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A ALEGRIA E A DOR DAS FAVELAS

Trecho do livro Favela – Alegria e Dor na Cidade, de Jailson de Souza e Jorge Luiz Barbosa:

 

“Falar do futuro das favelas é tarefa que exige, em primeiro lugar, que não se dissocie seus rumos com os da cidade como um todo. O primeiro passo é acabar com a relação favela e asfalto. O reconhecimento realmente democrático dos direitos à cidade passa por uma nova apropriação do espaço urbano. A cidade, antes de mais nada, é uma só. Criar um futuro diferente significa reconhecer que as comunidades populares construíram suas histórias ao longo de uma centena de anos de lutas para habitar esta mesma cidade. São obras de vivências entre cidadãos de uma metrópole marcada por profundas contradições, tensões e conflitos sociais.

As comunidades populares se expandiram e se consolidaram nos mais distintos bairros do Rio de Janeiro. A geografia das favelas cariocas não se limita às encostas dos morros. Planícies, baixadas, margens de rios e lagoas – geralmente desvalorizados (tanto do ponto de vista econômico como simbólico) por sua localização ou suas condições físicoambientais – foram também sítios de construção da vida de muitas comunidades. Em todas foram constituídas relações de sociabilidade, formas de trabalho e de geração de renda, criações artísticas e práticas culturais produtoras de identidades. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no seu cotidiano e na sua inserção na cidade, as favelas afirmaram seus direitos de permanência no espaço urbano metropolitano.

Como estamos falando de futuros possíveis, vale retomar uma pergunta bastante comum entre nós, moradores da Cidade Maravilhosa. A favela é um problema ou uma solução para homens e mulheres pobres da cidade? Essa pergunta provocativa gera outras questões: as favelas não foram sempre interpretadas como um problema para as classes dominantes e os grupos sociais médios? Era uma questão que deveria ser resolvida pela ação do Estado, mediante a repressão às ocupações consideradas indevidas ou pela remoção dessas comunidades para os devidos lugares dos pobres. O problema era sim a favela.

Sendo a favela o problema, logo o Estado era chamado para resolvê-lo de modo arbitrário ou clientelista, faces de uma mesma conveniente negação do exercício de direitos a parcelas significativas da população. O fato é que se a favela é um problema, esse é um problema de responsabilidade de toda a sociedade.

Então a favela é uma solução? Para os que sempre viveram com direitos limitados para habitar a cidade, a favela foi, sim, uma solução possível. Elas foram construídas como um exercício de cidadania, como afirmação de direitos. Mesmo as favelas mais precárias em termos de moradias e de infra-estrutura de serviços são territórios onde os pobres afirmaram presença na metrópole carioca. Isto não significa, é claro, que os cidadãos marcados pela desigualdade devam encontrar por si mesmos suas possibilidades de vida. Essa seria não só uma posição cômoda, mas também profundamente discricionária e socialmente irresponsável com o destino de milhares de pessoas. Seria a mais pura cristalização de processos violentos de discriminação e distinção social, econômica e cultural.

A favela não é um problema, nem uma solução. A favela é uma das mais contundentes expressões das desigualdades que marcam a vida em sociedade em nosso país, em especial nas grandes e médias cidades brasileiras. É nesse plano, portanto, que as favelas devem ser tratadas, pois são territórios que colocam em questão o sentido mesmo da sociedade em que vivemos. O significado da apropriação e uso do espaço urbano deve estar na primeira página de uma agenda política de superação das más condições de vivência no nosso mundo.

Estamos diante de um desafio, e não mais diante de um “problema dos outros”. Criar um conjunto de proposições e práticas de transformação da sociedade que leve em conta as favelas como territórios de sua construção é o grande desafio político da atualidade. Integrar definitivamente as favelas na agenda de superação de contradições, conflitos e tensões presentes no espaço urbano é, sem dúvida, contribuir para um amplo movimento de consolidação da democracia.”

