico, existe o dinheiro digital”, explicou o coordenador da Comissão Negociadora de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Jair Alves.

Os trabalhadores reforçaram que o tema dialoga diretamente com a saúde, uma vez que a elevada sensação de insegurança e medo tem impactos na saúde mental das bancárias e bancários.

Os representantes dos bancos justificaram que as portas giratórias causam “constrangimentos” aos que possuem alguma dificuldade de mobilidade. Também afirmaram que as mudanças estruturais do setor reduzem a necessidade de vigilantes e portas giratórias.

Calendário

Julho
25/07 – Saúde e condições de trabalho: combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de seminário sobre trabalhadores com deficiência

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está participando do “1º Seminário Coletivo Estadual de Trabalhadores com Deficiência”, promovido pela CUT-Rio, na sede da entidade, no Centro do Rio de Janeiro.

Elizabeth Paradela, Diretora de Formação Sindical da Fetraf RJ/ES e Diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, e também diretora da CUT/RJ, representa a Federação no evento e o ato de ‘criação do Coletivo’, que têm como objetivos propiciar a troca de experiências e informações, derrubar mitos e preconceitos e construir propostas para a inserção de PcD no mercado de trabalho e na VIDA.

Por isso, a CUT-Rio, através da Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, promove esse seminário com o ato de criação do Coletivo Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência.

“É necessária a inclusão e igualdade dos TCD’s, que as empresas cumpram as políticas das leis de cotas. E que elas, também, sejam fiscalizadas, para que sejam incluídas nas pautas de nossas Campanhas Salariais.”, comentou Elizabeth Paradela.

O evento é aberto para PcD, simpatizante ou para quem faz parte de movimentos sociais e sindical, e os debates giram em torno de algumas pautas, como:

♿ Como anda a promoção das condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa trabalhadora com deficiência no Estado do Rio de Janeiro?

♿ Acordos Coletivo de Trabalho e fiscalização? Capacitismo? Como as mudanças climáticas influenciam a vida das PcD?

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Fetraf RJ/ES inaugura moderno estúdio de comunicação

Na noite desta terça-feira, 9 de julho, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) inaugurou seu estúdio de comunicação.

O estúdio foi batizado de “Estúdio de Comunicação Paulo Roberto dos Santos Garcez”, em homenagem ao ex-Secretário Geral da entidade que, além de um profissional dedicado, era um fervoroso defensor de uma comunicação mais abrangente.

O espaço conta com modernos equipamentos e complementa os demais canais de comunicação da entidade, prometendo dar um salto de qualidade, investindo em tecnologia, e acompanhando os novos tempos, para a produção de conteúdos, como a criação de podcasts e fortalecimento do canal do YouTube.

Além disso, busca ampliar o diálogo e o alcance com a categoria bancária.

O evento contou com a presença de diretores e diretoras de todos os Sindicatos filiados à Fetraf RJ/ES – Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região -, além de convidados, amigos e familiares de Garcez.

“Vimos a necessidade da nossa entidade estar presente nos mais diversos meios de comunicação, como podcasts, pois grande parte da categoria utiliza estas plataformas. Além disso, o estúdio estará sempre disponível para nossos Sindicatos filiados.”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Para Wagner Figueiredo, Diretor Geral de Finanças e um dos idealizadores do estúdio, “a Fetraf RJ/ES decidiu apostar em tecnologias de comunicação e construir o seu próprio estúdio. Produzindo novos formatos de conteúdos que dialoguem com a categoria bancária”.

*confira mais fotos em nossas redes sociais

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Fetraf RJ/ES realiza Sistema Diretivo com foco na comunicação

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região, realizou seu segundo Sistema Diretivo no ano de 2024, nesta terça-feira, 9 de julho.

A reunião ocorreu de forma híbrida, com representantes de todos os Sindicatos dos Bancários filiados à entidade, presentes. Tanto presencialmente, no auditório da entidade, quanto virtualmente.

Foram debatidas pautas referentes as Negociações da Campanha Salarial 2024; Campanha de Sindicalização e Fortalecimento dos Sindicatos; e, também, realizada uma Palestra (“A Evolução da Comunicação”), pelo radialista e consultor de marketing e gestão, Josimar Salles.

Foi apresentado o projeto do estúdio de comunicação que a Fetraf RJ/ES montou, com foco na realização de podcasts.

