Movimentos sociais farão marcha de protesto na abertura da Rio+20


Da Redação


Uma marcha de protesto será realizada nas ruas do Rio no dia 20 de junho deste ano, quando será aberta oficialmente a Conferência das  Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Existe uma proposta inicial de a gente ir até o Forte de Copacabana encontrar os empresários”, diz o ambientalista Carlos Henrique Painel, membro do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 e coordenador do Fórum Brasileiro de Organizações Não Governamentais e Movimentos Sociais (Fboms).

A marcha integra o Dia de Ação Global, que inclui várias atividades a serem empreendidas no mundo inteiro por organizações da sociedade civil que não poderão estar presentes à Cúpula dos Povos – evento paralelo à Rio+20, que ocorrerá no período de 15 a 23 de junho, no Aterro do Flamengo. “Haverá atividades nos Estados Unidos, na América Latina, na Europa, e a gente espera que na África também. É um Dia de Ação Global”, reforçou Carlos Painel.

Serão convidados para participar da marcha de protesto representantes de movimentos internacionais, como a Primavera Árabe; os Indignados, da Espanha; o Occupy, dos Estados Unidos; o dos estudantes, do Chile.  “Todos eles vão estar aqui”, afirma.

Painel informou que, a exemplo do que ocorreu na reunião anual da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) – em Durban, na África do Sul, em 2011 – será promovida uma visita guiada aos participantes da Cúpula dos Povos, denominada toxic tour (passeio tóxico).

“Em vez de levar ao Corcovado, a gente quer levá-los a empreendimentos que não correspondem a uma nova ordem, em uma economia de baixo carbono”, explicou o ambientalista. Ele citou, entre esses empreendimentos, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). As visitas, entretanto, ainda não foram agendadas.

O representante da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20, Marcelo Durão, lembrou que o primeiro dia de mobilização global da sociedade civil, em 20 de junho, será um contraponto à conferência oficial da ONU.  “Haverá indignações, vozes”, disse Durão. Ele mostrou-se contrário, entretanto, à divulgação das empresas que serão visitadas no toxic tour, porque isso  “cria tensão e expectativa na outra ponta”.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Portal Sul21

Mulheres farão marcha por uma vida sustentável

Os movimentos de mulheres do mundo todo que se fizeram representar na Cúpula dos Povos farão uma grande marcha no próximo dia 18, a partir das 10h, pelo centro do Rio de Janeiro. A concentração será em frente ao MAM – Museu de Arte Moderna, no Parque do Flamengo. A marcha passará pela Av. Presidente Antônio Carlos e seguirá até o Largo da Carioca, onde haverá ato político-cultural.

A CUT está participando da Cúpula dos Povos com um estande no Parque do Flamengo e está dando destaque ao evento, que é paralelo à Rio+20. A Cúpula é a união de movimentos sociais e organizações não governamentais do mundo todo e seu grande objetivo é fazer o contraponto ao que está sendo discutido na Conferência da ONU. Para os movimentos sociais, a Rio+20 será um grande esforço governamental e empresarial para deixar tudo exatamente como está, mas com uma roupagem nova, aparentemente mais verde. Bem menos do que buscam os povos de todo o planeta.

Mas as mulheres querem dar um toque lilás ao verde que os movimentos estão buscando. “Nós, mulheres, queremos uma vida sustentável. Chega de exploração, dominação e desigualdade. É por isso que precisamos marchar para mostrar à sociedade que é preciso pensar novas formas de produção e de consumo que garantam efetivamente o desenvolvimento e a qualidade de vida de todas e todos”, destaca Virginia Berriel, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RJ.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Funcionários do HSBC param por melhores condições de trabalho e avanço nas negociações

Os funcionários do HSBC de todo o país fizeram um Dia de Luta na última quinta-feira, 14, para protestar contra diversos problemas que vêm ocorrendo no banco, como demissões, péssimas condições de trabalho, assédio moral e metas abusivas, agravamento das doenças ocupacionais e perseguição aos lesionados, previdência complementar para poucos, cobrança de metas individualizadas para área de serviços, entre outros. A atividade foi definida pela COE depois da última negociação com o banco, realizada em 04 de junho, em razão da falta de avanços concretos.


