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Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense visita agências de Guapimirim

Nesta terça-feira, 26 de setembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), percorreu agências bancárias de Guapimirim para falar da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, que ocorre em todo território nacional.

Os diretores e diretoras do Sindicato foram na Caixa Econômica Federal, no Banco Itaú, na agência e no posto de atendimento do Banco Bradesco, este último localizado na Câmara Municipal da localidade.

A campanha alerta para o adoecimento psíquico na categoria bancária, muitos deles causados pelos mecanismos de cobrança de resultados através de metas abusivas nos bancos.

A categoria bancária é uma das que mais sofre com transtornos mentais e afastamento no ambiente de trabalho.

Além disso, mostra a necessidade de se fortalecer o enfrentamento destas políticas praticadas pelos bancos, tanto pelas metas abusivas, quanto pela pressão por resultados, pelo assédio moral. É necessário erradicar estas práticas.

Foi exibida uma faixa da campanha e distribuídos informativos para os trabalhadores bancários, clientes e usuários dos bancos, que apoiaram a manifestação do Sindicato.

Fonte: SEEB Baixada Fluminense (RJ)

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Movimento Sindical debate emprego, remuneração, agências e segurança bancária com o Itaú

Também na última quarta-feira, 20 de setembro, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco para discutir uma série de tópicos críticos que afetam os trabalhadores e o futuro da instituição financeira.

O representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE do Itaú, José Renato Riscado, participou da reunião, que ocorreu em São Paulo.

A COE aproveitou a oportunidade para realizar um verdadeiro “raio-x” do banco, com o objetivo de compreender a estrutura organizacional e as informações detalhadas sobre cargos e postos de trabalho em todo o Brasil. Para isso, pediu todas as informações sobre os funcionários, por raça, gênero e o total de funcionários PCD na empresa.

Um dos pontos de destaque na pauta da reunião foi a segurança no Itaú. Foi acordado que haverá uma mesa específica na COE dedicada a discutir esse tema, com a intenção de abordar preocupações e implementar medidas para melhorar a segurança nas agências bancárias. Um dos primeiros encontros será numa visita a Central, para conhecer toda a operação.

Outro tópico é o projeto de Agências de Negócios, que está sendo intensificado nas regiões de São Paulo, Campinas e Goiânia. A COE buscou esclarecimentos sobre a possível expansão desse projeto para outras regiões do país.

A questão da terceirização também foi debatida, com um foco maior em São Paulo. A COE buscou informações sobre os serviços terceirizados, as empresas envolvidas e as condições de trabalho dos funcionários terceirizados, incluindo salários e benefícios.

REDECARD

Além disso, a COE discutiu a representação dos sindicatos e da Contraf-CUT nas empresas do grupo Itaú, como na Redecard. “Esse ponto é fundamental para garantir que os interesses dos trabalhadores sejam devidamente representados”, salientou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú.

A possibilidade de demissões nos próximos meses também foi abordada durante a reunião, e a comissão buscou esclarecimentos sobre qualquer movimentação nesse sentido. A representação do banco afirmou que os desligamentos ocorrem por motivos como problemas de comportamento, desempenho, aposentadorias, entre outros. Também enfatizou que o banco mantém uma força de trabalho constante, com cerca de 90 mil empregados, e está investindo em admissões e promoções.

GERA

Houve ainda discussões sobre a contratação do programa GERA em regiões da Bahia e Pernambuco, incluindo denúncias de trabalhadores e levantamento dos sindicatos. Foram discutidas ainda as diferenças entre o programa GERA e o que foi chamado de GERINHA, que envolve desafios semanais e cobranças no celular. O banco está acompanhando de perto essa iniciativa e a vê como uma maneira de incentivar e motivar os funcionários.

José Renato Riscado, ressaltou que “esse programa (Gerinha) tem ampliado o número de afastamentos, ultrapassando 70% por problemas psíquicos.”

