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A comunicação a serviço da educação

Desenvolvido em comunidades carentes de Niterói, o Projeto “Olho Vivo na Escola” mostra a força dos meios de comunicação no processo educacional. Ao dar voz aos jovens, os projetos pretendem inverter a lógica do processo de comunicação e fomentar o debate crítico, a pesquisa e o diálogo entre integrantes de diferentes comunidades ou grupos atendidos

Colocar a Comunicação a serviço da Educação. Dar vez e voz para adolescentes de comunidades carentes expressarem suas opiniões, fazer reivindicações e escreverem sua própria história. Disseminar informações de populações que dificilmente são agentes no processo de comunicação, promovendo a emissão das mensagens. Estes são objetivos do projeto “Olho Vivo”, desenvolvido desde 2003 em comunidades carentes de Niterói pela Bem TV – entidade civil sem fins lucrativos.

Lado a lado, caminha o projeto “Olho Vivo na Escola”, que mostrou em vídeo e em jornal o dia-a-dia de cinco escolas de públicas de Niterói (Escola Estadual Fernando Magalhães, Escola Estadual Duque de Caxias, Ciep Maria Defina de Freitas Gomes, Escola Estadual Maria Pereira das Neves e Escola Estadual Cizínio Soares Pinto). Produzido por adolescentes, o material ficou em exposição em novembro no Centro Cultural Pascoal Carlos Magno, em Niterói, e será trabalhado com alunos dessas mesmas escolas ao longo de 2006.

Para Márcia Correa e Castro, coordenadora executiva do Bem Tv, a comunicação é uma metodologia interessante para educação. “A idéia da Bem Tv é colocar a comunicação a serviço dos processos pedagógicos. Trabalhamos para que a comunicação seja incorporada, de preferência, pelo poder público, nos processos pedagógicos. A comunicação tem um componente estruturante. É preciso estruturar uma mensagem para emiti- la. É preciso parar, pensar e construir um discurso”, esclarece.

Ao dar voz aos jovens, os projetos pretendem inverter a lógica do processo de comunicação e fomentar o debate crítico, a pesquisa e o diálogo entre integrantes de diferentes comunidades ou grupos atendidos. “Acreditamos que quando se dá oportunidade das pessoas falarem ao invés de só escutarem, também trabalhamos dentro de uma perspectiva pedagógica. Dentro da ótica da educação, quando se coloca as pessoas para falarem, há uma possibilidade maior de aproveitar o conhecimento daquele público. É essa coisa que se fala tanto da proposta dialógica de Paulo Freire, de aproveitar o conhecimento do próprio educando. Ele aparece com mais facilidade quando você diz”: agora você vai fazer um jornal! Você vai dizer o que pensa com esse vídeo…”, explica.

A Bem Tv surgiu em 1990 como projeto e foi institucionalizada em 1992. A opção pela linha da educação aconteceu em 1996, a partir da análise das experiências desenvolvidas até então. “Chegávamos nas comunidades para trabalhar e a maior parte das pessoas que apareciam para trabalhar conosco eram jovens. Os projetos sociais oferecem várias oportunidades individuais. Mas entendemos que uma transformação da sociedade virá somente através de políticas públicas e, no caso de juventude, essa política pública deve estar principalmente na escola”, frisa.

O convívio com os jovens também mostrou a importância do trabalho em parceira com as escolas. “Havia uma coisa engraçada: as pessoas começavam a trabalhar com a gente nos projetos e tivemos muitos casos do aproveitamento na escola diminuir. As crianças diziam: ‘ah, a escola é um saco!’ depois que descobriam outro jeito de aprender. Daí, pensamos: se desenvolvemos alguma coisa, colocamos isso a serviço da escola”, acrescentou.

Co-fundador do Bem Tv, Adilson Cabral, professor do Instituto de Artes e Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Centro de Pesquisa de Projetos de Emergência em Comunicação, explica a importância de comunidades carentes se apropriarem das novas tecnologias nos processos de comunicação.

“Emergência na Comunicação é um processo no qual se trabalha as articulações emergindo de baixo para cima e não cima para baixo. Então, ela é socialmente construída e apropriada pelas comunidades a partir dos processos comunicacionais. A Bem Tv veio sofrendo uma série de transformações e esse estágio de interação das comunidades para apropriação social e coletiva das tecnologias da informação e comunicação está exatamente na linha de emergência “, pontua.