Na base da Federação houve paralisação de 24 horas em Angra dos Reis (dois municípios da base), Baixada Fluminense (Centro de Nova Iguaçu), Campos, Espírito Santo (inclusive departamento), Niterói (Cabo Frio e São Pedro da Aldeia) e Rio de Janeiro. Fizeram paralisação parcial os sindicatos do Espírito Santo (até meio-dia) e Petrópolis (até 13h). Foram utilizados nas manifestações o jornal Análise e uma carta aberta à população, preparados pela COE. 


A situação nas unidades do HSBC é dramática. A ocorrência de doenças ocupacionais é tão alta que está provocando escassez de pessoal. Além das LER/DORT, os transtornos mentais já estão ganhando destaque entre os motivos de afastamento dos bancários. Estes problemas são fruto de uma política de metas abusivas e de cobrança de produtividade, que geram sobrecarga de trabalho e muito estresse. Como se fosse pouco, o banco ainda está demitindo bancários sem substituir os dispensados por novos empregados, eliminando postos de trabalho. E a política de inclusão de pessoas com deficiência também vem gerando problemas. “O banco exige alta produtividade até mesmo dos portadores de deficiência. E, como se não bastasse, estes funcionários são alocados na retaguarda das agências e nos departamentos, para que não tenham contato direto com os clientes”, denuncia Rubens Branquinho, representante da Federação na COE-HSBC.


A atividade teve boa receptividade tanto dos trabalhadores quanto dos clientes, que se mostraram solidários aos bancários. Para os dirigentes sindicais, isso é prova clara do quanto é dramática a situação nos locais de trabalho. “O clima dentro das agências é de descontentamento e, portanto, propicio ao aumento da mobilização e participação em novos protestos. Esperamos que as negociações avancem, ou será necessário fazer novas paralisações”, adianta Rubens.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

SANTANDER: Bancários obtêm avanços na negociação sobre aditivo e PPRS

Os bancários obtiveram avanços na negociação com o Santander para a renovação do acordo aditivo à convenção coletiva dos bancários e do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS). Na terceira rodada ocorrida nesta sexta-feira (15), com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em São Paulo, o banco espanhol melhorou a proposta com novas conquistas para os trabalhadores.

A assinatura do acordo aditivo vem em boa hora, para tranquilizar os funcionários do banco, apreensivos diante de notícias recentes. “Em razão da atual situação do banco, com as especulações sobre a venda, consideramos uma grande vitoria termos conquistado um acordo de dois anos. Mesmo que o banco seja vendido, estas cláusulas estão garantidas”, informa Paulo Garcez, diretor da Federação.

Avanços

Na primeira reunião, o banco propôs somente a manutenção do aditivo e do PPRS nos moldes atuais com vigência de dois anos. Após pressão dos dirigentes sindicais, o banco avançou na segunda rodada e concordou em incluir uma cláusula de igualdade de oportunidades e ampliar o número de bolsas de estudo para primeira graduação, que passariam de 2.300 para 2.500. Mas os representantes dos trabalhadores cobraram mais avanços.

Nesta terceira rodada, a proposta do Santander evoluiu. O banco propôs a concessão de vale-refeição e cesta-alimentação quando o funcionário utiliza a licença não remunerada de 30 dias para fins de acompanhamento de hospitalizado ou doença grave de parentes de primeiro grau e por afinidade.

O Santander também propôs aumentar o valor do PPRS. No último acordo, o banco pagou R$ 1.500. A nova proposta estabelece R$ 1.600 para este ano, e R$ 1.600 mais o reajuste salarial a ser conquistado junto à Fenaban para o ano que vem. O banco ficou de analisar a reivindicação das entidades sindicais de efetuar o pagamento em duas parcelas: uma com a primeira parte da PLR e a outra com a segunda parte da PLR, em cada ano.