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Começou a negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho da Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco nesta última terça-feira (2/7) e iniciou a negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco.

Para a representação dos empregados, a Caixa pode aumentar seus lucros e rentabilidade mantendo sua principal característica, que é atender a faixa mais carente da população.

Lizandre Souza Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, participou da reunião.

“Hoje vemos, em qualquer calçadão comercial, diversas instituições financeiras não bancárias oferecendo serviços, principalmente na linha de crédito. Muito disso se deve ao fato de a Caixa ter expulsado seus clientes das agências, que foram empurrados para as lotéricas e outros correspondentes bancários”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A Caixa precisa repensar suas estratégias, sem esquecer seu tamanho e importância para o país, nem deixar de lado sua característica principal, que é atender e oferecer serviços bancários e crédito para a população que mais precisa”, completou.

Função por minuto

A representação das empregadas e empregados cobrou que a Caixa designe funções apenas de forma efetiva ou por substituição, e não faça mais qualquer tipo de designação por minuto, seja para o cumprimento de tarefas de caixas, seja de tesoureiros.

“A designação por minuto tráz enormes prejuízos financeiros aos empregados, inclusive para fins de progressão na carreira. Faz também com que empregados que exercem a mesma tarefa tenham remunerações diferentes, levando esse prejuízo inclusive para a aposentadoria”, observou o representante a Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Fetrafi) de Santa Catarina, Edson Heemann. “Fazem a mesma coisa, têm a mesma responsabilidade, mas a remuneração é bem diferente. Ou seja, a Caixa não trata seus empregados com a devida justiça. E isso, claro, também irá gerar um passivo trabalhista enorme para o banco”, completou.

Equiparação salarial

A representação dos empregados solicitou que o banco equipare a remuneração de colegas que cumprem a mesma tarefa, mas que, devido a processos de reestruturação, passaram a ter remunerações diferentes.

“A Caixa está anunciando um novo processo de reestruturação. Os últimos processos geraram diversas discrepâncias, como diferenças salariais inadmissíveis para funções correlatas, o não pagamento de porte, e verdadeiros buracos de carreira em algumas áreas. Essas situações precisam ser resolvidas antes de se iniciar o novo processo ou a solução deve ser concomitante”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.

Na minuta de reivindicações entregue à Caixa, a representação sindical das empregadas e empregados também pede a criação de um grupo de trabalho, com duração prevista de seis meses, para fazer a revisão dos atuais Plano de Funções Gratificadas e Plano de Cargos e Salários, visando corrigir diversas distorções criadas após a implementação de mudanças promovidas unilateralmente pela empresa e também pelas próprias mudanças previstas com as novas estruturas que estão sendo criadas, como as agências digitais.

Ascensão na carreira

Dois artigos (64 e 65) da minuta de reivindicações das empregadas e empregados da Caixa tratam sobre a ascensão na carreira. Os empregados querem que seja estabelecido um Grupo de Trabalho paritário, entre trabalhadores e o banco, para tratar dos parâmetros dos processos seletivos internos, bem como da sua transparência.

Além disso, querem participar da formulação dos descritivos das funções, que constam nos normativos da Caixa e regem os processos seletivos internos.

“Sabemos que as contratações são realizadas por concurso, mas a ascensão na carreira não segue este critério. Precisamos de regras objetivas para os processos de seleção interna, que garantam a transparência e a equidade de gênero e de raça”, disse a representante da Fetrafi-NE, Chay Cândida.

“O descomissionamento faz com que pessoas perdam grande parte de seu rendimento sem nem saber o porquê. Precisamos de regras claras para o descomissionamento para que a Caixa deixe de ser uma ‘máquina de moer gente’”, disse. “Além disso, precisamos arrumar uma maneira de diminuir a diferença de rendimento entre quem tem função gratificada e quem não tem, para que, em caso de perda de função, não haja essa queda tão grande no rendimento”, completou.

Contratações

A diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, apresentou dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos balanços do banco, que mostram que, do final de 2014, quando o banco possuía 101.484 empregados, até o encerramento do primeiro trimestre de 2024, quando o quadro de pessoal chegou aos 86.794 empregados, houve uma queda 14.690 postos de trabalho, redução de 14,5%. Neste mesmo período, o número total de contas bancárias na Caixa rumou em sentido inverso. Saltou de 84,9 milhões para 233,3 milhões, crescimento de quase 175%.

