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CAMPOS: Movimento sindical organiza Dia do Basta

A organização para o “Dia do Basta” já começou em Campos dos Goytacazes (RJ). Na noite desta terça-feira (30), na sede Sindicato dos Bancários, que representa a base em oito municípios do Norte e Noroeste Fluminense, aconteceu a primeira reunião do movimento sindical e dos movimentos sociais para definir a agenda de atividades de 10 de agosto.

O Dia do Basta, organizado pela CUT e demais centrais sindicais, vai mobilizar todo o país na luta contra o desemprego, o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, a retirada de direitos da classe trabalhadora, as privatizações e o golpe. Em Campos, a subsede da CUT Norte Fluminense participa da organização.

“Dia 10 temos que ocupar as ruas desde as primeiras horas do dia, com ações diretas, e depois que amanhecer ocupar as praças para conversar com a população. Será um dia fundamental para construir o basta da retirada de direitos, de desemprego e de fim da democracia”, disse o presidente da CUT RJ, Marcelo Rodrigues.

Participaram da reunião, além dos bancários, representantes dos petroleiros, profissionais da educação, urbanitários e metalúrgicos, além dos movimentos sociais e estudantil.

“Vamos estar todos juntos, com todas as centrais sindicais, com todos os movimentos progressistas. É essa construção permanente da unidade que vai nos fortalecer para este enfrentamento diante da covardia que o golpe tem imposto à classe trabalhadora”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região, Rafanele Alves Pereira.

 

Fonte: Sbtraf-Campos

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Notícias da Federação

Banco do Brasil propõe reduzir prazo para descomissionamento e não avança na pauta

Proposta do BB de reduzir para um semestre facilita perseguição e assédio moral

Na quarta reunião de negociação da mesa específica do Banco do Brasil, da Campanha Nacional dos Bancários 2018, os temas tratados foram as cláusulas sociais e sindicais, envolvendo representação dos delegados e dirigentes sindicais.

Nas cláusulas sociais, o banco sinalizou a renovação dos itens já constantes no atual acordo, com promessa de apresentar redação de alguns itens que foram debatidos.

Um dos debates colocados foi de se avançar na cláusula de ausências, acrescentando as madrastas e padrastos. A argumentação da Comissão de Empresa para essa questão é que não se trata apenas de se ter um controle de quem é ou da quantidade de madrastas e padrastos, mas a questão do luto de um ente familiar, mesmo que não constante nos registros de nascimento.

Sobre planos de previdência complementar, o banco informou que está tratando internamente sobre a proposta da minuta de melhoria dos planos de previdência patrocinados pelo banco e também envolvendo os funcionários de bancos incorporados.
O banco adiantou na primeira mesa de negociação a possibilidade de revisão da fórmula PIP (Pontuação Individual do Participante) constante no regulamento da PREVI.

Problemas nos pedidos de férias

Os representantes dos funcionários relataram os problemas que vêm acontecendo nas solicitações de férias, quando as cobranças de adiantamentos vêm antes do crédito. Os funcionários relataram que na prática é como se as pessoas pagassem para tirar férias.

O banco informou que os problemas decorrem da operacionalização do E-Social e que está discutindo internamente uma forma de amenizar os problemas apresentados pelos Sindicatos.

Parcelamento de férias

O banco apresentou a proposta de abrir a possibilidade de parcelamento de férias em três períodos, dentro das regras vigentes na legislação. Para este tema, o BB apresentará uma proposta de redação na mesa de negociação.

Pauta dos funcionários LGBTI

Os representantes dos funcionários debateram com o BB os pontos da pauta de reivindicações dos funcionários LGBTI construída no Congresso dos Funcionários, informando ao banco que a Comissão de Empresa da Contraf-CUT apoia a pauta desses funcionários apresentada diretamente em outras instâncias do BB as ações que vem sendo desenvolvidas para esse público. Ainda, que algumas questões envolvendo o nome social em todos os sistemas de identificação tem apresentado pequenos problemas. O banco informou a existência de normativo específico e vai verificar os problemas. Os representantes do banco falaram que o banco tem apoiado as ações e que o Banco do Brasil foi o primeiro grande banco brasileiro a aderir aos padrões de conduta para empresas, criados pela ONU, Organização das Nações Unidas que contribui para demonstrar a clientes, funcionários e acionistas o apoio a pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo).

