Quinteto Villa-Lobos visita o interior

Quinteto Villa-Lobos excursiona pelo interior Fundado há 45 anos atrás, o Quinteto Villa-Lobos foi criado com o objetivo de levar a música dos teatros a todos aqueles que por algum motivo não tivessem condições de acessá-la. Nesses anos o renomado conjunto de música clássica e brasileira, não conseguiu atravessar o limite geográfico das cidades do Rio e de Niterói. A oportunidade surgiu quando conseguiram através de uma parceria com uma operadora de celular montar uma agenda de apresentações em 17 cidades do estado do Rio. O programa que contêm pérolas da música de câmara e clássicos da música brasileira vai de Jacques Ibert (Três peças breves), Lorenzo Fernandez (Suíte para quinteto de sopros), Ernesto Nazareth (Odeon), Pixinguinha (Lamento), sem esquecer de K-Ximbinho, Chiquinha Gonzaga e Villa-Lobos. Os próximos concertos serão em: São Gonçalo – SESC – 26/03 Rio das Ostras – Teatro Popular – 27/03 Campos – Teatro Trianon – 28/03 Macaé – Teatro Municipal – 30/03 Nova Friburgo – Casa de Cultura – 02/04 Três Rios – Teatro Celso Peçanha – 03/04 Petrópolis – Teatro Municipal – 04/04 Volta Redonda – Cine 9 de Abril – 09/04 Barra Mansa – Salão Jaime Dantas – Centro Universitário – 10/04 Vassouras – Igreja N.S. da Conceição – 11/04 Angra dos Reis – Teatro Municipal – 17/04 Paraty – Igreja de Santa Rita – 18/04


APRESENTAÇÃO NA GROTA DO SURUCUCU EM NITERÓI:


                                                                                           

Fonte:

Política e Religião

Política e religião se fundam em duas vertentes distintas: uma, na razão, a outra, na fé. A primeira tem o potencial de sociabilidade universal, dado que não discrimina em termos de fé, embora a própria noção de razão – que o ocidentalismo expressa de forma clara – pode ser discriminatória em relação a outras formas de civilização e de cultura, como as dos povos originários na América, por exemplo. Mas pelo menos ela busca fundamentar-se em raciocínios lógicos, mesmo quando pretende identificar-se com a “civilização” e relegar as outras etnias à categoria de “barbárie”.

 

Pode-se argumentar politicamente, de forma racional, a favor ou contra, com argumentos científicos ou que pretendem sê-lo. Nesse debate está implícita a idéia de que não se apela a dogmas, que ninguém detêm a priori verdades reveladas, que ninguém pertence a algum povo escolhido, com destino privilegiado.

 

Em um Estado republicano, todo mundo deve ter o direito de ter uma religião ou de ser humanista – isto é, de colocar o homem e não algum deus, no centro do mundo. Trata-se de uma escolha da esfera privada, que não dá privilégio ou inferioridade a ninguém pelas escolhas que faça.

 

Os Estados religiosos não são democráticos, ao identificar-se com uma religião em particular, em detrimento das outras, classificando os cidadãos nos de primeira classe – da religião oficial – e de segunda, as das outras ou dos humanistas. Nas versões muçulmanas ou judias, por exemplo, ao promover o ensino de uma determinada religião e ao privilegiar os direitos públicos dos seus adeptos, os Estados não são democráticos.

 

A exacerbação da intromissão da religião na política nas relações de cidadania, tem produzido aberrações. Nos EUA o governo Bush promove, no ensino público – que deveria, por definição, ser laico – a teoria da criação do mundo por Deus em detrimento da teoria evolucionista, além de se opor à pesquisa com células-tronco. Em muitas partes do mundo – inclusive agora no Brasil – religiões se opõem ao aborto – como se opuseram, no passado, ao divórcio -, fazendo inclusive campanhas públicas pela não-legalização do aborto, nem sequer em situações limite de gravidez produzida por estupro e de riscos graves à saúde da mãe. No caso das células-tronco, se usa feto de menos de 2 semanas, que não seriam utilizados para reprodução, mas ainda assim igrejas se opõem, supostamente defendendo a vida, quando na verdade estão condenando à morte e, antes disso, a uma vida vegetativa, a centenas de milhares de pessoas com doenças como o Alzheimer ou outras de caráter degenerativo.