A cláusula que trata do grupo de trabalho do SantanderPrevi será mantida. As entidades sindicais propuseram um novo prazo de até 60 dias após a assinatura do acordo para concluir os estudos visando a alteração do processo eleitoral. O objetivo é construir regras democráticas, a exemplo do Banesprev. Nova reunião já ficou agendada para ocorrer na última semana de junho.

Com o aditivo e o PPRS, são também assinados os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp, que preveem a manutenção das duas entidades além dos prazos fixados no edital de privatização do Banespa.

Venda responsável de produtos

Além desses importantes avanços sociais e econômicos, o Santander aceitou a reivindicação de assinar uma declaração conjunta com as entidades sindicais pela venda responsável de produtos e serviços financeiros, nos moldes do documento firmado no ano passado no Comitê de Empresa Europeu, em Madri, a partir da campanha mundial da UNI Sindicato Global.

O protocolo foi denominado de “Declaración conjunta del Comité de Empresa Europeu y la Dirección Central de Grupo Santander sobre el marco de relaciones laborales para la prestación de servicios financeiros”. Foi assinado pela UGT e Comisiones Obreras (as duas principais centrais sindicais da Espanha), pela UNI Finanças (o sindicato global dos trabalhadores do setor financeiro) e pelo diretor de Relações Laborais do Santander na Espanha, Juan Gorostidi Pulgar. O instrumento é válido em todos os países europeus onde o banco atua.

Clique aqui para ler a íntegra da declaração conjunta (em espanhol).

A proposta, já enviada em abril pela Contraf-CUT ao banco, foi reiterada na quarta-feira (13) ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, durante reunião sobre a situação do banco, com a participação do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e a presidenta e a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira e Rita Berlofa, respectivamente.

“O objetivo é acabar com pressões que muitos bancários sofrem no banco para vender produtos que muitas vezes os clientes não precisam. Trata-se de um compromisso do banco para oferecer aos clientes um atendimento ético e respeitoso, esclarecendo sobre os serviços, as taxas de juros e as tarifas cobradas de forma clara e transparente”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

O texto em português será definido nos próximos dias. A proposta das entidades sindicais é promover um evento para a assinatura do documento, que é inédito no Brasil.

A reivindiação já havia sido apresentada pela Contraf-CUT para a Fenaban, na Campanha Nacional dos Bancários de 2011, mas não avançou. “Esperamos que os demais bancos também assinem documentos pela venda responsável de produtos, pois esse compromisso é bom para bancários, clientes e instituições financeiras. Todos saem ganhando e é saudável para um sistema financeiro cidadão”, defende o dirigente sindical.

Avaliação da Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, avaliou a nova proposta, considerando que ela é positiva e amplia as conquistas dos trabalhadores do Santander, único banco privado que possui um aditivo à convenção coletiva dos bancários.

Além de agregar novos avanços no aditivo e aumentar os valores do acordo de PPRS, o Santander se comprometeu a assinar uma declaração conjunta com as entidades sindicais pela venda responsável de produtos, o que é muito importante e certamente terá reflexos em todo sistema financeiro, fortalecendo essa demanda que é de todos os bancários.

A proposta é ainda fruto de um intenso processo de negociação, no meio do cenário de crise financeira da Espanha e da zona do euro, cujos desdobramentos ainda são imprevisíveis.

Por isso, a orientação é de aceitação da proposta nas assembleias dos sindicatos.

As reivindicações não atendidas pelo banco, como a garantia de emprego, continuarão na pauta específica e serão discutidas nos fóruns de negociação permanente e nos grupos de trabalho com o banco. Além disso, as entidades sindicais já estão organizando a Campanha Nacional dos Bancários de 2012, a fim de arrancar novas conquistas para a categoria.