Descomissionamento por GDP

O Banco apresentou na mesa a proposta de redução para apenas 1 ciclo avaliatório de GDP o período para descomissionamento decorrente de avaliação funcional. A argumentação do BB é que com 1 ciclo igualaria todos os funcionários com cargos comissionados.

A Comissão de Empresa argumentou com o banco que a proposta traz mais insegurança para os funcionários e pode facilitar as situações de assédio e perseguição. Os funcionários relataram que nas reuniões que os superintendentes vem realizando em todo o país vem sendo abertamente orientado que os gestores devem aumentar o número de anotações na GDP com o objetivo de facilitar os descomissionamentos.

A Comissão de Empresa apresentou ao banco vários argumentos que mostram que a GDP não vem sendo seguida há muito tempo, como por exemplo, ao não observar a média das avaliações e as notas dos pares e subordinados.

Outro argumento apresentado é que ao considerar apenas 1 ciclo o banco aumenta o risco de adoecimento, uma vez que os funcionários correm o risco de adiar inclusive ausências para tratamento de saúde, já que a pressão está mais alta o tempo todo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a reunião não trouxe avanços e uma ainda um proposta de retrocesso, que é a mudança nos tempo para descomissionamentos por desempenho. “Com essa proposta o banco ratifica o fim da GDP segundo os próprios critérios e estudos feitos pela área de gestão de pessoas ao longo dos anos. O que queremos e falamos na reunião é que o banco aplique a GDP da forma como ela é concebida, o que não vem acontecendo. Somos contra essa alteração pois vai facilitar os acertos de conta, as ameaças e as perseguições”, disse. “Sobre os demais itens tratados, esperamos que o banco apresente avanços na próxima reunião, assim como uma proposta econômica que contemple o esforço dos funcionários no último período, completou Wagner Nascimento.

Fonte: Contraf-CUT

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Contraf-CUT cobra e Caixa nega garantia de direitos dos empregados

Banco alega que tem que cumprir resolução da CGPAR, que determina cortes do Saúde Caixa que levar ao fim do plano de saúde

Na terceira rodada de negociação específica entre os representantes dos empregados com a Caixa Econômica Federal, realizada na quinta-feira (26), em Brasília, o banco reafirmou que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) será utilizada como parâmetro para as decisões em relação ao Saúde Caixa, tanto durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2018 quanto na mesa específica de negociações. Nesta terceira rodada de negociações, além do Saúde Caixa, foram debatidas questões referente à Funcef (fundo de previdência dos empregados).

“O Saúde Caixa é resultado de negociação entre os trabalhadores e o banco e não pode ser destruído por um decreto editado por um governo ilegítimo, a pedido de banqueiros e dos planos privados. Os trabalhadores contribuem com o Saúde Caixa e esperam ter seu direito à saúde garantido, assim como os aposentados, que contribuíram a vida inteira tanto para o crescimento da Caixa quanto para o plano de saúde e, por isso, devem ter seus direitos assegurados”, afirmou Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Para os representantes dos trabalhadores essa determinação do governo onera o associado do Saúde Caixa, quebra o princípio de solidariedade, excluem aposentados, impõem períodos de carências e permitem cobrança de franquias, acabando com a cobrança de mensalidade única por família, trazendo novas restrições para dependentes, vetando a oferta do plano em novos concursos e proibindo a entrada de novos associados.

Na mesa, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) reforçou a importância de manter o atual modelo de custeio e cobertura do Saúde Caixa, sob o risco de inviabilizar sua manutenção. Atualmente, o banco responde por 70% das despesas assistenciais, cabendo aos usuários os outros 30%, o que garante a sustentabilidade do plano.

“Os empregados estão mobilizados para reivindicar a garantia do plano de saúde para os aposentados, para o grupo familiar e o princípio de solidariedade, que assegura um teto para a coparticipação e o percentual de 2% de desconto do salário a todos os empregados, independentemente da idade e do tempo de banco. Assim, como a manutenção da assistência à saúde para os novos concursados”, disse a secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Na quarta-feira, bancários de todo o país se manifestaram em defesa do Saúde Caixa. Vamos manter as mobilizações para vencer essa intransigência da Caixa e do Governo, que insistem em retirar direitos dos empregados”, completou.