 

Qualquer religião tem todo o direito de recomendar a seus fiéis que não recorram ao aborto ou que não se prestem a que seus fetos sejam utilizados para pesquisas de células-tronco. Mas não podem impor seus pontos de vista como obrigatórios ao conjunto da sociedade, composta por pessoas de distintos credos religiosos e por humanistas, sem religião. É um assunto de fé, que deve ser tratado na esfera privada. Nenhuma mulher é obrigada a fazer aborto, mas o que uma sociedade democrática, pluralista, um Estado republicano tem que garantir, é a livre escolha das mulheres para decidir a respeito do seu corpo e da sua reprodução. As escolhas religiosas pertencem à esfera privada, devem ser garantidas e manter-se nesse plano, uma conquista laica e republicana do mundo moderno, contra as concepções dogmáticas e obscurantistas.

Fonte: Por Emir Sader

Mulher é assaltada ao sair do Unibanco

Rio – Maria Lucia Armani, de 54 anos, foi baleada na mão depois de ser assaltada na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul,  no início da tarde desta segunda-feira. Os ladrões levaram R$ 18 mil da vítima, que tinha acabado de sair da agência do Unibanco. Ele está internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá.

Fonte: O Dia

Guerra de repatriações entre Brasil e Espanha ‘é desastrosa’, diz ‘El País’

Uma reportagem do jornal espanhol El País afirma nesta segunda-feira que o Brasil e a Espanha tentam evitar que se acentue uma “desastrosa guerra de repatriações” travada desde algumas semanas pelos dois países.


O artigo relembra alguns dos principais episódios em que cidadãos brasileiros e espanhóis foram barrados em aeroportos dos dois lados do Atlântico, como resultado de um rigor incomum e dirigido na concessão de vistos para estrangeiros.


“O passaporte espanhol se transformou em um documento incômodo no Brasil. Entre 6 e 12 de março, 24 turistas espanhóis foram rejeitados nos controles de imigração de Salvador, Rio e Fortaleza”, escreve a repórter do principal diário espanhol.


“O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não esconde que estas medidas constituem uma ‘reciprocidade’ em relação à Espanha, que impediu a entrada de cerca de mil brasileiros no primeiro trimestre deste ano.”


Para o País, os episódios são uma “picuinha absurda que ameaça trincar as relações entre Brasil e Espanha” – motivados, talvez em parte, pela “necessidade (espanhola) de reprimir a imigração ilegal com mais rigor no momento em que a crise econômica se aproxima”.


Do lado brasileiro, diz o artigo, pesou a grande repercussão dada pela mídia nacional às repatriações de turistas de negócio e estudantes que chegavam à Espanha para participar de eventos acadêmicos.


Apesar disso, um diplomata ressaltou que os dois países ainda mantêm uma “excelente relação”, segundo o jornal.


Autoridades espanholas ouvidas na reportagem argumentam que os repatriados são bem tratados e têm seus direitos respeitados no aeroporto de Barajas, na capital espanhola. Mas duas brasileiras barradas voltaram assustadas depois de passar por uma experiência que o jornal descreve como “um pesadelo para qualquer pessoa normal”.

O presidente da federação espanhola de agências de viagens declarou ao País que a “guerra” das repatriações é “uma verdadeira pena”, porque as máfias de tráfico de pessoas, que atraem imigrantes ilegais para dentro da União Européia, “sempre cuidam para que eles cumpram todos os requisitos” para entrada no bloco.

Fonte: Site BBC Brasil.com

Mercantil do Brasil será obrigado a apresentar lista de bancários demitidos ao Ministério do Trabalho


Foi realizada no dia 19 de março, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de Belo Horizonte, mesa redonda entre o Sindicato e o Mercantil do Brasil motivada pela denúncia acerca da dispensa discriminatória de trabalhadores lesionados, do fechamento de agências no interior do estado e da dispensa coletiva de trabalhadores por parte do banco. O Ministério do Trabalho e Emprego determinou que banco apresente em 20 dias o levantamento completo das demissões ocorridas na base territorial do Sindicato.


Na reunião, que durou mais de uma hora, o Sindicato exigiu o fim de todas as demissões imotivadas que angustiam os trabalhadores e também a reversão das demissões de funcionários com histórico de doença comum ou doença/acidente de trabalho, que tenham recebido auxílio-doença acidentário nos últimos cinco anos.