 


Por Graziela Salomão

 

TÍTULO – Favela – Alegria e Dor na Cidade

AUTOR – Jaílson Souza e Silva e Jorge Luiz Barbosa

EDITORA – Senac Rio

PÁGINAS – 229

PREÇO – R$ 37,00

 

 

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PLANTIO DE TRANSGÊNICO DESACELERA NO MUNDO, MAS CRESCE 88% NO BRASIL

O ritmo de avanço global das lavouras transgênicas arrefeceu em seu décimo ano de plantio comercial. Estudo do International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA), baseado em Nova York, nos Estados Unidos, aponta que a área global cresceu 11% em 2005, atingindo 90 milhões de hectares. Em 2004, a expansão foi de 20% e, em 2003, de 15%.
Clive James, presidente do ISAAA, observou que a maior expansão se deu no Brasil, que elevou a área plantada com soja transgênica em 88%, passando de 4,4 milhões de hectares em 2004 para 9,4 milhões no fim de 2005. Com esse resultado, o Brasil pulou da quarta posição no ranking de maiores produtores para a segunda colocação, perdendo apenas para os EUA, que plantaram 49,8 milhões de hectares (55% da área global). “A perspectiva é que a área global continue crescendo mais de dois dígitos por ano nesta segunda década de lavouras transgênicas”, afirmou James.
Em 2005, segundo o ISAAA, o plantio de transgênicos ocorreu em 21 países, ante 17 no ano anterior. Em valor, o mercado de sementes e insumos movimentou em torno de US$ 5,25 bilhões, sendo que a soja respondeu por US$ 2,42 bilhões. Segundo James, as lavouras transgênicas já correspondem a 3% da área total cultivada no mundo. No caso da soja, 60% do plantio mundial é feito com grãos transgênicos. Esse índice chega a 28% no algodão, a 14% no milho e a 18% na canola.
Ivo Carraro, diretor da Coodetec e presidente da Braspov (reúne indústrias sementeiras), observou que, embora não haja dados estatísticos sobre o plantio de algodão e milho transgênico no Brasil, o cultivo já acontece, principalmente no Mato Grosso e Bahia (caso do algodão) e Rio Grande do Sul (milho). A expectativa, segundo ele, é que ainda haja grande expansão no cultivo de transgênicos no país nos próximos anos, principalmente após a liberação comercial do algodão geneticamente modificado.
Além do Brasil, o ISAAA destacou o plantio de 17 milhões de hectares na Argentina (6% mais que em 2004), 5,8 milhões no Canadá (aumento de 7%), 1,8 milhão no Paraguai (aumento de 50%) e 1,3 milhão na Índia (expansão de 160%). O ISAAA destacou o avanço do plantio de arroz transgênico, plantado comercialmente pela primeira vez no Irã e que alcançou 4 mil hectares. James acredita que a introdução de arroz transgênico tem maior potencial de expansão no mundo até 2015.

(Fonte: Valor Econômico)

 

 

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ECONOMIA SOLIDÁRIA – Ministros da Venezuela conhecem Banco Palmas

Os ministros da Venezuela, Elias Jaua, da Economia Popular, e Gustavo Márquez, da Integração e Comércio Exterior, visitaram, na manhã deste sábado, dois projetos de economia solidária em Fortaleza: O Banco Palmas, no Conjunto Palmeiras, e o Credsol, no Grande Bom Jardim.

Os ministros – que retornaram a Caracas, na tarde de ontem – estavam acompanhados de uma comitiva formada por dirigentes de órgãos dos governos venezuelano e brasileiro.

O ministro Elias Jaua, da Economia Popular, conheceu o Banco Palmas, uma experiência pioneira de economia solidária no Brasil. Inicialmente, ouviu atentamente os pronunciamentos de autoridades locais e de Dione Menetti, dirigente da Secretaria Nacional de Economia Solidária.

Dione Menetti destacou o Banco Palmas como sendo uma referência bem sucedida que “comprova a viabilidade de criar instituições que atendam às reais necessidades do povo brasileiro, na perspectiva de proporcionar crédito para quem precisa”.

O ministro Elias Jaua disse que a visita da delegação venezuelana a Fortaleza faz parte da política de integração da América Latina defendida pelo presidente Hugo Chavez. “Temos interesse em conhecer as experiências brasileiras no setor da economia solidária porque acreditamos que esse seja o caminho para se fortalecer a economia social e popular no continente sul-americano”, enfatizou Elias Jaua.

Criado em 1998, o Banco Palmas foi o primeiro banco comunitário implantado no Brasil. Hoje, já existem sete bancos semelhantes em todo o País. No Interior do Ceará, 10 estão em fase de implantação e três estão em pleno funcionamento nos municípios de Paracuru, Santana do Acaraú e Palmácia.

Administrado pela Associação dos Moradores do Conjunto Palmeiras, o Banco Palmas encerrou 2005 com uma carteira de R$ 120 mil em empréstimos efetuados. Segundo Sandra Magalhães, coordenadora de projetos, 1.300 famílias do Conjunto Palmeiras utilizam os créditos do banco.

Além dos empréstimos, o Banco Palmas possui uma moeda social, a “Palmas”, equivalente a R$ 1,00, que circula naquele bairro desde 1991. Ela é aceita em estabelecimentos comerciais, postos de combustíveis e transportes alternativos.

Os créditos do Banco Palmas concretizaram o surgimento de sete empreendimentos comerciais (nos setores de moda, artesanato, limpeza, beleza, entre outros), que geraram 5 mil empregos para a população local. Os empréstimos variam de R$ 300 a R$ 1 mil, com juros de 1% a 2% ao mês.

Os saldos positivos do Banco Palmas, no combate a pobreza, na promoção da cidadania e na geração de emprego e renda, foram reconhecidos com duas premiações, no ano passado. Uma delas foi o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.

Os programas de economia solidária desenvolvidos pelo Centro Herbert de Souza e a Fundesol no Grande Bom Jardim foram visitados pelo ministro Gustavo Márquez, da Integração e Comércio Exterior da Venezuela. Durante a visita, ele conheceu a modalidade eletrônica do cartão de crédito solidário Credsol, que há quatro anos leva crédito de consumo para os moradores pobres do Bom Jardim, Granja Lisboa, Granja Portugal, Siqueira e Canindezinho.

 

 

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PR, PE E SC TÊM CONSULTA PARA ALOCAÇÃO DE RÁDIOS COMUNITÁRIAS

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) publicou, hoje no Diário Oficial da União, extrato da Consulta Pública nº 664, “Proposta de Alteração dos Planos Básicos de Distribuição de Canais de Televisão em VHF e UHF (PBTV), de Televisão Digital (PBTVD), de Retransmissão de Televisão em VHF e UHF (PBRTV) e do Plano de Referência para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária (PRRadCom)”. Com isso, a Agência procura ampliar a quantidade de canais de uso exclusivo das Rádios Comunitárias em três estados do país, dois do Sul, Paraná e Santa Catarina, e um do Nordeste, Pernambuco.

A Consulta Pública propõe a substituição de canais 285, 290, 292 e 300 distribuídos pelo PRRadCom para 104 municípios pertencentes aos Estados do Paraná, Pernambuco e Santa Catarina, pelo canal 200, designado nacionalmente para uso exclusivo do RadCom, e pelos canais 252 e 254, que serão usados como provisórios na região até a sua substituição pelos canais 198 e 200, respectivamente, o que ocorrerá após a restituição do canal 6 ao Poder Concedente, ao final do período de transição da tecnologia analógica para digital na transmissão terrestre de televisão. Para permitir a reconfiguração do uso do espectro de radiofreqüência, levou-se em consideração a proposta de remanejamento dos canais 6 de RTV/VHF do PBRTV nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, elaborada pela Fundação CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), incluindo também a alteração de 3 canais do PBTV, 1 do PBTVD e 4 do PBRTV.

Com o remanejamento das freqüências das rádios comunitárias para os canais de uso exclusivo, qualquer pessoa nesses estados poderá saber, independente da região onde se encontra, qual é a emissora comunitária da localidade. A nova faixa do espectro onde estarão os canais comunitários sofre, também, um risco de radiointerferência menor. Além disso, o Canal 200 é potencialmente interferido por 4 canais da faixa de FM, enquanto outro canal pode ser potencialmente interferido por 7 canais FMs.

Especificamente, a Consulta 644 visa o recebimento de contribuições acerca do uso otimizado do espectro de freqüências, inclusive pela utilização da potência mínima necessária para assegurar, economicamente, um serviço de boa qualidade à área a que se destina; do impacto econômico das alterações propostas; e das condições específicas de propagação, relevo, etc.

O texto completo da Proposta está disponível na Biblioteca da Anatel, no endereço subscrito e no porta da Anatel na Internet, www.anatel.gov.br . As contribuições e sugestões devem ser fundamentadas e devidamente identificadas, além de preferencialmente encaminhadas por meio do formulário eletrônico do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública no site da Agência até às 24h do dia 17 de fevereiro de 2006.


 

As manifestações encaminhadas por carta ou fax devem ser dirigidas à Anatel até as 17h do dia 13 de fevereiro de 2006, no endereço:


 


AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL


SUPERINTENDÊNCIA DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA


CONSULTA PÚBLICA N.º 664, DE 12 DE JANEIRO DE 2006


Alteração dos Planos Básicos PBTV, PBTVD, PBRTV e do Plano de Referência PRRadCom.


Setor de Autarquias Sul – SAUS – Quadra 6, Bloco F, Térreo – Biblioteca


70070-940 – Brasília – DF – Fax. (61) 2312-2002

 


(Fonte: Agência Brasileira de Notícias)

 

 

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GOVERNO NÃO ABRE MÃO DO CONTROLE DA MINUSTAH

Na noite anterior à sua morte, o general Urano Bacellar teve uma reunião difícil com representantes da Câmara do Comércio e Indústria do Haiti, segundo informações de uma repórter do jornal Haiti Progres. Os representantes da elite haitiana exigiram uma abordagem mais pesada contra os bairros periféricos da capital Porto Príncipe, como Cité Soleil – onde se encontram em massa os opositores do atual regime e integrantes do Lavalas, partido do presidente deposto, Jean Bertrand Aristide.

Ao mesmo tempo, o chefe diplomático da ONU no Haiti, Juan Valdes, pressionava Bacellar para que a Minustah ocupasse estes bairros, com a justificativa de que ali se abrigavam grupos que vêm realizando uma onda crescente de seqüestros. Ativistas de direitos humanos afirmam que o motivo real é a perseguição aos opositores do atual regime. Ainda de acordo com a repórter, Bacellar negava o endurecimento das missões e a ocupação dos bairros.

Após a morte – por motivos ainda não confirmados – do general Urano Bacellar, então comandante da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), o governo brasileiro afirmou que não abrirá mão do controle das tropas. A estratégia do Brasil é, através da ação no Haiti, garantir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. A Minustah, que tem como função garantir a estabilidade do governo imposto pela França, EUA e Canadá após a derrubada de Jean Aristide em 2004, até agora consumiu R$340 milhões somente do Brasil e deixou um saldo de mais de 200 mortos/as. Com a morte de Bacellar, o general chileno Eduardo Aldunate assumiu o comando provisoriamente, até que a ONU nomeie o próximo comandante oficial – provavelmente um brasileiro. Aldunate foi um importante membro do Exército durante a ditadura de Pinochet (1973-1990). Além disso, o general recebeu treinamento na Escola das Américas, criada pelos EUA em 1946 e responsável pela formação de militares que deram suporte para ditaduras em todo o continente.

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LEIS INTERESSANTES DE 2005

Dos Deputados:

Lei 11.203/05 – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – Institui o dia 3 de dezembro como o Dia Nacional de Combate à Pirataria e à Biopirataria.

 

Lei 11.104/05 – Luiza Erundina (PSB-SP) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.

 

Lei 11.172/05 – Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) – Institui o Dia Nacional de Combate à Pobreza.

 

Lei 11.162/05 – Eduardo Barbosa (PSDB-MG) – Institui o Dia Nacional da Assistência Social.

 

Lei 11.142/05 – Takayama (PMDB-PR) e co-autores – Institui o Dia Nacional da Imigração Japonesa.

 

Lei 11.121/05 – Roberto Gouveia (PT-SP) – Institui o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

 

 


Dos Senadores:

Lei 11.133/05 – Paulo Paim (PT-RS) – Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência.

 

Lei 11.126/05 – Romero Jucá (PMDB-RR) – Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia.

 


Lei 11.108/05 – Ideli Salvatti (PT-SC) – Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

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TERCEIRO MAIOR BANCO DO MUNDO SE PREPARA PARA A GRIPE AVIÁRIA

Com uma velocidade muito maior que a dos governos de todo o mundo, os banqueiros parecem já ter resolvido o problema da gripe aviária. O problema deles, naturalmente. E está pronta a fórmula para lidar com a “falta de funcionários” que uma epidemia provocaria.
 
O terceiro maior banco do mundo, o HSBC Holdings, já traçou planos para lidar com a ausência de até metade de seu quadro de funcionários se houver uma epidemia de gripe aviária, publicou o Financial Times.
O jornal citou o diretor de gerenciamento de crise do grupo, Bob Piggot, que disse que diversos outros bancos tinham estimativas similares de ausência de empregados durante uma epidemia que durasse mais de três meses.
“(A gripe aviária) é provavelmente o maior desafio para o grupo todo”, afirmou Piggott. “Nenhum de nós conhece os efeitos do vírus, mas preferimos estar preparados para o pior.”
O vírus H5N1 da gripe aviária matou, ao menos, 84 pessoas na China e no sudeste da Ásia desde 2003, porém a descoberta de novos casos de contaminação na Turquia marcou uma reviravolta em direção oeste, rumo à Europa.
No mês passado, especialistas da área de saúde da União Européia estimaram que uma epidemia de gripe aviária pode resultar em licença por enfermidade de 25% da força de trabalho da Europa.
Segundo Piggott, muitos empregados ficariam em casa por estarem contaminados com a gripe aviária, alguns teriam infecções secundárias e outros estariam ausentes para cuidar de membros da família.
Ele acrescentou que o HSBC, que emprega mais de 250 mil pessoas em 77 países, já fez planos de aumentar o trabalho a partir de casa e de outras medidas para minimizar o impacto de uma epidemia.

 

 

 

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2005 TEM MENOR INFLAÇÃO EM SETE ANOS

O custo de vida no município de São Paulo registrou, em 2005, a menor elevação dos últimos sete anos, segundo cálculos do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Entre janeiro e dezembro de 2005, o Índice do Custo de Vida (ICV-DIEESE) subiu 4,54%, taxa superior apenas à verificada em 1998 (0,49%), e a segunda menor de toda a história do indicador, iniciada em 1959. A taxa do ano passado foi, ainda, 3,16 pontos percentuais inferior à de 2004 (7,70%).

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada anual, que começou 2005 em ascensão, voltou a recuar nos dois últimos meses do ano, permitindo chegar à segunda menor taxa do ICV. Em janeiro, a taxa situava-se em 7,12%, e subiu nos meses seguintes até atingir o ponto mais alto em abril (8,50%). A partir de então, as variações anuais apresentaram um comportamento declinante até agosto (4,89%), voltando a crescer em setembro (5,34%) e outubro (5,37%). Nos dois últimos meses de 2005, novembro (4,90%) e dezembro (4,54%) as taxas anuais reduziram-se novamente, e o ano terminou com a menor variação para o período.

Quando são considerados os estratos de renda para os quais o ICV-DIEESE é calculado, verifica-se uma correlação positiva, com taxas mais baixas para as famílias de menor poder aquisitivo. O estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49*), registrou a menor elevação, com taxa de 3,80%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*), a taxa foi de 4,09%, enquanto para o estrato 3, que se refere às famílias de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90*), a taxa ficou em 4,94%.

O comportamento em dezembro – No mês de dezembro, o custo de vida medido pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – para o município de São Paulo, registrou taxa de 0,19%, 0,19 ponto percentual inferior à apurada em novembro (0,38%). Transportes (0,14 pp), Alimentação (0,06 pp) e Habitação (0,03 pp) foram os grupos que determinaram o registro de taxa positiva no mês. Por outro lado, Despesas Pessoais (-0,01pp) e Equipamento Doméstico (-0,03pp) contribuíram para reduzi-la.

O DIEESE observou, em dezembro, uma correlação positiva entre o comportamento dos preços e a renda familiar, com aumentos menores para quem tem rendimento mais baixo. Assim, para o estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres, a taxa ficou em 0,11%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento, a taxa foi de 0,18%, enquanto para o estrato 3, que reúne famílias de maior poder aquisitivo, a alta chegou a 0,22%.


(Fonte: Dieese)

 

* Os níveis de rendimento referem-se aos valores definidos para junho de 1996, quando da implantação da atual ponderação

 

 


 

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AFRODESCENDENTES SÃO EXCLUÍDOS DA ACADEMIA BRASILEIRA

A pesquisa transformada no livro Inclusão Étnica e Racial no Brasil – A questão das Cotas no Ensino Superior, de José Jorge de Carvalho, antropólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB), da Attar Editorial mostra que menos de 1% dos professores das principais universidades públicas brasileiras são negros. Dos 60 cientistas escolhidos pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) como de maior destaque na história do país, 59 são brancos. E apenas 10 dos quase mil diplomatas brasileiros são afrodescendentes.


Considerando que 47% da população brasileira é formada por afrodescendentes, é um absurdo que a Universidade de São Paulo (a única brasileira na lista das melhores cem instituições de ensino superior do mundo) tenha menos de dez professores negros num universo de 4,7 mil profissionais (ou seja, 0,2%). Na UnB, primeira federal a instituir o sistema de cotas no vestibular, são apenas 15 professores negros num total de 1,5 mil.

Na opinião de José Jorge, “Apesar da grande demanda que existe, nunca houve tantos professores universitários como hoje. Mas o número de negros à frente das salas de aula continua o mesmo de décadas atrás”.

Iniciativa pioneira – A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é a primeira instituição de nível superior do país a adotar o acesso preferencial de professores negros em concurso público. A decisão foi aprovada pelo conselho universitário e já é válida para o próximo concurso. A proposta, única nos meios acadêmicos para concurso público de magistério, foi encaminhada pelo Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra) e apresentada pelo conselheiro Paulo Vieira, coordenador do grupo.


(Com informações do Correio Braziliense)

 

 

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LIVROS SOBRE O TERCEIRO SETOR – O QUE NÃO PODE FALTAR NA BIBLIOTECA

BARBOSA, Maria Nazaré Lins; OLIVEIRA, Carolina Felippe. Manual de ONGs: guia prático de orientação jurídica. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001. 178p.

BENÍCIO, João Carlos. Gestão financeira para organizações da sociedade civil. São Paulo: Editora Global, 2001.

CAMARGO, M. F. de, SUZUKI, F. M., UEDA, Mery, SAKIMA, R. Y. e GHOBRIL, A. N. Gestão do Terceiro Setor no Brasil – Estratégias de captação de recursos para organizações sem fins lucrativos. São Paulo, Futura, 2001. 204p.

CARVALHO, Nanci Valadares de. Autogestão – O Nascimento das ONGs. Editora Brasiliense. 2ª ed. rev. 1995.193p.

COELHO, Simone de Castro. Terceiro Setor: Um Estudo Comparado Entre Brasil e Estados Unidos. São Paulo: Editora Senac, 2000. 223p.

CORULLÓN, Mónica Beatriz Galiano; FILHO, Barnabé Medeiros . Voluntariado na Empresa Gestão eficiente da participação cidadã. Editora Fundação Peirópolis, 2002. 144p.

COSTA, Aloysio Teixeira. Administração de entidades sem fins lucrativos. São Paulo: Nobel, 1992.

CRUZ, Célia; ESTRAVIZ, Marcelo. Captação de Diferentes recursos para organizações sem fins lucrativos. Instituto Fonte, 2001.

CURTY, Ana Luisa. Visão introdutória in Gestores Sociais – textos de apoio. São Paulo: s/nº, pp. 1-15, 1998.

CURY, Thereza Christina Holl. “Elaboração de projetos sociais”. In Gestores Sociais – textos de apoio. São Paulo: s/nº, pp. 55-82, 1998.

DIAS, Marly Schaffer, LACERDA, Célia Maria Peres, PARANHOS, Wanda Maria Maia da Rocha. Estatutos: orientação sobre texto, estrutura e registro. Curitiba: Index Consultoria, 2004. 96p.

DOHME, Vania. Voluntariado equipes produtivas – Como liderar ou fazer parte de uma delas. São Paulo: Editora Mackenzie, 2001. 210p.

DONEGANA, Constanzo. Eles, os excluídos. Superando a Apartação Social com a Comunhão. São Paulo, Editora Cidade Nova, 1995. 124p.

DRUCKER, Peter. Administração de Organizações Sem fins Lucrativos. São Paulo: Pioneira, 1995. 166p.

Educação e o cidadão do século 21. Um plano de acção da Juventude. São Paulo: AIESEC e NACL, 1996.

FERNANDES, Rubem César. & PIQUET, Leandro. ONGs Anos 90: A Opinião dos Dirigentes Brasileiros. Rio de Janeiro: ISER,1991.

____________________. Privado, Porém Público: o Terceiro Setor na América Latina. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1984. 156p.

____________________. “O que é o terceiro setor?” In: 3º Setor – desenvolvimento social sustentado. Rio de Janeiro: GIFE, Paz e Terra, 1997.

FERREIRA, Márcia R. P. & CARVALHO, Sônia R. Primeiro Guia de Adoção de Crianças e Adolescentes do Brasil – Novos caminhos, dificuldades & possíveis soluções. Carapicuiba,SP: Fundação Orsa. S/d. 177p.

GALBRAITH, John Kenneth. A Sociedade Justa. Uma perspectiva Humana. Rio de Janeiro: Campus, 1996. 176p.

GOHN, Maria da Glória. Mídia, Terceiro Setor e MST – Impactos sobre o futuro das cidades e do campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. 182p.

___________________. Os sem terra, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 1997.

___________________. “Movimentos populares de luta pela moradia no Brasil – 1980-92 – tendências e perspectivas. In: Brasil e a nova ordem internacional”. Anais do IX Congresso Nacional dos Sociólogos. São Paulo: SINSESP, 1994.

Guia de Boa Cidadania Corporativa. (Encarte da Revista Exame. Ed. 728, nov. de 2000). São Paulo: Editora Abril, 2000. 118p.

GRECO, Marco Aurelio, MARTINS, Ives Gandra da Silva. Direito e Internet: relações jurídicas na sociedade informatizada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001. 257p.

HUDSON, Mike. Administrando Organizações do Terceiro Setor. O Desafio de Administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999. 309p.

IOSCHPE, Evelyn Berg (org). Terceiro Setor: Desenvolvimento Social Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. 173p.

KELLEY, Q. Daniel. Dinheiro para sua causa. São Paulo: Texto Novo, 1995. 150p.

KENNEDY, Paul. Preparando para o século 21. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Formação dos profissionais de creches no Estado de São Paulo (1997-1998). Carapicuiba/SP: Fundação Orsa. S/d. 159p.

KISIL, Rosana. Elaboração de projetos e propostas para organizações da sociedade civil.

LANDIM, Leilah (org). Ações em Sociedade. Militância, Caridade, Assistência etc.. Rio de Janeiro: Nau, 1998. 288p.

______________. Para Além do Mercado e do Estado? Filantropia e Cidadania no Brasil. Rio de Janei-ro: ISER, Junho de 1993.

______________. ONGs: Um Perfil. Cadastro das Filiadas à Associação Brasileira de ONGs. Rio de Janeiro: ISER,1996. 220p.

MARINO, Eduardo; CHIANCA, Thomaz; SCHIERSARI, Laura. Desenvolvendo a cultura de avaliação em organizações da sociedade civil.

MENEGHETTI, Sylvia. Comunicação e Marketing: fazendo a diferença no dia-a-dia de organizações da sociedade civil. Editora Global Ltda, 2001, 119p.

MEREGE, Luiz Carlos, BARBOSA, Maria Nazaré Lins. 3º Setor: reflexões sobre o marco legal. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1998.

__________________, ALVES, Mário Aquino. “Desenvolvendo a filantropia empresarial através da educação: uma experiência brasileira”. Cadernos do III Setor. São Paulo: Fundação Getulio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo, 1997.

MONTENEGRO, Thereza. O que é ONG. São Paulo: Brasiliense, 1994. 98p. (Coleção Primeiros Passos).

NANUS, Burt & DOBBS, Stephen M. Liderança para o Terceiro Setor: Estratégias de Sucesso para Organizações sem Fins Lucrativos. São Paulo: Futura, 2000. 262p.

NEDER, Ricardo Toledo. “As ONGs na reconstrução da sociedade civil no Brasil”. In: Seminário Inter-nacional Sociedade e a Reforma do Estado. São Paulo, 1998. pp. 1-8.

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