Na quarta-feira (25), véspera da negociação específica que discutiu Saúde Caixa, trabalhadores e movimento sindical deflagraram um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Planos de Saúde, não apenas da Caixa, mas também do Banco do Brasil (Cassi), e demais empresas públicas. Foram realizados atos e paralisações em locais de trabalho país afora. O simbolismo desses protestos ficou representado no fato de que muitos empregados foram trabalhar com roupas de cor branca para manifestar seu repúdio às mudanças que o banco e o governo tentar impor aos trabalhadores.

A defesa do Saúde Caixa é uma das reivindicações da pauta específica dos empregados da Caixa na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018.

Diante da ameaça ao direito à saúde dos trabalhadores de empresas públicas, incluindo os vinculados ao Saúde Caixa, a orientação é para que a mobilização seja intensificada em todo o Brasil em torno da campanha nacional “Saúde Caixa: eu defendo”.

“Nosso Acordo Coletivo de Trabalho assegura o atual modelo de custeio do Saúde Caixa até 31 de agosto. A mobilização e o enfrentamento por parte dos trabalhadores é fundamental para evitar que, após o término da vigência deste acordo, haja perda de direitos”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa, que também e diretor da Região Sudeste da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).

Funcef

Além do Saúde Caixa, as negociações também trataram sobre a Funcef, com base nas resoluções do 34º Conecef, que integram o eixo “Saúde Caixa e Funcef”.

Em relação à Funcef, o banco trouxe argumentos evasivos e também não garantiu reivindicações importantes como a revisão da metodologia de equacionamento do REG/Replan, assim como a instituição de assembleias e consultas para que os associados decidam sobre as questões mais fundamentais dos planos de benefícios.

Ao defender a imediata revisão da metodologia do equacionamento, a Contraf/CUT e a CEE/Caixa avaliaram que o atendimento dessa reivindicação abre espaço para a suspensão de algumas cobranças a mais que estão sendo feitas indevidamente. Esse item busca a saúde financeira da Funcef, ao mesmo tempo que visa ainda uma maior e mais adequada qualidade de vida dos participantes. O entendimento é o de que o endividamento prejudica a todo mundo.

Em resposta a essa reivindicação, a Caixa informou que busca mitigar os efeitos negativos provocados pela atual metodologia de equacionamento. Disse ainda que pretende provocar uma discussão a respeito de uma possível revisão das regras em vigor desse processo.

A falta de rumo e de transparência da atual gestão, os déficits seguidos, as tentativas de infringir os regulamentos dos planos de benefícios e a meta de subjugar a paridade nos planos de equacionamento foram alvos de críticas contundentes por parte dos representantes dos empregados nesta terceira rodada de negociações. Para a Contraf-CUT e para a CEE/Caixa, a solução destes pontos é fundamental e tem a ver com a elaboração de novas políticas de governança e transparência no âmbito da Funcef.

Contencioso

Foi cobrada a responsabilidade da Caixa sobre o contencioso, que é formado pela passivo da dívida trabalhista do banco. EO banco insiste em transferir tal dívida para a Funcef e os administradores do fundo não cobram a dívida da Caixa (saiba mais sobre o contencioso). A reivindicação é para que a Caixa pague integralmente a dívida que gerou o contencioso da Funcef, cuja origem está baseada na relação de emprego entre os empregados e a Caixa. Assim como não se omita de discutir o Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), que não foi causado pela Funcef. Em 1998, a Caixa implantou o CTVA sem a inclusão dessa rubrica na base de contribuição à Funcef. Como resultado disso, nascia o maior objeto de ações com repercussão previdenciária sobre a Fundação.

A representação nacional dos empregados deixou claro que eventuais mudanças no estatuto da Funcef devem ser amplamente debatidas e aprovadas pelos participantes. Nesse caso, o entendimento é o de que nenhuma alteração estatutária poderá acabar com as eleições entre os participantes para a Diretoria e Conselhos da Fundação, ou retirar os direitos atualmente previstos. “A paridade foi construída na mesa de negociação e não pode esse processo ser mudado unilateralmente”, explicou Dionísio.

Campanha Nacional Unificada 2018

Na Campanha Nacional 2018, as negociações das questões específicas na Caixa ocorrem concomitante aos debates da pauta geral da categoria bancária na mesa única da Fenaban.