Eliana trouxe também dados sobre os afastamentos para tratamento de saúde por questões relacionadas diretamente ao trabalho (B91), que aumentaram de 401 afastamentos em 2014, para 524 afastamentos em 2022, segundo o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Na comparação com os demais trabalhadores a incidência de afastamentos das empregadas e empregados da Caixa chega a quase o dobro. No mercado de trabalho em geral a incidência de afastamentos é de 3,1/1000 trabalhadores. Na Caixa, a incidência é de 6/1000.

“E é triste ver esses números que mostram a Caixa sendo reduzida. Pois o trabalho social que ela realiza em todo o país é gigantesco. Quando a gente roda pelo Brasil apresentando números que mostram a importância da Caixa, todo mundo fica alucinado! Vereadores, prefeitos e até deputados e governadores se espantam quando veem a importância que a Caixa tem para a economia e para o desenvolvimento social de seus estados e municípios”, observou Eliana Brasil. “Por isso, defendemos que quanto maior o número de agências e empregados, melhor para o país. E a Caixa tem condições de manter tudo isso se continuar a trabalhar com uma estratégia voltada para seu foco principal, que é o atendimento da população brasileira”, completou.

Programas de avaliações de desempenho

Os empregados reivindicaram que a Caixa negocie as regras e a aplicação dos programas de avaliações de desempenho com a mesa de negociação permanente.

“Queremos que a Caixa implemente, a partir da discussão com os empregados, um modelo de avaliação por múltiplas fontes, que inclua a autoavaliação, avaliação pelos pares, pelos subordinados e pela chefia imediata. O empregado precisa ser avaliado e também precisa avaliar sua chefia imediata. Inclusive na questão da promoção por mérito”, disse o representante da Federação das Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-PR), João Paulo Pierozan.

O representante da Fetrafi-RS, Lucas Cunha lembrou das críticas feitas pelo movimento sindical ao programa de avaliação de desempenho da Caixa. “Tínhamos muitas críticas ao GDP (programa de Gestão de Desempenho de Pessoas), que foi extinto e substituído pelo Minha Trajetória, que surgiu como promessa de que acabaria com todos os problemas de avaliação de desempenho e assédio moral, mas o que a gente percebe é foi basicamente uma mudança de nome”, avaliou. “Permanece repetindo os mesmos problemas que o GDP tinha. É um programa usado por todos os bancos, um programa de avaliação usado pelo mercado, mas que não permite avaliar a diversidade dos empregados da Caixa. O banco precisa ouvir os empregados para que o programa seja elaborado pelos empregados e para os empregados”, concluiu.

Calendário de negociações

A Caixa apresentou uma proposta de calendário para as negociações de renovação do ACT das empregadas e empregados. As reuniões serão realizadas no dia seguinte ao das reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária. Segue abaixo o cronograma.

Os temas serão definidos ainda nesta semana.

Próximas mesas de negociação com a Caixa

12 de julho
19 de julho
26 de julho
7 de agosto
14 de agosto
21 de agosto
28 de agosto

Fonte: Contraf-CUT

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Sindicatos da Fetraf RJ/ES realizam atos contra demissões e fechamento de agências no Bradesco

Nesta sexta-feira, 28 de junho, todos os Sindicatos dos Bancários filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) – Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região -, fizeram atos em suas regiões, para protestar contra o fechamento de agências e demissões que vem sendo realizadas pelo banco Bradesco.

Foram diversos os tipos de manifestações: através de carro de som, panfletagem, visitas às agências bancárias, conversas com a categoria bancária e população, entre outras.

Apesar dos lucros exorbitantes dos bancos, entre 2012 e 2022,  a categoria bancária sofreu redução de 79,5 mil postos de trabalho (- 16%). O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que aponta também que, no acumulado dos doze meses, encerrados em abril de 2024, os bancos fecharam 3.325 postos de trabalho.

“Quero parabenizar os Sindicatos da base da Federação pelo empenho e por sempre atenderem nossa convocação, demonstrando não só a força de nossa entidade, como mostrando para a população e a categoria bancária, os malefícios de uma agência bancária fechada, além de aumentar o índice de desemprego em nosso país. Juntos somos fortes.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Além dos protestos em agências do Bradesco, os dirigentes sindicais também debateram sobre a Campanha Salarial de 2024 que se inciou, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Inclusive, falando da primeira reunião de negociação, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que tratou sobre “Emprego”. O Movimento Sindical também cobrou a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.