“Apesar de o banco ver como uma maneira de incentivar os trabalhadores, esta não é a realidade. Os trabalhadores estão sendo cobrados de uma maneira absurda com exposição e premiação com chocolates”, afirmou Jair Alves. O banco ficou de conversar com a diretoria e rever estas práticas.

Também foi debatida a cláusula 87, que trata de metas e alterações durante o exercício, bem como a orientação aos gestores. Os representantes dos trabalhadores cobraram avanços.

Outros pontos debatidos incluíram a cultura de valores do banco, o Mapa da Diversidade, que busca aumentar a representatividade de mulheres em cargos de liderança, e a questão das agências que foram fechadas.

“A COE espera que o diálogo com a direção do Itaú continue de forma construtiva, abordando questões cruciais para os trabalhadores e para o futuro da instituição financeira”, finalizou Jair Alves.

*com informações da Contraf-CUT

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Emprego bancário continua em queda

O setor bancário perdeu 634 postos de trabalho em julho, segundo Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). É o décimo mês consecutivo com redução do número de postos de trabalho. O último mês com aumento de postos foi em setembro de 2022. Desde então, nos dez meses seguintes, houve uma redução de 6.273 postos de trabalho na categoria bancária.

O saldo de postos de trabalho é a diferença entre o número de admissões e de demissões.

“Identificamos que houve redução de postos de trabalho tantos nas pequenas agências bancárias quanto nas matrizes, onde há alocação de grande número de trabalhadores”, disse a economista Vivian Machado, do Dieese, uma das responsáveis pela pesquisa.

Menos bancos, mais desemprego

Os dados de 2023 mostram que, de janeiro a julho, 61,09% dos postos de trabalho reduzidos (3.494) foram em estabelecimentos com até 50 empregados e 22% (1.258) nas unidades com mais de 1.000 trabalhadores.

“Além de fecharem postos de trabalho em todos os tipos de unidades, também constatamos que os bancos reduzem o emprego em todo o país. Por isso, iniciamos a campanha #BancoParaTodos, contra as demissões e o fechamento de agências bancárias e pela garantia da obrigação da oferta de serviços bancários para toda a população”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale.

Dados do Banco Central mostram que 42% dos municípios brasileiros não possuem nenhuma agência bancária. “Isso tem prejudicado os clientes, que são obrigados a percorrer longas distâncias quando precisam de atendimento presencial. E, durante a pandemia, vimos que muita gente precisa ser atendida presencialmente, seja pela falta se acesso, ou pela necessidade de auxílio no uso da tecnologia, seja por preferir o atendimento humanizado”, ressaltou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT.

Redução da categoria

Além da redução absoluta dos postos de trabalho, o setor bancário vem perdendo espaço no ramo financeiro. Ao contrário do que vem acontecendo com os bancários, nas demais categorias do ramo foram criadas novas vagas. Mesmo com redução dos bancários, no ramo financeiro como um todo foram abertos 1.866 postos de trabalho em julho. Nos últimos 12 meses, foram criados 15,8 mil postos de trabalho, uma média de 1,3 mil postos/mês.

Dentre as atividades do ramo financeiro que apresentaram maior saldo positivo em julho, destacam-se o crédito cooperativo (+1.038 postos); as atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias (+575 postos) e planos de saúde (+250 postos).

Leia a íntegra da Pesquisa do Emprego Bancário.

Fonte: Contraf-CUT

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Entenda a PLR da Caixa

Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal ficaram decepcionados com o limite utilizado pelo banco para calcular os valores a serem pagos referentes ao adiantamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária e no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da Caixa específico da PLR.