Segundo o professor da UFF, a universidade pode participar ativamente deste processo, dando suporte institucional e acadêmico. “A universidade como instituição dialoga com esse processo na medida em que os cursos podem ter um currículo voltado para essa finalidade. Também com o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de extensão universitária voltados para essa realidade. E também a partir de uma disposição política, institucional, de voltar o conhecimento produzido na universidade para o benefício da sociedade “, corrobora o pesquisador.

Representante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), Oona Castro salienta a importância da luta para que o direito à comunicação, seja reconhecido por Governos e sociedade e assuma o mesmo patamar do direito à educação e à saúde, por exemplo. “O principal desafio do direito à comunicação ser implementado como um direito é a população reconhecer que tem o direito de se comunicar. Os direitos de educação, saúde e lazer são muito mais reconhecidos do que o direito à comunicação “, assinala.

Nesse sentido, Oona Castro faz uma diferença entre comunicação pública comunitária e comunicação governamental, tendo como ponto de partida a cobrança de políticas públicas. “O segundo passo é que o Estado reconheça esse direito e desenvolva políticas nesse sentido. É preciso ter uma política pública que se construa em conselhos públicos, com a participação da sociedade civil, das comunidades, dos governos e das entidades interessadas em construir um sistema público que garanta que as pessoas exerçam seu direito de se comunicar e não apenas de receber informação “, conclui.

 

Jovens de “Olho Vivo” na mídia

Tudo começou em 2003, quando, após uma oficina de Fotografia, adolescentes do Morro do Preventório decidiram editar um jornal que circulasse em sua comunidade defendendo o interesse de crianças e jovens. Com o patrocínio do Instituto C&A, um grupo de 60 jovens editou seu primeiro jornal mensal.

Em 2005, a iniciativa alcançou mais duas comunidades: a da Colônia de Pesca da Jurujuba e a da Grota do Surucucu. Com o patrocínio do programa Petrobrás Fome Zero, foi possível editar mais essas duas publicações e colocar no ar página “Niterói Comunidades” <niteroicomunidades.org.br>, desenvolvido por adolescentes.

No projeto “Olho Vivo”, jovens destas três comunidades, com idade entre 13 e 20 anos, têm aulas de texto, fotografia e programação visual. Eles são estimulados a desenvolverem competências para analisarem a realidade ao seu redor e expressar a voz de suas comunidades nas publicações.

No entanto, também são promovidos encontros semanais para o debate de idéias. Na disciplina “Juventude e Cidadania”, adolescentes fazem um diagnóstico da situação de vida nas comunidades onde vivem e mobilizarem suas comunidades.

Os jornais são geridos pelos adolescentes que criam grupos de “Jovens Comunicadores”. Eles são responsáveis pela redação, edição, diagramação e distribuição das publicações. Em cada comunidade há um “Conselho Comunitário de Comunicação “, que determina as diretrizes temáticas dos jornais. O sustento dos projetos vem da venda de anúncios a comerciantes locais.

Há, ainda, um grupo específico de jovens comunicadores responsável pela manutenção da página eletrônica que colocar o conteúdo dos três jornais na Internet. Em suas oficinas, este grupo também discutiu temas relacionados à inclusão digital.

 

A trajetória de um repórter comunitário – Foi através de amigos que ele ficou conhecendo o projeto “Olho Vivo”.

Mesmo sem ter um a vaga garantida e depois do curso já ter começado, Márcio dos Santos, de 16 anos, se aventurou a assistir uma oficina de texto. Seu trabalho imediatamente agradou os professores. Desde então, o jovem estudante se transformou em repórter.

Morador da Grota do Surucucu e aluno da 1ª série do ensino médio, Márcio vexplica que desde que começou a participar das oficinas e depois que passou a trabalhar no “Jornal da Grota” seu comportamento mudou bastante: aumentou seu círculo de amizades e também seu repertório cultural.

“Antes de participar do projeto, quase não gostava de ler jornal. Agora, me ligo mais nas notícias que estão acontecendo. Sempre gostei de escrever, mas agora estou escrevendo mais ainda. Também arrumei mais amigos. Antes, eu quase não falava com ninguém da comunidade”, revela o estudante.