Após respostas evasivas sobre as reivindicações do Sindicato e sem justificativas plausíveis sobre a política de demissões de trabalhadores doentes, o Mercantil do Brasil será obrigado pelo MTE a apresentar, no prazo máximo de 20 dias, levantamento estatístico e nominal de todos os bancários dispensados na base territorial do Sindicato, no período de 1º de outubro de 2007 a 31 de março de 2008, assinalando aqueles que têm histórico de doença comum ou doença de acidente de trabalho. A medida vale inclusive para os funcionários das agências de Florestal, Belo Vale, Felixlândia e Carmo do Cajuru, que terão suas atividades encerradas no dia 11 de abril de 2008.


Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, a reunião foi de extrema importância para os trabalhadores do banco. “Assim que o Mercantil do Brasil apresentar a lista de dispensas ficará evidenciada a perseguição da empresa aos trabalhadores lesionados e com histórico de doença comum. Após a investigação do Ministério Público, o banco terá que recuar com sua política injusta de demitir funcionários lesionados”, enfatizou.


Vanderci Antônio, também funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, apresentou denúncia de vários bancários do Mercantil do Brasil contra a Ocupacional, empresa terceirizada que realiza exames periódicos nos funcionários do banco. Segundo a denúncia, os resultados dos exames já vêm com pré-assinalação de apto, mesmo que o bancário apresente ao médico histórico de problemas de saúde. “O próximo passo é uma representação junto aos órgãos competentes de medicina com o objetivo de coibir mais esta irregularidade do Recursos (des)Humanos do Mercantil do Brasil”, ressaltou.

A próxima mesa redonda acontecerá no dia 10 de abril, às 10h, na sede da DRT em Belo Horizonte.

Fonte: SEEB BH, por Marco Aurélio

Entrevista do Presidente a Revista Economist

“Esses dias eu recebi aqui o ex-presidente de Portugal, Mário Soares. Ele veio aqui, como jornalista, fazer uma entrevista para a TV Pública de Portugal. Ao se sentar, no meu gabinete, ele falou assim para mim:


‘Presidente, eu não estou entendendo. Eu leio a imprensa estrangeira e vejo que o Brasil está muito bem, eu converso com empresários estrangeiros e vejo que a economia brasileira está muito bem. Mas quando eu leio a imprensa brasileira eu penso que o Brasil acabou, parece que acabou o Brasil’. Ele foi conversar com algumas pessoas de oposição.


Ele falou: ‘Presidente, eu não acredito. O que as pessoas disseram para mim não é a realidade’. Até porque Portugal tem muitos investimentos no Brasil e ele conversa com os empresários portugueses. Quando chegou em Portugal ele escreveu um artigo muito importante, numa entrevista, vendo o que estava acontecendo no Brasil.


Este é um trecho do discurso que o presidente Lula fez na semana passada – 12 de março – a um grupo que a revista Economist reuniu, em Brasília. . A Economist é a mais respeitada revista de economia do mundo.


O PIG não deu a menor bola ao discurso.


Vale a pena reter alguns trechos, para ver o que o PIG subtrai à opinião pública brasileira:


Sobre favelas e o Complexo do Alemão:


“Eu queria lembrar aos senhores que em 1970 São Paulo tinha apenas duas favelas. São Paulo tinha a Favela do Vergueiro, perto do aeroporto de Congonhas, na rua Vergueiro, que não existe mais. E tinha a favela da Vila Prudente, que ainda existe hoje, não em forma de favela como era na década de 70, bem menor do que era, mas já um pouco urbanizada. Hoje, São Paulo tem mais de dois milhões de brasileiros que moram em favelas. Eu fui, na sexta-feira e no sábado passado, ao Rio de Janeiro. Fui à Rocinha, fui ao Complexo do Alemão e fui a Manguinhos. E fiquei surpreso porque onde hoje é o Complexo do Alemão, um lugar que vocês, habitualmente, vêem na imprensa como um lugar violento, de muita troca de tiros e de muita quadrilha guerreando entre si, na década de 50 era uma fazenda e, na década de 80 foi a grande ocupação, que virou a favela que é hoje. Depois, eu fiquei sabendo que a Rocinha também era uma fazenda e que a partir da década de 80 se transformou naquele complexo de pessoas morando em péssimas condições, como é hoje. Eu estou dizendo isso para dizer para vocês que se as coisas tivessem sido feitas corretamente por sucessivos governos, se cada um tivesse feito um pouco, certamente nós não teríamos nem dois milhões de paulistas morando em favelas e muitos menos teríamos complexos como Manguinhos, como Rocinha ou como o Complexo do Alemão, com gente morando em péssimas condições, possibilitando e facilitando o surgimento do crime organizado, do narcotráfico e de tanta violência.E por que eu comecei falando do Complexo do Alemão? É porque parte da pobreza do nosso País se concentra muito fortemente a partir da década de 80. Possivelmente, alguns empresários de outros estados – o Gerdau está aqui no Rio Grande do Sul, quase tudo o que aconteceu de favelas foi exatamente a partir da década de 80 e veio se avolumando. E por que veio se avolumando? Porque é importante atentar que o Brasil passou praticamente 26 anos, quase uma geração e meia, com a economia crescendo aquém daquilo que era necessário crescer.”