“No primeiro momento, surgiram diversos questionamentos sobre os valores. Quando explicávamos que o banco aplicou um limite colocado pela Sest (Secretaria de Coordenação das Estatais) para a distribuição da primeira parcela, inclusive para evitar a necessidade de devolução de valores em caso de, no segundo semestre, o banco obter lucro menor do que o previsto, os questionamentos se transformavam em decepção e indignação”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

O argumento da Caixa está baseado no Parágrafo Terceiro da Cláusula 12 do ACT da PLR, que define que a Caixa pague até 15% do Lucro Líquido a título de PLR. Com base neste trecho do ACT, a Caixa alega que o adiantamento da PLR distribuiu R$ 716 milhões, sendo que os 15% do lucro do primeiro semestre (R$ 4,5 bi) daria R$ 677 milhões.

“Independentemente da possibilidade, ou não, da limitação de 15% do lucro poder ser considerada na antecipação da PLR, o fato é que a Caixa conseguiu, mais uma vez, transformar um momento que deveria ser de valorização dos empregados em um momento de decepção e desânimo”, disse Fabiana. “Por isso, repito o que venho falando a cada reunião com a Caixa e que reafirmei na terça-feira (19), momentos antes de o banco divulgar os valores que seriam pagos aos trabalhadores no dia seguinte: nossas reuniões de negociação devem ser efetivamente de negociação. É ruim quando o banco vem à mesa apenas para anunciar decisões já tomadas”, disse a coordenadora da CEE.

Fabiana ressalta, no entanto, que “foi um avanço o banco ter anunciado o método de cálculo utilizado momentos antes de mandar o comunicado aos empregados. Pudemos explicar o ocorrido. Mas tínhamos pedido a reunião para falar sobre a PLR fazia muito tempo. O banco marcou a reunião para o último momento para apenas anunciar o que havia feito, já sem tempo para promover mudanças”, completou.

PLR da Caixa

O cálculo da PLR da Caixa é formado pela Regra Básica da Fenaban (composta por 90% do salário, mais uma parcela fixa de R$ 3.194,80, limitada ao teto de R$ 17.138,56), somada à parcela adicional Fenaban (de 2,2% do lucro líquido distribuída linearmente entre os empregados) e pela regra da Caixa (PLR Social), que distribui linearmente mais 4% do lucro líquido. Caso os valores distribuídos referente aos 4% do lucro líquido não alcancem o valor correspondente a uma Remuneração Base (RB), é previsto o pagamento de uma parcela complementar, para garantir o pagamento mínimo de uma RB a cada empregado.

O ACT prevê que o valor total anual distribuído de PLR é limitado à 15% do lucro líquido que a Caixa terá no ano de 2023.

A título de adiantamento, em setembro, deve ser pago até 50% do valor referente à Regra Básica da Fenaban (ou seja, 45% do salário + uma parcela fixa de R$ 1.597,40, limitada a um teto de R$ 8.569,28), somada à parcela adicional de 2,2% e à PLR Social de 4% do lucro líquido semestral, distribuídos linearmente entre os empregados.

A Caixa, porém, optou por uma “postura conservadora” em não pagar o valor correspondente aos 45% do salário no adiantamento, reduzindo este percentual a 26%, assim como ocorreu em 2021, além de não pagar o valor referente à parcela de garantia de metade de uma Remuneração Base (RB).

Fonte: Contraf-CUT

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Aposentados do Santander terão redução na mensalidade do plano de saúde

Os aposentados do Santander terão redução na mensalidade do plano de saúde depois do resultado da ação civil pública de mais de nove anos do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) contra o Santander, para a manutenção dos critérios de cobrança do plano de saúde da época da contratação.

No processo, foi solicitada a suspensão da alteração realizada em 2014 na forma de custeio do plano de saúde prestado pelas operadoras Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed / Unimed Seguradora e Cabesp (para os funcionários oriundos do Banespa, admitidos até 20/11/2000); o restabelecimento das condições contratadas até então; e requerido o pagamento para os substituídos processualmente dos valores cobrados a maior em decorrência da alteração ilegal no custeio do plano.

Na época, todos os funcionários do Santander – da ativa, licenciados ou aposentados – pagavam o plano de saúde pelo custo médio. Após a mudança unilateral de critérios, os aposentados que mantiveram o mesmo plano de saúde passaram a pagar por faixa etária. Isso gerou um custo maior, e é sobre esta diferença que os aposentados deverão ser ressarcidos.