Outro aspecto modificado com a publicação do “Jornal da Grota” foi a postura com relação aos jovens da comunidade de Marcio. Segundo o estudante, durante os cinco meses de oficinas, muita gente não acreditou que a idéia da publicação se concretizasse. “Logo que começou a oficina, ninguém acreditava que ia sair o jornal. Depois que saiu a primeira edição, eles pensaram: ‘poxa, o pessoal tem capacidade para fazer um jornal’. Nossa segunda edição atrasou e as pessoas perguntaram se o jornal não ia sair”.

Depois de duas edições do “Jornal da Grota” – a edição zero saiu em novembro e a de nº1 em dezembro -, o repórter revela que desfruta de respeito e credibilidade dentro da comunidade. “Moro no morro. Com chuva, o morro ficou totalmente danificado. Na semana passada, falei com a Associação de Moradores para eles consertarem a escada e eles se prontificaram a fazer uma nova assim que o período de chuvas passar. Se fosse há quatro meses, eles iam dar as costas para mim e sair andando’.

Antes eu tinha vergonha de fazer um pedido desses e hoje eu tenho esse crédito com a Associação de Moradores”, ressalta.

As mudanças também foram sentidas na escola. Com o trabalho de repórter, o interesse pela aulas de Língua Portuguesa aumentou. Mas, as redações de grandes jornais estão distantes dos sonhos que Márcio faz para o futuro. “Quero ser oficial da Marinha. Tenho uma tia que é oficial e me espelho nela. Se eu não conseguir, vou fazer Engenharia “, afirma.

 

Inclusão Digital: um desafio para a sociedade

Lançado oficialmente no último dia 16, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, o sítio “Niterói Comunidades” traz o conteúdo dos jornais: “Palavra do Morro”, da comunidade do Morro do Preventório; “Jornal da Grota”, da comunidade da Grota do Surucucu; e do “Mar de Histórias”, da comunidade da Colônia de Pesca de Jurujuba.

Além disso, quem acessa a página eletrônica encontra a história dessas comunidades – contada por seus moradores e escritas pelos adolescentes dos projetos -, dados estatísticos sobre a população, serviços, classificados, informações sobre os projetos sociais desenvolvidos nas comunidades, banco de currículos, agenda de eventos e fotos tiradas por alunos da oficina de fotografia.

Através da navegação da internet, brasileiros e o mundo poderão conhecer de forma mais detalhada a história e o dia-a-dia das comunidades de Niterói. Mas, quantos moradores dessas comunidades têm computador em casa? Quantos deles têm acesso à internet? Como poderão usar a rede eletrônica como meio para troca de informações, experiências e articulação social?

Para responder a estas questões, a Bem Tv promoveu o debate “Inclusão Digital, que bicho é esse?” durante o evento no MAC. Participaram das discussões Oona Castro, representante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social); Luiz Antônio Carvalho, coordenador da Rits (Rede de Informações para o Terceiro Setor) e Edson Machado, subsecretário de Modernização Administrativa de Niterói.

Segundo Luiz Carvalho, as mudanças ocorridas nos meios de comunicação são cada vez mais rápidas e mais convergentes. A vida moderna, cada vez mais, é permeada pelas mídias eletrônicas. Por isso, ele ressalta os prós e os contras desta verdadeira revolução, assinalando a necessidade da inclusão digital.

“Esses avanços tecnológicos que podem significar o incremento da desgraça de muitos. No Brasil, há enormes desigualdades sociais, regionais, de etnia e de gênero. Essas desigualdades que poderiam diminuir com a revolução digital, podem acabar aumentando”, ressalta o coordenador da Rits.

Subsecretário de Modernização Administrativa de Niterói, Edson Machado afirmou que o município é o primeiro do Estado em inclusão digital e o terceiro do Brasil. “Esse índice se deve ao fato de Niterói ter uma classe média muito forte. Mas, nosso prefeito Godofredo Pinto e o secretário de Educação, Waldeck Carneiro entenderam a importância da inclusão digital. Em um ano e meio de governo já temos 21 telecentros pela cidade “, destacou.

Os telecentros são espaços que têm de 10 a 20 computadores, abertos a população em geral e a alunos da rede municipal especificamente, onde o uso de computadores e acesso à internet são gratuitos. Nesses locais são promovidas oficinas de informática e há monitores que orientam os usuários no uso dos equipamentos. Os programas utilizados são “softwares livres”.

Questionado sobre o destino do Telecentro de Jurujuba, fechado no meio do ano, Edson Machado informou que a unidade passa por reformas e será reaberta em breve.