26 anos de estagnação econômica:


“Quando eu vejo na televisão uma cena da polícia prendendo um jovem… Normalmente, os ladrões, no Brasil, são jovens de 15 a 24 anos, a 30 anos. Ou seja, são todos eles, Gerdau, oriundos de 26 anos de atrofiamento da economia brasileira.
Eu, por exemplo, sou de uma categoria econômica que, na década de 80, tinha praticamente 2 milhões de trabalhadores no Brasil, e caiu mais de 1 milhão. Quem é da construção civil aqui, eu estou vendo muitos aqui, sabe que a construção civil brasileira, nos últimos 20 anos, só dispensou trabalhadores e contratou muito pouco, porque não havia nem investimentos na construção civil leve, e muito menos na construção civil pesada. A última grande obra de infra-estrutura de peso no Brasil foi Itaipu, em 1974. Certamente, hoje nós não faríamos Itaipu, porque a legislação ambiental e nem os ambientalistas permitiriam que nós fizéssemos do jeito que ela foi feita. Hoje ninguém permitiria que Sete Quedas tivesse desaparecido, que era uma das coisas mais extraordinárias do mundo e está hoje alagada pelo lago de Itaipu.
Pois bem, se durante 26 anos nós não crescemos, e nós geramos esse padrão de pobreza, que transforma o Brasil num dos países mais desiguais do mundo, era preciso que nós, então, tomássemos uma atitude de estancar isso e começar um novo processo.”


As mudanças na educação:


“Nós tiramos 20 milhões de pessoas da extrema pobreza e vamos tirar mais. Os indicadores sociais, tanto os medidos pelos institutos brasileiros, como os medidos pelos institutos internacionais, que vai das instituições da ONU… Nós melhoramos gradativamente a posição social do Brasil. É um momento em que crescem os investimentos empresariais, cresce a entrada de dólar no Brasil, cresce a geração de empregos, cresce a renda das pessoas e ao mesmo tempo, cresce a inclusão social neste País. Agora, o que está faltando fazer? Educação, eu sei que vocês estão curiosos para discutir a educação. É uma pena que o meu ministro da Educação não tenha sido convidado para participar do seminário, já que é um tema extremamente importante e interessante. Mas, certamente, vocês receberão as informações, amanhã, do que está sendo feito na educação. Eu vou dar dois exemplos para vocês: primeiro, nós criamos o Fundeb. No governo passado aconteceu uma coisa importante. Foi constituída a possibilidade da universalização do ensino fundamental. Nós chegamos a 97% das crianças nas escolas. Só que as pessoas não perceberam que quando você universaliza o ensino fundamental, você precisa saber que aquela criança, quando termina o ensino fundamental, tem que fazer outro curso. E não se pensou no ensino médio. Nós criamos o Fundeb para atender às necessidades das escolas de ensino médio para nove estados do Nordeste, que são as mais pobres, um Fundo que vai gastar, do governo federal, ou melhor, que vai investir mais 10 bilhões de reais no ensino fundamental. Segunda coisa: aumentamos de 8 para 9 anos a quantidade de anos de escolaridade no ensino fundamental. A terceira coisa: nós resolvemos recuperar a escola técnica profissional que, no Brasil, nós tanto carecemos. Vou dar um dado para vocês. A primeira escola técnica brasileira foi fundada em 1909 pelo presidente Nilo Peçanha, na cidade de Campos de Goitacazes. Em 1909 foi feita a primeira escola técnica brasileira, na cidade de Campos. De 1909 até 2003 foram construídas no Brasil 140 escolas técnicas. Até 2010, nós teremos funcionando no Brasil, mais 214 escolas técnicas brasileiras. Em oito anos, nós estamos fazendo quase o dobro do que foi feito em 93 anos.A mesma coisa no ensino universitário. O Brasil, ao longo de toda a sua história, construiu 54 universidades federais. Nós vamos terminar o mandato construindo, em oito anos, dez novas universidades federais e 48 novas extensões universitárias, levando cursos universitários para o interior do País. A partir do mês que vem, no final de abril ou no começo de maio, eu dedicarei uma semana para inaugurar escolas neste País. Tinha sido aprovada uma lei, em 1998, que tirava do governo federal a responsabilidade de fazer investimentos em escolas técnicas e deixava por conta do mercado. O mercado não deu resposta e o Estado teve que voltar a assumir a responsabilidade de cuidar daquilo que o Brasil precisava. Mais importante ainda, nós tínhamos um problema sério de colocar jovens pobres na universidade. Vocês sabem que aqui no Brasil – não sei como é na Inglaterra e nos Estados Unidos – o pobre estuda na escola pública, no ensino fundamental, e o rico estuda em escola paga. Isso, no ensino fundamental. Quando chega na universidade, o rico vai para a escola pública e o pobre vai para a universidade privada. Como o pobre não pode pagar a mensalidade, ele fica fora. O que nós fizemos? Nós criamos um programa chamado ProUni, fizemos uma isenção de imposto para as universidades privadas e transformamos o equivalente do imposto em bolsas de estudo. Pasmem! Em três anos já colocamos 360 mil jovens na universidade, jovens pobres da periferia e da escola pública. De que eu era acusado? Qual era a acusação que me faziam? “O presidente Lula está nivelando o ensino por baixo, está rebaixando o nível do ensino no Brasil, na medida em que criou o ProUni.” Como eu sou católico e tenho sorte, três anos depois foi feita a primeira avaliação dos cursos universitários brasileiros. Em 14 áreas, incluindo Medicina e Engenharia, os melhores alunos avaliados foram, exatamente, os que iam nivelar por baixo a educação no Brasil: foram os alunos do ProUni, da periferia deste País.Agora estamos fazendo uma outra pequena revolução na educação. Estamos criando outro programa chamado Reuni. O que é o Reuni? Nós estamos passando uma verba a mais para as universidades federais brasileiras e, em contrapartida, as universidades brasileiras, as federais, vão aumentar, de uma média de 12 alunos por professor, para uma média de 18 alunos por professor. Sabem o que significa isso? Mais 400 mil jovens brasileiros na universidade até 2010.”