A próxima rodada de negociações específicas com a Caixa foi agendada para o dia 2 de agosto, em São Paulo. Estarão em pauta o fim do descomissionamento para empregadas gestantes, a apresentação de dados concretos para debater e avançar nos itens em defesa do Saúde Caixa e a garantia contra a desregulamentação da lei trabalhista, com base no princípio de nenhum direito a menos.

Fonte: Contraf-CUT

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Banqueiros não aceitam colocar garantia de empregos na Convenção

Fenaban nega incluir proibição de terceirização, intermitente, parcial e autônomo, estender CCT aos hipersuficientes e fazer homologação no sindicato

A quarta rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban não trouxe os avanços que os trabalhadores pretendiam. O tema foi emprego, assunto urgente em tempos de reforma trabalhista, que criou novas formas de contratação.

A atitude dos banqueiros continua a mesma: prometem e se compromentem, mas negam a inclusão das garantias na Convenção Coletiva Nacional, única garantia real para os bancários. “Mantiveram a mesma postura das rodadas anteriores: sem muita objetividade, prometendo não terceirizar, nem contratar intermitente ou temporário, no entanto não concordando em incluir na CCT”, informa Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e representante da entidade no Comando Nacional dos Bancários.

A Fenaban está fazendo um discurso de valorização da CCT, boa fé e sensibilidade e alegam que, depois de oito meses de vigência da reforma trabalhista, ainda não implementaram as novas medidas. Na verdade, as novas leis não puderam ser aplicadas porque os bancários estava protegidos pela CCT 2016-2018, não por benevolência dos patrões. Outro motivo de não terem aplicado a nova legislação foi as pendências de regulamentação e constitucionalidade que ainda estão por resolver e que poderiam trazer problemas jurídicos no futuro.

Além das formas de contratação precária, outra reivindicação importante colocada pelo Comando Nacional foi a homologação das demissões. Pela nova legislação, não é mais obrigatória a homologação nos sindicatos ou na superintendência do Ministério do Trabalho e alguns bancos já estão fazendo as dispensas no próprio local de trabalho do funcionário demitido. “Valorizar a convenção, a boa fé e a sensibilidade é justamente o que não tem acontecido em várias situações, principalmente quanto às homologações. Queremos que esta fala se transforme em ação, mas os banqueiros não sinalizaram que vão voltar a homologar nos sindicatos. A atitude unilateral dos bancos demonstra que devemos, sim, nos preocupar com as medidas tomadas pelos banqueiros”, alerta Nilton Damião. “No dia 1º vamos discutir as cláusulas econômicas e igualdade de oportunidade. Temos que manter nossa mobilização para pressionar os banqueiros a apresentar propostas concretas, que mostrem que realmente querem uma negociação séria”, conclui o dirigente.

Principais reivindicações e as respostas dos bancos

CCT para todos
O Comando cobra que a CCT valha para todos os trabalhadores dos bancos, independentemente do nível de escolaridade ou da faixa salarial. Inclusive os hipersuficientes (que têm salários acima de R$ 11.291,60 e nível superior), que representam cerca de 90 mil empregados de bancos públicos e privados, e correm risco de perder direitos da CCT e a PLR. Os bancos não garantiram, mas ficaram de analisar a reivindicação.

Banco de horas
Os representantes dos trabalhadores não querem acordos individuais porque os bancários não têm governabilidade para resolver suas folgas, não podem negar o que é determinado pelas chefias. A lei pós-golpe libera esses acordos individuais e compensação em seis meses. O Comando disse não, explicando que os bancos muitas vezes marcavam a folga em cima da hora. E destacou que se precisa de um ano para compensar, é porque precisa de gente e tem de contratar. Uma nova proposta deve ser apresentada pela Fenaban.

Garantia no emprego e contra dispensa imotivada e em massa
Os bancos se negaram a garantir empregos e cláusula contra as demissões em massa, sob o argumento de que isso pode criar problema, travar a entrada e saída do mercado. O Comando lembrou que metade do setor tem trabalhadores estáveis e que isso nunca quebrou nenhuma empresa.

Garantia da gratificação de função
Os trabalhadores reivindicam que o banco não poderá reduzir ou retirar o valor da gratificação/comissão em quaisquer hipóteses. Mas a Fenaban afirmou que isso promove injustiça. Para os dirigentes sindicais, injustiça é com quem perde a gratificação e esse quadro causa insegurança para todos.