(Fonte: Folha Dirigida –  27 de dezembro)

 

 

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OPINIÃO DOS LEITORES

à Parabéns pelo site, que começou bem informando os
nomes dos parlamentares que votam a favor dos interesses
dos trabalhadores. Quando estive nas lides sindicais sempre
combati os “outdoor” que evidenciavam os deputados que
votavam contra os trabalhadores. – Isaac Domingos.
 

à Aos funcionários e dirigentes desta federação, agradeço a

atenção e o carinho que sempre me dispensaram. Parabéns

pelo novo sítio e que 2006 seja um ano de muitas realizações

(boas) para vocês. Abração do Renato Lima.

 

à Ficou muito bom o boletim do dia 30! O verde pra final de

ano combina com esperança de novas conquistas, ficou bem

legal! Parabéns a tod@s @s companheir@s da federação!

Que 2006 seja repleto de novas realizações. Do companheiro,

Victor De Wolf.

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BANCÁRIOS PARAM BANRISUL

Os banrisulenses mostraram a sua indignação, paralisando até as 11h do dia 29 de dezembro, o edifício-sede do banco, no centro de Porto Alegre. O protesto foi contra a discriminação praticada pela diretoria do Banrisul na madrugada do dia 24, quando creditou um prêmio de dois salários para 253 funcionários da área de informática na Direção Geral, totalizando R$ 1.357.068,05. Munidos de carro de som, apitos e usando o adesivo “Papai Noel para todos”, os bancários se manifestaram, reclamando que a diretoria do banco deixou mais de 8.250 funcionários, que também atingiram as metas, sem tal premiação e com a carteira vazia.

Em assembléia durante a manifestação, os funcionários do Banrisul decidiram por unanimidade pela ampliação da mobilização em 2006. As propostas aprovadas foram: realização de um dia nacional de mobilização no próximo dia 10 de janeiro (terça-feira), com atividades em toda a rede de agências; publicação de um “a pedido” na imprensa, denunciando a discriminação para a sociedade gaúcha; envio de denúncias para a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Ministério Público do Trabalho e Assembléia Legislativa do RS; pedido de audiência com o governador Germano Rigotto; coleta até o dia 10 do Código de Ética (distribuído pelo banco aos funcionários), que será devolvido para a diretoria do banco.


(Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região)

 

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BB prepara ofensiva no crédito e terá financeira

Os dois grandes bancos federais de varejo perderam terreno em um dos maiores e mais lucrativos negócios do mercado em 2005 – o crédito a pessoas físicas – e reorientaram suas estratégias para 2006. O maior banco do país, o Banco do Brasil, constituirá uma financeira para disputar o público de não clientes, segmento no qual as grandes instituições do setor privado mais crescem. A Caixa Econômica Federal finaliza uma solução para enveredar pelo mesmo caminho, mas operada diretamente pela própria instituição.


“O BB pretende construir uma nova arena: o relacionamento com não correntistas, para vender crédito, cartões e seguros”, diz o vice-presidente da varejo e distribuição, Antônio Francisco de Lima Neto. Num mercado com forte expansão em 2005, o crédito de instituições públicas cresceu só 0,7 ponto percentual do Produto Interno Bruto, de 10,4% para 11,1%. Bem pouco diante dos 1,8 ponto dos bancos privados nacionais – de 10,7% para 12,5% do PIB.


Os financiamentos diretos ao consumidor são apenas um terço da carteira de pessoas físicas no BB, enquanto no mercado o quadro é inverso, com dois terços da carteira com esse tipo de crédito.


O BB usará as mesmas armas que permitiram rápido avanço dos bancos privados – a associação com varejistas. “Estamos partindo para parcerias nessa área”, conta Lima Neto. Já a CEF quer agregar operações de crédito dentro do próprio banco. “Está sendo desenvolvido um modelo para crescermos no financiamento de veículos”, adianta o diretor de crédito da Caixa, Carlos Henrique Almeida Custódio. A CEF estuda também sua estréia no CDCI, ou financiamento de consumo feito por meio dos varejistas.


(Fonte: Valor Online)


 

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Desembolsos do BNDES para produção de máquinas crescerem 45% este ano

RIO – Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para produção de máquinas tiveram um desempenho, em 2005, muito superior ao do ano anterior. As liberações da Finame, linha destinada ao financiamento de equipamentos de fabricação nacional, aumentaram 45% em relação a 2004, totalizando R$ 10 bilhões. Os desembolsos só na linha Finame Leasing aumentaram 85,72% e os recursos liberados pelo BNDES Automático, que financia projetos de até R$ 10 milhões, fecharão o ano com um aumento de 18,97% em relação a 2004.


Os financiamentos para a produção de equipamentos de transporte rodoviário ganharam maior relevância dentro da Área de Operações Indiretas (AOI). Este ano, responderam por 33,1% dos desembolsos do setor, superior aos 26,7% de 2004. Os demais equipamentos passaram de 17,6% para 26,2% no mesmo período de comparação, evidenciando que o setor de Equipamentos de Transporte (denominado de Bens de Capital com Rodas) manteve uma expansão bem acima do ritmo da atividade dos demais setores da economia.


Já os desembolsos dos programas agrícolas sofreram uma redução de 37,8% este ano, em relação ao volume liberado em 2004. O fraco desempenho foi resultado da retração nos financiamentos de máquinas agrícolas, conseqüência da crise do setor, que reuniu, este ano, fatores climáticos negativos e fatores econômicos, como a diferença de taxa de câmbio no momento do plantio, quando o dólar estava cotado a R$ 3,00, e da colheita, quando a cotação caiu para R$ 2,30, além da queda de preços de algumas commodities. Os desembolsos da linha Finame agrícola caíram 52%. Apesar do comportamento do setor agrícola, os recursos liberados pela Área de Operações Indiretas do Banco aumentaram 5,88% em 2005.


(Fonte: Globo Online)


 

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CONGRESSO TEM 79 DONOS DE MÍDIA

Constatar que, no Brasil, poder político e propriedade de veículos de comunicação caminham juntos não é nenhuma novidade. Eis, agora, os dados: segundo investigação do professor Venício de Lima, do Núcleo de Estudos de Mídia e Política da Universidade de Brasília (Unb), 51 deputados da Câmara Federal são concessionários diretos de empresas de radiodifusão.

A notícia foi divulgada no início de novembro pelo sítio Congresso em Foco e inclui somente nomes do cadastro do Ministério das Comunicações. Dos beneficiários, 14 são do PMDB, oito do PFL, sete do PP e seis do PL, .PSDB, PSB, e PTB empatam , cada um com quatro; dois são do PPS, um do PV e um do PDT. José Borba (PMDB-PR) e Carlos Rodrigues (PL-RJ), incluídos na lista, renunciaram após serem acusados de envolvimento com o mensalão. Outros dois, Wanderval Santos (PL-SP) e Romeu Queiroz (PTB-MG), respondem a processos de cassação pelo mesmo motivo.

No Senado, pesquisa de James Gorgen e Daniel Hertz, do Instituto de Estudos e Pesquisa em Comunicação (Epcom), de Porto Alegre, revela que 28 senadores são detentores de empresas de radiodifusão, ou seja, 35% do total. O estudo considera veículos em nome de filhos e cônjuges, além de terceiros que mantêm com eles relações políticas ou comerciais.

A listagem reúne nomes como os de José Sarney (PMDB- MA) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), ex-presidente da Casa: Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB; José Agripino Maia (RN), líder do PFL no Senado ; e até do parlamentar licenciado e atual Ministr5o das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG).

A situação fere o artigo 54 da Constituição Federal. Segundo ele, deputados e senadores não podem “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público” ou serem “proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público”.

O descumprimento é tão evidente que tramita na Câmara uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) , de Alceste Almeida (PMDB-PR), que autoriza parlamentares a serem proprietários de empresas jornalísticas , emissoras de rádio e canais de televisão.

Dos 189 signatários da PEC, 32 são membros da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), reduto dos donos da mídia. Figuram na lista de assinaturas nomes como os do ex-ministro das Comunicações, Eunicio Oliveira (PMDB-CE); do primeiro vice-presidente da Câmara, José Thomaz Nono (PFL-AL); e do presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP).

Diante da situação, o Projor – mantenedor do sitio Observatório de Imprensa – entrou com representação no Ministério Público Federal pela apuração dos fatos e punição e punição dos parlamentares. Alberto Dines, um dos autores do pedido, ataca alegando que “todas as distorções e aberrações da mídia eletrônica brasileira germinam nesta questão: os meios de comunicação não podem estar nas mãos do poder político”.

Os coordenadores do Projor também encaminharam a Roberto Monteiro Gurgel Santos, subprocurador – geral da República, os resultados da pesquisa que assinalam ilegalidade em concessões públicas.


(por Ester Scotti – Fazendo Media)

 

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ENTIDADES QUE CONTRIBUEM COM AS METAS DO MILÊNIO RECEBERAM PRÊMIO

No dia 15 de dezembro, 27 experiências e personalidades receberam o prêmio ODM Brasil (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). A iniciativa, do governo federal em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, premiou projetos que contribuem para o cumprimento das oito metas do milênio: erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/aids, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer parceria para o desenvolvimento. Essas metas foram pactuadas por 189 países durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas realizada há cinco anos em Nova Iorque.


Para selecionar os vencedores do prêmio entre os 920 indicados, foram considerados a abrangência do projeto, os resultados alcançados e o potencial de continuidade da iniciativa.


 


As entidades e personalidades premiadas foram:


 


Prêmio Especial In Memorian:


Hebert de Souza (Betinho) – Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e a Pobreza


 


Menção Honrosa:


Percival Caropreso, publicitário – Projeto Couro Ecológico (PA)


 


Categoria Governos Municipais:


Programa Escola da Gestante – prefeitura de Apucarana (PR)


Reurbanização da Coroa do Meio – prefeitura de Aracaju (SE)


Coleta de Orgânicos em Ecocidadania – prefeitura de Belo Horizonte (MG)


Pólo Brasileiro de Cosmético Prefeitura de Diadema (SP)


Casa Rosa Mulher – prefeitura de Rio Branco (AC)


Santo de André Mais Igual – prefeitura de Santo André (SP)


Trevo de Quatro Folhas – prefeitura de Sobral (CE)


Semeando Educação e Saúde na Agricultura Familiar – prefeitura de Três Passos (RS)


 


Categoria Organizações:


Themis, Assessoria Jurídica e Estudos do Gênero (RS)


Projeto Um Milhão de Cisternas (P1MC) – 937 municípios da região Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo


Projeto Menarca – Ponta Grossa (PR), 17 municípios da Região dos Campos Gerais


Associação da Anemia Falciforme do Estado de São Paulo – (SP)


Programa Escrevendo o Futuro – Fundação Itaú Social


Dançando para Não Dançar – 11 comunidades do Rio de Janeiro (RJ)


Projeto Barraginhas – Embrapa, mais de 300 municípios brasileiros


Acolhida na Colônia – municípios catarinenses: Rancho Queimado, Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Gravataí e Grão Pará.


 


Categoria Destaques (individuais e coletivos):


Associação de Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (ASMARE – BH)


Dom Cláudio Hummes, cardeal arcebispo de São Paulo


Dinorá Couto Cançado, ex-coordenadora de bibliotecas do Governo do Distrito Federal


Grupo de Trabalho Amazônico – nove estados da Amazônia Legal


Mulheres de Pombal – Pombal (PB)


Pastoral da Criança – 3.900 municípios brasileiros


Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – (MA), (TO), (PI) e (PA)


Associação Vaga-Lume – 90 comunidades rurais de 20 municípios da Amazônia, com sede em São Paulo


 

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AOL ENCERRA OPERAÇÕES NO BRASIL – ASSINANTES SERÃO TRANSFERIDOS PARA O TERRA


Um acordo para a transferência de assinantes, fechado entre a América Online Latin América (Aola) e o Terra, anuncia o fim das operações do maior provedor de acesso do mundo no País, seis anos após sua chegada. Em processo de concordata desde junho de 2005, a Aola submeteu hoje à SEC (Security Exchange Comission, órgão norte-americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários), um pedido de autorização para que a operação seja realizada.


A resposta das autoridades deve sair até o fim de janeiro de 2006. Os valores do acordo não foram revelados, assim como o número de clientes afetados.


Ainda não há um plano de marketing definido para a migração dos assinantes para o Terra, mas espera-se que seja realizada uma campanha com estímulos à mudança, caso a decisão da SEC seja favorável. Concluída a promoção, a AOL deve encerrar as atividades no País.


Joint-venture da AOL Time Warner com o grupo Cisneros e o Itaú, a Aola já vendeu suas operações na Argentina e Porto Rico. A subsidiária mexicana também está sendo negociada.


Tanto a AOL Brasil quanto o Terra não estão comentando o acordo.


Fonte: IT Web.


 


 

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VEREADOR DALTON SILVANO VENCE A SÃO PILANTRA 2005

Pela criação da lei que quer proibir as portas de segurança nos bancos da cidade, o vereador Dalton Silvano sagrou-se o grande vencedor da Corrida de São Pilantra 2005, o santo padroeiro das elites do Brasil. Em segundo lugar, ficaram os banqueiros do Grupo Santander Banespa – pela demissão de mais de 600 trabalhadores às vésperas do Natal –, do Bradesco – pela violência contra os bancários durante a campanha salarial deste ano –, do ABN Real – pelo desrespeito aos direitos –, e do HSBC – por tentar forçar o trabalho aos sábados.
Os árbitros de futebol que corromperam o campeonato brasileiro chegaram em terceiro junto com as peruas da Daslu e as consumidoras da Daspu.
A largada aconteceu em frente ao Masp e cerca de 150 “atletas” percorreram a avenida Paulista até o prédio da Gazeta, onde o São Pilantra 2005 foi premiado.
“Os bancários estão encerrando o ano demonstrando que sabem lutar por seus direitos com alegria e muita disposição. Em 2006, estaremos de novo nas ruas, para ampliar as conquistas da categoria e o respeito à cidadania do povo brasileiro”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Outros concorrentes – A disputa foi acirrada na avenida Paulista: a polícia inglesa disputou um lugar no pódio, pelo assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes. Para lembrar a corrupção que marcou 2005, o homem dos dólares na cueca foi seguido de perto por Roberto Jefferson, Delúbio Soares e Marcos Valério. Não faltaram concorrentes clássicos como George W. Bush, Geraldo Alckmin (que este ano estava acompanhado dos meninos da Febem) e Paulo Maluf (este ano com seu filho). O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi perseguido, durante toda a corrida, pela ministra Dilma Roussef.
Tradição – A corrida, paródia bem-humorada da São Silvestre, é realizada pelo Sindicato desde 1998, quando a entidade criou a brincadeira para pressionar o antigo banco Mercantil de São Paulo (primeiro vencedor da São Pilantra e hoje controlado pelo Bradesco) a pagar a participação nos lucros e resultados devida aos funcionários. O Unibanco sagrou-se o grande campeão da pilantragem, com três “conquistas” (1999, 2000 e 2002, todas por demissões e desrespeito à liberdade sindical), sendo que em 2000 dividiu o título com o juiz Lalau. Em 2001 o vencedor foi Paulinho, presidente da Força Sindical, por sua atuação a favor da flexibilização de direitos da CLT. Em 2003, o ABN Real de Fábio Barbosa, que demitira 190 pessoas às vésperas do Natal, foi o campeão. No ano passado, foi a vez de Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 

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Bradesco cria promoção “Me engana que eu gosto”

Na semana passada, em Petrópolis, o gerente geral da agência Imperador, do Banco Bradesco, resolveu inovar, criando a promoção relâmpago me engana que eu gosto. A referida promoção foi uma tentativa da agência em melhorar suas metas. O funcionário que ficasse em primeiro lugar, pasmem, ganharia folga no dia 30 de dezembro. Esqueceram de avisar para o gerente que a grande maioria dos bancários não trabalha nesse dia, a exceção, é claro, dos funcionários do Bradesco.
A meta era simples. Bastava vender 20 títulos de capitalização e uma previdência de, no mínimo, 100 mil reais, para começar a concorrer. Os bancários tiveram apenas os dias 21, 22 e 23 para realizar a meta.
Só o bancário que vendesse mais ganharia o prêmio. Existe gestor que não tem a menor noção do que é o conceito da motivaçao: faz uma promoção ridícula e pensa que com isso vai sensibilizar o funcionalismo, afirma o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Iomar Torres.
O Sindicato pesquisou na cidade e na grande maioria das agências a gerência vai liberar os bancários na próxima sexta-feira, em função das comemorações de Ano Novo. A cada dia que passa, o Bradesco se mostra como um dos bancos mais intransigentes do mercado financeiro brasileiro, completa Iomar.
É com ações como essas que vemos que o Bradesco é realmente um banco completo quando quer ferrar com os funcionários.
 
(Fonte: SEEB Petrópolis)

 

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