O preconceito contra o Bolsa Família:


“Uma pessoa de um meio de comunicação importante no Brasil, ficou indignada porque uma mulher do Bolsa Família comprou uma geladeira. Obviamente que ela não comprou com o dinheiro do Bolsa Família, mas o dinheiro do Bolsa Família pode ter ajudado a pagar a prestação. Isso porque não fizemos o nosso programa de renovação de geladeira que vamos fazer, se Deus quiser. A imprensa foi lá e entrevistou essa moça. Ela falou: ‘não só eu comprei a geladeira, como estou de sandália nova porque eu pude comprar, eu compro sandália para os meus filhos’. Antes do Bolsa Família, tinha mulher que comprava um lápis e partia ao meio para dar para dois filhos ou para dar para dois netos. Hoje, ela se dá o prazer de comprar uma caixa de lápis para cada um. Isso não é investimento? Isso não é distribuição de renda? Isso não é investimento sadio? Então, no Brasil nós ainda temos que mudar determinados conceitos que foram criados ao longo do tempo.


Sobre a inclusão digital:


“Vamos levar para 55 mil escolas públicas urbanas, neste País, internet banda larga. Eu penso que será uma pequena revolução na educação, neste País. Em todas as escolas técnicas já temos laboratórios de informática. Criamos um programa chamado Computador para Todos, que eu acho que vocês conhecem, que diziam que era difícil, não ia dar cento. Hoje, o Brasil está vendendo computador como jamais pensou em vender na sua vida. E vender para as camadas mais pobres, porque nós estamos trabalhando com uma coisa que todo mundo deveria compreender: não é apenas olhar o preço final do produto, é saber se a quantidade de prestações que a pessoa vai pagar cabe dentro do seu salário.”