Calendário

dia 18: divulgação pela Contraf-CUT das orientações jurídicas aos sindicatos


até dia 25: período de discussão da proposta e realização das assembleias


dia 26: prazo final aos sindicatos para envio de procurações para a Contraf-CUT


dia 28: data indicativa para assinatura do aditivo e PPRS

Fonte: Contraf-CUT com FEEB-RJ/ES

Federação participa de ato por taxação das transações financeiras

Numa parceria entre a Federação, a ContrafCUT, o Seeb-Rio e as internacionais ISP e CSI, será realizado no próximo dia 19 no centro do Rio um ato público para reivindicar a criação do Imposto sobre Transações Financeiras, que incidiria, entre outras, sobre as operações de investimentos no mercado de capitais. A manifestação acontece no próximo dia 19, a partir das 13h, no prédio da Caixa-Barroso, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante Barroso, no centro do Rio. O ato faz parte da atuação da CUT e da ContrafCUT nos eventos paralelos à Rio+20.


A atividade está sendo convocada pela ISP, a federação Internacional de Serviços Públicos, que reúne sindicatos de trabalhadores do serviço público de países de todo o mundo. Mas, como o assunto interessa diretamente aos bancários e trabalhadores do ramo financeiro, a ContrafCUT, a Federação e o Seeb Rio estão participando ativamente. A CUT nacional e a CUT-RJ também devem mobilizar sindicalistas de outras categorias, já que o assunto é do interesse geral da sociedade e, principalmente, da classe trabalhadora.


Ao contrario da extinta CPMF, que incidia sobre toda e qualquer operação financeira realizada no Brasil, o Imposto de Transações Financeiras traria segurança para a população. Uma proposta para a criação da taxa já foi aprovada pelo Parlamento Europeu por ampla maioria e tem sido defendido por líderes de vários países da Europa como a forma de driblar a crise financeira que assola o continente. Uma das formas de utilização do dinheiro arrecadado seria a formação de um fundo de resgate para garantir a economia em tempos de crise.


No caso do Brasil, o ITF poderia evitar “quebradeiras” no sistema financeiro, já que o governo federal está proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal de socorrer com dinheiro do Tesouro as instituições financeiras. Vale lembrar que, de 1995 a 2001, o PROER – Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional destinou mais de R$ 30 bilhões de dinheiro público – em valores da época – ao saneamento dos bancos Nacional, Econômico, Bamerindus, Mercantil, Banorte, Pontual e Crefisul.


A vantagem de se instituir uma taxação sobre as operações do mercado de capitais, além de reduzir a especulação – para não pagar imposto “na ida e na volta” – é evitar que a população seja penalizada. A crise internacional foi provocada pela especulação desenfreada e desregulada dos magnatas do sistema financeiro, mas os trabalhadores dos países mais afetados acabaram pagando a conta. A fórmula encontrada pelos governos de diversas nações europeias foi reduzir os benefícios e programas de seguridade social, inclusive modificando as regras de aposentadoria. Por conta dos cortes, trabalhadores da Grécia, Portugal e Espanha – países mais periféricos da União Europeia – fizeram greves, manifestações e ocupações em protesto contra a socialização dos prejuízos.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

A imprensa alternativa na Rio+20

A Conferência da ONU sobre meio ambiente vai atrair as atenções de jornalistas e meios de comunicação de todo o mundo. Já a Cúpula dos Povos certamente terá uma cobertura bem mais modesta e, como sempre, repleta de assuntos que “vendem jornal” e “dão audiência”. Com a diferença nas atenções e abordagens das duas coberturas, a tendência é que as atividades da Cúpula não sejam noticiadas da maneira adequada.