Terceirização e outras formas de contratação pós-golpe
Diante da lei trabalhista do pós-golpe, que liberou a contratação de terceiros e a contratação de empregados por tempo parcial, intermitente ou autônomos, os dirigentes sindicais querem proibir a troca de bancários por trabalhadores precarizados. A Fenaban pediu um crédito de confiança e informou que os bancos não estão terceirizando nem têm planos de fazer isso, ou utilizar esse tipo de contratação, mas não aceitaram colocar isso na CCT. Os dirigentes do Comando Nacional dos Bancários insistiram que se não será feito, pode e deve estar garantido na CCT.

Trabalho em home office
A Fenaban afirma querer avançar neste tema, permitindo um modelo híbrido que mescle uma parte do trabalho em casa e uma parte no banco, para o qual querem apresentar uma proposta. O Comando disse que a proposta deve levar em conta as condições de saúde e que não tenha custo do trabalho para o bancário.

Comissão sobre mudanças tecnológicas
Sobre a criação de uma comissão bipartite para debater, acompanhar e apresentar propostas em razão dos projetos de mudanças tecnológicas e os impactos no emprego bancário, a Fenaban informou que entendeu a mensagem, mas que existe uma preocupação sobre o sigilo das empresas e irá refletir sobre o tema.

Agências digitais
Os trabalhadores reivindicam que os serviços em agências bancárias digitais sejam desempenhados exclusivamente por bancários, visando garantir a qualidade de atendimento e proteção do sigilo bancário. Também querem que sejam respeitadas jornada e pausas para refeição e descanso de forma a proteger a saúde e evitar sobrecarga de trabalho. O Comando cobrou ainda o livre acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades. A solicitação será analisada pela Fenaban, que dará resposta em uma nova rodada de negociação.

Homologação
O ato homologatório deve ser realizado nos sindicatos diante de sua função fiscalizadora da rescisão contratual e do devido pagamento de todos os direitos dos trabalhadores. Os bancos ficaram de analisar para informar se colocam na CCT, mas querem quitação total do contrato de trabalho após a homologação. Os dirigentes sindicais explicaram que a homologação abrange muita gente e que a quitação total depende de cada bancário.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES, com informações da Contraf-CUT

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Convocação do Sistema Diretivo

O Sistema Diretivo da Fetraf-RJ/ES se reúne no próximo dia 26, quinta-feira, às 11h, no auditório da entidade, para discutir a seguinte pauta:

  • Sustentabilidade da Fetraf-RJ/ES
  • Campanha salarial
  • Informes gerais
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Terceira mesa com BB traz poucos avanços em saúde e segurança

Contraf-CUT protocolou mais uma proposta para a Cassi e pediu reabertura das negociações

A terceira mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil da Contraf-CUT, e o banco aconteceu nesta segunda-feira (23), na Sede do BB em Brasília.

Conforme divulgado no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da Minuta de Reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária.

A Comissão de Empresa abriu a reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos funcionários que, em muitas das situações são causados pela forma de cobrança das metas. Muitas metas abusivas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.

Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como queda de rendimento.

O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.

Cobrança de metas de caixas fora do horário

A Comissão de Empresa relatou ainda que tem chegado muitas reclamações de caixas, cuja a cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pela Plataformas de Suporte Operacional, mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a Contraf-CUT informasse as situações pontuais para que a prática seja coibida.

Correspondentes bancários dentro das agências

Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências atuando nas sala de auto atendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.

O Banco foi categórico ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.

Sem avanços nas questões de saúde

Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o Banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.

Algumas cláusulas tratadas também sem avanços, ainda serão objeto de discussão sobre redação.

Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço

Uma novidade colocada pelo Banco foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria permitida a redução do intervalo para  até 30 minutos. Em ambos os casos, normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a flexibilização.

Proposta para a Cassi

A Contraf-CUT protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.

A Contraf-CUT fará matéria específica sobre a proposta para a Cassi ainda nesta semana.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não trouxe avanços significativos, o que frustra os funcionários, principalmente no que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas abusivas. “A perda de comissão no retorno de licença saúde é um ponto que assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e segurança.”