Sobre a explosão da indústria automobilística:


“Por que a indústria automobilística brasileira está explodindo? Eu convivo com a indústria automobilística brasileira desde 1969, fui dirigente sindical desde 1975, presidente do sindicato. Sempre vi a indústria automobilística em crise, fechando em vermelho, não vende, (inaudível) do governo… Qual é o milagre? Dois milagres fundamentais: primeiro, aumentar a renda das pessoas; segundo: aumentar a quantidade de prestações que a pessoa tem que pagar pelo carro, porque se vendia carro para pagar em 24 meses ou em 30 meses, tinha sempre o mesmo segmento da sociedade que podia comprar. Eu tenho na minha cabeça que o povo quer três coisas: casa, casar com uma mulher bonita, e a mulher quer casar com um homem bonito e ter um carro. Carro ainda é uma paixão, hoje repartida com o computador.O que fez a indústria automobilística? Aumentou a quantidade de prestações, saiu de 36 ou de 24 para 72, para 82. E o que aconteceu? Aconteceu que a indústria automobilística corre o risco de, já no próximo ano, atingir a totalidade da sua capacidade produtiva. Hoje, as pessoas estão esperando 6 meses para comprar um caminhão, se for um caminhão pesado, espera até 9 meses. As pessoas estão na fila par comprar carro. Até ontem, a empresa ia quebrar: ‘eu vou embora do Brasil, porque não está dando para vender’.”


Governar para os Ricos é mais fácil:


“Se eu quiser governar o Brasil para 35 milhões, eu não terei problemas, porque o Brasil tem espaço para 35 ou 40 milhões de brasileiros viverem em padrão de classe média alta européia. Se eu quiser governar só para esses, eu não preciso, realmente, fazer investimento do Estado. Agora, se eu quiser e o Brasil desejar incluir os milhões que estão deserdados, aí, realmente, nós vamos ter que gastar. Eu vou dar um exemplo. Seria importante vocês deixarem dois ou três jornalistas aqui, para andar um pouco no Brasil. Quando criei o programa chamado Luz para Todos, eu tinha uma informação do IBGE, de que no Brasil tinham 10 milhões de pessoas que não tinham energia elétrica. Criamos o programa Luz para Todos. Esse programa já utilizou 460 mil quilômetros de cabos – imaginem quantas vezes a gente poderia ter enrolado a Terra – já colocamos mais de 3 milhões e 600 mil postes, já colocamos mais de 500 mil transformadores e já gastamos mais de 8 bilhões de reais. Oitenta por cento financiado pelo governo federal e 20% pelos estados. Alguns estados não podem pagar e nós pagamos também.
Alguém, analisando apenas com uma visão estritamente econômica, poderia dizer: ‘mas isso não é possível, tem que cobrar’. Se cobrar não tem energia, porque as pessoas não têm como pagar. Agora que nós já fizemos, e quase 8 milhões de pessoas já receberam, nós descobrimos que os dados do IBGE estavam errados. Apareceram mais 1 milhão e 564 mil pessoas sem luz, e vamos ter que levar, até 2010, para todo mundo. Custa para o Estado? Custa. Alguém que estivesse discutindo do ponto de vista econômico poderia dizer: ‘custa para o estado, é verdade presidente Lula, custa para o Estado’. E eu poderia perguntar: quanto custa para o Estado deixar essa pessoa vivendo no século XVIII quando nos poderíamos trazê-la para o século XIX com um cabo, um poste e um bico de luz? É preciso ter a sensação do que significa chegar a uma casa, encontrar uma família no escuro – uma lata de coca-cola com pavio, a lata cheia de querosene – e as crianças lendo em torno da lata, a fumaceira cobrindo a casa. Aí, você monta o Programa, chama a mulher e aperta uma tomada. Quando a luz acende dentro da casa dela, é como se você tivesse a tivesse transportado do século XVIII para o século XXI, e não há dinheiro que pague. Como custam R$ 4,5 bilhões, que estamos investindo para tentar trazer de volta para a cidadania 4 milhões e 100 mil jovens, de 15 a 24 anos. Ou nós colocamos esse dinheiro, dando uma ajuda para eles e formando-os profissionalmente, ou o narcotráfico e o crime organizado vão oferecer a eles o que o Estado não oferece. Essa guerra eu não quero perder. Eu quero ganhar.Por isso, quando a gente discutir os gastos do Estado, nós temos que olhar comparando a quê? Alguns países estão prontos há pelo menos 60, 70, 80 anos. Nós precisamos ficar prontos e só ficaremos prontos quando a totalidade dos brasileiros estiver participando desse processo de desenvolvimento do País. Caso contrário, não valeu à pena a gente governar o País se o resultado, no final do mandato, for a gente continuar com a mesma quantidade de gente na classe média, com a mesma quantidade de ricos e com a mesma quantidade de pobres. Eu quero aumentar o número de ricos, quero aumentar o número de gente na classe média e quero acabar com a pobreza neste País. Por isso, para nós é uma questão de honra não abrirmos mão de fazer as políticas sociais que estamos fazendo agora. E vou fazer mais.”