Segundo Frei Betto, a soma dos jornalistas espalhados por organizações não governamentais e sindicatos é maior que o número de profissionais contratados pela Rede Globo. Então, nada melhor do que mobilizar parte desta força de trabalho para fazer a cobertura da Cúpula dos Povos. A CUT nacional vai fazer uma parceria com o coletivo de imprensa dos sindicatos da CUT-RJ e diversas entidades do Rio de Janeiro para cobrir o evento. A atuação do coletivo de imprensa popular começa no dia 11 de junho, com a cobertura da II Assembléia Sindical sobre Meio Ambiente e Trabalho.

A cobertura será completa, com rádio, TV, jornais e revistas impressas, além de toda a gama de veículos digitais, como blogs e redes sociais. Os sindicatos cutistas do Rio de Janeiro podem colaborar cedendo profissionais como jornalistas, fotógrafos, diagramadores, cinegrafistas, editores de vídeo, etc. Também serão necessários computadores com acesso à Internet, câmeras fotográficas e de vídeo. Os sindicatos que dispuserem de frota de veículos, poderão ceder um carro, preferencialmente com motorista, para o deslocamento das equipes.

Os eventos começam já na próxima semana e há muito trabalho a fazer. As equipes já estão se preparando para cobertura, para mostrar ao mundo as propostas de desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

Conferência e Cúpula

A Rio+20 é uma conferência organizada pela ONU para dar continuidade aos debates e acordos da Rio92. Duas décadas atrás a expressão desenvolvimento sustentável foi consolidada como o conceito que nortearia a relação entre o capitalismo e o meio ambiente. Passados vinte anos, o engodo ficou claro, com companhias usando o conceito de “empresa verde” como estratégia de marketing, mas explorando e degradando o meio ambiente cada vez mais.

O planeta sentiu os golpes e já estamos experimentando mudanças climáticas e tragédias naturais nunca antes vistas. A Cúpula dos Povos é um evento paralelo à Rio+20 e tem por objetivo fazer o contraponto. Na Barra da Tijuca, governos e empresas vão discutir novos acordos para manter tudo como está. No Centro da Cidade, a sociedade civil organizada vai construir propostas alternativas e mostrar soluções que já estão em prática. Temas como produção agropecuária ecologicamente responsável e trabalho decente farão contraponto à monocultura florestal e aos empregos falsamente verdes.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Oito bancários fazem parte da nova direção da CUT-RJ

Darby Igayara continua na presidência. Iracini da Veiga, da Federação, fica com Meio Ambiente



A diretoria que ficará à frente da CUT-RJ até 2015 foi eleita por aclamação durante o 14º CECUT, realizado no Rio de Janeiro entre 1º e 03 de junho. Os bancários marcam presença, com três cargos na executiva: o presidente Darby Igayara (Bradesco – Rio de Janeiro) e o secretário de Relações do Trabalho, Marcelo Azevedo (BB – Rio de Janeiro) foram reeleitos. Iracini da Veiga, funcionária do Bradesco e diretora da Federação da base de Campos, assume a Secretaria de Meio Ambiente.


 


Além destes, temos cinco representantes da categoria no Pleno: as bancárias Marlene Miranda, funcionária do BMB do Rio de Janeiro, e Renata Soeiro, empregada do HSBC da base da Baixada Fluminense, mais Marcelo Rodrigues e Sérgio Amorim, ambos da Caixa do Rio de Janeiro. No conselho fiscal, mais uma bancária, Ieda Maria da Silva Pereira, trabalhadora do Itaú/Unibanco na capital.


 


A plenária aprovou uma série de moções de apoio e de repúdio em temas como a privatização dos aeroportos, a resistência de Cuba ao bloqueio comercial imposto pelos EUA, a comissão de anistia, a saúde pública e a valorização do trabalho nos portos. Ficou definido também que todas propostas de emendas ao texto-base que será usado para os debates do ConCUT serão apresentadas no evento nacional.