“Esta é uma vitória da luta coletiva. Independentemente de quem será contemplado dentro da decisão judicial, todos saem beneficiados, pois a nossa união enquanto categoria se fortalece diante das arbitrariedades cometidas pelos bancos. Foram nove anos de processo, no qual fomos até a última instância para garantir os direitos dos colegas”, destacou o secretário executivo do SindBancários, Luiz Cassemiro.

Os advogados Daiane Mattos e Ricardo Pretto, sócios do escritório AVM Advogados Associados, explicaram que todos os empregados do Santander serão beneficiados em alguma medida pela decisão, mas que os associados ao sindicato na época do ajuizamento, em 2014, que se aposentaram, já estão representados pelo sindicato, pois fazem parte da lista apresentada no processo.

A assessoria jurídica do sindicato destaca que o objetivo nesse primeiro momento da atual fase do processo é conseguir que o banco e as operadoras dos planos de saúde cumpram a determinação de reestabelecer os critérios contratados anteriores à alteração unilateral, que foi declarada ilegal, e, após a diminuição das mensalidades, serão apurados no processo os cálculos dos valores pagos a maior que deverão ser ressarcidos aos aposentados.

A advogada Daiane esclareceu que o próprio banco deve entrar em contato com a operadora do plano de saúde para fazer o ajuste. “Algumas pessoas já notaram a redução do valor da mensalidade e outras vão ter essa redução nos próximos meses”, afirmou.

Para Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, “a decisão é muito importante pois abre precedência para os demais sindicatos do país pleitearem a redução no valor das mensalidades”.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários cobram do BB entrega da revisão da tabela PIP

Já se passou um ano desde que o Banco do Brasil (BB) apresentou, em mesa de negociação, proposta de melhorias no critério da Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usado na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) que permite aos trabalhadores do BB, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria. Entretanto, até o momento, o banco não tirou da gaveta a nova tabela, para que a medida seja implementada.

“A mudança de cálculo da PIP significa uma melhora substancial no benefício dos aposentados do plano Previ Futuro. Isso significa, portanto que, cada mês sem a entrega da revisão da PIP é um mês em que os associados estão sendo prejudicados”, pontuou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “O movimento sindical está cobrando uma mesa com o banco para debater o tema e uma data efetiva para a implementação do novo modelo de cálculo”, completou.

Entenda

•             A revisão da tabela PIP é uma antiga reivindicação dos trabalhadores, que impacta na contribuição adicional, conhecida como 2B, que pode variar de 1% a 10% do salário de participação dos associados do Previ Futuro, com o BB contribuindo com o mesmo percentual que o participante.
•             A 2B aumenta à medida que o funcionário evolui em sua carreira.
•             Desde que o plano Previ Futuro foi criado, em 1998, não houve alteração da metodologia de cálculo da PIP, mesmo após várias alterações nos planos de cargos e salários.
•             Isso explica por que, até o momento, apenas executivos com altos salários têm conseguido obter 10% na parte 2B.
•             O que o movimento sindical bancário propõe com a proposta de revisão é mudar isso, para que mais associados da Previ tenham oportunidade de realizar contribuições adicionais superiores e, desta forma, aumentar suas chances de engordar a aposentadoria no futuro.

Fonte: Contraf-CUT

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Trabalhadores voltam a protestar contra juros altos em todo o Brasil

Na próxima quarta-feira (20), data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve anunciar mudanças nas altas taxas de juros da economia brasileira (Selic), trabalhadores voltam às ruas para pedir juros baixos.

A economista da subseção do Dieese, na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vivian Machado, ressalta que a expectativa do mercado é de mais uma queda de 0,5%. Com isso, a Selic passaria dos atuais 13,25% para 12,75%.