CPMF: derrota não paralisa o Governo:


“Vocês sabem que a oposição derrotou o imposto que nós tínhamos sobre transações financeiras. E não derrotou porque era contra o imposto, não, derrotou porque acharam que era demais garantir ao governo do Lula ter 120 bilhões de reais até 2010, e era preciso diminuir. Nós lamentamos. Chorar não choramos, mas lamentamos. Nós tínhamos aprovado um Programa de Saúde que era uma revolução na Saúde, e eu vou implementá-lo. O dinheiro vai aparecer, e podem ficar tranqüilos que eu não vou aumentar tributo e o dinheiro vai aparecer. Podem ficar certos de que nós vamos gastar melhor o que temos que gastar e economizar onde não é essencial, para a gente gastar onde é essencial. Eu tenho um sonho, que é levar médico, levar dentista, levar oftalmologista e levar otorrino dentro das escolas para fazer exame nas crianças, dentro da escola. Eu tinha isso na década de 60. Está certo que nós tínhamos pouca gente na escola, mas na década de 60 o Estado brasileiro oferecia dentista para cuidar dos dentes das crianças. Se vocês andarem pelo Nordeste brasileiro, apesar de tudo que nós já fizemos com o Brasil Sorridente, nós ainda temos muitas meninas e meninos de 18 ou 19 anos sem dentes. Quem vai cuidar disso? A iniciativa privada só vai cuidar disso se essa pessoa tiver renda para pagar. Se ela não tiver, é o Estado que tem que fazer. Na hora em que o Estado cumprir com as suas obrigações, podem ficar certos de que as próprias pessoas vão tratar de exigir que o Estado seja cada vez menos intrometido nas coisas que não precisa se intrometer. Mas sem o Estado não haverá inclusão social neste País, sem o Estado a gente não consegue recuperar um século de descaso com parte da população mais pobre deste País. E é por isso que nós estamos vivendo este momento.Quero dizer para vocês que vamos crescer mais em 2008, que vamos fazer mais políticas sociais em 2008, que queremos exportar mais em 2008, que queremos importar mais em 2008, que queremos consolidar o Brasil como a principal potência dos combustíveis renováveis, e queremos inserir o Brasil, cada vez mais forte e sólido, neste mundo globalizado. Sabemos que temos que trabalhar muito e sabemos que a única chance que nós temos de chegar lá é nos colocarmos diante do mundo com a seriedade que nós queremos das pessoas.”


Reforma tributária:


“Vivo um momento muito importante para o meu País. Eu tenho muita sorte, porque passei 30 anos fazendo oposição e os outros presidentes não tiveram condições de viver este momento. Eu espero, quando deixar o governo, não voltar a ser tão oposição mais, porque eu espero eleger o meu sucessor e espero que este País tenha seqüência. Nós precisamos de, no mínimo, 10 ou 15 anos de crescimento sustentável para que a gente possa recuperar todo o tempo que nós perdemos. É assim que nós vamos governar o Brasil, é assim que nós vamos aprovar a reforma tributária. Podem escrever nas suas matérias, nós vamos aprovar a reforma tributária este
 ano. A oposição passou oito anos falando em reforma tributária e agora está lá o projeto, é só votar. Podem fazer uma emenda aqui, outra emenda ali, mas vão votar. Uma reforma tributária justa, que diminua a quantidade de impostos que temos neste País, que facilite a vida de quem quer investir, que facilite a vida de quem construir um negócio, que facilite a vida do povo, que reduza a quantidade de tributos e, ao mesmo tempo, que a gente acabe com a guerra fiscal fratricida neste País. Eu acho que nós vamos aprovar, não sei por que eu estou otimista. Espero contar, sobretudo, com o apoio de vocês, empresários brasileiros, conversando com quem vocês conhecem, para a gente aprovar isso.”

Fonte: por Paulo Henrique Amorim

Fluminense (BA) perde seis pontos por racismo

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-BA) puniu na última terça-feira o dirigente Aldacir Palma, do Fluminense de Feira de Santana, que teria feito ofensas racistas ao árbitro Jaílson Macedo, na partida contra o Atlético (BA), em 7 de fevereiro, pelo Campeonato Baiano.


Aldacir, que já recorreu da decisão, foi suspenso por um ano. Além dele, o então técnico do clube, João Francisco, e o próprio Fluminense foram punidos.