 


O 14º CECUT-RJ recebeu o nome de Jorge Nunes, fotógrafo sindical e militante da CUT e do PT falecido em 2011. Logo na abertura, a viúva e os filhos de Jorge receberam uma placa de homenagem, entregue pelo presidente da central, Darby Igayara. A abertura política do Congresso se deu com a uma análise de conjuntura feita por José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. No segundo dia, o fotógrafo Nando Neves e o diretor da Cia. de Emergência Teatral, Marco Hamellin, foram homenageados pelas mais de duas décadas de atuação no movimento sindical. Houve ainda debates sobre mobilidade urbana, conjuntura regional, participação na Rio+20, entre outros temas.


 


Desafios


 


A bancária Iracini da Veiga participou de um CECUT pela primeira vez e saiu com boas impressões. “Foi um congresso muito rico em temas e discussões. O que eu ouvia dos delegados que retornavam dos eventos anteriores era que os congressos eram “sempre a mesma coisa”. Mas eu achei muito rico, não sei se é por estarmos diante de questões muito sérias. Achei o nível das discussões elevado”, avalia a sindicalista.


 


Alem da boa impressão, Iracini sai do congresso com um cargo na Executiva, o de secretária de Meio Ambiente. A responsabilidade assusta, mas a bancária já está começando a pensar em como vai realizar a tarefa. “Os bancários do estado já estão convidados a colaborar com a construção da política de meio ambiente da CUT-RJ. Precisamos definir, juntos, o caminho que vamos seguir. A minha maior preocupação é construir uma política que aponte soluções. E fazer isso coletivamente é, na minha visão, a melhor maneira”, adianta a bancária.


 


Paridade


 


O Congresso foi marcado por muitos debates. Uma proposta polêmica aprovada durante o evento foi a “Paridade Já”, que definiria a proporção de 50 % de mulheres nas direções da CUT nacional e estaduais. Na maioria dos CECUTs pelo país, foi aprovada a paridade para 2015, sob o argumento de que seria necessário um período de adaptação para que as mulheres sindicalistas se organizassem para assumir a metade dos cargos nas direções da central. O principal argumento é a dificuldade que as mulheres que são dirigentes sindicais enfrentam para conciliar sua militância com as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos.
 
Iracini da Veiga, que é diretora para Questões da Mulher na Federação, foi favorável à paridade já nesta gestão. “As dificuldades existem, mas elas sempre existiram e ainda vão existir por algum tempo. Por isso discutimos as relações compartilhadas e a Convenção 156 da OIT, que trata da divisão entre homens e mulheres da responsabilidade pelo cuidado dos familiares. Estas são brigas de longa data. Mas temos que avançar, o movimento sindical tem que estar na vanguarda, sempre”, defende Iracini. A dirigente ressalta, ainda, que tem visto esta questão avançar entre os mais jovens. “Vejo isso pelos meus filhos, as tarefas são mais compartilhadas. Se começarmos a adotar a paridade, certamente as próximas gerações chegarão ao nível que desejamos de igualdade de oportunidades”, acredita.


 


Nova diretoria da CUT-RJ



Executiva
Presidência: Darby Igayara (bancário) (Rio de Janeiro – Bradesco)
Vice Presidência: Neuza Luzia (servidora da UFRJ)
Secretaria Geral: Aurélio de Medeiros (químico)
Secretaria de Finanças: José Garcia Lima (trabalhador de tecnologia da informação)
Secretaria de Organização e Política Sindical: Indalécio Wanderley (metalúrgico)
Secretaria de Formação: Maria do Céu (professora)
Secretaria de Comunicação: Edison Munhoz (petroleiro)
Secretaria da Mulher Trabalhadora: Virgínia Berriel (trabalhadora em telecomunicações)
Secretaria do Meio Ambiente: Iracini da Veiga (bancária) (Campos (Federação) – Bradesco)
Secretaria de Relações de Trabalho: Marcello Azevedo (bancário) (Rio de Janeiro – BB)
Secretaria de Saúde: Vitor Carvalho (petroleiro)
Secretaria de Combate ao Racismo: Antonio Barbosa (trabalhador do setor elétrico)
Secretaria de Políticas Sociais: Geraldo Nunes (servidor público federal)
Secretaria de Juventude: Thiara Nascimento (trabalhadora da alimentação)
 