“Lembrando que essa será a segunda queda consecutiva da taxa Selic depois de o Banco Central ter praticado, durante três anos, um aumento do índice que alcançou seu ponto máximo, em mais de 20 anos, em agosto do ano passado (13,75%) e se manteve assim durante um ano. Isso fez com que o país passasse a ter o maior nível do mundo de juro real (que é o resultado da Selic menos a inflação), afetando negativamente a economia e a geração de emprego”, completou.

Pressão dos trabalhadores

A Contraf-CUT faz parte das entidades que estão articulando manifestações nas redes sociais e nas ruas, no próximo encontro do Copom. “No primeiro semestre do ano, iniciamos a campanha #JurosBaixosJá, chamando a atenção da sociedade, com vídeos e cards educativos, sobre o impacto dessa política de juros extorsivos praticada pelo Banco Central e que impedem a geração de emprego e que o trabalhador tenha recursos para comprar sua casa própria, seu carro”, destacou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

“Por que uma Selic menor é tão importante para a economia brasileira e principalmente para os trabalhadores? Porque estimula o investimento produtivo e a geração de emprego e renda. Os juros definidos pelo Banco Central são repassados para os clientes de todo o sistema financeiro. Então, com a Selic alta, fica mais alto o custo do crédito para as pessoas e para as empresas, significa pagar mais caro pela casa própria, pelo carro. Logo, o inverso também acontece: a Selic mais baixa dinamiza a economia e melhora a vida da população e do setor produtivo, com mais recurso para gastar e investir”, explicou Juvandia.

Selic razoável

O economista Ladislau Dowbor, professor da PUC São Paulo, calcula que uma taxa básica de juros razoável para o país seria de 6% a 5% (menos da metade da atual), o que daria em termos de juros reais 1,5% de lucro, como é praticada em países da Europa e pelos Estados Unidos. “Os rentistas, que são uma minoria, ganham aqui no Brasil 8,5% de juros sem fazer nada, sem produzir nada. É um escândalo”, alertou.

Já o economista Marcelo Manzano, professor da Unicamp, avalia que um patamar razoável para o juro real no país seria entre 3% e 5%. “Os países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne 38 países de economias mais avançadas] trabalham com juros mais baixos, mas infelizmente temos uma moeda menos valorizada, e isso obriga o país a trabalhar com um juro maior. Se baixar demais pode ocorrer a fuga de capital financeiro, pois seria mais confortável para os investidores manterem o dinheiro no exterior. Ainda assim, a atual taxa praticada pelo BC é desproporcional”, explicou em entrevista ao site da CUT.

Entenda

  • O Copom, entidade do BC, se reúne por dois dias, a cada 45 dias, para definir a taxa básica de juros do país, chamada Selic. O próximo encontro será nos dias 19 e 20 de setembro.
  • A Selic mais alta aumenta o custo de vida do trabalhador, os empréstimos para pessoa física e empresas e também a dívida do Estado, pois impacta nos juros dos títulos públicos.
  • Os principais beneficiados com a Selic elevada são, portanto, os detentores dos títulos da dívida pública, que atualmente são as instituições financeiras.
  • Diante do quadro, movimentos sociais, incluindo o movimento sindical, realizam desde o início do ano manifestações e campanhas com o hashtag #JurosBaixosJá.
  • Em três anos, desde que Roberto Campos Neto assumiu a presidência do BC, a Selic passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para 13,75% em agosto de 2022 – nível mantido até agosto deste ano quando, finalmente, o Copom reduziu em 0,50% o índice.
  • A expectativa do mercado, na próxima reunião, é de um novo corte de 0,50% e que, continuando a tendência de corte, a Selic alcance 11,75% no final do ano.
  • Economistas de tendência desenvolvimentista, entretanto, avaliam que uma taxa básica de juros razoável deveria, pelo menos, estar no patamar de um dígito.

Manifestações

Os atos do dia 20 estão sendo convocados, na maioria dos locais, a partir das 10h (de Brasília), com concentração em frente dos prédios do Banco Central, nas cidades onde a entidade possui sede. Nas cidades onde o Banco Central não tem sede, os sindicatos devem chamar a concentração para locais de grande circulação.