O primeiro, que acompanhava o dirigente no momento do crime, foi suspenso por seis meses. Já o clube baiano foi multado em R$ 10 mil e perdeu seis pontos no Estadual, além de um mando de campo.






A injúria racial foi relatada por Jaílson Macedo em anexo na súmula da partida. Segundo o árbitro, no intervalo da partida, o dirigente – irritado por conta de um gol irregular do adversário – teria se referido a ele como “negro safado”, além de proferir outros xingamentos de baixo calão e ameaças de agressão física.


Aldacir, em entrevista por telefone à reportagem do LANCENET!, negou todas as acusações.


Sou moreno e não teria razão para fazer isso. Nada do que ele falou é verdade. Além disso, as câmeras mostram que ele errou no lance – disse o dirigente.


Já o presidente do clube, Everson Cerqueira, reafirmou o relato do árbitro e ainda disse que Aldacir deixou a diretoria do Fluminense em junho do ano passado. Este é, aliás, o principal argumento dos advogados do clube.


Cerqueira afirmou que não sabe como Aldacir teve acesso ao campo e culpa o Atlético, já que a partida aconteceu em Alagoinhas.


– Ele não era mais diretor do clube. Até concordo em pagar a multa, mas não há motivo para perda de pontos. Além disso, o mando de campo era do Atlético – afirmou.


Com a perda dos seis pontos, o Fluminense ficou com apenas 13 na tabela e está agora na antepenúltima colocação – os dois últimos caem.


Em 28 de março, o recurso movido pelos acusados será julgado no Pleno Tribunal do TJD-BA. Se a pena for mantida, eles têm a possibilidade de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Fonte: Tribuna Feirense e Lance on-line

Teresópolis: eleição ratifica chapa 1

A chapa 1(única) acaba de ser eleita para assumir a diretoria do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Teresópolis/RJ para os próximos 4 anos. A Chapa que tem à frente Cláudio Mello, funcionário do Itaú, foi aprovada por 98,6% dos votos válidos. Votaram 85,5% dos bancários aptos a votar.

A votação, que começou às 10h do dia 19 de março e terminou no mesmo dia às 18h, foi acompanhada pela Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Sindicato dos Bancários de Três Rios e Região. A apuração aconteceu após o encerramento da votação e foi presidida pelo presidente da Federação dos Bancários do RJ/ES, Fabiano Paulo da Silva Junior, e funcionaram como escrutinadores, o diretor de assuntos jurídicos da Feeb RJ/ES, Paulo Roberto Garcez e Nilton Damião Esperança, presidente do Sindicato dos Bancários de Três Rios e Região. Diretoria eleita toma posse no dia do trabalhador, 01 de maio de 2008.

Veja os resultados:
Quorum – 85,5%
Chapa 1(única)- 98,6%
Brancos-1,94%
Nulos-0%

“A responsabilidade da Diretoria eleita, será enorme, onde estaremos atentos e empenhados em combater qualquer proposta que tente retirar direitos da classe trabalhadora . Os bancos precisam contratar mais funcionários para atender em tempo razoável os clientes e usuários, pois os bancários que tem sobrevivido às demissões, estão sendo exigidos de forma desumana, ficando doentes e às vezes incapacitados para o trabalho, sem falar no assédio moral que vem tornando-se prática em alguns bancos, os casos de doença profissional tem se agravado. Isso exigirá de todos nós, disposição para cobrar dos banqueiros maior respeito com os bancários, clientes e usuários”, conclui Cláudio Mello, presidente do Sindicato.

Fonte: SEEB Teresópolis

Motoristas

Quarta – Na hora do rush, o motorista de um ônibus da linha 172 (Rodoviária – Leblon) parou em frente ao Colégio Santo Inácio, em Botafogo, desceu e ajudou três cegos a atravessarem a Rua São Clemente. Os passageiros aguardaram sem reclamar e, quando o motorista voltou, bateram palmas. Tijuca – Uma menor de idade pegou o ônibus 234, na terça-feira, e seu cartão RioCard não passou após várias tentativas. O motorista não deixou a menina descer e disse que ela teria de acompanhá-lo até a garagem. Uma passageira desembarcou imediatamente e chamou a polícia.

Fonte: Blog do Anselmo – O Globo on-line

ABN X PanAmericano

Ontem se dizia que deve dar casamento o namoro entre os bancos ABN Amro e PanAmericano do Silvio Santos. A compra do PanAmericano estaria perto de ser concretizada.

Fonte: Blog do Ancelmo – O Globo on-line