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Sindicatos de todo o Brasil realizaram, nesta terça-feira (16), manifestações para denunciar as arbitrariedades do Santander. O banco é acusado de cobrança de metas inatingíveis e demissão dos funcionários que não as cumprem, mesmo após ter assumido compromisso de que não demitiria funcionários durante a pandemia.

Além das atividades ocorridas nas portas de agências e departamentos do banco, os sindicatos convidaram funcionários, clientes e toda a população a se manifestar nas redes sociais sobre os fatos que envolvem o banco. Entre 12h e 13h houve um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil, que levou as denúncias aos assuntos mais comentados do Twitter.

“Esta foi uma das ações que pensamos em realizar para defender os interesses dos funcionários, que estão sujeitos ao cumprimento de metas inatingíveis para que não sejam demitidos”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia. “Esperamos que não seja preciso realizar todas as ações planejadas. Que o banco nos chame para a mesa de negociações e comunique que não haverá mais cobranças de metas abusivas e tampouco demissões sem justa causa de funcionários”, completou.
Metas abusivas e demissões
Segundo o dirigente da Contraf-CUT, o banco Santander já foi condenado pela cobrança de metas abusivas e está proibido pela Justiça de estabelecê-las. “O banco tem histórico neste tipo de ‘gestão’ de pessoal. Já foi condenado por isso e reincide no erro”, observou.

Mario diz, ainda, que existem relatos de que o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, realizou videoconferência com funcionários em cargos de gestão e disse que as metas devem ser cobradas mesmo em período de pandemia. E, mais, que o não cumprimento das metas deve ser punido com a demissão. Na ocasião, Rial teria dito que “aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade”.

“Para não serem punidos, os gestores, municiados pelo marketing do banco, pressionam seus funcionários. E a cada semana vemos uma nova campanha com novas metas estabelecidas. Se isso já é inaceitável em tempo de normalidade, imagina na pandemia que estamos vivendo”, afirmou.

O banco vem cumprindo a ordem de Rial. Já demitiu uma série de funcionários, mas, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, pode haver demissão em massa de 20% do quadro de pessoal. O banco diz que haverá demissões, mas não deve chegar aos 20% anunciados pelo jornal. No entanto, confirma que as demissões ocorreram pelo não cumprimento de metas.
Ranking de funcionários

O dirigente da Contraf-CUT lembra, ainda, que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária proíbe o ranking individual de funcionários. Mas, para ele, da forma como as campanhas de vendas acontecem, possibilitam aos gestores realizar tal ranking.

“Se tenho, por exemplo, quatro funcionários que trabalham com venda de produtos em uma unidade. Um publica uma foto #sou10, outro #sou50 e outro #sou55. Já tenho ranking. Aquele que não publicou foto da meta é demitido e o que vendeu 10 produtos está em apuros”, explicou. “Por si isso é desumano, mas, além disso, não é permitido pela nossa CCT”, concluiu.
Próximas ações
O dirigente disse que a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander vai avaliar a ação desta terça-feira e planejar outras. Mas, adianta que a campanha possui diversas peças para ação nas redes sociais, contatos diretos com funcionários e com veículos de comunicação.

Demissões, Metas abusivas

A FETRAF RJ-ES vêm em nome de seus sindicatos filiados que representam cerca de 40 mil bancários em nossa base, se posicionar a respeito das declarações do presidente Jair Bolsonaro, sobre a morte do estudante universitário Fernando Santa Cruz.

Ao afirmar em entrevista para a grande mídia que o pai do atual presidente da OAB Nacional não foi sequestrado por forças do governo, como está registrado nos documentos produzidos pela Comissão da Verdade, o presidente da república se utiliza de subterfúgios para distorcer a História dos que morreram na luta contra a Ditadura Militar.

E mais ainda, utiliza suas convicções ideológicas para encobrir os crimes cometidos durante 21 anos de governo contra a democracia, a liberdade e os direitos humanos.

Entendemos que tentar nesse momento ressuscitar a guerra de versões utilizadas contra os opositores ao regime ditatorial, que se abateu contra os defensores da Democracia, é reiterar a tortura e todas as desumanidades cometidas durante 21 anos de Estado de Exceção. Utilizando o exemplo do desaparecimento do estudante Fernando Santa Cruz, para desqualificar a história narrada por testemunhas da época, o governo tenta acirrar mais ainda os sentimentos de ódio que são disseminados na sua gestão.
Aproveitamos também para lembrar que o trabalho da Comissão da Verdade, entidade formada por renomados cientistas sociais desse país foi feito durante dois anos, de forma transparente e sem nenhum questionamento das instituições democráticas que desabonasse seus trâmites e conclusões.

Diante de tudo o que estamos assistindo, repudiamos todas as declarações presidenciais contrárias a nossa Constituição Federal, que prevê respeito a dignidade humana e a memória dos nossos mortos.

“Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”

Federação e sindicatos filiados

A Direção da FETRAF RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santo) se reuniu, na última terça feira (28/05), com a gerente de recursos humanos do Bradesco Eduara Cavalheiro, gerente de relações sindicais Priscila Moska, gerente de benefícios Gisele Borges e Bruna Paixão (também da área de benefícios), para tratar das dificuldades no atendimento do Saúde Bradesco e Dental na base da federação.

Antes de começar tivemos a apresentação da funcionária Sheyla da Silva (gerente executiva administrativa), que em nome do gerente regional prime RJ/ES, Gustavo Rodrigo Dutra, disponibilizou seu endereço eletrônico, a qual agradecemos pela abertura de mais esse canal de diálogo .

A gerente de RH do Bradesco, Eduara Cavalheiro, informou que devido a relatos apresentados na COE (Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco), ficou acordado que seriam realizadas reuniões nas Federações para estabelecer procedimentos e levantar as dificuldades no atendimentos dos planos Saúde e Dental de credenciados e cobertura.

As principais reivindicações relatadas, pelos representantes dos sindicatos, foram: remuneração abaixo da tabela de mercado, falta de profissionais credenciados nas especialidades : psicologia, psiquiatria, acupuntura entre outras e dificuldades de fazer novos credenciamentos.

” A recém inaugurada Maternidade do Hospital das Clínicas de Teresópolis, conta com a primeira UTI Neonatal Perinatal que poderá também atender trabalhadores de outras cidades da região serrana e adjacências. Ela  é um apelo feito pelos funcionários de Teresópolis, sendo de grande importância o credenciamento do único hospital da cidade que conta com uma UTI Neonatal Perinatal” – enfatizou Euclides Neto, diretor para Bancos Privados da FETRAF RJ/ES.

“Eu avali0 como excelente a reunião, já que a participação dos sindicatos foram  objetivas, mostrando para as  representantes do banco, nossas dificuldades em relação ao plano de saúde e dental , tanto no interior quanto nas capitais. É de se elogiar também , a postura das representantes do banco e da direção da federação, ao responder e tirar propostas concretas , como solicitar ao banco que providencie um manual com os atendimentos que estão cobertos pelo plano, proposto por Nilton França , diretor do Sindicato da Baixada. Parabéns a todos!” – destacou Nilton Damião, presidente da FETRAF RJ/ES.

A direção da federação solicitou aos sindicatos que elaborem relatórios com os principais problemas encontrados pelo funcionalismo, para serem enviados ao banco e posteriormente, fazermos outra reunião, de avaliação, destacamos a importância do envio dos referidos relatórios, para um trabalho em conjunto com o banco e os diretores citados.

Além das representações dos sindicatos de Angra dos Reis, Baixada, Campos, Macaé, Niterói, Três Rios, Rio de Janeiro e Sul Fluminense, participaram da reunião, Bruna Paixão do setor de Benefícios, Gisele Borges – Gerente de Benefícios, ambas do Bradesco e Paulo Garcez, secretário geral da FETRAF RJ/ES.