 

Fonte: Contraf-CUT

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NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu na manhã desta terça-feira, dia 24, Maria das Dores Raimundo, mãe do sindicalista Jorge Luís Raimundo, secretário-geral do Seeb Angra dos Reis. O velório foi realizado na capela da Igreja da Matriz, em Angra dos Reis.

A diretoria e os funcionários da Fetraf-RJ/ES enviam suas condolências à família do companheiro.

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Caixa não assina ultratividade e vai esperar Fenaban para fazer proposta

A segunda rodada de negociação do acordo específico da Caixa não teve avanços significativos. A empresa não vai assinar o pré-acordo para prorrogar a vigência do atual ACT até o fim da negociação. A PLR vai seguir a regra acordada com a Fenaban, mas com limite de gasto da empresa em 6,25% do lucro líquido, e a PLR Social poderá nem ser paga.

A PLR terá que ser limitada a 25% do valor pago pela Caixa ao governo a título de dividendos. Este montante não pode passar de 25% do lucro líquido. Acontece que ¼ de ¼ significa 6,25%, montante bem abaixo do distribuído em anos anteriores. A PLR Social não foi garantida, o que preocupa, já que o Conselho de Administração, com vários membros do mercado, pode preferir não fazer esta despesa. “A PLR Social é o reconhecimento do esforço que fazem os funcionários para gerar lucro para a empresa, sem descuidar do papel social. Isto tem que ser premiado de alguma forma, e a verba sempre teve este caráter”, esclarece Luiz Ricardo Maggi, diretor para Bancos Federais da Fetraf-RJ/ES e representante da entidade na CEE/Caixa.

Um entrave novo é a regra recentemente imposta pelo novo estatuto, que determina aprovação do Conselho de Administração para todas as propostas acordadas entre empresa e empregados.  “Nunca vimos uma coisa como esta. Em todas as empresas, o CA determina as estratégias, mas não interfere diretamente na gestão, que é atribuição do Conselho Diretor. Com a necessidade de aprovação da negociação do nosso ACT com o Conselho, o processo vai ser mais lento. E pior, porque o CA da Caixa tem seguido uma linha de mercado, e só temos uma representante do funcionalismo”, critica Luiz Ricardo Maggi.

Outra negativa importante foi com relação às novas formas de contratação trazidas pela reforma trabalhista. Os bancários reivindicam que a Caixa se comprometa a não contratar trabalhadores terceirizados para atividades-fim, nem autônomos, intermitentes, temporários, a tempo parcial ou em regime 12×36. Os representantes da empresa não concordaram em oferecer esta garantia. A direção do banco também se recusa a estender as cláusulas do ACT a todos os empregados, independente da escolaridade ou nível salarial, demonstrando a intenção de manter a possibilidade de excluir os chamados trabalhadores “hipersuficientes”, que poderiam negociar individualmente e abrir mão dos direitos do acordo.

Outra notícia ruim é para os concursados. Apesar da insistente reivindicação de que novos funcionários sejam contratados para suprir o déficit de pessoal, a Caixa já informou que não vai abrir novas vagas. Os aprovados no último concurso público, de 2014, não serão convocados.

Os representantes da empresa também se recusaram a garantir que todas as negociações sejam feitas com os sindicatos. A reivindicação de pagamento de um Delta por anos para todos os empregados foi negada. Os representantes da direção concordaram com a manutenção do atual modelo, com um Delta a cada dois anos.

As notícias boas são poucas: o fim da onda de fechamento de agências; o fim do descomissionamento de gestantes; e a manutenção da função do empregado afastado pelo INSS por mais de 180 dias. Os representantes da empresa também se comprometeram a não cercear a liberdade sindical, permitindo aceso de sindicalistas a todas as dependências e que não haverá restrições à liberdade de expressão e comunicação dos sindicatos com os empregados. outra vitória foi a promessa de que a Caixa não vai reconhecer comissões de empregados que não sejam ligadas ao sindicato.

A próxima rodada de negociação acontece em Brasília, dia 26.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES, com informações da Contraf-CUT

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Banqueiros se recusam a discutir adoecimento por assédio moral e metas

A terceira rodada de negociação entre Fenaban e Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta quintal-feira (19/07), em São Paulo, ficou aquém das expectativas. Os representantes dos trabalhadores esperavam algum avanço sobre as questões de saúde e condições de trabalho, mas a federação patronal, não apresentou propostas concretas.