Já as ações de rede sociais serão concentradas das 11h às 12h, com a hashtag #JurosBaixosJá, e sempre marcando o Banco Central (@BancoCentralBR) nas postagens.

Confira os endereços para manifestações em frente às sedes do Banco Central:

– Brasília (DF): Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3 Bloco B – Ed. Sede. Brasília;
– Belém (PA): Boulevard Castilhos França, 708 – Campina;
– Belo Horizonte (MG): Av. Álvares Cabral, 1.605 – Santo Agostinho;
– Curitiba (PR): Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico;
– Fortaleza (CE): Av. Heráclito Graça, 273 – Centro;
– Porto Alegre (RS): Rua 7 de Setembro, 586 – Centro;
– Rio de Janeiro (RJ): Av. Presidente Vargas, 730 – Centro;
– Salvador (BA): 1ª Avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB);
– São Paulo (SP): Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista.

Em Recife (PE) as manifestações ocorrerão à partir das 6h20, na Estação Central de Metrô do Recife.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco paga PLR dia 22 de setembro e 13ª cesta no dia 10 de outubro

O Bradesco informou na manhã desta segunda-feira (18) que realizará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 22 de setembro, próxima sexta-feira. A 13ª cesta alimentação também será antecipada, com pagamento agendado para 10 de outubro.

A coordenadora Comissão de Organização dos Empregados (COE), Magaly Fagundes, explica que o banco atendeu uma reivindicação do movimento sindical, que pediu a antecipação dos pagamentos. “A PLR é uma conquista muito importante da organização e luta da nossa categoria, assim como a 13ª cesta alimentação, outra importante conquista, assegurada no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos bancários”.

Dinheiro no bolso

De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria (CCT), o valor da antecipação da PLR é composto por uma parcela correspondente à “Regra Básica” e uma “Parcela Adicional”. Pela “Regra Básica”, será pago o valor correspondente a 54% do salário-base mais verbas fixas de natureza salarial, vigentes no dia 1º de setembro de 2022, além do valor fixo, tudo corrigido pelo INPC de setembro de 2022 a agosto de 2023, mais aumento real de 0,5%. O valor tem um teto, que também será corrigido segundo o mesmo índice.

Pela “Parcela Adicional”, o valor será determinado pela divisão em partes iguais entre os funcionários elegíveis, de acordo com as regras da CCT, do equivalente a 2,2% do lucro líquido do banco apurado no 1º semestre de 2023. Na parcela adicional também existe um limite que deve ser corrigido.

Fonte: Contraf-CUT

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BB: mesa sobre Performa e Planos de Cargos e Salários segue sem avanços

Em mesa de negociação sobre o programa Performa e o Plano de Cargos e Salários (PCS), realizada na quarta-feira (13), os membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) criticaram a morosidade do banco em apresentar respostas às questões que foram aprovadas pelos trabalhadores e entregues ao banco, na minuta de reivindicações.

O Performa foi criado pelo BB em 2020, com a promessa de que a reestruturação não impactaria no desenvolvimento da carreira de mérito, portanto na diminuição das verbas salariais dos funcionários. Entretanto, não foi isso o que aconteceu. E, desde aquele ano, o movimento sindical vem denunciando os impactos negativos do programa.

Na reunião dessa quarta, o banco também não apresentou nenhuma resposta em relação ao PCS. “A única manifestação que o banco fez na mesa foi um pedido para que nós compartilhássemos estudos e reivindicações nossas sobre a questão”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa avaliação de tudo isso é muito negativa, porque estamos a praticamente três meses do final do ano com poucos avanços”, completou.

Temos trabalhadores que estão adoecendo por conta da sobrecarga, como é o caso dos gerentes de serviços, que estão com acúmulo de funções. A solução não pode mais ser adiada”, destacou ainda Fernanda Lopes.