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Garantia de emprego e ultratividade do acordo são cobrados na 1ª reunião de negociação

Nesta quarta-feira, 26 de junho, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a primeira reunião de negociação, que tratou sobre “Emprego”.

Antes de entrar no tema, os trabalhadores cobraram a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na mesa.

Além de Nilton, o Presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, Paulo Alves, e o Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindibancários-ES, e representante da Intersindical, Carlos Pereira (Carlão), participaram da reunião.

Nilton Esperança comentou sobre a reunião.

“Denunciamos a terceirização, que vem trocando bancários por terceirizados. Essa política de cortes para lucrar mais, com demissões e fechamento de postos de trabalho, mesmo com lucros exorbitantes, julgamos que não há necessidade e nem motivos. Quanto a questão da ultratividade, os bancos alegam não haver necessidade de assinatura do pré acordo, mas queremos que os bancos assinem, mas eles insistem em ficar somente “na palavra”. Solicitamos que isso seja discutido e debatido, que os bancos revejam essa posição e voltem com uma resposta positiva. Além disso, pedimos a volta das homologações nos Sindicatos, assim como a qualificação e a requalificação. Também pedimos aumento de indenização adicional, para que isso possa coibir demissões.”

E completou. “Acertamos os detalhes das próximas mesas. Os banqueiros ficaram de se reunir e dar respostas para os temas.”

“É preciso um destaque para o que o Banco Santander vem fazendo: exagerando na terceirização e utilizando práticas antisindicais”, finalizou.

Números

Ao entrar no tema central da mesa, os trabalhadores apontaram que o setor bancário está na contramão de todos os demais setores do ramo financeiro, enxugando vagas e fechando agências.

Segundo dados da RAIS (base de dados estatísticos, organizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência), entre 2012 e 2022, a categoria bancária saiu de 513 mil pessoas para 433 mil, redução de 16% (79,5 mil). No mesmo período, as demais categorias do ramo financeiro aumentaram em 72% os postos de trabalho, passando de 323 mil para 555 mil.

Enquanto isso, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam mais de 3 mil agências, a maioria nas áreas com elevada necessidade social, ou seja, fora dos grandes centros, deixando as pequenas cidades desassistidas do serviço bancário.

O Comando Nacional também revelou aos banqueiros que a Consulta Nacional deste ano apontou que para 68% dos trabalhadores dos bancos privados a principal preocupação é com a garantia do emprego.

A Fenaban alegou que as vagas de emprego dependem de crescimento econômico. O Comando, então, propôs a assinatura de uma carta conjunta para cobrarem juntos, do Banco Central, a redução da taxa básica de juros, a Selic, que está em um percentual que faz com que o Brasil tenha um dos maiores juros reais do mundo, comprometendo o desenvolvimento do setor produtivo e a criação de empregos. “Ao invés de colaborar com o crescimento do país, o BC está contribuindo com os que vivem de especulação financeira”, reforçou Juvandia.

Terceirização

Com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Comando apontou também que, em 2023, os bancos aumentaram em 22% a contratação de profissionais de TI, porém, no mesmo ano, houve o aumento de 89% de profissionais terceirizados nesta mesma área.

Os representantes dos trabalhadores destacaram o caso do Santander, que vem substituindo bancários por contratados PJ, com salários de R$ 1.500, além de uma remuneração variável. Esses mesmos funcionários têm acesso ao sistema do banco e atendem aos clientes, sendo que, em alguns lugares, há relatos de que chegam a realizar cinco visitas ao dia.

Outras pautas da mesa

– Os trabalhadores cobraram ainda o retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, para garantia de direitos dos desligados;
– Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica;
– Indenização adicional em caso de demissão.

Manifestações nas redes sociais

Durante a reunião, bancários e bancárias de todo o país foram mobilizadas para uma manifestação nas redes sociais, com o uso da hashtag #JuntosPorEmprego. As atividades em rede resultaram em mais de 136 mil reações e alcançou o 1º lugar nos tópicos mais comentados da rede X (ex-Twitter), no Brasil, nesta quarta-feira.

Calendário das próximas reuniões

Junho

2/06 – Cláusulas sociais
11/06 – Igualdade de oportunidades

Julho

18 e 26/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto

6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/07 – Em definição
27/07 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT