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CUT e PT defendem reforma política e plebiscito na Conferência dos Bancários

   Foto: Jailton Garcia


Por: Evando Peixoto, Fábio Jammal e Renato Godoy


O Brasil precisa realizar uma reforma política urgente, com mudanças que vigorem já na próxima eleição, no ano que vem. E a população precisa ser ouvida, através de um plebiscito que aponte o novo modelo político e eleitoral do país.


Essa é a opinião do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) e do presidente da CUT, Vagner Freitas. Os dois comandaram os debates sobre a reforma política realizados nesta sexta-feira 19, primeiro dia da Conferência Nacional dos Bancários. Ambos defenderam o financiamento público de campanha e alterações no modelo de representação. Entre as principais propostas está o polêmico fim do Senado (veja mais no quadro ao fim da matéria).


Berzoini afirmou que o Partido dos Trabalhadores já colhia assinaturas para uma reforma política antes das manifestações populares, de junho. Os atos, segundo ele, trouxeram mensagens difusas, mas levantaram a questão da baixa representatividade política, uma crise presente em todas as democracias do mundo.


“O atual modelo precisa ser debatido. E o centro do debate é o fim do financiamento privado de campanha. Temos de permitir maior igualdade e este deve ser o foco dos trabalhadores”, afirmou o deputado que faz parte da comissão especial da Câmara que discute a reforma política.


A esse grupo, o parlamentar deve levar três propostas: o estabelecimento de um teto de gastos em campanhas eleitorais, equivalente a um terço da média de despesas da última eleição; a proibição da contratação de cabos eleitorais e o fim do sigilo bancário nas contas das candidaturas, para estabelecer maior transparência dos gastos. Há amparo legal para que essas três medidas possam começar a valer já em 2014.


Conservadorismo vai disseminar a confusão


Tanto Vagner Freitas quanto Berzoini apontaram que o processo de plebiscito envolverá muita disputa política, já que o conservadorismo tende a disseminar a confusão entre a população, dizendo que o financiamento público tiraria verbas da saúde e da educação para financiar políticos.


“Na verdade, o financiamento público devolveria a soberania ao povo, garantida na Constituição, que afirma: ‘todo o poder emana do povo’, mas hoje o poder emana do povo, mas é intermediado pelo poder econômico’, reforçou Berzoini.


Para Vagner Freitas, se a sociedade não se mobilizar para pressionar o Congresso, a reforma política não sairá do papel. “Pode ter certeza que a maioria dos parlamentares, que só têm compromisso com os seus mandatos, vão enterrar a reforma política”, disse.


Vagner afirmou que a CUT defende a realização do plebiscito para que a população possa apontar a direção que a reforma política deve seguir. O presidente da CUT, que é bancário, aproveitou a Conferência Nacional da categoria para lançar uma nova ideia da central. “Se os políticos não fizerem o plebiscito, a CUT vai fazer. Vamos coordenar uma ampla consulta popular para ouvir a opinião dos trabalhadores. Este nosso plebiscito pode não ter amparo legal ou valor jurídico. Mas tem valor político. Ele vai mostrar ao Congresso quais as mudanças que o povo quer”, afirmou.


A mãe de todas as reformas


Para Vagner Freitas, a reforma política é a mãe de todas as reformas, mas ela não valerá de nada se o Brasil não estabelecer um novo marco regulatória para a mídia. “A chamada grande imprensa é de direita e não dá voz para a esquerda ou mesmo para os mais pobres. Aliás, esta reforma política será de extrema importância para mostrar quem é de esquerda e quem é de direita, pelas propostas que cada um vai defender”.


A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, que mediou a mesa de debates sobre a reforma política, afirmou que a conferência dos bancários um momento oportuno para colocar esta discussão de “fundamental para a classe trabalhadora”.


Para ela, a sociedade não se sente representada pelo Congresso Nacional apesar de ter votado, pois “quem o elege efetivamente é o capital”. Um exemplo disso é que hoje no Congresso há apenas seis trabalhadores rurais, e 220 representantes do agronegócio. “Que chance tem um líder popular de ser eleito?”, questiona a dirigente.


Contra o PL 4330


Para o presidente da CUT, a tramitação do PL 4330, que libera a terceirização, é um exemplo da necessidade de reforma política, pois a bancada dos empresários é muito mais representativa do que a dos trabalhadores, em função do predomínio do poderio econômico nos processos eleitorais.


“Se não conseguirmos fazer essa reforma agora, a próxima oportunidade pode demorar muito. O papel do movimento sindical e social é a mobilização das massas pela reforma política. A sociedade clama por uma participação que não pode se restringir ao voto. É preciso chamar a população para debater os rumos das políticas públicas. Temos que ter instrumentos de participação popular”, defendeu Vagner.


O dirigente também ressaltou que a melhor alternativa é o plebiscito, não o referendo. “Acho que o referendo é um bom instrumento. Mas nesse momento, o plebiscito seria melhor, pois a população formularia as políticas, enquanto no referendo, apenas diria sim ou não a propostas do Congresso”, explicou, ressaltando que a reforma política é um problema dos trabalhadores, sim.


“É um problema nosso porque interfere diretamente na nossa vida. Voto não é tutela para gerenciarem nossa vida como bem entenderem. Precisamos da reforma política, e precisamos mais: de uma reforma tributária com menos impostos para os pobres e mais para os ricos, com imposto sobre grandes fortunas para financiar políticas públicas”.


Mobilização em 30 de agosto


Vagner Freitas abordou também o processo de mobilização conjunta das centrais sindicais em defesa da pauta dos trabalhadores e convocou os bancários a voltarem às ruas para novos protestos em 30 de agosto. Segundo ele, o governo até tem negociado com as centrais sindicais, mas sem atender as reivindicações que lhe são apresentadas.


“Vamos intensificar a pressão iniciada no dia nacional de luta que fizemos em 11 de julho, com foco em três questões que consideramos fundamentais: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e fim da terceirização, que passa pela rejeição ao PL 4330”, ressaltou o presidente da CUT.


A exemplo dos protestos do dia 11 de julho, a mobilização convocada para o dia 30 de agosto conta novamente com o envolvimento de todas as centrais sindicais do país.


Principais propostas da CUT para reforma política


* Fim do Senado
* Combate à corrupção tornando-a crime inafiançável e fim da imunidade parlamentar para crimes penais e de corrupção
* Financiamento de campanha exclusivamente público
* Voto proporcional em lista partidária, com alternância de sexo, definidas em convenções partidárias democráticas e transparentes
* Diminuição do número de assinaturas para projetos de Iniciativa Popular e mecanismos de facilitação de coleta. Essas propostas teriam tramitação prioritária
* Inclusão de mecanismos para a democratização do Poder Judiciário

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Boas-vindas ao Papa Chico

Frei Betto*


Querido papa Francisco, o povo brasileiro o espera de braços e coração abertos. Graças à sua eleição, o papado adquire agora um rosto mais alegre.


O senhor incutiu em todos nós renovadas esperanças na Igreja Católica ao tomar atitudes mais próximas ao Evangelho de Jesus que às rubricas monárquicas predominantes no Vaticano: uma vez eleito, retornou pessoalmente ao hotel de três estrelas em que se hospedara em Roma, para pagar a conta; no Vaticano, decidiu morar na Casa Santa Marta, alojamento de hóspedes, e não na residência pontifícia, quase um palácio principesco; almoça no refeitório dos funcionários e não admite lugar marcado, variando de mesa e companhias a cada dia; mandou prender o padre diretor do banco do Vaticano, envolvido em falcatrua de 20 milhões de euros.


Em Lampedusa, onde aportam os imigrantes africanos que sobrevivem à travessia marítima (na qual já morreram 20 mil pessoas) e buscam melhores condições de vida na Europa, o senhor criticou a “globalização da indiferença” e aqueles que, no anonimato, movem os índices econômicos e financeiros, condenando multidões ao desemprego e à miséria.


Um Brasil diferente o espera. Como se Deus, para abrilhantar ainda mais a Jornada Mundial da Juventude, tivesse mobilizado os nossos jovens que, nas últimas semanas, inundam nossas ruas, expressando sonhos e reivindicações. Sobretudo, a esperança em um Brasil e um mundo melhores.


É fato que nossas autoridades eclesiásticas e civis não tiveram o cuidado de deixá-lo mais tempo com os jovens. Segundo a programação oficial, o senhor terá mais encontros com aqueles que ora nos governam ou dirigem a Igreja no Brasil do que com aqueles que são alvos e protagonistas dessa jornada.


Enquanto nosso povo vive um momento de democracia direta nas ruas, os organizadores de sua visita cuidam de aprisioná-lo em palácios e salões. Assim como seus discursos sofrem, agora, modificações em Roma para estarem mais afinados com o clamor da juventude brasileira, tomara que o senhor altere aqui o programa que lhe prepararam e dedique mais tempo ao diálogo com os jovens.


Não faz sentido, por exemplo, o senhor benzer, na prefeitura do Rio, as bandeiras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. São eventos esportivos acima de toda diversidade religiosa, cultural, étnica, nacional e política.


Por que o chefe da Igreja Católica fazer esse gesto simbólico de abençoar bandeiras de dois eventos que nada têm de religioso, embora contenham valores evangélicos por zerar divergências entre nações e promover a paz? Talvez seja o único momento em que atletas da Coreia do Norte e dos EUA se confraternizarão.


Como nos sentiríamos se elas fossem abençoadas por um rabino ou uma autoridade religiosa muçulmana?


Nos pronunciamentos que fará no Brasil, o senhor deixará claro a que veio. Ao ser eleito e proclamado, declarou à multidão reunida na Praça de São Pedro, em Roma, que os cardeais foram buscar um pontífice “no fim do mundo.”


Tomara que o seu pontificado represente também o início de um novo tempo para a Igreja Católica, livre do moralismo, do clericalismo, da desconfiança frente à pós-modernidade.  Uma Igreja que ponha fim ao celibato obrigatório, à proibição de uso de preservativos, à exclusão da mulher do acesso ao sacerdócio.


Igreja que reincorpore os padres casados ao ministério sacerdotal, dialogue sem arrogância com as diferentes tradições religiosas, abra-se aos avanços da ciência, assuma o seu papel profético de, em nome de Jesus, denunciar as causas da miséria, das desigualdades sociais, dos fluxos migratórios, da devastação da natureza.


Os jovens esperam da Igreja uma comunidade alegre, despojada, sem luxos e ostentações, capaz de refletir a face do Jovem de Nazaré, e na qual o amor encontre sempre a sua morada.


Bem-vindo ao Brasil, papa Chico! Se os argentinos merecidamente se orgulham de ter um patrício como sucessor de Pedro, saiba que aqui todos nos contentamos em saber que Deus é brasileiro!


* Frei Betto é escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org     twitter: @freibetto.






Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (
[email protected])

Fonte: Frei Betto

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Centrais sindicais lembram 30 anos da greve geral contra a ditadura

   Foto: Marcos Manocchi/CUT


As centrais sindicais que integram o grupo de trabalho Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), farão um ato público na segunda-feira (22), no Sindicato Nacional dos Aposentados, no centro da capital paulista, para lembrar a greve geral de 1983, que levou 3 milhões de trabalhadores para as ruas.


Segundo o coordenador da Comissão Nacional de Memória Verdade e Justiça, da CUT, Espedito Solaney, o ato busca incorporar os sindicatos na agenda da CNV e ajudar na luta por reparação para as vítimas da ditadura. “Sindicalistas de base tiveram seus mandatos cassados, vários desapareceram, vários foram exilados. Queremos a reparação moral, política e material para todos que foram vítimas e foram violados em seus direitos humanos fundamentais.”


Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Solaney diz que o grupo de trabalho destacou 11 temas a serem estudados referentes à ditadura, como repressão às greves, a legislação “antissindical e antissocial” e o levantamento de sindicatos que sofreram intervenção, durante e após o golpe.


O coordenador diz que a política de arrocho salarial implementada ao longo da ditadura rebaixou o salário mínimo “em mais de 50 % “, o que significou uma perda “imensurável” para os trabalhadores: “Parte dos filhos deles ficou raquítica, não se desenvolveu física e intelectualmente. A lei de arrocho salarial veio de encontro à campanha de reposição salarial iniciada com o João Goulart”.


O relatório final do grupo de trabalho deve ser concluído em novembro de 2014. As centrais incluirão no relatório o pedido de reparação aos trabalhadores, feita pelas empresas que colaboraram com a ditadura, inclusive em forma de indenização, a exemplo do que ocorreu na Argentina, onde houve reparação e condenação de generais.


Para o secretário das Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, empresários que colaboraram com a perseguição de trabalhadores também devem pagar indenização. “Quem comete crime deve pagar pelos seus atos. Muitos empresários faziam listas exclusivas proibindo determinados trabalhadores de trabalhar, fazendo eles ficarem na extrema pobreza por perseguição. Os trabalhadores não tiveram condição de sobrevivência.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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Contraf-CUT se reúne com Fenacrefi e entrega pauta dos financiários

A Contraf-CUT, federações e sindicatos entregaram nesta terça-feira, dia 16, à Fenacrefi (Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos), em São Paulo, a pauta de reivindicações prioritárias dos financiários para a campanha interestadual de 2013.


Os financiários reivindicam reajuste de 12,30 % , composto pela reposição da inflação de 6,95 % medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre 1º de junho de 2012 a 31 de maio de 2013, mais 5 % de aumento real, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais o valor fixo de R$ 4.989,26 e o valor do salário mínimo nacional (R$ 678) para cada uma das seguintes verbas: auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.


Durante o encontro, dirigentes sindicais propuseram a criação de comissão paritária – composta por representantes dos financiários e das financeiras – para discutir questões relacionadas à saúde do trabalhador.


Os sindicalistas reivindicaram ainda que mais empresas façam adesão ao instrumento de combate ao assédio moral e suspenda o regime de terceirização nos setores de teleatendimento, autoatendimento, cobrança, cartão de crédito, concessão de crédito e administração dos dados cadastrais e contábeis.


“Estamos empenhados para combater as incongruências do setor financeiro. Assim como os bancários, os financiários também sofrem com assédio moral e difusão da terceirização”, afirma Ivone Silva, secretária-geral da Contraf-CUT.


Outra exigência do movimento sindical é a unificação da data- base para todos os financiários. A categoria possui data base em 1º de junho, diferentemente dos bancários, que têm o dia 1º de setembro em todo o país. A Fenacrefi representa os estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná.


O diretor Paulo Garcez representa os financiários da base da Fetraf-RJ/ES na mesa de negociação com a Fenacrefi.

Fonte: Contraf-CUT

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Gerente do BB de Quissamã e sua família sofrem sequestro

Bandidos ficaram algumas horas na agência e renderam também os outros bancários da unidade
 
O gerente do BB de Quissamã, no norte fluminense, e sua família sequestrados na noite de quarta-feira, 17. Eles foram mantidos reféns na própria residência, na cidade vizinha de Macaé, município-sede do sindicato dos bancários. Os bandidos usavam coletes da polícia federal e renderam o gerente em uma falsa blitz na estrada que liga Quissamã a Carapebus. A família permaneceu toda a noite em poder dos sequestradores.


Na manhã desta quinta-feira, 18, o gerente foi levado à agência, escoltado pelos bandidos. À medida que os empregados iam chegando para o trabalho eram informados do assalto e dominados pelos marginais. Os assaltantes levaram o dinheiro e fugiram.


Assim que souberam do sequestro, os diretores do Seeb-Macaé foram até a agência para acompanhar o atendimento às vítimas.


A agência de Quissamã foi assaltada em maio de 2001. Na ocasião, assaltantes passaram pela porta lateral da guarita do prédio da prefeitura e quebraram o vidro de uma janela da unidade para entrar.

Fonte: Seeb-Macaé

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Bancários de Campos abraçam asilo centenário


O prédio histórico onde funciona o Asilo Nossa Senhora do Carmo, em Campos, está caindo aos pedaços e pede socorro. Na última terça-feira a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos se uniu a diversas entidades e cidadãos num abraço simbólico ao edifício, que abriga 60 idosos e idosas.


O asilo funciona no prédio desde 1904, mas a construção é de 1846. O casarão é conhecido por diversos nomes – Casa do Engenho Santo Antônio e Casa da Fazenda Grande do Beco, entre outros – e pertenceu ao Barão de Carapebus, Joaquim Pinto Neto dos Reis, que foi o primeiro promotor do município. Foi tombado em 1946 pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional.


A combinação das limitações de obras em prédio tombado e das necessidades especificas de uma entidade de amparo a idosos gerou um impasse. O prédio está interditado há 20 anos e não se chegou a uma solução temporária de abrigo para os internos para que as reformas sejam iniciadas. Enquanto isso, o prédio se deteriora e os internos vivem em situação precária.


O abraço simbólico foi a forma da sociedade campista demonstrar sua indignação com a situação do prédio e dos idosos residentes. “Não se pode conceber que numa cidade como a nossa, cuja Prefeitura recebe mais de um bilhão de Reais por ano só com receitas de royalties do petróleo, um patrimônio de tal importância fique neste estado. Isto sem falar nas pessoas, todos idosos e idosas que são atendidas neste local e que correm o risco de não terem para onde ir,” criticou o sindicalista Paulo Robeson, diretor da Contraf-CUT, presente ao ato.  

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Executivo de relações sindicais do Santander se reúne com dirigentes da base

O novo executivo de relações sindicais do Santander, Luís Cláudio Xavier, visita a Fetraf-RJ/ES no próximo dia 24, às 14h. Ele vem se apresentar aos dirigentes e conhecer a situação dos funcionários Santander na base da entidade.


Estão convocados os presidentes dos sindicatos filiados e os integrantes da COE interestadual do Santander no Rio de Janeiro e Espírito Santo. O vice-presidente da Fetraf-RJ/ES, Nilton Damião Esperança, solicita que os dirigentes cheguem mais cedo, às 11h, para a realização de uma reunião preparatória.


Mais informações com Nilton ou com o diretor Paulo Garcez.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Sindicato de Campos reintegra gerente

O Sindicato dos Bancários de Campos obteve a reintegração do bancário Jaime Colares, garantida por liminar, e foi até a agência acompanhar seu retorno ao cargo na manhã desta quarta-feira. Na véspera, o oficial de justiça já havia comunicado ao banco a decisão judicial, mas o bancário não foi informado. Quando a notificação judicial chegou ao sindicato nesta quarta-feira, os diretores acompanharam o bancário em seu retorno ao trabalho.


Jaime Colares era gerente geral da maior agência do Bradesco no interior do estado, em Campos. Ele havia sido transferido de Minas Gerais, onde gerenciou agências em várias cidades do interior, a pedido do próprio banco. Quase dois anos depois, no dia 17 de maio, justamente no dia do aniversário de sua filha – e com a casa já cheia de hóspedes para a comemoração – foi demitido.


Mas a demissão foi irregular, já que o bancário é lesionado. Jaime procurou o sindicato, que ajuizou ação na justiça reivindicando a reintegração, concedida em caráter de urgência através de tutela antecipada. Mas o banco, mesmo diante do documento com a decisão judicial, não devolveu o emprego ao bancário.


O sindicato, então, fez sua parte. Além de contactar o oficial de justiça para fazer valer a decisão, os dirigentes montaram o aparato de manifestação na porta do banco. Por coincidência, o gerente regional do Bradesco, que havia entregado a demissão a Jaime, estava lá no dia da reintegração. A mesma mão que entregou a carta de dispensa recebeu a ordem judicial para reintegrar o bancário.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Posse da nova diretoria do Sindicato de Campos será dia 26

Acontece no dia 26, sexta-feira, a posse formal e festiva da nova diretoria que ficará encarregada de gerir o Sindicato dos Bancários de Campos pelos próximos quatro anos.


A programação começa pela manhã, às 08h, com uma missa em ação de graças na sede social do sindicato. Às 11h haverá ato público no centro financeiro da cidade. E à noite, a partir das 20h, será realizada a cerimônia de posse, também na sede da entidade. A ocasião marcará também a reinauguração do salão nobre após reformas recentes. Depois da posse formal, haverá coquetel com apresentação de música ao vivo.


A secretaria executiva do Sindicato dos Bancários de Campos passará a ter a seguinte composição:

























































HUGO ANDRÉ LOPES DINIZ


Presidente


Bradesco


EDER BATISTA DE ANDRADE REIS


Vice-Presidente


BB


RICARDO AZEREDO


Secretaria Geral


Itaú


FÁBIO ALMEIDA RANGEL


Secretário Geral – Adjunto


CEF


MÔNICA DA PENHA ALVARENGA


Secretaria de Finanças


Itaú


RAFAEL PEREIRA DE SIQUEIRA


Secretário de Finanças – Adjunto


Santander


REYNALDO TAVARES PESSANHA


Secretaria de Assuntos Jurídicos


Santander


CRISTINA BATISTA BARRETO


Sec. de Promoção Social e Cultural

Itaú

NILCE JÓIA FRANÇA


Sec. de Saúde e Promoção Assistencial


Bradesco


VITOR RENATO VIANA PACHECO


Secretário Coordenador de Base


Itaú


CLAUDIO JOSE DE SOUZA SILVA


Sec. Comunicação, Divulg. e Imprensa


HSBC


SÉRGIO EDUARDO GOMES MARINS


Secretaria P/ Questões Leg. e Inst.


Itaú


RAFANELE ALVES PEREIRA


Secretaria de Patrimônio


Itaú


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Protesto! E o que proponho?

Frei  Betto *


Que  conceito de desenvolvimento é esse que implica na destruição do meio ambiente  e na exclusão de bilhões de pessoas do direito a uma vida digna e  feliz?


No altar da  concepção capitalista de desenvolvimento, 25 milhões de pessoas, a maioria  jovens, são condenadas ao desemprego nos países da União  Europeia.


Em todo o mundo,  uma insatisfação paira no coração dos jovens. Ela não se reflete apenas na  irreverência do corte de cabelo, no jeans esfarrapado, nas tatuagens e nos  piercings. Emerge principalmente nas manifestações de rua que se propagam  mundo afora: Seattle 1999 (contra a Organização Mundial do Comércio); Davos  2000 (contra os donos do dinheiro); Inglaterra 2010 (contra os cortes no  orçamento da Educação); Tunísia 2010-2011 (derrubada do presidente); Egito  2011 (derrubada do presidente); Nova York 2011 (Occupy Wall Street);  Istambul 2013 (por mais democracia); Brasil 2013. 


Há um denominador comum  em todos esses movimentos: os jovens sabem o que não querem (ditadura,  neoliberalismo, desemprego, corte de direitos sociais, alta do custo de vida  etc.), mas não têm clareza do que  propor.


Devido ao alto  índice de corrupção nos partidos políticos, e a cooptação operada pelo poder  do capital, a ponto de a esquerda desaparecer na Europa, a juventude não  identifica nos partidos condutos capazes de representar os anseios populares e  criarem alternativas de poder. 


Como previu Robert  Michels em 1911, os partidos progressistas facilmente se deixam domesticar  pelas benesses burguesas quando se tornam governo. Trocam o projeto de país  pelo projeto de poder; afastam-se dos movimentos sociais e se aproximam de  seus antigos adversários; deixam de questionar o capitalismo para propor  medidas cosméticas de melhorias de vida dos mais  pobres.


A queda do Muro de  Berlim, o fracasso do socialismo no Leste europeu e o capitalismo de Estado na  China fazem o socialismo se apagar no horizonte utópico dos jovens. 


Na esperança de abrir  alternativas, o Fórum Social Mundial propõe Um Outro Mundo Possível, e  a Teologia da Libertação resgata o sumak kawsay (bem viver) dos  indígenas andinos e sugere Outros Mundos Possíveis, no plural, no qual  a igualdade de direitos não ameace a diversidade de  culturas.


O capitalismo em  crise tenta, de todas as maneiras, multiplicar os sete fôlegos do gato  neoliberal. Ignora as recomendações da ONU para a crise financeira (como  fechar os paraísos fiscais) e se recusa a regulamentar o capital especulativo. 


No esforço de se  perpetuar, o sistema da idolatria do capital propõe remendos novos em pano  velho: capitalismo verde; combate à pobreza através de programas sociais  compensatórios (e não emancipatórios); troca da liberdade individual por  segurança; desprestígio dos movimentos sociais; criminalização do  descontentamento popular.


O óbvio é que o capitalismo representa um êxito para apenas 1/3 da  humanidade. Segundo a ONU, 4 bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da  pobreza. O sistema se mostra mais destrutivo que criativo. Até os partidos  progressistas, outrora considerados de esquerda, já não têm proposta  alternativa e, quando no poder, se restringem a ser meros gestores da crise  econômica.


Foi preciso o  Brasil ir às ruas para a presidente Dilma propor a reforma política, a  primeira medida estrutural em 10 anos de governo petista. Agora faltam as  demais: agrária, tributária  etc.


Não basta denunciar  as mazelas e os abusos do sistema, como costuma fazer a Igreja Católica. É  preciso apontar causas e alternativas. Caso contrário, a insatisfação dos  jovens se transformará em revolta, e esta em ninho aconchegante para o ovo da  serpente: o nazifascismo.


 


* Frei Betto é escritor, autor  de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros. 
www.freibetto.org     twitter: @freibetto.


 





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Fonte: Frei Betto