 
Plena
Alessandra (trabalhadora da alimentação)
André Marinho (professor)
Drummond (portuário)
Jadir Baptista (metalúrgico)
Juarez Antunes (operário da construção civil)
Luis Carlos de Lima (petroleiro)
Luis Claudio (metalúrgico)
Luisa Dantas (trabalhadora da saúde)
Luiz Antonio da Silva (Buka) (estivador)
Marcelo Rodrigues (bancário) (Rio de Janeiro – Caixa)
Marlene Miranda (bancária) (Rio de Janeiro – BMB)
Oswaldo (professor)
Raimundo Nonato (metalúrgico)
Renata Soeiro (bancária) (Baixada Fluminense – HSBC)
Rodrigo (servidor da UFRJ)
Sandra (servidora pública municipal)
Sergio Abade (petroleiro)
Sergio Amorim (bancário) (Rio de Janeiro – Caixa)
Tulio (professor)
Uedson Barreto(China) (rodoviário)
Vera Lucia (servidora pública federal)
Yeda Glauce Silva Paiva (trabalhadora em telecomunicações)
 
Conselho Fiscal
Francisco Izidoro (trabalhador em telecomunicações)
Ieda Maria da Silva Pereira (bancária) (Rio de Janeiro – Itaú/Unibanco)
Jacozinho (trabalhador de saneamento público)
José Francisco (servidor público federal)
Marilio Paixão (trabalhador de saneamento público)
Nildes (portuária)

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Fotógrafo e diretor teatral são homenageados no 14º CECUT-RJ

Um já fotografou o outro em milhares de ocasiões. Os dois têm mais de duas décadas de bons serviços prestados aos sindicatos do estado.

Marco Aurélio Hammelin, ator e diretor da Cia. de Emergência Teatral, desenvolve um trabalho teatral importante que já foi premiado com um Mambembe. Nando Neves fotografou as Caravanas da Cidadania, quilombolas capixabas e as lutas do movimento sindical e social fluminense.


 


Entre figurinos e câmeras, os dois derem valiosa contribuição para o crescimento da democracia e da cidadania em nosso estado. Com muita justiça, foram homenageados pelos participantes, 14º CONCUT-RJ. As placas de homenagens foram entregues pelo presidente da CUT-RJ, Darby Igayara.


 


 


Foto: Marcelo Rodrigues

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Encontro dos bancários da Caixa do RJ será dia 09

A Federação realiza o Encontro Estadual dos Bancários da Caixa do RJ no próximo dia 09, sábado, a partir das 09:30, em seu auditório (Av. Graça Aranha, 19 / 901 – Centro). Será a oportunidade do funcionalismo discutir os problemas da Caixa no Rio de Janeiro e elaborar as propostas que serão enviadas ao Conecef. A atividade serve também para eleger os delegados que vão representar os economiários fluminenses no evento nacional.

Confira a programação:

9:30 às 12h – Credenciamento


10h – Abertura e aprovação do Regimento Interno


10:15 – Painel: Funcef (Reg/Replan e novo plano)
Com Fabiana Matheus, Conselheira Deliberativa


11:15 – Painel: Saúde Caixa – SIPON
Com Plínio Pavão, Diretor da Contraf/CUT


12:15 – Eleição dos/as delegados/as ativos/as e aposentados/as


13:15 – Painel: Negociação Permanente
Com Luiz Ricardo Maggi e Maria Lúcia Ferraz M. Nunes, representantes da Feeb RJ/ES na CEE/Caixa


13:45 – Encaminhamento de propostas


14h – Encerramento

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

ASSISTA À TRANSMISSÃO AO VIVO DA ABERTURA DO 14º CECUT-RJ

 


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Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES