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Segurança é precária em agências da região dos Lagos

A Polícia Federal tem deixado a desejar nos cuidados com a segurança das agências bancárias na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro.  Primeiro, foi a aprovação do plano de segurança numa agência onde há janelas sem grades, que permitem a entrada através do vão da esquadria. “Um adulto passa facilmente se quebrar o vidro. A agência fica num local afastado, não há ninguém por perto para reparar se houver movimentos suspeitos. E, ainda por cima, a unidade fica numa via que é rota de fuga. Mas a PF aprovou o plano de segurança. Os bancários estão apavorados”, relata Suez Garcia Santiago, diretor da Federação.


Outro problema recente foi o recolhimento das armas dos vigilantes para regularização em pleno expediente bancário. “A PF verificou que as armas estavam com registro irregular e levou tudo para a sede, para corrigir a situação. A empresa levou outras armas para os vigilantes, mas houve um intervalo em que eles ficaram desarmados. Mesmo tendo sido por um período curto, é uma falha gravíssima na segurança. Se não fosse necessário que o vigilante trabalhe armado, isso não seria obrigatório”, pondera Suez.


Rotina de terror


Duas unidades do Itaú na região têm sido alvos de assaltos frequentes nos últimos anos. “Já houve vários assaltos nas agências de Unamar e Barra de São João, quase todos durante o expediente. Numa ocasião, a quadrilha quebrou o vidro da fachada a marretadas em plena luz do dia. Bancário nenhum quer ser transferido para estas agências”, relata o sindicalista.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Sindicatos paralisam BB em dia de greve nacional

O sindicato da Baixada Fluminense fez paralisação total na agência central de Duque de Caxias, onde funciona a superintendência para toda a região.


No Espírito Santo foram paralisadas 15 agências, sendo 14 na Grande Vitória e uma no interior, no norte do estado. No centro da capital o destaque foi para o prédio Pio XII, onde funcionam vários departamentos administrativos e a superintendência regional, além de três agências de grande porte, inclusive a que atende ao Setor Público.
 
No Rio de Janeiro foram fechadas agências do centro, com destaque para o eixo da Av. Rio Branco, centro financeiro da cidade. Nos bairros também houve agências fechadas, principalmente na Zona Sul e na região da Tijuca.


Sérgio Farias, representante da Federação na CEE/BB, vê a mão da direção do banco pesar sobre o funcionalismo. “Em muitas bases pelo país afora os bancários decidiram em assembleia pela não realização da greve. Os dirigentes perceberam que os comissionados foram orientados pelo banco a irem para a assembleia votar contra a paralisação. Sabe-se lá que ameaças estes trabalhadores receberam para agir desta maneira. Esta atitude do banco é um absurdo ainda maior no caso específico desta greve, que era um protesto contra o novo plano de funções gratificadas, que prejudica justamente os comissionados”, protesta o sindicalista.


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Funcionários do BB se reúnem em encontro regional

O Encontro Estadual dos Funcionários do Banco do Brasil aconteceu no último sábado, 27, na sede da Federação. Foram abordados os principais temas que afetam o funcionalismo do banco.
 
Como acontece em muitos encontros, sempre surgem questionamentos sobre a Previ e a Cassi, e a organização do evento convidou representantes de ambas para particpar. Márcio de Souza, da Previ, esclareceu dúvidas sobre assuntos como as retiradas de recursos por parte do BB, que são referentes apenas aos rendimentos do montante aportado pelo banco ou de outras fontes previstas no estatuto do fundo. Fernanda Carísio, conselheira da Cassi, apresentou informações a respeito de questões como a cobrança irregular que os laboratórios faziam por medicamentos e insumos como material para testes de glicose e alimentação parenteral para acamados.
 
Um dos temas mais relevantes durante o evento foi o novo Plano de Funções Gratificadas, implantado unilateralmente pelo banco no final de janeiro. O PFG retira direitos, achata salários e ainda foi implantado sem nenhuma negociação com o movimento sindical. “O banco continua se recusando a negociar e o movimento sindical está aumentando a pressão – tanto é que teremos uma greve nacional de 24 horas no próximo dia 30. Não tem cabimento o banco impor um plano que prejudica os bancários e gera passivo trabalhista. Sem dúvida este será um dos principais temas discutidos no Congresso do BB”, avalia Sérgio Farias, representante da Federação da Comissão de Empresa do BB.  O coordenador da CEE/BB, William Mendes, traçou um panorama das conquistas que o funcionalismo do BB obteve na última década e explicitou que tudo que foi conquistado está ameaçado por este novo plano. William avalia que esta é a linha de uma direção que não tem nenhum compromisso com a empresa. “Essa diretoria trabalha somente por seus interesses. Eles ficam lá dois anos, depois saem com bônus milionários e vão para o mercado trabalhar em outras empresas. Os programas que implantam no banco só vão mostrar as conseqüências quatro, cinco anos depois, mas eles não vão mais estar lá para resolver os problemas. Eles se empenham para que o banco apresente os resultados que o governo exige, mas não se preocupam com o que vai acontecer depois”, avalia o coordenador da CEE/BB.  Luciana Vieira, diretora da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, destaca que esta linha agressiva e irresponsável é a expressão clara da forma como o trabalhador é tratado pela classe patronal. “A nossa briga, enquanto trabalhadores, é contra o capital, que nos coloca abaixo da condição de máquinas. Para ele, não somos humanos, não temos necessidades, nem merecemos respeito. O que importa é o lucro que produzimos. Por isso é importante que os trabalhadores mantenham a unidade para que estejamos fortes para enfrentar os desmandos desta gestão temerária do BB e construir uma campanha nacional forte”, analisa Luciana.
 
Outro assunto que mobilizou os bancários foi o projeto de reestruturação que o banco vem implantando. No Rio de Janeiro, o plano atinge principalmente o CSL e o CSO, que funcionam no prédio do Andaraí. Os serviços estão sendo transferidos para outro local ou designados a trabalhadores terceirizados e o impacto sobre os cerca de 300 funcionários será violento. E, como o prédio já não pertence ao BB há mais de dez anos, a mudança deverá ser rápida e definitiva, afetando também o bairro do Andaraí, onde fica a dependência. “A reestruturação está acontecendo em vários estados, bancários estão sendo deslocados de um lugar para outro no país todo. A cada 15 dias estão vindo mudanças que afetam seriamente os funcionários, e este processo já vem acontecendo há algum tempo. Mas nada disso se justifica, não há necessidade de se transferir o serviço para outro local, já que, hoje, com a tecnologia que existe à disposição, a maioria das tarefas pode ser realizada em qualquer lugar. Este movimento constante de reestruturação dos serviços é mais uma estratégia nefasta desta diretoria que não tem nenhum compromisso com o Banco do Brasil”, pondera William.
 
Deliberações
 
Como vem acontecendo há vários anos, a plenária do encontro definiu que todas as teses apresentadas serão encaminhadas ao 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que acontece em São Paulo nos dias 17, 18 e 19 de maio. Durante o encontro regional foram eleitos os delegados do Rio de Janeiro para o evento nacional – os do ES já haviam sido eleitos no encontro capixaba. A Federação envia 34 delegados, sendo 29 do Rio de Janeiro e 5 do Espírito Santo, mais dois observadores – um de cada estado.
 
Ao todo, 89 bancários se credenciaram para participar do Encontro Estadual com poder de voz e voto. “Tenho visitado os estados e ficado satisfeito com o que tenho visto. Um encontro como ampla participação dos bancários, numa manhã de sábado bonita como esta, mostra que o funcionalismo está com disposição de luta”, avalia William Mendes. “Vamos agora partir para o Congresso Nacional do BB, onde será construída nossa minuta de reivindicações, e construir uma Campanha Nacional forte”, convoca o sindicalista.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Sindicato paralisa agências do Itaú em shoppings

Esta quinta-feira, 25, foi mais um dia de paralisação em agências do Itaú no Rio de Janeiro. Desta vez, foram atingidas oito agências com horário estendido localizadas em shopping centers da cidade.
 
A atividade transcorreu sem problemas. Mesmo os clientes e usuários reagiram bem, sobretudo quando eram informados pelos dirigentes dos motivos da paralisação. “O banco demite e ainda estende o horário. Por conta da sobrecarga de trabalho e do horário ampliado, tem bancário trabalhando das 09h até as 21h, isso não tem cabimento. Além de desrespeitar a legislação trabalhista, acaba com a saúde do funcionário”, relata Vera Luiza Xavier, diretora do Seeb-Rio.
 
O horário estendido de atendimento tem sido alvo de muitos protestos por parte dos sindicatos de todo o país. Mas é preciso que fique claro que o movimento sindical não está contra a população. “Sempre fomos favoráveis à ampliação do horário de atendimento ao público. Mas isso tem que ser acompanhado da implantação dos dois turnos de trabalho e da contratação de mais bancários. Do jeito que as coisas foram feitas, o trabalhador sofre e o banco lucra mais ainda”, pondera Vera.
 
Sem negociação
 
Desde o início do novo horário, o movimento sindical tem procurado a direção do Itaú para negociar, mas sem sucesso. “O banco não arreda pé. Houve umas poucas agências que voltaram ao horário normal, das 10h às 16h, mas foi por questões internas, porque, nelas, não estava valendo a pena manter o horário estendido. Não por respeito aos bancários”, relata a dirigente. Quando os sindicalistas colocam a outra opção, a da criação do segundo turno de trabalho com mais contratações, o banco também não cede. “Ou faz dois turnos, ou suspende o horário ampliado. Como está não pode ficar. Não há bancário que aguente esta sobrecarga de trabalho”, reivindica Vera Luiza.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Justiça reconhece responsabilidade do Santander por terceirizados da Qualy

Saiu na última sexta-feira, 12, a sentença da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho contra a Qualy e o Santander. A melhor notícia é que a juíza incluiu o banco, atribuindo na sentença a responsabilidade solidária pelo pagamento das verbas devidas aos trabalhadores.


A juíza Patrícia Lampert Gomes citou na sentença a súmula 331 do TST, que dispõe sobre a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços. Mas a magistrada também considerou a relação direta do banco com os terceirizados, uma vez que os trabalhadores exerciam suas tarefas nas dependências do Santander, não passando pela sede da Qualy. A juíza destacou que, nestas circunstancias, o banco estava ciente da situação e que deveria “manter vigilância estrita sobre a forma e cumprimento do contrato pela empresa prestadora dos serviços em relação às suas obrigações legais”.


A Qualy, apesar de notificada oficialmente, nunca se fez representar durante o processo. Foi, então, julgada à revelia. Na prática, isso significa que, se a empresa não negou as acusações, admite a culpa.


Até mesmo a negativa em conceder tutela antecipada permitindo o sequestro de bens para garantir o pagamento é uma vitória. “A juíza entendeu que o Santander tem idoneidade financeira e que, não havendo risco do banco não dispor de recursos ou abandonar o país, não há motivo para sequestrar os bens. Isso mostra que a magistrada reconhece a responsabilidade subsidiária, porque, se a Qualy não arcar com o pagamento dos valores devidos, o Santander terá que pagar”, ressalta a advogada Ana Luiza Palmisciano, assessora jurídica da Federação.


Outra vitória para os trabalhadores foi reconhecido de que houve coação para que pedissem demissão. O MPT ouviu os depoimentos dos trabalhadores e anexou estes relatos ao processo. Para a juíza, ficou claro que houve “vício de vontade” nos pedidos de demissão, ou seja, que os funcionários foram forçados a pedir dispensa, para livrar a Qualy das multas rescisórias. A sentença determina que sejam feitos os procedimentos da dispensa sem justa causa: pagamento das multas rescisórias e liberação do saldo do FGTS para saque. Os salários do mês de agosto, também deverão ser pagos, já que os trabalhadores não estavam trabalhando porque o contrato com o Santander já tinha sido suspenso, mas ainda tinham vínculo empregatício com a Qualy. A juíza entendeu que, mesmo não tendo local para trabalhar, os trabalhadores estavam à disposição da empresa.


Igual, mas diferente


O Santander tentou de todas as formas se eximir da responsabilidade sobre a situação dos trabalhadores da Qualy e ainda apelou, tentando convencer a juíza a responsabilizar os sócios da terceirizadora, como pessoas físicas, pelo pagamento das verbas. Mas a magistrada foi firme na determinação da responsabilidade subsidiária. Esta atitude não só demonstra a falta de responsabilidade social do banco, mas também revela que as orientações são diferentes de acordo com o caso. “O Santander tem admitido a responsabilidade subsidiária em ações individuais. Em geral, o banco paga, mas faz acordos com os trabalhadores terceirizados, que aceitam receber um pouco menos do que o valor devido”, informa a assessora jurídica da Federação.


De fora, mas dentro


Todo o processo começou quando dirigentes da Federação, em visita a agências do Santander, ficaram sabendo dos problemas enfrentados pelo pessoal da limpeza. Foram feitas várias reuniões com os trabalhadores na sede da entidade. Foi a atuação dos sindicalistas da Federação junto ao Ministério Público do Trabalho que levou à instauração de procedimento investigatório. “O procurador responsável pelo caso já adiantou que vai continuar recorrendo à Federação para obter informações”, destaca a advogada Ana Luiza Palmisciano.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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HSBC faz mudança no plano de saúde, mas não garante direitos da lei 9.656

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram nesta quinta-feira (11) com o HSBC, em São Paulo, para discutir as modificações implantadas unilateralmente, em janeiro último, pelo banco inglês no plano de saúde dos funcionários. As mudanças são prejudiciais aos bancários, retirando direitos do pessoal da ativa e dos aposentados.


O banco apresentou detalhadamente as mudanças feitas no plano. Além dos reajustes que encarecerão o custo dos trabalhadores, o banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são beneficiados pela Lei Federal nº 9.656/98 e têm direito à manutenção do plano de saúde (seis meses a dois anos) em caso de demissão sem justa causa por contribuírem mensalmente e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que determina a convenção coletiva (máximo de 270 dias).


Os dirigentes sindicais reiteraram a reivindicação da última reunião sobre a necessidade de suspensão das alterações e que se estabeleça um processo negocial sério e efetivo. O HSBC tentou justificar as mudanças utilizando o discurso da sustentabilidade do plano a longo prazo e a manutenção dos benefícios dos trabalhadores. “Sabemos que, com as alterações, o HSBC irá diminuir os custos com provisionamento relativo ao plano de saúde dos não beneficiários da lei 9.656/98”, critica Alan Patrício, funcionário do HSBC e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.


“O plano de saúde é o segundo maior custo do RH do HSBC no Brasil. As alterações vieram justamente para minimizar os valores provisionados, com o objetivo de melhorar a chamada eficiência do banco. Assim como os bancos utilizam a rotatividade para a diminuição do salário médio dos trabalhadores, o HSBC está tirando também os benefícios na saúde do trabalhador buscando ainda mais eficiência”, denuncia Alan.


Há mais de sete anos, o banco não negocia melhorias no plano de saúde com o movimento sindical. “Até 2005 havia uma negociação sistemática para discutir temas como reajuste, melhorias e ampliação dos benefícios no plano. De lá para cá, não houve mais negociação e as mudanças são feitas unilateralmente”, critica o diretor da Contraf-CUT.


O banco deve apresentar nova posição até a próxima semana. “Continuaremos mobilizados em todo o país”, ressalta Alan.


Teto máximo de R$ 182


Após mobilizações dos bancários em todo o país, o banco estabeleceu para o plano, durante a reunião desta quinta, o teto máximo de R$ 182, limitando as coparticipações. “Essa foi uma conquista, pois na proposta inicial do HSBC não havia teto: era ilimitado, o que gerava intranquilidade aos bancários”, destaca Alan.


Pressão judicial por acesso às informações do plano


A Contraf-CUT interpôs por intermédio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e da Fetec do Paraná uma ação judicial com pedido de tutela antecipada visando obter acesso às informações referentes ao plano de saúde, como contratos, custos e quantidade de vidas.


“O plano é uma caixa preta. Não temos informações para analisar as mudanças feitas pelo banco”, afirma Alan. A liminar foi deferida e o banco tem prazo até o dia 22 de abril para apresentar as informações.



Fonte: Contraf-CUT

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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BB desmarca reunião e bancários fazem manifestação no edifício-sede


Em mais uma demonstração de desrespeito ao funcionalismo, o BB cancelou em cima da hora a reunião marcada para a manhã da última terça-feira, dia 09. O objetivo do encontro era discutir o novo Plano de Funções Gratificadas, implantado em 28 de fevereiro sem qualquer negociação com o movimento sindical.


Em resposta, os dirigentes sindicais fizeram uma manifestação em frente à sede principal do banco, o Sede I, no horário em que deveria estar começando a reunião cancelada. “O BB só telefonou para desmarcar no início da noite da segunda-feira. Como o encontro estava marcado para as 10h, a maioria dos integrantes da CEE já estava em Brasília, ou a caminho, quando isso aconteceu. Cancelar uma reunião em cima da hora é o cúmulo da falta de respeito. Esta postura vem permeando a relação da diretoria do banco não só com os representantes dos trabalhadores, mas com os todo o corpo funcional”, critica Sérgio Farias, representante da Federação na CEE/BB.


A resposta dos funcionários à intransigência do BB em negociar e ao tratamento desrespeitoso do banco será uma greve de 24 horas marcada para o próximo dia 30. “É importante que os sindicatos filiados façam assembleias para aprovar a paralisação, para que esta paralisação atenda às exigências da lei”, ressalta Sérgio.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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BB desmarca reunião e bancários fazem manifestação no edifício-sede


Em mais uma demonstração de desrespeito ao funcionalismo, o BB cancelou em cima da hora a reunião marcada para a manhã da última terça-feira, dia 09. O objetivo do encontro era discutir o novo Plano de Funções Gratificadas, implantado em 28 de fevereiro sem qualquer negociação com o movimento sindical.


Em resposta, os dirigentes sindicais fizeram uma manifestação em frente à sede principal do banco, o Sede I, no horário em que deveria estar começando a reunião cancelada. “O BB só telefonou para desmarcar no início da noite da segunda-feira. Como o encontro estava marcado para as 10h, a maioria dos integrantes da CEE já estava em Brasília, ou a caminho, quando isso aconteceu. Cancelar uma reunião em cima da hora é o cúmulo da falta de respeito. Esta postura vem permeando a relação da diretoria do banco não só com os representantes dos trabalhadores, mas com os todo o corpo funcional”, critica Sérgio Farias, representante da Federação na CEE/BB.


A resposta dos funcionários à intransigência do BB em negociar e ao tratamento desrespeitoso do banco será uma greve de 24 horas marcada para o próximo dia 30. “É importante que os sindicatos filiados façam assembleias para aprovar a paralisação, para que esta paralisação atenda às exigências da lei”, ressalta Sérgio.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Ser mulher e Transcender

Giowana Cambrone Araujo *


A escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir, escreveu em certa feita que “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” Essa máxima foi e me toca muito. Na época em que foi redigida, a autora traduzia para essas breves linhas que a opinião de que mulher é uma construção social. Se nasce menina, mas não necessariamente se é mulher. Somente com o contato da vida social que vai se aculturando, domesticando, aprendendo os comportamentos, condutas e afazeres que transformariam meninas em mulheres, ou pelo menos, em mulheres como a sociedade vê: mães, donas de casa, boas esposas, femininas, vaidosas e demais comportamentos tidos como femininos.


No entanto ser mulher vai muito além deste padrão. Há mulheres, que não se submetem ao controle do homem, e nem por isso deixam de ser mulheres. Há outras, que são totalmente independentes e não desejam ser esposas ou mães. Há ainda outras, que vivenciam a experiência de uma feminilidade standart, ou em stand by, que foge dos padrões de vaidade e beleza estéticas consideradas femininas, e que a sociedade transforma quase que em uma obrigação – nem todas tem paciência, para aturar horas de salão e compromissos estéticos semanais, para manter essa feminilidade imposta.


E também há aquelas mulheres que não nascem meninas. Sim, falo de travestis e transexuais. E são todas mulheres. Por que não seriam? O sexo biológico é determinado ali, quando o bebê nasce, e a sociedade impõe como se fosse o gênero certo, enquanto na verdade, a identidade de gênero é construída ao longo da vida. Então há mulheres que não nasceram meninas, mas que se tornaram mulheres.


Nascem com um sexo, mas sentem e se apercebem sendo de outro sexo. De outro gênero. Desde crianças não se sentem pertencentes aquele gênero que lhes são submetidas pela definição que lhe atribuem pela genitália. Algumas mais ousadas, logo na adolescência buscam evidenciar o desejo de ser e sentir-se mulher. Outras se aprisionam, naquela figura que não é, num corpo que não lhes pertencem.


Guerreiras, subvertem o gênero que lhes é imposto pela sociedade para buscarem a felicidade. Transformam os corpos, passando por vezes por enormes dores, para expressar a corporalidade com o qual se identificam. Se submetem aos tratamentos hormonais, que alteram o metabolismo do corpo e dos humores, para se aproximar mais da sonhada felicidade. E por muitas vezes, somente a cirurgia de readequação genital – procedimento longo e doloroso – podem transformar o corpo naquele que realmente almeja.


Muitas pessoas podem imaginar que é uma bobagem tudo isso, mas te convido para um exercício simples: imagine-se olhar o seu corpo em um espelho e ver um corpo do gênero diferente do seu. Imagine-se com um corpo invertido, trocado ao que realmente tem, e tente se colocar no lugar dessas mulheres. Ter na mente ser mulher e estar aprisionada em um corpo masculino é um sentimento de tortura, de não reconhecimento de si mesmo, de rejeição de si mesmo e que causa muita dor emocional e psíquica. E somente adequando o corpo ao que se vê, torna-se possível viver em paz e com menos sofrimento.


Digo menos, porque alivia, no entanto a sociedade estigmatiza de tal forma as mulheres trans – travestis e transexuais – que as tornam em seres invisíveis socialmente. A maioria é expulsa de casa, ou renegada pela família, não conseguem concluir os estudos por discriminação, sofrem todas as formas de preconceito e bullying, e violências diversas – psíquicas, de direitos, agressões físicas.


Nesse contexto, sobram a marginalidade social, a invisibilidade, e ganham a calçada para trabalhar, como prostitutas. Não se pode mais ver as mulheres trans como cidadãs de segunda classe, são pessoas dignas e merecedoras de direitos e respeito.


Direitos de mudança de nome e sexo, a tratamentos médicos dignos, ao uso dos nomes femininos e tratamentos adequados – principalmente em repartições públicas – o uso do banheiro feminino, oportunidade de estudo e emprego são somente algumas reivindicações que as mulheres trans lutam.


Mulheres trans, travestis ou transexuais, são ilhas cercadas de violências por todos os lados. Ajude a modificar essas concepções de preconceito e estigma. Travestis e transexuais são mulheres que transitam, transformam e acima de tudo TRANSCENDEM os próprios corpos para serem mulheres, mas sobretudo para serem FELIZES.



* Giowana Cambrone Araujo, é mulher transexual, bacharel em Administração de Empresas e Direito, advogada transexual no Estado do Rio de Janeiro. Pós-graduada em Direito Constitucional e mestranda em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi a primeira transexual a integrar o Conselho Nacional de Políticas Culturais.

Fonte: Por Giowana Cambrone Araujo

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Ser mulher e Transcender

Giowana Cambrone Araujo *


A escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir, escreveu em certa feita que “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” Essa máxima foi e me toca muito. Na época em que foi redigida, a autora traduzia para essas breves linhas que a opinião de que mulher é uma construção social. Se nasce menina, mas não necessariamente se é mulher. Somente com o contato da vida social que vai se aculturando, domesticando, aprendendo os comportamentos, condutas e afazeres que transformariam meninas em mulheres, ou pelo menos, em mulheres como a sociedade vê: mães, donas de casa, boas esposas, femininas, vaidosas e demais comportamentos tidos como femininos.


No entanto ser mulher vai muito além deste padrão. Há mulheres, que não se submetem ao controle do homem, e nem por isso deixam de ser mulheres. Há outras, que são totalmente independentes e não desejam ser esposas ou mães. Há ainda outras, que vivenciam a experiência de uma feminilidade standart, ou em stand by, que foge dos padrões de vaidade e beleza estéticas consideradas femininas, e que a sociedade transforma quase que em uma obrigação – nem todas tem paciência, para aturar horas de salão e compromissos estéticos semanais, para manter essa feminilidade imposta.


E também há aquelas mulheres que não nascem meninas. Sim, falo de travestis e transexuais. E são todas mulheres. Por que não seriam? O sexo biológico é determinado ali, quando o bebê nasce, e a sociedade impõe como se fosse o gênero certo, enquanto na verdade, a identidade de gênero é construída ao longo da vida. Então há mulheres que não nasceram meninas, mas que se tornaram mulheres.


Nascem com um sexo, mas sentem e se apercebem sendo de outro sexo. De outro gênero. Desde crianças não se sentem pertencentes aquele gênero que lhes são submetidas pela definição que lhe atribuem pela genitália. Algumas mais ousadas, logo na adolescência buscam evidenciar o desejo de ser e sentir-se mulher. Outras se aprisionam, naquela figura que não é, num corpo que não lhes pertencem.


Guerreiras, subvertem o gênero que lhes é imposto pela sociedade para buscarem a felicidade. Transformam os corpos, passando por vezes por enormes dores, para expressar a corporalidade com o qual se identificam. Se submetem aos tratamentos hormonais, que alteram o metabolismo do corpo e dos humores, para se aproximar mais da sonhada felicidade. E por muitas vezes, somente a cirurgia de readequação genital – procedimento longo e doloroso – podem transformar o corpo naquele que realmente almeja.


Muitas pessoas podem imaginar que é uma bobagem tudo isso, mas te convido para um exercício simples: imagine-se olhar o seu corpo em um espelho e ver um corpo do gênero diferente do seu. Imagine-se com um corpo invertido, trocado ao que realmente tem, e tente se colocar no lugar dessas mulheres. Ter na mente ser mulher e estar aprisionada em um corpo masculino é um sentimento de tortura, de não reconhecimento de si mesmo, de rejeição de si mesmo e que causa muita dor emocional e psíquica. E somente adequando o corpo ao que se vê, torna-se possível viver em paz e com menos sofrimento.


Digo menos, porque alivia, no entanto a sociedade estigmatiza de tal forma as mulheres trans – travestis e transexuais – que as tornam em seres invisíveis socialmente. A maioria é expulsa de casa, ou renegada pela família, não conseguem concluir os estudos por discriminação, sofrem todas as formas de preconceito e bullying, e violências diversas – psíquicas, de direitos, agressões físicas.


Nesse contexto, sobram a marginalidade social, a invisibilidade, e ganham a calçada para trabalhar, como prostitutas. Não se pode mais ver as mulheres trans como cidadãs de segunda classe, são pessoas dignas e merecedoras de direitos e respeito.


Direitos de mudança de nome e sexo, a tratamentos médicos dignos, ao uso dos nomes femininos e tratamentos adequados – principalmente em repartições públicas – o uso do banheiro feminino, oportunidade de estudo e emprego são somente algumas reivindicações que as mulheres trans lutam.


Mulheres trans, travestis ou transexuais, são ilhas cercadas de violências por todos os lados. Ajude a modificar essas concepções de preconceito e estigma. Travestis e transexuais são mulheres que transitam, transformam e acima de tudo TRANSCENDEM os próprios corpos para serem mulheres, mas sobretudo para serem FELIZES.



* Giowana Cambrone Araujo, é mulher transexual, bacharel em Administração de Empresas e Direito, advogada transexual no Estado do Rio de Janeiro. Pós-graduada em Direito Constitucional e mestranda em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi a primeira transexual a integrar o Conselho Nacional de Políticas Culturais.

Fonte: Giowana Cambrone Araujo