“Esperávamos alguma proposta principalmente em relação à cobranças das metas, que entendo ser um dos carros chefes dessa campanha”, relata Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e representante da entidade no Comando Nacional. Os trabalhadores apresentaram várias reivindicações por escrito, na minuta entregue há mais de um mês, em 13 de junho, mas os patrões não se posicionaram. “Acredito que eles tenham condições de responde-las diretamente. Este não é o primeiro ano de negociação e as nossas demandas são bem conhecidas. Mas não deram nenhuma resposta direta”, lamenta o dirigente.

Algumas cláusulas tiveram atenção especial do Comando. Foi o caso da de número 27, sobre estabilidades provisórias de emprego para bancários afastados pelo INSS. “Reivindicamos estabilidade de 60 dias após o retorno, mas os bancários estão sendo demitidos depois de 15 dias. Com isso, o tempo de afastamento não é contado para efeito de aposentadoria”, destaca Nilton. A cláusula 29, que diz respeito à complementação do benefício previdenciário e também à dispensa de junta médica para revalidar o laudo do INSS, e a 45, sobre o Programa de Retorno ao Trabalho, ficaram de ser respondidas posteriormente. Os banqueiros entendem que o Programa de Desenvolvimento Organizacional, objeto da cláusula 57, precisa avançar e prometeram cumprir o determinado na CCT. Sobre a cláusula 58, sobre prevenção de conflitos, a Fenaban alegou que é necessário aprofundamento do conceito.

As negativas mais diretas ficaram por conta das cláusulas 65 e 67. A primeira trata do adiantamento emergencial de salário nos períodos transitórios de afastamento por doença. Os bancos pretendiam excluir esta cláusula, alegando que não é mais aplicável, e os bancários sugeriram, em contrapartida, uma mudança na redação. A cláusula 67, sobre comissões paritárias, ficou sem resposta.

Sobre segurança bancária, a Fenaban concordou em alterar a cláusula 33. Será ampliado para bancários vítimas de tentativas sequestro o direito a atendimento médico e psicológico, registro de BO, a inclusão na divulgação dos dados estatísticos e a possibilidade de realocação para outro local de trabalho, a exemplo do que é oferecido aos empregados que sofrem sequestros consumados.

A discussão sobre assédio moral e as metas, como sempre, enfrenta resistência por parte dos patrões. “Os bancos não reconhecem a situação que vemos e conhecemos através do contato com a base e com pesquisas. O assédio e as metas realmente provocam adoecimento dos bancários, mas os patrões desconsideram esta relação clara de causa e efeito”, critica Nilton Damião.

A crítica dos trabalhadores é embasada pelos dados de estudo feito pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, que mostra que os bancos respondem por 5% dos afastamentos pelo INSS netre 2012 e 2017, sendo que o setor emprega apenas 1% dos trabalhadores do país. Também foi comprovado que 6% dos afastamentos são por doenças causadas pelo modelo de gestão do setor. O transtorno depressivo recorrente atinge 21,2% dos afastados; 18% dos adoecidos sofrem transtorno de ansiedade, 14,6% apresentam estresse grave e 17,1% experimentaram episódios depressivos.

Contra o tempo

A próxima rodada será no dia 25 e tratará de emprego. Mas os representantes dos trabalhadores já estão apreensivos, porque o tema da negociação de ontem não foi esgotado. “Estamos correndo contra o tempo para não perder nossos direitos com o fim da vigência da CCT atual. Mas os banqueiros estão muito calmos e nós precisamos pressionar para que a nova Convenção seja assinada o quanto antes, mantendo nossas conquistas. Temos que construir uma mobilização muito forte”, adianta Nilton Damião Esperança.

 

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Teresópolis: Sindicato vai às ruas divulgar Campanha Nacional dos Bancários

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Teresópolis percorreram todas as agências bancárias da base nesta quinta-feira, data da terceira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. Além de conversar com os bancários, dialogaram com a população, informando sobre o andamento das negociações e os riscos que os bancários correm de perder todas as suas conquistas com o fim da vigência da atual Convenção Coletiva Nacional. Foi distribuído um panfleto falando sobre a campanha salarial as consequência para o país e a população de uma possível privatização dos bancos públicos.