Em resposta às manifestações dos trabalhadores na mesa, o banco admitiu que não tinha “algo concreto para apresentar”, tanto em relação ao Performa, quanto em relação ao PCS, e ainda que não há “perspectiva de trazer uma proposta de planos e salários até o final do ano”.

Os membros da CEBB rebateram, reforçando a exigência pela revogação do Performa, o fim da Verba Temporária Vinculada a Função (VTVF ou, como ficou conhecida entre os trabalhadores, a verba come-come). Além disso, o movimento sindical cobrou a volta das funções de gerente básico e avançado e concordou em auxiliar o banco com subsídios às discussões do PCS, contanto que a CEBB participe do grupo de trabalho que está estudando a questão no banco e, ainda, que esse grupo tenha resolutividade e que sejam apresentados os prazos definidos.

“Infelizmente tivemos uma reunião mais tensa, porque o banco não está tratando a mesa de negociação como um espaço em que tem que chegar com avanços. Em julho nós já havíamos discutido a questão do Performa, problema já reconhecido publicamente pelo banco, mas estamos no final do ano e seguimos sem proposta concreta para solução dessa situação que tanto prejudica os trabalhadores”, pontuou a coordenadora da CEBB.

Entenda

•           Prevista inicialmente para o dia 11 de setembro, a mesa de negociação temática sobre PCS e Performa ocorreu nessa quarta-feira, 13 de setembro.
•           O banco não apresentou propostas e nem avanços concretos sobre o Performa e o PCS e admitiu que não há perspectiva de trazê-las nos próximos meses.
•           Sobre o Performa, os trabalhadores reivindicam a revogação do programa que, criado no início de 2017, impactou negativamente na carreira de mérito, portanto ocasionou a diminuição de verbas salariais de funcionários.
•           Em relação ao PCS, que estabelece os critérios de remuneração, os bancários exigem participação ativa no grupo de trabalho do banco que estuda o plano de carreiras e, ainda, que o grupo tenha resolutividade e que sejam apresentados os prazos definidos.
•           Os trabalhadores pontuaram que a mesa de negociação seja um espaço para avanços concretos em relação à minuta de reivindicações da categoria, entregue ao banco ainda no ano passado.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa: Empregados cobram PLR Social correta

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) mandou, nesta quinta-feira (14), um novo ofício à Caixa Econômica Federal ratificando o pedido para que o banco reconheça o trabalho social realizado pelos trabalhadores. No ofício a Contraf-CUT também pede que o pagamento seja adiantado para o dia 15/09. O banco havia anunciado o pagamento para o dia 20.

“Os empregados se esforçam e cumprem todas as tarefas para atender as demandas sociais da Caixa e, mesmo sobrecarregados e tendo que superar os inúmeros problemas de sistemas, fizeram com que o banco obtivesse lucro no primeiro semestre. É justo que sejam reconhecidos no pagamento da PLR Social por todo trabalho social que realizam”, defendeu a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “A Caixa é um banco público. É a principal responsável pela execução das políticas sociais do Governo Federal. Pode não trazer lucro para o banco, mas é o trabalho da Caixa. Os trabalhadores precisam ser reconhecidos por isso”, completou.

No ofício enviado nesta quinta-feira, a Contraf-CUT ratifica o pedido do ofício anterior, enviado no dia 22 de agosto. O texto diz que “A Contraf-CUT vem substanciar o pedido feito para que a PLR Caixa – Social seja vinculada a desempenho exclusivamente de indicadores sociais e paga em sua integralidade.”

A Contraf-CUT também pede mesa de negociação para esclarecimentos e disponibilização da memória de cálculo da PLR e a discriminação dos valores que serão pagos, que permita a aferição do cumprimento da cláusula 12ª, parágrafo sexto, do Acordo Coletivo de Trabalho, que estabelece o percentual de adiantamento de até 50% do valor devido a cada empregado, considerando o lucro do 1º Semestre de 2023.

Fonte: Contraf-CUT